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QUIMÍCA GERAL (QFL0137) REALTÓRIO EXPERIÊNCIAS 9 E 10: -REATIVIDADE DE METAIS -ELETROQUIMÍCA ARTHUR Y. KOKETSU (10353688) ROBSON OLIVEIRA (10321779) ANDRÉ HENRIQUEZ SILVA (10353692) DOCENTE: PEDRO VIDINHA 05/07/2017 RESUMO No experimento 9, verificou-se a reatividade dos metais através de reações químicas envolvendo diferentes espécies químicas e limpeza de objetos de pratas. O objetivo dos procedimentos realizados era de classificar os metais quanto sua reatividade e ter um primeiro contato com reações de óxido- redução. Nesse experimento o grupo deveria calcular a quantidade de metal que reagiu, através de estequiometria e sua relação com as pressões parciais. Com isso foi possível consolidar os conhecimentos obtidos em aulas anteriores. O experimento 10, tratava do estudo de eletroquímica, através de reações de óxido-reação, já observadas no experimento passado. O objetivo desse experimento era de observar aplicações desse tipo de reação, muito utilizadas e pilhas, já que podem gerar energia elétrica a partir de reações químicas de oxido-redução. Nos procedimentos foi possível consolidar alguns conhecimentos acerca de eletroquímica. Também foi possível conhecer mecanismos elétricos como circuitos impressos e processos de recuperação de metais em solução. Como a eletroquímica está presente no cotidiano, tanto em pilhas quanto em circuitos, é necessário ter conhecimento sobre seu funcionamento. I. INTRODUÇÃO REATIVIDADE DE METAIS No experimento em questão, para avaliar a ordem de reatividade de metais [1], se realizou diversas reações químicas sendo a maioria classificada como processos de deslocamento. Para uma reação ocorrer, é preciso haver afinidade química entre os reagentes, isto é, eles devem interagir de modo a possibilitar a formação de novas substâncias. O mesmo ocorre com os metais, já que para “deslocar” um elemento, deve apresentar características especificas. A reatividade consiste na ocorrência ou não de uma reação entre determinadas substancias. Esse fator depende de propriedades periódicas de cada átomo, como sua energia de ionização, eletronegatividade, eletropositividade e afinidade eletrônica. A partir de todas essas variáveis, montou-se uma tabela para reatividade dos metais, apresentada a seguir. Imagem retirada de: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgVN4AA/ Figura 1: tabela de reatividade dos metais Para confecção da tabela anterior, utilizou-se as propriedades periódicas dos metais que mais influenciam na reatividade. A seguir serão apresentadas as propriedades que mais participam na reatividade. A. ELETROPOSITIVIDADE A eletropositividade ou caráter metálico, consiste na tendência de um átomo em perder elétrons. Também interage diretamente com o raio atômico, pois quanto menor o raio, maior a atração que o núcleo do átomo exerce sobre o elétron que vai adquirir. Dessa forma, se um metal é mais eletropositivo que outro, ele tem maior tendência de perder elétrons em uma ligação e, por isso, tende a ser mais reativo. Como a eletropositividade segue o padrão de aumento do raio atômico, para avaliar a reatividade dos metais deve-se verificar a influência da mesma na tabela periódica. Imagem retirada de http://brasilescola.uol.com.br/quimica/eletropositividade.htm Figura 2: eletropositividade na tabela periódica B. POTENCIAL DE IONIZAÇÃO A energia de ionização ou potencial de ionização corresponde a energia mínima necessária para retirar um elétron de um átomo ou íon no estado gasoso. Há diversas energias de ionização, pois cada elétron retirado necessita de uma energia especifica. Na prática, o mais importante é primeiro potencial de ionização ou primeira energia de ionização, que corresponde à remoção do primeiro elétron. Ela costuma ser a menor energia de ionização, pois como esse elétron é o mais afastado do núcleo, a sua força de atração com o núcleo é a menor, precisando de menos energia e sendo mais fácil removê-lo. Além disso, com a perda de elétrons, o raio atômico diminui e o íon fica cada vez mais positivo, portanto, a atração com o núcleo fica mais forte e, consequentemente, será necessária mais energia para retirar o próximo elétron e assim sucessivamente. Em relação com a reatividade, quanto menor for a energia de ionização de um metal, maior será sua reatividade. O fato anterior se justifica, pois quanto maior a reatividade maior a tendência de doar elétrons, o que já foi descrito anteriormente na eletropositividade. Figura 3: potencial de ionização Imagem anterior retirada de: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/energia-ionizacao.htm LIMPEZA DE OBJETOS DE PRATA ENEGRECIDOS: Muitas pessoas possuem diversos objetos de prata em sua residência, contudo estes perdem sua beleza com o tempo e se tornam enegrecidos e sem brilho. As reações, mecanismos do processo, descrição experimental e explicações acerca da recuperação de objetos de prata, serão tratados posteriormente nesse relatório [2]. O fato descrito anteriormente se deve a reação de oxidação do metal ao entrar em contato com oxigênio e compostos sulfurados, formando sulfeto de prata (Ag2S) de coloração preta/azulada. 𝐴𝑔(𝑠) + 𝑂2(𝑔) + 2𝑆2−(𝑎𝑞) + 4𝐻+(𝑎𝑞) ↔ 2𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝐻20(𝑙) ELETROQUÍMICA A eletroquímica é uma área da química que estuda a relação da eletricidade (como um fenômeno mensurável e quantitativo) com as mudanças químicas [3]. Um exemplo desse tipo de reação é a de óxido-redução, em que há transferência de elétrons no sistema e, portanto, há passagem de correte elétrica gerando mudanças nas substancias. No experimento em questão, foi realizado a confecção de um circuito impresso, recuperação de cobre de soluções e construção de uma pilha. A seguir serão apresentadas explicações básicas para cada procedimento descrito anteriormente. A. CIRCUITOS IMPRESSOS As placas de circuitos impressos (PCIs) [4] estão muito presentes em componentes eletrônicos como em computadores, smartphones, brinquedos, carros, etc. Estes são pouco conhecidos pela maioria das pessoas, porem como sua produção envolve diversas etapas químicas, é essencial o grupo ter conhecimento de seu funcionamento Um circuito impresso consiste em uma placa formada por camadas de materiais plásticos e fibrosos (como fenolite, fibra de vidro, fibra e filme de poliéster, entre outros polímeros) que conta com finas películas de substâncias metálicas (cobre, prata, ouro ou níquel). Essas películas formam as “trilhas” ou “pistas” que serão responsáveis pela condução da corrente elétrica pelos componentes eletrônicos. Esses impulsos elétricos são transmitidos para os componentes, viabilizando o funcionamento de cada peça e, consequentemente, do sistema completo formado pela PCI. As placas de circuito impresso tiveram sua origem em 1936 pelas mãos do engenheiro austríaco Paul Eisler, embora a técnica fundamental para o desenvolvimento das PCIs tenha surgido no ano de 1903 com as pesquisas do inventor alemão Albert Hanson. Figura 4: modelo de circuito impresso A produção de circuitos impressos inicia-se com a criação do esquema elétrico e do desenho, gerados por um design feito em computador. Em seguida ocorre o processo de perfuração (por grandes maquinas automatizadas), em que seagrupam placas fibrosas em grandes painéis para formar as camadas da PCI. Após concluída a perfuração, as placas seguem para o banho químico e de cobre, onde os painéis passam por uma limpeza e revestidos de cobre, já que esse metal é um bom condutor elétrico. Terminado o processo anterior, placa passa pelo mascaramento, com determinação das “trilhas” que conduzirão a corrente elétrica. Isso ocorre a partir do recebimento de uma película especial que protege as partes da PCI que devem conter as “trilhas”. Por fim, as PCIs passam pela remoção do metal que não fara parte das “trilhas” da placa, com auxílio de produtos químicos. Os processos descritos anteriormente podem variar de acordo com a empresa que produzira o circuito, já que não há um único método para sua produção. No experimento realizado pelo grupo, produziu-se um circuito impresso simples a partir de processo igualmente simples, mas validos para adquirir conhecimento acerca do assunto. B. PILHAS ELETROQUÍMICAS E PROCESSOS REDOX Pilhas ou célula voltaicas são dispositivos que transformam energia química em energia elétrica por meio de um sistema apropriado e montado para aproveitar o fluxo de elétrons provenientes de uma reação química redox. Para ocorrer uma reação redox, no sistema deve haver uma espécie que sofra redução (recebimento de elétrons) e outra que sofra oxidação (perda de elétrons). No cotidiano humano, estão presentes diversos equipamentos eletroeletrônicos como smartphones, brinquedos, computadores. No entanto para esses objetos funcionarem, deve-se utilizar pilhas e baterias compactas. Visto isso, percebe-se que as pilhas possuem papel essencial na sociedade e, portanto, é necessário se ter conhecimento de seu funcionamento e mecanismos de atuação. As pilhas, ao contrário das baterias, possuem somente um eletrólito (solução condutora de íons) e dois eletrodos. Já a bateria é composta de várias pilhas agrupadas em série ou em paralelo. Além disso, as pilhas não são recarregáveis, mas as baterias são. Figura 5: esquema de pilha eletroquímica Um exemplo comum da presença de pilhas pode ser observado nas baterias de automóveis, que funcionam basicamente por meio de mecanismos químicos. É formada por seis pilhas ou células eletroquímicas ligadas em série de 2 volts cada, o que significa que ela possui uma força eletromotriz de 12V. Essa bateria automotiva é também chamada de acumulador ou bateria de chumbo, isso porque ela é formada por placas de chumbo metálico intercaladas com placas de chumbo revestidas de óxido de chumbo IV (PbO2) e separadas por papelão ou plástico. Essas duas placas estão mergulhadas em uma solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4) de 30% em massa. Por essa razão, essa bateria também é denominada de bateria de chumbo-ácido. As placas de chumbo metálico (Pb) constituem o ânodo ou polo negativo da bateria, o que significa que elas sofrem oxidação, perdendo elétrons, conforme a semirreação a seguir: 𝑃𝑏 + 𝐻𝑆𝑂4− + 𝐻2𝑂 ↔ 𝑃𝑏𝑆𝑂4 + 𝐻3𝑂+ + 2𝑒− Por outro lado, as placas de chumbo revestidas de óxido de chumbo IV (PbO2) compõem o cátodo ou polo positivo da bateria. Elas recebem os elétrons perdidos pelas placas de chumbo metálico e reduzem-se. 𝑃𝑏𝑂2 + 𝐻𝑆𝑂4− + 3𝐻3𝑂+ + 2𝑒− ↔ 𝑃𝑏𝑆𝑂4 + 5 𝐻20 Por fim a reação global é dada como: 𝑃𝑏 + 𝑃𝑏𝑂2 + 2𝐻𝑆𝑂4− +2𝐻3𝑂+ + 2𝑒− ↔ 2𝑃𝑏𝑆𝑂4 + 4 𝐻20 Essas reações correspondem à descarga da bateria, mas elas são reversíveis, bastando apenas aplicar uma corrente elétrica contínua e uma diferença de potencial que inverta os polos, tendo em vista que as reações reversíveis não são espontâneas e a voltagem é negativa. Isso pode ser realizado por meio de um dínamo ou alternador do automóvel. Apesar de serem grandes, pesadas e possuírem uma solução aquosa corrosiva de um ácido bem forte, as baterias de chumbo são as mais usadas nos automóveis atualmente porque apresentam vantagens que outros tipos de baterias ainda não apresentam, como a alta voltagem, o baixo custo de manutenção e a durabilidade. A bateria de chumbo-ácido possui várias aplicações no carro, tais como a ignição, fazer a parte elétrica funcionar, ser responsável pelo tracionamento de alguns motores elétricos e manter determinados equipamentos funcionando no caso de queda de energia. Figura 6,7 e 8: Modelos de baterias de automóveis Imagens retiradas de http://alunosonline.uol.com.br/quimica/qual-diferenca- entre-pilhas-baterias.html. Outro exemplo de reações redox presentes no cotidiano, pode ser citado a metabolização da glicose no organismo humano. Nesse processo os reagentes são a glicose (C6H12O6) e gás oxigênio (O2) para formação de gás carbônico (CO2) e agua (H2O). C6H12O6 (aq)+ 6O2(𝑔) ↔ 6CO2(g) + 6H2O(l) Nesse processo, o carbono sofre oxidação já que tem seu número de oxidação (NOX) alterado de +1 para +4. Já o oxigênio sofre redução pois seu número de oxidação muda de 0 para -2. A reação descrita anteriormente é um exemplo de oxirredução essencial para a sobrevivência humana, já que é responsável pela síntese energética no organismo, para suprir as diversas células do corpo. II. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL REATIVIDADES DE METAIS A. DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE UMA AMOSTRA DE MAGNÉSIO Para iniciar-se o experimento 9 foi montado um sistema onde havia um tubo borbulhador conectado a um kitassato com 100mL de HCl 1M. Ao lado, encheu-se de água destilada uma proveta, emborcando-a dentro de um béquer com 300 mL de água também destilada, tomando-se o cuidado de não permitir a formação de bolhas de ar; o bico do borbulhador foi então colocado dentro da proveta. As condições ambientes eram: -Pressão atmosférica = 695,8 mmHg -Temperatura = 22,3°C -Pressão de vapor da água para esta temperatura = 2,6447 kPa Após esta montagem, foi pesada uma fita de magnésio, encontrando-se o valor de 0,044g. Colocou-se a fita dentro do kitassato, fechando-o logo em seguida; observou-se formação de gás dentro da proveta, antes cheia de água. Formou-se então, 54,6mL de gás hidrogênio. B. LIMPEZA DE OBJETOS DE PRATA Preparou-se em seguida uma solução de bicarbonato de sódio dissolvendo-se 10 gramas do sal em 100mL de água, depositando- se a solução em um béquer previamente forrado com papel alumínio. Em seguida colocou-se as peças de prata dentro do béquer e aqueceu-se o sistema por quinze minutos. C. REAÇÕES DE METAIS 1. Tomou-se eppendorfs e preencheu-se os com 1mL de HCl 1M, no primeiro colocou-se raspas de zinco, no segundo uma fita de magnésio e no terceiro raspas de cobre; observando-se liberação de gás no tubo contendo magnésio, não sendo observado o mesmo nos que continham zinco e cobre. 2. Em três tubos de ensaio colocou-se 1mL de água destilada e duas gotas de fenolftaleína em cada, sendo então colocados raspas de zinco em um, fita de magnésio em outro, e raspas de cobre no último. O tubo com magnésio apresentou cor rosa, e o com cobre não apresentou mudança perceptível. A solução do tubo com zinco, no entanto, apresentou leve coloração roxa na região próximo às raspas, apresentando após certo tempo, cor rosa claro. Aqueceu-se ainda em banho-maria a solução com cobre, nada ocorrendo, no entanto. 3. Em dois eppendorfs colocou-se 1mL de solução de sulfato de cobre 1M. Em um foi colocado rapas de zinco e em outro uma fita de magnésio.No tubo com zinco o metal passou a ter cor alaranjada; já no tubo com magnésio, além de o metal apresentar cor alaranjada, observou-se liberação de gás bem como a apresentação de cor verde pela solução. 4. Mais uma vez em dois eppendorfs foi colocado 1 mL de solução 1M de sulfato de zinco; tendo-se em um deles uma fita de magnésio e em outro, raspas de cobre. No eppendorf com cobre não houve mudança evidente; já no eppendorf com magnésio houve formação de gás. 5. Por fim, em dois eppendorfs foi colocado 1mL de solução de sulfato de magnésio 1M. Em um dos tubos colocou-se raspas de zinco, em outro, raspas de cobre. O primeiro metal apresentou escurecimento de sua cor original; no segundo não houve mudança significativa. ELETROQUÍMICA A. CONFECÇÃO DE CIRCUITOS IMPRESSOS Foi fornecida uma placa de fenolite recoberta por cobre, após ser lavada com água e sabão esta foi parcialmente pintada com caneta cuja tinta não se dissolve em água. Misturou-se simultaneamente solução de 10ml de água oxigenada 20 volumes com 5mL de solução 2M de ácido clorídrico; sendo a placa inserida na solução, deixando-a pôr quinze minutos. Inicialmente surgem bolhas sobre a placa, seguido de descoramento em suas extremidades, a solução por sua vez torna-se azul mais intenso a cada instante. Após o tempo estipulado retirou-se a placa e raspou-se a tinta observando-se a permanência do cobre sobre a região pintada. B. RECUPERAÇÃO DE COBRE DE SOLUÇÕES Tomou-se a solução do procedimento anterior e aqueceu-a até não liberar mais gás, apresentando por fim cor verde. Colocou-se em solução pregos lixados; ao se agitar o béquer que os continha, observou-se a oxidação dos pregos bem como leve perda de coloração da solução. Foi necessário adicionar-se seis pregos para que a solução se tornasse incolor. C. CONSTRUÇÃO E DETERMINAÇÃO DE F.E.M. DE PILHAS Em um papel filtro recortado de modo a ter três abas isoladas, porém ligadas no centro, pingou-se solução de sulfato de zinco 1M em uma das abas, pressionado sobre esta uma placa de zinco. Em outra aba gotejou-se sulfato de cobre 1M sendo pressionada sobre ela uma placa de cobre. Analogamente, pintou-se nitrato de prata 1M sobre a terceira aba, pressionado sobre esta uma placa de prata. No centro do papel, gotejou-se nitrato de sódio 1M de modo a unir as três soluções; a temperatura ambiente registrada foi 21,4°C. Com um multímetro mediu-se a diferença de potencial das três pilhas possíveis no sistema. III. DISCUSSÃO A. DETERMINAÇÃO DA PUREZA DE UMA AMOSTRA DE MAGNÉSIO Logo após a montagem e execução do experimento observou- se o volume de gás recolhido dentro da proveta por meio de suas próprias marcações, sendo este 54,6 mL. Lembra-se ainda que tal volume corresponde a vapor de água e gás hidrogênio. A reação ocorrida foi a seguinte: Mg0 + 2 H+ → Mg2+ + H2 Sendo está uma reação de oxirredução, na qual o magnésio metálico perde dois elétrons (seu NOX aumenta, sendo assim oxidados) para dois íons H+ que se unem formando gás hidrogênio (átomos de hidrogênio têm seus NOX diminuídos, sendo reduzidos, portanto). Para então se calcular a porcentagem de Mg na fita utilizada toma-se o seguinte procedimento: Patm = PH2 + Ph + PVap.H2O Patm = Pressão atmosférica = 695,8 mmHg PH2 = Pressão do gás hidrogênio Ph = Pressão da altura da coluna expressa em mmHg PVap.H2O = Pressão do vapor de água = 2,6447 kPa = 19,837 mmHg Sabe-se ainda que, hcolunaH20 x dH2O = hmmHg x dHg ; e que dH2O = 1,0 g/mL dHg = 13,6 g/mL hcolunaH20 = 14 cm 140 x 1,0 = hmmHg x 13,6 => hmmHg = 10,294 mmHg Retornando à equação inicial: 695,8 mmHg = PH2 + 10,294 mmHg + 19,837 mmHg PH2 = 665,669 mmHg A partir daí, considerando o hidrogênio um gás ideal, pode-se usar a equação dos gases perfeitos para descobrir o número de mols de H2 formados, sabendo que: Temperatura ambiente = 22,3°C = 295,3 K Constante universal dos gases (R) = 62,3637 mmHg.L/k.mol P x V = n x R x T 665,669 x 54,6 x 10-3 = n x 62,3637 x 295,3 N = 1,973 x 10-3 molH2 Como na equação escrita acima a proporção de H2 e de Mg0 é de 1:1, então a fita de magnésio usada na reação continha também 1,973 x 10-3 mols de Mg. Sabendo que a massa da fita era 0,044g, da massa molar temos: 0,044gMg x (1 molMg/24,3gMg) = 1,81 x 10-3 molMg Nota-se que o número de mols de magnésio encontrado por meio da estequiometria da reação e o encontrado por meio da massa molar são ligeiramente distintos, sendo a diferença é da ordem de 10-4. Tal diferença é dada devido a erros de medição e incertezas como: a precisão da régua usada, precisão da proveta utilizada, erros de aferição por parte dos alunos, dentre outros. Assim, a porcentagem de magnésio na fita é de 100%. Do ponto de vista termoquímico, a variação de energia livre de Gibbs se dá da seguinte forma a 25,15°C: 1ΔGf(MgCl2 (aq)) + 1ΔGf(H2(g)) –[1ΔGf(Mg (s)) + 2ΔGf(HCl(aq))] [1(-717.3) + 1(0)] - [1(0) + 2(-131.25)] = -454.8 kJ ΔGf = -454.80 Kj [5] Ter uma variação de energia livre de Gibbs negativa significa dizer que a reação é espontânea, contribuindo para o que foi observado em laboratório. B. LIMPEZA DE OBJETOS DE PRATA Para a limpeza da prata, precisamos retirar o sulfeto de prata formado na superfície dos objetos devido a compostos sulfurados. Os compostos sulfurados provêm de alimentos (como ovos) e da poluição atmosférica, e a formação do oxidado se dá pela seguinte reação com o ácido sulfídrico: 4𝐴𝑔(𝑠) + 𝑂2(𝑔) + 2𝑆(𝑎𝑞) 2− + 4𝐻(𝑎𝑞) + ← → 2𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝐻2𝑂(𝑙) O sulfeto de prata (𝐴𝑔2𝑆(𝑠)) formado irá reagir com o alumínio do papel, onde o sulfeto de prata é o agente oxidante, e o alumínio o agente redutor: 𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝑒 − ← → 2𝐴𝑔(𝑠) + 2𝑆(𝑎𝑞) 2− ∆E = -0,69V 𝐴𝑙(𝑠) ← → 𝐴𝑙(𝑎𝑞) 3+ + 3𝑒− ∆E = 1,68V Temos a seguinte equação global: 3𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝐴𝑙(𝑠) ← → 6𝐴𝑔(𝑠) + 2𝐴𝑙(𝑎𝑞) 3+ + 3𝑆(𝑎𝑞) 2− ∆E = 1,29V Veremos, então, como resultado da equação 4, o brilho retornado aos objetos de prata. Como a reação é de carácter redox, atuando como uma pilha de Daniell, o 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 é colocado para promover a migração de cargas, e também balanceando as cargas na solução. Observa-se que, a partir do ∆E, podemos concluir que a reação é espontânea, e o aquecimento do sistema serviu para acelerar a reação, apenas. O 𝑆(𝑎𝑞) 2− será hidrolisado, formando ácido sulfrídrico, que é prontamente neutralizado pela presença do bicarbonato de sódio, uma base: 𝑆(𝑎𝑞) 2− + 𝐻2𝑂(𝑙) ← → 𝐻𝑆(𝑎𝑞) − + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) − 𝐻𝑆(𝑎𝑞) − + 𝐻2𝑂(𝑙) ← → 𝐻2𝑆(𝑎𝑞)𝑂𝐻(𝑎𝑞) − 𝐻2𝑆(𝑎𝑞) + 2𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3(𝑎𝑞) ← → 2𝑁𝑎2𝑆(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂(𝑙) + 2𝐶𝑂2(𝑔) C. REAÇÕES DE METAIS O experimento em questão foi realizado para que fosse observada a reatividade de metais, em especial o Mg, Zn e o Cu. I) Reações com ácido clorídrico: Os metais sendo estudados deveriam reagir com o HCl da seguinte forma: 𝑀(𝑠) + 𝑥𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) ← → 𝑀𝐶𝑙𝑥(𝑎𝑞) + 𝐻2(𝑔) Onde M é o metal mergulhado na solução, x um número arbitrário, que será definido a partir carga do metal reagente. Mg e Zn reagiram com o HCl como dito na equação 8. Cu, porém, não reagiu. II) Reações com mistura de água deionizada e fenolftaleína: Os metais sendo estudados deveriam reagir com a água da seguinte maneira: 𝑀(𝑠) + 2𝐻2𝑂(𝑙) ← → 𝑀(𝑂𝐻)𝑥(𝑎𝑞) + 𝐻2(𝑔) Onde M é o metal mergulhado na solução, x um número arbitrário, que será definido a partircarga do metal reagente. Mg e Zn reagiram com a água, como indicado pela coloração rosa que tomou a solução em seus respectivos eppendorfs. Cu, porém, não reagiu, mesmo com aquecimento. III) Reações com solução de CuSO4: Os metais Mg e Zn deveriam reagir com a solução da seguinte maneira”: 𝑀(𝑠) + 𝐶𝑢𝑆𝑂4(𝑎𝑞) ← → 𝑀𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠) Onde M é o metal mergulhado na solução. Mg e Zn reagiram com a solução, como evidenciado pela mudança da coloração dos metais para alaranjado. IV) Reações com solução de ZnSO4: Os metais Mg e Cu deveriam reagir com a solução da seguinte maneira: 𝑀(𝑠) + 𝑍𝑛𝑆𝑂4(𝑎𝑞) ← → 𝑀𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝑍𝑛(𝑠) Onde M é o metal mergulhado na solução. Mg reagiu como esperado, como evidenciado pelas partículas que apareceram na solução. Cu, porém, não reagiu. V) Reações com solução de MgSO4: Os metais Zn e Cu deveriam reagir com a solução da seguinte maneira: 𝑀(𝑠) + 𝑴𝒈𝑆𝑂4(𝑎𝑞) ← → 𝑀𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝑀𝑔(𝑠) Nenhum dos metais, Zn ou Cu, reagiu com a solução. Os resultados do experimento estão de acordo com a teoria, pois os metais reagiram de acordo com a fila de reatividade dos metais. 1 Imagem retirada de http://www.docbrown.info/page12/gifs/Reactivit ySeriesList.gif Figura 9: Fila de reatividade dos metais ELETROQUÍMICA A. CONFECÇÃO DE CIRCUITOS IMPRESSOS Nessa parte serão abordados somente os mecanismos e reações que ocorrem na produção de um circuito impresso simplificado. Também será detalhado o funcionamento do mercador nos processos citados anteriormente. O fenolite presente na placa de cobre, é um laminado de plástico usado como isolante elétrico e assim não prejudicar o circuito. Além do mais é um composto termofixo, o que só reitera sua função de suporte mecânico e trilha condutora nos circuitos impressos. Seu uso pode ser substituído por fibra de vidro, já que ambos não vão fazer parte das reações químicas mostradas a seguir. Já a agua oxigenada foi utilizada na solução (H2O2), pois em presença de metais se decompõe com facilidade e com efervescência, caracterizando um processo exotérmico. Portanto a agua oxigenada fornece a energia necessária para que a reação de deslocamento entre o ácido clorídrico (HCl) e o cobre (Cu), presente no fenolite. Na placa foi feito um desenho com um marcador de tinta, que não se dissolve em agua. Após o aquecimento da solução, notou- se que a cobre não coberto pelo desenho, foi retirado da placa através da equação a seguir. 2𝐻2𝑂2(l) → 2𝐻20(𝑙) + 𝑂2(𝑔) ↑ ∆𝐻 < 0 𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠) ↔ 𝐶𝑢𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐻2(𝑔) A tinta atuou como um protetor do cobre, impedindo que este seja consumido na reação e que ficasse dissolvido na solução. A partir disso, foi possível criar modelos de “trilhas” na placa de fenolite. Após a retirada da placa do sistema em questão, percebeu-se que a solução apresentava coloração azul devido aos íons de cobre dissociados. B. RECUPERAÇÃO DE COBRE DE SOLUÇÕES Após a remoção da placa de fenolite aqueceu-se a solução, isto para que a água oxigenada evaporasse deixando no béquer a solução agora com CuCl2, tomando a coloração verde pela presença dos íons Cl- deste sal em solução [6]. Em seguida lixou-se alguns pregos para remover destes a camada de óxido de ferro, tendo sido colocados em solução; notou-se que uma camada avermelhada se formava sobre os pregos, simultaneamente a solução era descorada. Tal descoramento deve-se do consumo de íons Cu2+ que conhecidamente produzem com azulada na solução. A seguinte solução ocorreu: Fe(s) + CuSO4(aq) → FeSO4(aq) + Cu(aq) 𝐹𝑒0 + 𝐶𝑢2+ → 𝐹𝑒2+ + 𝐶𝑢0 Os potenciais padrão de redução dos metais [6] envolvidos são: 𝐹𝑒2+ + 2𝑒− → 𝐹𝑒. 𝐸𝑜 = −0,44𝑉 𝐶𝑢2+ + 2𝑒− → 𝐶𝑢. 𝐸𝑜 = = 0,34𝑉 [7] Observando-se que o potencial do cobre é maior que do ferro infere-se que aquele tem maior tendência a reduzir do que este, provocando assim sua oxidação. Tal processo pode ser caracterizado como oxido-redução, já ocorre transferência de elétrons. Do ponto de vista termodinâmico temos a seguinte energia livre de reação [8]: (25,15°C) [1ΔGf(FeSO4 (aq)) + 1ΔGf(Cu (s))] - [1ΔGf(Fe (s alpha)) + 1ΔGf(CuSO4 (aq))] [1(-823.5) + 1(0)] - [1(0) + 1(-679.11)] = -144.39 kJ ΔGf° = -144.39 kJ Como a energia livre de Gibbs possui valor negativo, infere- se que a reação é espontânea, contribuindo para o resultado empiricamente obtido. C. CONSTRUÇÃO E DETERMINAÇÃO DE F.E.M. DE PILHAS Quando medida a corrente entre as placas de metal, foram obtidas as seguintes voltagens: Ag e Cu → ∆V = ± 0,464V Zn e Cu → ∆V = ± 1,02V Ag e Zn → ∆V = ± 1,49V A temperatura ambiente medida foi de 21,4 ±0,5 ºC, mas foi utilizado o valor de 25 ºC para efetuar os cálculos de Eº e ∆G. Para os metais utilizados, temos os seguintes potenciais de redução Eº [9]: Zn → Zn2+ + 2e- Eº = 0,763V Cu → Ag+ + 1e- Eº = -0,7994V Ag → Cu2+ + 2e- Eº = -0,337V Com isso, calculamos os potenciais Eº das pilhas a partir da equação Eºpilha = Eºredcátodo - Eºredânodo, com respeito à reatividade (onde os metais com maior valor de Eº reagiriam com as soluções). Com isso, temos as seguintes equações, com valores teóricos para Eº e para ∆Gº [10]: 2𝐴𝑔𝑁𝑂3(𝑎𝑞) + 𝑍𝑛(𝑠) ← → 2𝐴𝑔(𝑠) + 𝑍𝑛(𝑁𝑂3)2(𝑎𝑞) Eºpilha =1,5624V ∆Gº =-229,7 kJ 2𝐴𝑔𝑁𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐶𝑢(𝑠) ← → 2𝐴𝑔(𝑠) + 𝐶𝑢(𝑁𝑂3)2(𝑎𝑞) Eºpilha =0,4624V ∆Gº =-88,85 kJ 𝐶𝑢𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝑍𝑛(𝑠) ← → 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑍𝑛𝑆𝑂4(𝑎𝑞) Eºpilha =1,1V ∆Gº =-212,62 kJ Percebe-se que os valores medidos a partir do voltímetro condizem com os valores calculados teoricamente. Nota-se que todas as reações são espontâneas, segundo o valor da energia livre de Gibbs, como foi observado em experimento. É possível observar, a partir de ∆Gº, que as reações com maior caloria envolvida são também aquelas com o maior potencial Eº. [11] IV. CONCLUSÃO REATIVIDADE DE METAIS O primeiro procedimento consistia, principalmente, na determinação da reatividade de metais. O principal objetivo do procedimento era: ordenar os metais pela sua reatividade; estudar gases ideais formados de reações de deslocamento; treinar cálculos estequiométricos e verificar algumas aplicações de reações de óxido-reação incluindo as que envolvem trabalho elétrico. O grupo conseguiu desenvolver uma reação que gera gás hidrogênio, atualmente utilizado como combustível, a partir de uma metal alcalino-terroso. Além do mais o grupo deveria realizar cálculos complicados para determinar a pressão do gás e com isso verificar a pureza da fita de metal utilizada. No segundo procedimento, o grupo aprendeu a realizar um serviço comum no cotidiano das pessoas, já que grande parte da população possui antigos objetos de prata, geralmente de origem tradicional. Também foi possível avaliar reações de óxido-reaçãoe variáveis que influenciam no processo. No último procedimento também se realizou diversas reações entre metais e soluções para averiguar a reatividade de metais. No geral foi possível entender o mecanismo das reações em que há transferências de elétrons. Por fim talvez houve alguns erros laboratoriais em alguns procedimentos, talvez devido algum erro por parte dos membros do grupo. Mas na análise completa do experimento, pode-se inferir que o grupo trabalhou de maneira adequada e consegui obter conhecimentos específicos necessários para a continuação no curso superior. ELETROQUÍMICANo experimento 10 puderam ser aprendidos diversos processos utilizados em áreas distintas da indústria, sejam elas, química, metalúrgica, eletrônica dentre outras. Removendo-se o cobre da placa de fenolite realizou-se um possível método de produção de trilhas de cobre usadas em circuitos condutores. Da recuperação de cobre, depreende-se que a reatividade do Fe é maior que do Cu já que possui maior potencial padrão de redução, sendo tal característica muito utilizada na produção de cobre metálico. A mesma característica é aproveitada no que diz respeito a produção de pilhas, já que metais com diferentes tendências a perder e receber elétrons, se combinados adequadamente podem gerar corrente elétrica por meio de seus íons livres em solução. Ademais, os metais utilizados em laboratório reagiram de modo esperado ao se analisar teorias que tratam de suas reatividades. Valores de DDP foram também condizentes com o cálculo a partir de valores tabelados; bem como foram, para com o observado das reações na aula prática, os valores calculados para variação de energia livre. V. REFERÊNCIAS [1].M.J.Sienko e R.A.Plane,”Experimental Chemistry” Mc Graw-- Hill, 1961, p. 89 (procedimento da reação de metal com ácido). [2]”Escurecimento e limpeza de objetos de prata” http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/11-EEQ-4407.pdf [3]”Electrochemistry”. https://en.wikipedia.org/wiki/Electrochemistry [4]”Como placas de circuito impresso são produzidas”. https://www.tecmundo.com.br/como-e-feito/18501-como-as- placas-de-circuito-impresso-sao-produzidas.htm [5]. Free Energy of Reaction mg+hcl=mgcl2+h2. Disponível em: <http://chemistry-reference.com/reaction.asp 6] CuCl2 Green. Disponível em: https://chemistry.stackexchange.com/questions/44699/cucl2- has-colour-but-cucl-does-not acesso em 05/07/2017. [7] Reação de simples troca ou de deslocamento, disponível em < https://quimicaensinada.blogspot.com.br/2014/03/reacao-de- simples-troca-ou-de.html?m=1> acesso em 05/07/2017. [8] free energy of reaction. Disponível em < http://chemistry- reference.com/reaction.asp?rxnnum=282 > acesso em 05/07/2017. [9] valores retirados de http://www.chemeddl.org/services/moodle/media/QBank/GenC hem/Tables/EStandardTable.htm [10] Valores calculados a partir do site http://www.chemistry- reference.com/rxnlist.asp?sort=rxn [11] NERNST Equation. Chem LibreTexts. Disponivel em: <https://chem.libretexts.org/Core/Analytical_Chemistry/Electroc hemistry/Nernst_Equation>.
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