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04/12/13 1 Foliação Feição planar que ocorre repe6da e penetra6vamente numa rocha. As estruturas foliadas são definidas pelo paralelismo mais o menos rigoroso dos componentes planares da trama. FOLIAÇÃO PRIMÁRIA Relacionada ao processo original de formação da rocha. Não vinculada com deformação ou metamorfismo. Formadas durante a deposição de sedimentos nas rochas sedimentares (estra6ficação / laminação) Formadas durante a cristalização das rochas ígneas (acamamento ígneo, bandeamento de fluxo em rochas vulcânicas). FOLIAÇÃO SECUNDARIA Gerada por esforços e deformação sobrepostos ao processo de formação da rocha. Geralmente associada ao metamorfismo das rochas sob condições predominantemente dúcteis. Podem ser tectônicas (causadas por esforços tectônicos que produzem encurtamento horizontal das camadas – Zpico em cinturões orogênicos) ou não tectônicas. Tipos básicos de foliação: CLIVAGEM XISTOSIDADE FOLIAÇÃO GNÁISSICA FOLIAÇÃO MILONÍTICA Foliação espaçada Caracterizada por domínios de clivagem (com minerais planares subparalelos) e micrólitons (domínios onde a foliação não é penetra6va ou inexiste). Foliação con@nua Apresenta distribuição altamente penetra6va, não espaçada, homogênea, cons6tuída de minerais placoides (micas, anfibolitos). Não discrimina micrólitons. TERMINOLOGIA DAS IDADES RELATIVAS U6liza-‐se a designação “S” para foliações. As foliações numa dada área de estudo que podem ser atribuídas a idades diferentes são designadas por “Sn”, onde “n” indica a idade rela6va. As foliações primarias e de compactação são denominadas S0. O mesmo conceito se aplica às dobras u6lizando a letra “F” (fold). Foliações associadas a dobras levam o mesmo subfixo. SIMBOLOGIA CARTOGRÁFICA (não uniformizada) CLIVAGEM Propriedade de natureza essencialmente mecânica definida por supermcies ao longo das quais a rocha pode se par6r mais facilmente. Fonte da imagem: Internet PLANOS DE FISSILIDADE: Planos preferenciais de par6ção. Caracterís6ca do nível estrutural médio (até 350 -‐ 375°C). Geradas geralmente por cisalhamento puro. O plano de clivagem coincide com o plano XY da deformação. Tipos de clivagem De COMPACTAÇÃO De DISSOLUÇÃO ARDOSIANA FILÍTICA De FRATURA De CRENULAÇÃO 04/12/13 2 Clivagem de compactação Foliação secundaria não tectônica. O processo envolve reorientação de grãos, colapso de poros e dissolução por pressão. O resultado é um retrabalhamento e acentuação da foliação primária (acamamento). Em rochas carboná6cas a compactação pode originar clivagem es@lolí@ca (de dissolução) definindo suturas horizontais com espaçamento cen6métrico. Um ARGILITO gera um FOLHELHO CLIVAGENS TECTÔNICAS Clivagem de dissolução (es@lolitos) Clivagem descon6nua. Gerada a par6r de dissolução por pressão ao longo de planos paralelos pouco espaçados. Os planos são marcados pela presença de resíduos de dissolução. Comuns em rochas carboná6cas. Planos perpendiculares a σ1 formando alto angulo com o acamamento. Clivagem ardosiana Supermcies de clivagem subparalelas, lisas ao tato definidas pela orientação planar de minerais muito finos (esp. sericitas e argilas). A clivagem ardosiana caracteriza litologias de baixo grau metamórfico geradas a par6r de protólitos de granulação muito fina (6picamente pelí6cos ou tufáceos). Penetra6va na escala microscópica. Num ponto intermediário do processo forma-‐se a clivagem em lápis (descon6nua). Na clivagem ardosiana S1 prevalece sobre S0 e a foliação é conZnua. A rocha formada é uma ARDOSIA Clivagem ardosiana SUA FORMAÇÃO ENVOLVE PROCESSOS DE: Dissolução de quartzo. Difusão via húmida dos componentes. Concentração e reorientação dos argilominerais (ortogonal a σ1). Crescimento mineral paralelo ao plano de clivagem. Clivagem em lápis Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Clivagem filí@ca Aumento do grau metamórfico (facies xistos verdes). Crescimento de filosilicatos a par6r dos argilominerais. Desenvolvimento de domínios QF e M. A rocha formada é um FILITO Xistosidade Aumento do grau metamórfico (facies de xistos verdes alta / anfibolito baixa). Incremento do tamanho dos cristais (visíveis em amostra de mão) Foliação menos plana envolvendo agregados de QF e outros minerais metamórficos (granada – cianita – anfibólio). A rocha formada é um XISTO Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Clivagem filí@ca e xistosidade 04/12/13 3 Clivagem de fratura Estrutura descon6nua definida por um sistema de microfraturas espaçadas (domínios de clivagem) que separam porções não deformadas da rocha denominadas micrólitons. Sistema6camente associada ao desenvolvimento de dobras com as quais guardam estreitas relações geométricas. Este 6po de clivagem começa de forma incipiente nas zonas de charneira das dobras e coma intensificação da deformação passam a ser mais generalizadas. RELAÇÃO ENTRE DOBRAS E CLIVAGEM As clivagens são feições sistema6camente associadas a dobramentos. Relação geométrica simples com as dobras singené6cas: Nos estágios iniciais da deformação, as clivagens usualmente desenham um leque convergente ara a parte central das dobras. Com o progresso da deformação, os planos de clivagem tendem a ser paralelos ao plano axial (clivagem de plano axial). A relação geométrica entre a clivagem e os flancos das dobras pode ser u6lizada para iden6ficar a posição das charneiras e a vergência da dobra (especialmente nas dobras inclinadas ou inver6das). Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) Clivagem de plano axial Clivagem de plano axial Fonte: Marli Bryant Miller (marlimillerphoto.com) Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) CLIVAGEM DE PLANO AXIAL Refração de clivagem Variações na competência das rochas controlam a geometria das clivagens, observando-‐se uma refração dos planos de clivagem que acompanha a mudança de competência. Nas camadas mais competentes os planos de clivagem tendem a ser mais perpendiculares á camada. Clivagem de crenulação Clivagem descon6nua na qual os planos de clivagem correspondem aos planos axiais de microdobras sistemá6cas. Acontece quando uma clivagem tectônica e afetada por uma geração de clivagem posterior (Sn sobreposta a Sn-‐1). Condições: variação do campo de esforços (local ou regional) ou ocorrência de uma nova fase de deformação. Geralmente em RM com orientação planar muito penetra6va. A geometria das microdobras é variável, podendo ou não ser simétrica. Os kinks são comuns. 04/12/13 4 Clivagem de crenulação Fonte: Marli Bryant Miller (marlimillerphoto.com) Xistosidade (mecanismos) Rotação passiva Quando subme6dos a compressão, os minerais planares tendem a se posicionar por rotação dentro do plano XY do elipsoide de deformação. Este mecanismo so é possível quando a matriz se deforma o suficiente para permi6r a rotação. Dissolução por pressão Uma pressão dirigida pode provocar uma dissolução das faces dos grãos expostas a σ1. O material removido migra por difusão na fase fluida podendo sair do sistema ou ser fixado nas faces expostas ao σ3 do mesmo grão. Blastese orientada O crescimento de minerais em estado sólido (blastese) durante o metamorfismo, desenvolve cristais que tendem a crescer dentro do plano XY. Plas@cidade cristalina Mecanismo de reorientação gerado a par6r de reorganizações da rede cristalina dos minerais. Xistosidade Deformação em escala intracristalina. Mecanismo de reorientação gerado a par6r de reorganizações da rede cristalina dos minerais. Os defeitos cristalinos facilitam deslocações intracristalinas que levam à transformação sem ruptura da forma dos grãos. Os eixos ó6cos apos a deformação apresentam direções variáveis dentro do mesmo cristal, o que pode ser observado microscopicamente como ex@nção ondulante. ! Fonte: Prof. Michel H. Arthaud Xistosidade Num nível de deformação maior formam-‐se sub-‐grãos (caracterizados microscopicamente pela ex6nção fragmentada que permite iden6ficar num mesmo grão, regiões ó6cas separadas por linhas bem definidas. !! Fonte: Prof. Michel H. Arthaud Xistosidade RELAÇÃO ENTRE DOBRAS E XISTOSIDADE A xistosidade não apresenta dobramentos sistemá6cos associados. Estes podem aparecer eventualmente mas em forma esparsa e sem nenhuma regularidade. Deformação dominada por cisalhamento simples: a dobra deforma a própria xistosidade (gerada na mesma fase de deformação) e não uma supermcie anterior. Xistosidade DOBRAS E XISTOSIDADE As dobras tendem a ser eliminadas com o avanço da deformação (a dobra é cisalhada). Neste processo a dobra pode ser totalmente refoliada ou parcialmente preservada como dobra intrafolial. ! Fonte: Prof. Michel H. Arthaud 04/12/13 5 Transposição Com o aumento da deformação, a nova organização planar passa a predominar muito sobre a estruturação inicial, podendo até apagá-‐la totalmente. Este fenômeno é chamado TRANSPOSIÇÃO. ESTADO AVANÇADO DE DESENVOLVIMENTO DE UMA FOLIAÇÃO CLÁSSICA. ! Fonte: Prof. Michel H. Arthaud BANDAMENTO GNAISSICO (Foliação gnáissica) Intercalação de lenZculas ou bandas planares bem definidas ou difusas, seguindo planos paralelos penetra6vos por toda a rocha. As bandas apresentam contrastes de cor e composição determinados pela alternância de agregados minerais leucocrá6cos (QF) e melanocrá6cos (M). Fonte: Marli Bryant Miller (marlimillerphoto.com) Fonte: Marli Bryant Miller (marlimillerphoto.com) BANDAMENTO GNAISSICO Segregação metamórfica O Resultado é uma rocha bandada. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) BANDAMENTO GNAISSICO Transposição O Resultado é uma rocha bandada com dobras intrafoliais. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) BANDAMENTO GNAISSICOTransposição Deformações intensas são necessárias para a6ngir esse estágio de transposição. LINEAÇÕES Termo descri6vo para fazer referência aos elementos lineares que aparecem nas rochas. Componentes que apresentam uma dimensão consideravelmente maior que as outras duas. PRIMARIAS (fluxo magmá6co – alinhamento de seixos ou fósseis). SECUNDÁRIAS (resultantes da deformação). Designação “L” As lineações numa dada área de estudo que podem ser atribuídas a idades diferentes são designadas por “Ln”, onde “n” indica a idade rela6va. 04/12/13 6 Lineamentos SIGNIFICADO DIFERENTE Estruturas lineares observadas em escalas de mapas, fotografias aéreas ou imagens de satélite. Geralmente determinadas pela intersecção de estruturas planas com a supermcie do terreno. LINEAÇÕES Penetra@vas Definem uma trama linear formada por agregados de minerais segundo uma orientação preferencial penetra6va na rocha com espaçamento de escala microscópica a cen6métrica. Superficiais As feições lineares estão restritas a uma supermcie (estrias de falha – fibras minerais). Geométricas Podem não estar materializadas fisicamente (eixos de dobras – intersecções). Lineações Tectonitos L Xistosidade Tectonitos S Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) LINEAÇÃO DE ESTIRAMENTO MINERAL Definida pela forma alongada dos objetos deformados. Geradas principalmente por deformação plás6ca. Tipo mais comum em rochas metamórficas. Tectonitos L. Lineações LINEAÇÕES DE INTERSECÇÃO Em rochas com mais de um conjunto de estruturas planas. Podem ser penetra6vas ou não. LINEAÇÃO DE CRENULAÇÃO Estrutura penetra6va associada à clivagem de crenulação. Definida pelas múl6plas charneiras paralelas com espaçamento milimétrico a cen6métrico. Lineações superficiais Estrias de falha -‐ Lineação fibrosa. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012) LINEAÇÕES Boudins Camadas competentes de rocha que foram es6radas e segmentadas. Em geral os segmentos estão mais alongados em uma direção, cons6tuindo uma feição linear. Lineação não penetra6va. Seu reconhecimento como lineação depende da supermcie de exposição. Fonte: GEOLOGIA ESTRUTURAL (Fossen 2012)
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