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Italo Samuel Almeida Costa Pavilhão Sonsbeek, Arnhem, Holanda, 1955 projetado por Gerrit T. Rietveld Anápolis 2017 Pavilhão Sonsbeek O Pavilhão Sonsbeek localizado em Arnhem, Holanda, foi projetado por Gerrit T. Rietveld (1888-1964) durante o segundo periodo pós-guerra quando surgem programas que promovem a construção de pavilhões de esculturas em parques. Tinha o objetivo de democratizar a arte retirando peças de museus para torná-las mais acessíveis, exibindo-as no ar livre. Rietveld foi influenciado pelo neoplasticismo que buscava superar as limitações da tradição e da natureza representada respectivamente pelo historicismo e pelo figurativismo. As tradições e as leis naturais seriam transcendidas pela abstração geométrica e por estratégias construtivas que sugeriam ausência de peso e massa. A expressão plástica correspondente reduzia o repertorio às entidades geométricas essenciais. Retas, planos e volumes destituídos de qualquer significado histórico ou relação com repertórios e métodos tradicionais. Este projeto começa a por em xeque a relação de moldura espacial que restringe a arquitetura ao papel de mediadora que proporciona uma correta apreensão da obra. A seleção de obras daquela edição favorecia um conjunto de esculturas figurativas reunindo artistas de importancia histórica como Rodin e Degas a uma produçao recente como a de Henry Moore e Brancusi. Planta do Pavilhão Fachada Leste Fachada Oeste Fachada Sul Fachada Norte Perspectiva Tem como programa de necessidades a exposiçao de esculturas Circulação Construção O projeto segue um sistema de distribuição em forma de suástica e há uma sucessão de planos verticais com diferentes superfícies que configuram variados panos de fundo: transparentes de vidro ou bloco de concreto liso e bloco de concreto vazado, sendo que neste ultimo é rompida a ideia de neutralidade esperada de uma galeria sem prejudicar a leitura da obra. Sobre estes panos verticais, coberturas em diferentes níveis configuram espaços variados, abertos e unificados por um pátio. Os muros do bloco de concreto unem-se em pares, mostrando suas aberturas para servir como pano de fundo texturizado para as esculturas expostas , quando a escultura a ser exposta pedia o contrario, suas aberturas eram fechadas com massa branca. Dessa forma, é estabelecida uma diferença de textura em relação a vista desde o interior ou exterior ao centro do conjunto. O mesmo material dos muros é o utilizado nas bases das esculturas em pequenos pilares distribuídos por todo o edifício. Referências Bibliográficas PUENTE, Moisés. “100 Pavilhões de Exposição”. Gustavo Gili, 2000. PONTES, R. Matrizes Tectônicas da Arquitetura Moderna Brasileira 1940 - 1960. 182 f. 2016. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, Brasília. 2016 CAROLINA, A. Interseções entre arte e arquitetura. O caso dos pavilhões. 2013. 203 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013
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