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JOSE RILDO Feminicidio

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Universidade Federal do Mato Grosso 
 
Curso: Direito/CUA 
 
Discente: José Rildo Coelho Machado Junior 
 
Docente: Sandra Negri 
 
Projeto de Extensão: Direito Penal na comunidade 
 
Abril 2015 
 
RESUMO EXPANDIDO 
 
 
Feminicídio: “remendo” feito às pressas 
 
 Recentemente o Código Penal Brasileiro e a Lei de Crimes Hediondos 
foram alterados pela Lei 13.104/15, que introduz no sistema penal brasileiro o 
tipo denominado feminicídio, bem como o inseriu ao rol dos crimes hediondos. 
 O intuito desta nova qualificadora do crime de homicídio é punir com 
mais veemência aqueles que cometem tal delito em razão do gênero da vítima, 
neste caso, por tal pessoa ser mulher. 
 As razões para a aprovação da Lei do Feminicídio tem respaldo nos 
números de assassinatos a indicar que o Brasil sofre com crimes cometidos 
contra as mulheres, tais delitos são cometidos em razão da cultura 
conservadora da sociedade, sociedade patriarcal mantida desde a colonização. 
O novo tipo penal engaja-se em punir o homem, por exemplo, autor da 
violência doméstica real, que mata a vítima, em razão de se entender superior 
no âmbito de convivência, trazendo as hipóteses de cabimento do tipo no novo 
 
§2º-A do art. 121 do Código Penal (i) violência doméstica e familiar, (ii) 
menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
 Entretanto, em que pese as justificativas, principalmente o sincero 
apontamento de que a sociedade brasileira têm em suas entranhas a cultura 
machista, que em diversas oportunidade é causa das violências domésticas 
comuns a todas as regiões do país, não poderia ser tal lei enxergada, do ponto 
de vista jurídico, uma “aberracio” por afrontar o art. 5º da nossa Carta Magna, 
que expressa em seu caput “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza”; bem como em seu inciso I: “homens e mulheres são iguais 
em direitos e obrigações”. Tal hipótese há de ser discutida! De um lado 
possivelmente, feministas que julgam todo o crime cometido contra a mulher 
um feminicídio, de outro os que advogam a tese de esta alteração ferir a 
equidade, a ponto de se tornar displicente a aplicação da lei penal aos 
cidadãos. 
Por outro, a análise quanto a aprovação de tal lei deve se atentar ao 
atual estado social e político no qual vivemos (os primeiros cem dias de 2015). 
A sociedade quer respostas imediatas, em qualquer seara, que melhore 
qualquer coisa. Os políticos, com sede de reeleição, buscam atender a estes 
clamores, para tanto têm-se um recorde de votação no Congresso brasileiro. 
Paralelamente a este assunto, há a discussão sobre a maioridade penal, que 
pode ser resumida em “a redução da maioridade é a resposta da sociedade 
que não cuida das duas crianças”. 
Desta forma, observa-se que o referido enquadramento do homicídio 
contra a mulher como feminicídio, tem carga política-subjetiva, qual seja 
agradar alguns descontentes com outras coisas, afrontando-se a Constituição 
Federal. 
O instituto do feminicídio não resolverá os problemas da violência 
doméstica, pois atingirá o problema fim, sendo que a necessidade de mudança 
 
está nos problemas da base da sociedade machista, que só poderiam ser 
sanados a partir de políticas públicas, educando os homens/parceiros/maridos.

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