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CENTRO DE ENSINNO SUPERIOR DO AMAPÁ- CEAP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PROFa: NAZARÉ FERRÃO Os materiais, necessários à manutenção, aos serviços administrativos e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que comumente constituem a classificação de materiais. Podem ser classificados de diversas formas, seja em relação à sua aplicabilidade dentro da organização, ao tempo de duração ou a outro critério desejado. Profa: Nazaré Ferrão A Classificação e sua Importância........ .............. é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque ............trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características semelhantes, servindo de informação gerencial do administrador de materiais que se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is), em vez de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais. ............ sem uma classificação de materiais bem definida, seria quase impossível o gestor de materiais administrar seus estoques. …………ao classificar itens de materiais visa-se prover informação gerencial ao tomador de decisão, tornando possível elencar prioridades e estabelecer rotinas operacionais eficientes. Profa: Nazaré Ferrão CLASSIFICAR........... ........ é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc, para não ser confundido com outro e gerar confusão, ........ deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local. ,,,,,,,,,,ordenar segundo critérios para que não ocorra a dispersão no espaço e alteração na qualidade. Profa: Nazaré Ferrão Para Viana (2000) são três os atributos de um bom sistema de classificação: Praticidade Deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos Abrangência A classificação deve abordar uma série de características dos materiais de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros , contábeis , o foco é a apresentação de diversas facetas de um item de material (dimensão, forma, acondicionamento.) Flexibilidade Sistema flexível é aquele que permite interfaces entre diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoque. Refere-se a comunicação entre os tipos de classificação, bem como a possibilidade de adaptar e melhorar o sistema de classificação sempre que desejável Profa: Nazaré Ferrão Classificar........... ...........é definir uma catalogação,, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa. catalogação simplificação especificação normalização padronização Codificação Profa: Nazaré Ferrão Catalogação........... ....... é o arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto. ........ consiste em ordenar, de forma lógica, todo um conjunto de dados relativos aos itens identificados, codificados e cadastrados, de modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas da empresa. . ........ Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande diversidade de um item empregado para o mesmo fim. Profa: Nazaré Ferrão Simplificação........... ....... é a redução da diversidade de itens de material em estoque que se destinam a um fim idêntico. ........ Caso existam dois itens de material que são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no catálogo de materiais de apenas um deles. . ........ É uma etapa que antecede a padronização. Da mesma forma, podemos dizer que a simplificação favorece a normalização. Profa: Nazaré Ferrão Identificação ou especificação........... ....... é a descrição minuciosa do material possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado. ........ possibilita melhor entendimento entre consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado. Profa: Nazaré Ferrão Normalização ........... ....... estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, ou para seu emprego com segurança. .........é necessária para a consecução da padronização em sua completude. ..........A entidade oficial de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ........ possibilita melhor entendimento entre consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado. Profa: Nazaré Ferrão Padronização ........... ........ uniformização do emprego e do tipo do material. .........facilita o diálogo com o mercado, o controle e permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.); Profa: Nazaré Ferrão Codificação ........... ........ atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. …….cada item terá, assim, um único código. Profa: Nazaré Ferrão ........ Dessa maneira, é por meio da classificação que os itens em estoque são agrupados segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma, dimensões, tipo, uso etc. …….. O resultado é a otimização dos controles de estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização dos almoxarifados (locais de armazenagem dos itens de material, na organização). b) Materiais não-estocáveis São aqueles não destinados à estocagem e que não são críticos para a operação da organização; Por isso, seu ressuprimento não é feito automaticamente. Sua aquisição se dá mediante solicitação dos setores usuários, e sua utilização geralmente é imediata. 1 - Quanto á sua Estocagem ou por Demanda a) Materiais estocáveis São aqueles que devem existir em estoque e para os quais serão determinados critérios de ressuprimento, de acordo com a previsão de consumo. Profa: Nazaré Ferrão 1 - Quanto À Sua Estocagem . c) Materiais de estocagem permanente São materiais mantidos em nível normal de estoque, para garantir o abastecimento ininterrupto de qualquer atividade. Aconselha-se o sistema de renovação automática. d) Materiais de estocagem temporária Não são considerados materiais de estoque e por isso são guardados apenas durante determinado tempo, até sua utilização. Profa: Nazaré Ferrão 2 - Quanto sua Aplicação a) Materiais de consumo geral São materiais que a empresa utiliza em seus diversos setores, para fins diretos ou indiretos de produção. b) Materiais de manutenção São os materiais utilizados pelo setor específico de manutenção da organização. Profa: Nazaré Ferrão Por Aplicação na Organização (mantidos no almoxarifado) TIPO DEFINIÇÃO EXEMPLO MATÉRIA-PRIMA Substância que toma parte no processo de produção, incorporando fisicamente o produto final. Madeira, na indústria de móveis. MATERIAL EM PROCESSAMENTO Material que está transitando pelas diversas etapas do processo produtivo. Preparação de tintas para pintura, na indústria de tinta MATERIAL SEMIACABADO É aquele que se encontra já na etapa final do processo produtivo (mais adiantado do que o material em processamento),mas ainda não é produto acabado. Tecido em secagem, na indústria têxtil (após tingimento, por exemplo). MATERIAL ACABADO (OU PRODUTO INTERMEDIÁRIO) É o produto que tomará parte no produto final, sem que haja alteração em suas propriedades químicas ou físicas. Pode ser adquirido de outra organização, ou fabricado internamente. Bancos de carro, na indústria automotiva. PRODUTO FINAL OU ACABADO É aquele que representa o objetivo final da organização, estando pronto para comercialização. Cadeiras, para a indústria de móveis. MATERIAL AUXILIAR É utilizado no processo de produção/ fabricação, sem que se incorpore ao produto final. Vai desde o material de expediente utilizado (papel, caneta), até ferramentas, além dos materiais por ventura consumidos - como combustíveis (óleo diesel, gasolina, carvão etc.). Canetas, resmas de papel A4, toner etc. Profa: Nazaré Ferrão 3– Possibilidade de Fazer Compra • Materiais a serem produzidos internamente. • Materiais a serem adquiridos • Materiais a serem recondicionados (recuperados internamente) • Materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende da análise caso a caso da organização) Profa: Nazaré Ferrão 3– Possibilidade de Fazer Compra VANTAGENS DESVANTAGENS • Independência de terceiros; • Maiores lucros • Manutenção de segredos sobre tecnologias próprias • Perda de flexibilidade (a empresa fica “engessada”); • Maior investimento (maiores custos). • Garantia de flexibilidade à empresa; • Menores custos (não há despesa na criação de estruturas internas) • Perda de controle tecnológico; • Dependência de terceiros; • Lucros menores VERTICALIZAÇÃO HORIZONTALIZAÇÃO Profa: Nazaré Ferrão 4 – Por Periculosidade Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial durante as atividades de manuseio e transporte. Nesta categoria, estão inseridos os explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxidantes etc. Profa: Nazaré Ferrão 5 – Por Perecibilidade Trata-se de uma classificação que leva em conta o desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes laboratoriais, entre outros, são considerados perecíveis, já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição. Profa: Nazaré Ferrão A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de imprescindibilidade do item de material nas atividades desempenhadas pela organização. As classes são assim definidas, conforme Mendes e Castilho (2009): 6 – Importância Operacional (Classificação XYZ) Em Administração de Materiais, há o conceito de materiais críticos entendidos como aqueles que são merecedores de atenção especial do gestor, por diversos motivos sejam eles financeiros, operacionais, de segurança, entre outros. Profa: Nazaré Ferrão 4 – Importância Operacional (Classificação XYZ) Classificação por importância operacional CLASSE DEFINIÇÃO Classe X Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica paralisações da produção, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e patrimonial. Classe Y Materiais que apresentam grau de criticidade intermediário, podendo, ainda, ser substituídos por outros com relativa facilidade. Classe Z Materiais de máxima criticidade, não podendo ser substituídos por outros equivalentes em tempo hábil sem acarretar prejuízos significativos. A falta desses materiais provoca a paralisação da produção, ou coloca em risco as pessoas, o ambiente ou o património da empresa. Profa: Nazaré Ferrão 6 – Importância Operacional (Classificação XYZ) Em concordância com Viana (2000). as razões para a consideração de materiais como críticos podem ser assim listadas: Razões econômicas - materiais de alto valor, ou de custos significativos de transporte e armazenagem. Razões de armazenagem, manuseio e transporte - materiais de alta periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de elevados peso e dimensão. Razões de planejamento - materiais de difícil previsão de consumo, pela organização. Profa: Nazaré Ferrão 8- Material Permanente versus Material de Consumo A classificação ABC destina-se a categorizar os itens de material por valor de demanda, ou seja, pelo valor financeiro referente ao consumo do material, em determinado período. Os itens que respondem por maior valor de demanda são ditos como pertencentes à classe A, os de menor, de classe C. As especificidades dessa classificação, bem como as metodologias de cálculo é uma ferramenta na gestão de estoque de grande importância. Profa: Nazaré Ferrão 8- Material Permanente versus Material de Consumo A classificação de um bem como permanente ou de consumo é, predominantemente, uma classificação contábil, pois é referente à Natureza de Despesa, no âmbito do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). De modo geral, podemos traçar as se definições: Material de Consumo é aquele, em razão de seu uso corrente , perde normalmente sua identidade física e/ ou tem sua utilização limitada a dois anos. Material Permanente É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde a identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior a dois anos. 8- Material Permanente versus Material de Consumo A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, por meio do art. 3 de sua Portaria no 448/2002, apresenta cinco condições excludentes para a classificação de um bem como permanente. De acordo com essa norma, é material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos seguintes quesitos: Durabilidade Fragilidade Incorporabilidade Transformabilidade Perecibilidade Profa: Nazaré Ferrão 8- Material Permanente versus Material de Consumo ‘Art. 3° Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para identificação do material permanente: I-Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos; II- Fragilidade , cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, caracterizando -se pela irrecuperabilidade elou perda de sua identidade; III- Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso; IV-Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; V- Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação." Profa: Nazaré Ferrão Os CÓDIGOS atribuídos aos itens de material, depois de efetuadas as etapa de sua classificação, podem ser de três, a saber: Alfabético = conjunto de letras que permite identificar o item de material. Devido à limitação de letras e à dificuldade de memorização, está caindo em desuso; Alfanumérico = mescla números e letras para representar o material; Numérico = apenas números são utilizados na identificação do item. Possui aplicação mais simples, generalizada e ilimitada. É o mais indicado para a classificação de materiais. Profa: NazaréFerrão Um bom sistema de codificação de materiais deve apresentar alguns requisitos , assim discriminados: Expansividade: deve suportar um aumento no rol de sua classificação, esperado com o crescimento da organização; Unicidade: o código é a "chave primária" do item de material. Isso significa que há apenas um código para cada item; Simplicidade: facilidade de compreensão e de uso; Concisão: refere-se à objetividade do sistema; Profa: Nazaré Ferrão Um bom sistema de codificação de materiais deve apresentar alguns requisitos , assim discriminados: Operacionalidade: o uso do sistema de codificação deve ser "prático e robusto no campo"; Confiabilidade: o sistema de codificação deve assegurar a qualidade que dele se espera; Versatilidade: possibilidade de adequação às mais variadas aplicações; e Padronização: existência de regras estruturadas na codificação do item. Profa: Nazaré Ferrão Há três Sistemas de Codificação de Material: Sistema de Codificação Decimal; Sistema FSC (Federal Supply Classification): Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française). Profa: Nazaré Ferrão Sistema de Codificação Decimal Sua origem foi na organização de bibliotecas, que empregava, a Classificação Decimal Universal, a mais simples das classificações, constituída de uma concatenação de grupos (ou chaves aglutinadoras) numerados de 1 a 99. A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a seguir: 01 – 01 - 123456 XX – XX - XXXXXX Há três código : grupo – classe - identificação Profa: Nazaré Ferrão Sistema de Codificação Decimal A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a seguir: 01 – 01 - 123456 XX – XX - XXXXXX Código de identificação Código de classe Código de grupo 01 = Material de informática 02 = Material de refrigeração 03 = Material hidráulico 123456 = impressora jato de tinta 220... 01 = impressora 02 = computador Profa: Nazaré Ferrão Sistema de Codificação Decimal A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a seguir: XX – XX - XXXXXX Há três código : grupo – classe - identificação O grupo é referente à distinção mais "macro" entre os materiais. Refere- se, por exemplo, a categorias do tipo “material de informática" ou ,,material hidráulico". Sua numeração é compreendida entre 1 e 99. A classe distingue materiais pertencentes a um mesmo grupo. Impressora, computador, HD externo... são todos pertencentes ao grupo "material de informática, mas apresentam classes distintas. A identificação é alusiva a uma especificação mais individualizada do item de material. Profa: Nazaré Ferrão Sistema FSC (Federal Supply Classification): É um sistema desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para classificar todos os materiais movimentados pelos diversos departamentos do governo americano. O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é denominado Federal Stock Number (FSN). É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação. Profa: Nazaré Ferrão Sistema FSC (Federal Supply Classification): É um sistema desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para classificar todos os materiais movimentados pelos diversos departamentos do governo americano. O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é denominado Federal Stock Number (FSN). É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação. XX – XX - XXXXXXX Profa: Nazaré Ferrão Sistema FSC (Federal Supply Classification): O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é denominado Federal Stock Number (FSN). É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação 7520 - 123 - 4567 00 00 00000000 Código de grupo Código de classe Número de identificação Sendo: 7520 Código de classe 234567 Número de identificação 7520.123.4567 FSN FSN Profa: Nazaré Ferrão Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française). É um sistema francês de codificação (oito algarismos), que classifica os materiais em normalizados e específicos: Normalizados: materiais de ampla aplicação, não sendo específicos a determinada máquina ou equipamento (ex.: parafusos, lâmpadas, conectores etc.); Específicos: materiais com aplicabilidade restrita a determinado equipamento (ex.: compressor para geladeira Brastemp). Profa: Nazaré Ferrão
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