Buscar

Resumo Estrutural 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lineações
Conjunto de linhas penetrativas definida por:
- Orientação preferencial de corpos lineares (cristais ou outro marcador qualquer)
- Orientação preferencial de corpos planares alongados
- Eixos de elementos da trama (dobras)
- Intersecção de estruturas planares penetrativas
Uma lineação é um elemento de trama no qual uma dimensão é consideravelmente maior que as outras duas.
· Lineação Primária (Lo)
- Lineação de fluxo de lava (pahoehoe ou lava em corda);
- Eixo de estruturas colunares (disjunção);
- Eixo maior de seixos não-esféricos;
- Fósseis alinhados;
- Marcas de ferramenta e lineação de partição;
- Orientação preferencial de forma de minerais indeformados em rochas ígneas.
· Lineação de Partição (ou lineação de corrente)
- Grãos de areia alinhados, na superfície de arenitos, com frequência acompanhados de finas estrias.
- Resulta de fluxo rápido e é usada para indicar a direção da paleocorrente (mas não o sentido).
· Lineação Tectônica
- Resulta de deformação em resposta a um campo tensional.
- As lineações se classificam em:
* Lineações penetrativas – constituem uma trama linear
* Lineações de superfície – restritas a uma dada superfície, como as estrias de deslizamento (regime rúptil)
* Lineações geométricas (não-físicas) – eixos de dobras ou lineações de intersecção
· Lineação Mineral
- Trama linear penetrativa marcada por:
* Alinhamento dimensional de minerais prismáticos alongados ou aciculares, tais como anfibólio, turmalina
* Agregados alongados de grãos equidimensionais
- Pode se formar por:
* Rotação corporal de cristais rígidos em matriz muito mais dúctil (p. ex. anfibólio em matriz micácea) – pouco comum
* Neocristalização sincinemática por meio de mecanismos de deformação plástica ou de um processo de dissolução/reprecipitação.
- Relação com o elipsóide de deformação finita depende do contraste de viscosidade com a matriz.
- Os minerais e agregados minerais podem formar uma trama linear por recristalização, dissolução/precipitação ou rotação rígida.
- A catáclase, a dissolução por pressão e a recristalização contribuem para a modificação da forma de minerais e agregados de minerais durante a deformação.
· Lineação de Estiramento
- É definida pela forma de objetos deformados;
- Permite determinar uma relação quantitativa entre o grau de desenvolvimento da lineação e a deformação (strain) necessária para gerá-la;
- É o tipo de lineação mais comum em rochas que sofreram deformação dúctil;
- Pode se formar em praticamente qualquer condição de temperatura, mas depende das condições de plasticidade da rocha – diferentes mecanismos de recristalização.
· Lineação de Intersecção
- Resulta da intersecção de duas famílias de superfícies penetrativas.
- É comum em rochas dobradas, que têm foliação plano-axial.
- É um tipo de lineação bastante comum e relacionam-se a dobramentos, com a lineação sendo paralela ao traço axial e à linha de charneira.
- As foliações envolvidas podem ser primárias ou secundárias.
Se a primeira clivagem tectônica (S1) corta o acamamento primário (So), a lineação de intersecção resultante (L1) aparece no plano de acamamento.
· Lineações de Eixo
- Tendem a se formar paralelos ao eixo da dobra de mesma idade.
- Crenulações, boudins, mullions e estruturas tipo lápis.
Lineação de Crenulação
- São compostas por numerosas charneiras em escala milimétrica a centimétrica de dobras de pequena amplitude.
- São comuns em filitos, xistos e em camadas micáceas em quartzoxistos, milonitos e gnaisses que passaram por múltiplas fases de deformação.
- Têm uma relação próxima com as lineações de intersecção, mas são diferentes por serem marcadas por charneiras de dobras visíveis a olho nu.
- É paralela à lineação de intersecção e ao eixo da dobra.
Boudins
- São camadas competentes de rocha que foram estiradas e segmentadas.
- Os boudins individuais são, em geral, muito mais alongados em uma direção do que nas outras duas e, portanto, definem uma lineação.
- Os boudins lineares formam-se nos casos em que o eixo X do elipsoide de deformação é significativamente maior que o eixo Y.
- Quando presentes em rochas dobradas, os boudins aparecem tipicamente nos flancos das dobras, com seus eixos mais longos orientados na direção do eixo da dobra.
Mullion
- Se restringe à interface entre rochas competentes e incompetentes (contraste de viscosidade significativo).
- A forma em cúspide dos mullions sempre aponta para a rocha competente, ou seja, para aquela com maior viscosidade no momento da deformação.
- Têm uma relação próxima com as dobras de flambagem, no sentido de que sua formação é condicionada pelo contraste em viscosidade, seu encurtamento é paralelo ao acamamento e seu comprimento de onda está relacionado ao contraste de viscosidade. Mas os mullions diferem das dobras por flambagem por terem menos comprimento de onda e estarem restritos a uma única interface de camadas.
Estruturas tipo Lápis
- Resulta da interferência nítida entre a clivagem de compactação e uma clivagem tectônica subsequente.
- Têm uma orientação preferencial e formam lineações em rochas não metamórficas e metamórficas de grau muito baixo.
Em síntese, pode-se generalizar que enquanto as lineações penetrativas tendem a marcar o eixo X do elipsóide de deformação, as lineações geométricas geralmente marcam o eixo Y (CUIDADO especial com eixos de DOBRAS!).
· Lineações no Regime Rúptil
Algumas lineações ocorrem apenas em superfícies de fraturas. Elas não constituem elementos de trama e são mais características do regime rúptil na crosta superior. Essas lineações representam crescimento mineral em fraturas extensionais, estrias escavadas em planos de fraturas de cisalhamento e falhas, intersecção de fraturas e curvatura de fraturas formadas em um estágio anterior.
As lineações minerais no regime rúptil geralmente se restringem a fibras minerais, que crescem em uma direção preferencial em fraturas.
Apesar de um movimento extensional estar envolvido na formação de lineações de fibras minerais, isso não significa que essas lineações se restringem a fraturas extensionais. 
As estrias ou estrias de atrito são lineações encontradas em fraturas de cisalhamento e formadas pela abrasão física entre os blocos. Uma superfície suave e estriada de falha é denominada espelho de falha, que tende a ser uma superfície polida, recoberta por uma camada delgada (≤ 1mm) de rocha cominuída e coesa em plano de falha. Objetos rígidos e asperezas podem escavar sulcos de falha. O termo lineação de sulco pode ser usado para esse tipo de estria.
As estrias geométricas relacionam-se a irregularidades ou enrugamentos de uma superfície de falha. Essas irregularidades podem ter uma orientação preferencial ou um eixo na direção do deslizamento e aparecer como lineações na parede exposta. Um tipo especial de estria geométrica são as estrias em forma de charuto observadas nas paredes de zonas de alta densidade de bandas de deformação. 
- Há dois tipos principais de estruturas lineares em falhas: as formadas por abrasão mecânica (estrias) e as formadas por crescimento mineral (lineações fibrosas de deslizamento).
- Lineações fibrosas, estrias de atrito e outras lineações associadas a falhas são paralelas à direção de movimento, mas não revelam por si só o sentido do cisalhamento.
· Lineações no Regime Plástico
As lineações são comuns em zonas de cisalhamento plástico e em zonas miloníticas, incluindo as zonas de cisalhamento extensionais, transcorrentes e de cavalgamento.
Boudinage
· Boudins
- Boudins resultam da segmentação de camadas competentes sob estiramento . 
- O tipo mais comum, (abaixo) tem eixo maior paralelo ao eixo da dobra (X > Y > Z). 
- São sempre mais desenvolvidos nos flancos que na zona de charneira. 
· Boudinage
- É o processo que leva à geração de estruturas extensionais por meio de extensão paralela a uma camada originalmente contínua. 
- Boudins se formam onde camadas competentes isoladas são estendidas até a ruptura, tendo percorrido uma trajetória frágilou dúctil até a ruptura . 
- A ruptura pode ser extensional (=trativa) ou cisalhante, resultando em geometria distinta.
· Geometria dos Boudins resultante do grau de ductilidade e tipo de fratura
· Boudinage x Pinch-and-swell
- As estruturas de estricção (pinch-and-swell) são regularmente espaçadas marcadas por adelgaçamento de camadas competentes, sem separação em fragmentos isolados ou Boudins. O processo pelo qual essas estruturas se formam é conhecido como necking.
- A formação dos Boudins regulares e de estruturas de estricção é controlada por temperatura, taxa de deformação e contraste de viscosidade ou foliação bem definida. A alta temperatura facilita os mecanismos de deformação plástica, mesmo em camadas competentes. Um alto contraste de viscosidade e uma alta taxa de deformação favorecem o faturamento das camadas competentes. Esses parâmetros afetam também a forma dos Boudins.
· Espessura, largura, separação, morfologia
- Camadas mais espessas desenvolvem boudins mais largos que as mais finas. 
- A razão largura / espessura expressa a razão de forma do boudin (comumente de 2 a 4). Depende da viscosidade da camada. 
- O valor da separação independe da viscosidade, mas depende da quantidade de strain. 
- Se a extensão continuar após a ruptura, vai aumentar a separação. 
- A morfologia dos boudins depende principalmente da ductilidade do material boudinado – quanto mais dúctil, mais estirado - e do seu contraste de competência com a matriz. 
- A concentração máxima da tensão é sempre nos cantos dos boudins, que vão ser sempre a primeira parte a deformar. Nos casos em que a concentração de esforços causa a deformação dos boudins, há a formação de boudins em forma de barril ou de boudins em forma de boca de peixe.
- Os boudins retangulares indicam alto contraste de competência e deformação mais rúptil que os boudins em forma de barril.
- A tensão trativa que causa a boudinage aumenta dos cantos em direção ao centro do boudin. 
- Portanto, os boudins mais largos têm uma concentração maior de tensão trativa no centro do que os mais estreitos. 
- O resultado é que a subdivisão em boudins tende a prosseguir até que a tensão trativa no centro fique abaixo de um valor crítico, o que ocorre quando o boudin tem a largura menor que um valor crítico. 
- Esse valor crítico ocorre quando a tensão trativa no boudin é menor que a resistência trativa do material. 
- O modelo explica também porque os boudins individuais de uma mesma camada não mantêm exatamente a mesma largura. 
· Boudinage assimétrica e rotação
- Boudins assimétricos são separados por fraturas de cisalhamento que tendem a desaparecer fora da camada boudinada. 
- Se a camada boudinada se comporta de modo frágil, então a resistência da camada determina se a fratura vai ser extensional ou cisalhante: 
* Em geral as fraturas de extensão se formam se (σ1 – σ3) < 4T0 
* Onde To é a resistência trativa da camada 
- Quando separados for fraturas cisalhantes, os boudins podem sofrer extensão, cisalhamento ou rotação no próximo incremento de deformação. 
Os boudins curtos são rotacionados de modo sintético em relação ao sentido de cisalhamento, ao passo que os boudins longos apresentam uma rotação reversa.
Sentido típico de rotação de boudins durante cisalhamento simples. A rotação se dá “contra” o sentido de cisalhamento e pode ser denominada rotação reversa.
· Efeito da orientação inicial das camadas
- Se a orientação da camada é oblíqua à compressão principal formam-se boudins assimétricos em regi-me de cisalhamento puro porque tendem a se paralelizar com o plano XY de achatamento durante a deformação coaxial.
- A assimetria se desenvolve porque o material mais rígido tende a girar mais lentamente que a foliação circundante. 
- Quanto menor a razão de forma dos boudins (mais quadrados), maior a diferença na velocidade de rotação entre eles e a foliação. 
- Com a progressão da deformação, a diferença de ângulo tende a diminuir, mas dificilmente paraleliza. 
É impossível definir se a deformação é coaxial ou não coaxial apenas com base na observação de uma única ocorrência de Boudins rotacionados. Estes podem formar-se tanto em deformação coaxial como não coaxial, e estruturas adicionais devem ser usadas para avaliar sua vorticidade.
· Boudinage e a elipse de deformação
· Boudinage de Foliação
- A Boudinage de foliação ocorre onde há uma forte anisotropia plana (foliação) em rochas deformadas.
- Os boudins de foliação simétricos são separados por fraturas extensionais, preenchidas por quartzo ou outros minerais hidrotermais, ou, ainda, pelo fluxo de camadas adjacentes. A foliação no interior do boudin é tipicamente comprimida em direção à fratura extensional.
-Os boudins de foliação assimétricos são separados por fraturas de cisalhamento rúptil ou por bandas de cisalhamento dúctil, mostrando movimentos relativos ao longo das fraturas ou bandas. Aparentemente, o preenchimento mineral é menos comum que nos boudins simétricos de foliação. 
- A foliação simplesmente se rompe, permitindo que ocorra mais movimento extensional. A Boudinage de foliação é, portanto, um tipo de estrutura que se desenvolve em um estágio relativamente tardio da deformação, após o desenvolvimento pleno da foliação.

Outros materiais