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As possibilidades de currículo de ensino de História

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Por: Jackeline Silva Lopes
As possibilidades de currículo de ensino de história hoje?
Por quê?
Até quando?
“Via de regra nossas escolas são meros espaços de transmissão de uma ou outra leitura historiográfica que, fragmentada e simplificada, acaba muitas vezes impondo uma versão como sendo a verdade histórica sobre determinados temas.”
Por quê?
Peso da história tradicional – interesse governamental? (FONSECA)
Falta de recursos e práticas pedagógicas criativas? (FONSECA)
Cultura escolar ═ concepção de pais, alunos, direção? (FONSECA)
Decadência da troca de experiências no mundo atual ? (FONSECA)
Influência das concepções historiográficas dos docentes? (CERRI)
História para quê?
A jabuticabeira
Um idoso estava cuidando de uma planta com todo carinho. Um jovem se aproximou de um idoso e perguntou:
- Que planta é essa que o senhor está cuidando?
É uma jabuticabeira – respondeu o idoso.
E ela demora quanto tempo para dar frutos?
Ah, pelo menos uns 15 anos - informou o homem.
E o senhor espera viver tanto tempo assim? – indagou, irônico, o rapaz.
Não, não creio que viva tudo isso, pois já estou no fim da minha jornada. Disse o idoso.
Então que vantagem o senhor leva com isso?
E o velhinho respondeu calmamente:
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...
Perceber o movimento e a diversidade
Diferenças no tempo e espaço
Respeitar a diferença
Entender o mundo em que vivemos
História para quê?
Estes objetivos estão implícitos no conhecimento histórico ou isso precisa ser construído?
História experiência é essencialmente conhecimento histórico?
E como se constrói o conhecimento histórico?
Isso é possível em ambiente escolar? Como ?
A partir:
do cruzamento das três versões narrativas: a linguagem do quotidiano, a da historiografia e a do ensino. (MARTINS, 2011)
da construção de sentidos para a história (vivida e ensinada): “A operação mental constituinte da consciência histórica é o estabelecimento do sentido da experiência no tempo” (CERRI, s.d., p. 101)
E por que isso ainda não ocorre nas escolas de forma satisfatória?
Retomemos nosso histórico: 
a escola surgiu com esse objetivo? 
O ensino de história surgiu com esse objetivo?
Quando esse objetivo é trazido para o ensino?
E o que temos nas escolas hoje?
História tradicional 
X 
Nova história 
(aqui reunidos o materialismo histórico, a historiografia social inglesa e os Annales)
Caracterizando cada uma delas...
Tradicional \ Positivista
 fontes: objetivas, oficiais, falam por si só - factual - Verdadeira – linear
Marxista
Esquemas explicativos - Infraestrutura - Luta de classes ═ motor da história – modos de produção – história total – causa/consequência
Nova História Social
Excluídos da História, Cultura operária, Social substitui individual
Annales (3ª Geração)
Subjetiva, Diferentes fontes, história problema, curtos períodos, micro-história, real X representação
Retomando: quais as possibilidades?
“(...) fazer crescer a consciência dos jovens por meio de um trabalho de reflexão e de reconstrução da experiência humana. Trata-se, sem dúvidas, de uma tarefa de natureza técnica, teórica e política, uma vez que a escolha do que é ensinado e do como ensinar é uma decisão fundamentalmente político-cultural e educativa. Nesse sentido, a história como construção, aberta a múltiplas e variadas interpretações, deve dar lugar aos esquemas simplificadores e reducionistas. Nossa opção historiográfica está intimamente relacionada à nossa postura diante do mundo, do conhecimento e da educação.” (FONSECA, 46-47)
“a influência do professor de história sobre as opiniões históricas do aluno é, no mínimo, limitada, como também é limitada a influência dos currículos oficiais de história sobre o trabalho do professor e seu resultado”. 
“os elementos narrativos constantes dos currículos oficiais ou da formação que os professores recebem não passa a salvo para a opinião dos alunos”. 
“a formação histórica dos alunos depende apenas em parte da escola, e que precisamos considerar com interesse cada vez maior o papel dos meios de comunicação de massa, da família e do meio imediato em que o aluno vive se quisermos alcançar a relação entre a história ensinada e a consciência histórica dos alunos”. 
“a história na escola é um tipo de conhecimento histórico qualitativamente diferente daquele conhecimento produzido pelos especialistas acadêmicos, e, mais que isso, são ambos apenas parcelas do grande movimento social que é pensar historicamente, e não a forma de fazê-lo. (...) Isso coloca questões referentes ao método, seleção de conteúdos e os fundamentos da história ensinada na escola”. A transposição didática cai por terra e faz-se necessário estar atento a outros saberes históricos além do acadêmico e do escolar.” 
(MARTINS, 2011)
Referências
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História. Campinas: Papirus, 2003.
MARTINS, Estevão. Historicidade e consciência histórica. In. MARTINS, Estevão. Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: UFPR, 2011, p. 7-10.

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