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20131215 Trabalho Tribunal de Nuremberg

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE DIREITO
Disciplina: Teoria do Direito II
JOÃO HENRIQUE RIBEIRO NUNES
LEILA OSWALDT
QUESTIONÁRIO SOBRE O TRIBUNAL DE NUREMBERG
Professora: Ms. Daniela Oliveira Pires
Guaíba – RIO GRANDE DO SUL
2013/2
�
"Poucos sabemos o que é lutar pela liberdade. Quem perdeu é que sabe".
Marcelo Freixo (Professor Brasileiro)�
SUMÁRIO
41.	questionário	�
8REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
�
questionário
Após analisar o contexto do “Tribunal de Nuremberg”, responda as questões abaixo:
Realizar uma síntese sobre o “O Tribunal de Nuremberg” explicitando seu contexto histórico e sua finalidade.
A Segunda Guerra Mundial foi, até hoje, o mais abrangente e devastador conflito bélico da história humana, tendo dividido o mundo entre o Eixo, encabeçado pela Alemanha nazista, ou Terceiro Reich, e os Aliados, encabeçados por EUA e Inglaterra.
As violações cometidas contra civis e militares e o massacre arquitetado contra judeus, ciganos, negros, e todos os demais que não se enquadrassem nos moldes arianos, ditados por Hitler e pelo partido Nacional-Socialista, geraram um contexto propício ao estopim de revoltas populares, o que exigiu uma resposta internacional equivalente às agressões do Terceiro Reich e seus apoiadores.
Assim, o fim da segunda grande guerra foi marcado pela vitória dos aliados, e a instituição por eles dos Tribunais de Exceção, voltados para a análise e julgamento de todos os crimes cometidos à época, com ênfase ao genocídio característico do Holocausto.
O “Tribunal de Nuremberg”, nome da cidade alemã onde fora instalado após o final da Segunda Guerra Mundial, abrigou os julgamentos dos: TRIBUNAL MILITAR INTERNACIONAL, e TRIBUNAL MILITAR AMERICANO. O primeiro tratou das acusações contra os 24 maiores líderes do regime nazista alemão, e decretou 12 condenações à morte, 3 prisões perpétuas, 2 condenações à 20 anos de prisão, uma à 15 e outra à 10 anos, tendo absolvido apenas 3 acusados. Já o TRIBUNAL MILITAR AMERICANO, tratou de 117 acusações contra os demais expoentes do regime instalado no estado alemão do Terceiro Reich. Os julgamentos foram aglomerados por casos, dentre os quais o mais notório é o denominado: Caso III – Processo contra os juristas, que perdurou de 17 de fevereiro a 14 de dezembro de 1947, permeado por muita influência da mídia e pressão dos aliados pela condenação dos juristas responsáveis pela condenação do povo judeu e das minorias étnicas ao massacre nos campos de concentração.
Neste processo o próprio Direito foi ao banco dos réus. Pois como imperava a teoria do positivismo jurídico, onde apenas eram verificadas a existência e aplicabilidade das normas ao fato, preservando em suma a vontade do legislador, tais procedimentos adotados pelos juristas afastaram-se do ideal de Justiça, aproximando-se muito ao arbítrio do Führer�.
O processo contra os juristas, e suas condenações, significaram o rompimento da Justiça com o direito positivo, ou seja, a partir de então é que se deu ao sujeito do direito a possibilidade de interpretação da validade de uma norma levando em consideração o seu valor de Justiça, e não somente sua validade escalonada, descrita pela hierarquia kelseniana.
�
Discorrer sobre a importância histórica do “Tribunal de Nuremberg” para os direitos humanos e propor uma relação com a Teoria Positivista, de Hans Kelsen.
Desse contexto histórico surge o embrião do neo-constitucionalismo, como forma de romper as barreiras do estado de direito cunhado pelo liberalismo e adentrar finalmente ao Estado Democrático de Direito, experimentado atualmente na maior parte do mundo, defendendo através da normatividade todo um rol de direitos e garantias fundamentais, baseadas no chamado "Princípio da Dignidade Humana".
O Direito positivo é caracterizado pelo conjunto de normas válidas e escritas em um determinado ordenamento jurídico. Conforme delineado por Hans Kelsen, o ordenamento jurídico é composto pela norma fundamental e pelas normas que à ela se vinculem hierarquicamente e as demais à estas ad infinitum, sem observar neste julgamento de validade, o valor de justiça contido em cada norma.
No julgamento do caso dos juristas, em Nuremberg, ficou explicitado que o sistema jurídico positivo do regime vigente deu um precário abrigo de legalidade à quase totalidade das injustiças cometidas pela perseguição étnica ocorrida no período. Historicamente foi imputado aos juristas julgados em Nuremberg a responsabilidade por não efetuarem o filtro de justiça na aplicação da normatividade vigente em cada caso que sentenciaram, servindo apenas às imposições normativas emanadas pelo partido nazista, detentor este do poder absoluto do regime.
Portanto, após reconhecer que o direito positivo serviu de abrigo às maiores violações de direitos humanos fundamentais desde à inquisição medieval, buscou-se uma evolução no plano jurídico internacional. Após este rompimento dogmático com o positivismo jurídico, busca-se até hoje validar o teor de justiça das normas quando comparadas, no mínimo, à Declaração dos direitos do homem e do cidadão e Declaração universal dos direitos humanos, da ONU.
Além disto, as teorias neo-constitucionalistas apregoam a positivação dos direitos e garantias fundamentais diretamente nas Cartas Magnas de cada nação e a criação, a partir destas constituições garantistas, da possibilidade real de implementação do estado democrático de direito, impondo além dos direitos e garantias fundamentais de cada cidadão, ou seja, aqueles que delimitam o que o Estado não lhe pode ferir, os direitos sociais, ou ainda, aqueles que impõem ao Estado a obrigação da prestação social pela qual este fora constituído.
Comente o fragmento a seguir: “Justiça e injustiça nada têm a ver com a validade de determinado direito positivo; é essa a nota distintiva entre Direito e ética. A norma fundamental basta para a clausura do ordenamento jurídico. Desvincular validade de justiça, norma fundamental de Justiça... é a tarefa do positivismo Kelseniano”�.
O reducionismo científico de Kelsen, apontado na sua obra: Teoria Pura do Direito é o resultado dos seus grandes estudos acerca do que é Ética e do que é Justiça associados ao que é,0 afinal, o Direito. Para (Coelho, 2001, p.1) “Kelsen está preocupado basicamente com o conhecimento do direito e os meios, cautelas e métodos, a serem utilizados para assegurar-lhe o estatuto científico”.
Kelsen retrata a dissociação entre Direito e Justiça, ao adotar o Direito como uma ciência normativa de precisão quase matemática. Ao dotar o Direito de características científicas, restringe a interpretação normativa à sua validade enquanto componente do ordenamento jurídico vigente.
Conforme GRZEGORCZYK apud (BITTAR, 2000, p.560), “a questão da Justiça pode ser tratada por um detido estudo do que é e do que não é justo/injusto, mas desta tarefa está isenta a Ciência do Direito, ao estilo kelseniano. O que há é que uma teoria sobre a Justiça responde por concepções acerca do justo e do injusto, e o que é justo e injusto nem sempre é claro e unânime. Porém, que há um justo e que este justo é um justo relativo, isto Kelsen admite”.
Ou seja, os pressupostos que definem uma norma como válida/inválida não são os mesmos que a caracterizam como justa/injusta, visto que os últimos são fruto da interpretação das normas conforme a Ética, e a Ética é o prisma delineador da Justiça para cada sociedade ou era.
Para Kelsen, a norma fundamental, ou constitucional primitiva, basta para o juízo cientifico de validade de todo o ordenamento jurídico, pela análise da vinculação das demais normas a esta, e de outrem às demais sucessivamente.
�
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTAR, C. E. B. A Justiça Kelseniana. USP, 2000. 560.
COELHO, F. U. Para entender Kelsen. 4ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
DIVERSOS. Julgamentos de Nuremberg. WIKIPEDIA, 07 dez. 2013. Disponivel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Julgamentos_de_Nuremberg>.Acesso em: 07 dez. 2013.
DIVERSOS. Terceiro Reich. WIKIPEDIA. Disponivel em: <http://pt.wikipedia.com/Terceiro_Reich>. Acesso em: 09 dez. 2013.
GRZEGORCZYK, C.; MICHAUT, F.; TROPER, M. Le positivisme juridique. Story Scientia, Paris, 1992.
� Assim que Hitler tornou-se chanceler em 1933, e nos anos que seguiram, a lei e a constituição de Weimar — que permanecia a mesma da República de Weimar — foram desrespeitas inúmeras vezes por ele e pelos membros do partido nazista, de forma que muitos juízes afirmavam que "Hitler é a lei!". Hermann Göring declarou aos promotores prussianos em 12 de junho de 1934 que a "vontade do Führer e a lei são a mesma coisa", o próprio Hitler, após o expurgo em massa de seus inimigos na Noite das Facas Longas, em seu discurso no Reichstag denominou-se o "juiz supremo do povo alemão".
� BITTAR, Carlos Eduardo B., A justiça Kelseniana, USP, 2000, p.560

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