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Teorias dos fins da pena

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Teoria dos fins da pena
Consequências jurídicas do delito e pena
Penas e efeitos da condenação
Penas e medida de segurança
Espécies de pena: privativa de liberdade, multa, restritivas de direitos
São inúmeras as teorias que buscam justificar seus fins e fundamentos, reunidas de modo didático em três grandes grupos: teorias absolutas, relativas e ecléticas. 
Teorias absolutas – Kant/Hegel
Fundamentam a existência da pena unicamente no delito praticado; 
A pena é retribuição, ou seja, compensação do mal causado pelo crime; 
Kant: pena é um mal utilizado para compensar o mal do delito. A pena como necessidade absoluta de justiça, o mandamento pela justiça deriva de um imperativo categórico. A pena é um fim em si mesma. Não pode servir para qualquer outra coisa a senão retribuir o mal causado pelo delito. 
Teorias absolutas
Hegel: uma concepção diversa, mas que não deixa de ser retributiva (processo dialético negação da negação)
A pena não é uma manifestação de necessidade de justiça, mas uma manifestação da vontade racional (reafirmação da vontade racional que originou o direito sobre a vontade irracional do delinquente, que negou o direito). 
O delito (vontade irracional) nega o Direito (vontade racional). A pena nega o delito, portanto, é manifestação da vontade racional. 
A pena não pode ser um mal porque não deve repetir o delito, mas negá-lo. 
Teorias relativas
Para as teorias relativas, o fundamento da pena é necessidade de evitar a prática futura de delitos (concepções utilitárias da pena). Trata-se de instrumento preventivo de garantia social e não de um fim em si mesmo. 
Os fins preventivos que fundamentam são gerais ou especiais. 
Gerais: dirigidos ao grupo social como um todo
Especiais: dirigidos ao delinquente individualmente considerado
Teorias relativas
Prevenção geral - positiva e negativa 
Prevenção geral positiva (também chamada de Integradora). A pena justifica-se pela produção de efeitos positivos: fortalecimento geral da confiança na norma – restabelecer ou reforçar a vigência da norma, reafirmando o ordenamento jurídico. 
Prevenção Geral negativa: intimidação – função de exemplaridade. 
Teorias relativas
Prevenção especial positiva = ressocialização visando a reinserção social (finalidade educativa). 
Prevenção especial negativa = segregação, neutralização. A pena como forma de retirar o delinquente do meio social e neutralizar sua atuação. 
Teorias unitárias ou ecléticas (neoretribuição)
Buscam conciliar a exigência de retribuição jurídica da pena – mais ou menos acentuada – com os fins de prevenção geral e de prevenção especial; 
Não se pode negar o caráter retributivo da pena; 
A retribuição deve ser proporcional ao injusto culpável, voltada aos fins de prevenção geral e, PRINCIPALMENTE, especial positiva. 
Nega-se a legitimidade da prevenção especial negativa
Teorias unitárias ou ecléticas
O próprio texto constitucional (Preâmbulo e artigos 1.º, III, e 5.º, caput, CF) agasalha a noção do ser humano como pessoa livre, digna e capaz, portanto, dotada de responsabilidade no âmbito social, opondo-se firmemente a qualquer possibilidade de sua eventual utilização como meio a serviço de finalidades político-criminais

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