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RESUMO - Economia - 2º Bimestre


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DIREITO E ECONOMIA
-> O Direito e a Teoria Microeconômica: O foco dessa teoria é o funcionamento da estrutura do mercado, ou seja, quais são seus meios de funcionamento, regras, bases e etc. Havendo problemas, criaram-se leis onde o Estado tem certa autonomia para corrigir tais erros e tornar mais eficiente esse sistema, em exemplo disso temos as LEIS DE CONCORRÊNCIA (VIDE TEXTO “O que é o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.” E “CADE”). 
-> Regulação Econômica: Eis aqui um conjunto de regras que limitam a liberdade de ação ou de escolha dos agentes econômicos (empresas, cartéis, etc.), cuja aplicação é sustentada pelo poder de coerção do Estado. As AGÊNCIAS REGULADORAS (VIDE TEXTO “Agências Reguladoras”) são uma entidade de direito público, com personalidade jurídica e patrimônios próprios, destinada à execução de atividades destacadas da administração direta, ou seja, é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei e com capacidade de auto-administração, que visa ao desempenho de serviço público, com isso de acordo com a CF/1988, a exploração direta da atividade econômica deve ser feita pelo agente privado. Cabe ao Estado exercer funções de fiscalização e incentivo, enquanto agente normativo e regulador da atividade econômica. Nisso com o surgimento das AR’s, o Estado sai da função Intervencionista (Estado-empresário) e passa a assumir a função de Estado Regulador (Estado-regulador), ou seja, surge um movimento de desestatização da economia, o sistema privado passa a ter mais autonomia e o Estado agora apenas fiscaliza e regulamenta (controle de preços. Qualidade dos serviços e etc...) o mercado econômico em certos setores. 
São algumas AR’s: ANATEL, ANVISA, ANP, ANAC... 
-> Estruturas de Mercado: BÁSICAMENTE é a forma de organização dos vários mercados, os preços e a produção dos produtos são determinados de acordo com as diversas condições do mercado:
As várias formas ou estruturas de mercado dependem, por sua vez, de três características:
Número de empresas que compõem o mercado;
Tipo do produto: idênticos (Fabricas de Palitos de dente por exemplo) ou diferenciados (Fábricas de Carros);
Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 
**** CONCORRÊNCIA PERFEITA: ****
- Ambiente onde grande número de empresas produzem exatamente o mesmo produto ou serviço, empregando custos e meios de produção similares;
- Existência de um grande número de consumidores, todos tendo as mesmas informações sobre condições, preços e ofertas existentes no mercado;
- Ocorrência de similaridade entre os produtos oferecidos no mercado;
- Inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado em questão;
- Lucros são normais a longo prazo (sem grandes lucros); 
- Essa concorrência visa dar os menores preços aos consumidores.
Exemplos de mercados que se aproximam da concorrência perfeita: comércio varejista em geral e o mercado de commodities.
**** CONCORRÊNCIA IMPERFEITA: ****
 Uma situação de Concorrência Imperfeita corresponde a uma estrutura de mercado em que não se verifica a concorrência perfeita, ou seja, em que existe pelo menos uma empresa ou consumidor com poder suficiente para influenciar o preço de mercado. São exemplos de situações de concorrência imperfeita os monopólios, oligopólios e concorrência monopolística.
 Monopólios: Monopólio é uma situação econômica em que uma única empresa controla a produção e comercialização, ou apenas uma destas atividades, de um determinado produto ou serviço. O termo monopólio também é usado quando, mesmo havendo concorrentes, uma determinada empresa ou um grupo empresarial domina quase por completo as vendas de um determinado produto, deixando uma pequena fatia do mercado para a concorrência. Numa economia de mercado, o monopólio é desvantajoso para os consumidores, pois prejudica a livre concorrência. Isto ocorre, pois a empresa ou grupo empresarial que possui exclusividade ou amplo domínio na produção e venda de uma mercadoria pode controlar os preços do produto, mantendo-os num patamar elevado. Pode ocorrer também a queda da qualidade do produto ou serviço da empresa que possui o monopólio, pois sem concorrência, não há interesse em fazer investimentos visando aumento de qualidade.
 
 - Principais práticas monopolistas:
 Cartel - Empresas de um mesmo setor se unem para adotar práticas comerciais de comum acordo, visando estabelecer preços, dividir mercado e controlar matérias-primas.
Truste - Ocorre a partir da união ou fusão de empresas. Tem como objetivo a adoção de práticas econômicas que visam aumentar os lucros através, principalmente, do aumento de preços de seus produtos e serviços.
 Holding - Num grupo de empresas, uma delas domina o grupo através de controle acionário. A empresa controladora geralmente não produz, mas apenas faz a gestão financeira e centraliza a administração. Assim, a holding controla o capital das subsidiárias, favorecendo a concentração do capital.
 
Monopólio no Brasil atual
A legislação comercial brasileira proíbe a criação de monopólios e práticas monopolistas nos diversos setores da economia. Existem dispositivos legais para evitar o domínio de uma empresa sobre a comercialização de um determinado produto ou serviço. Até mesmo as fusões de empresas são analisadas e devem ocorrer somente com a aprovação de órgãos públicos especializados, a fim de evitar a formação de monopólio. Por outro lado, vale lembrar que no Brasil o setor do petróleo é praticamente um monopólio do governo.
Oligopólios: Oligopólio é um termo usado quando um grupo de empresas domina o comércio de um determinado produto ou serviço podendo ser puros (produtos homogêneos) ou diferenciados (produtos heterogêneos). Para os consumidores a formação de oligopólios não é boa, pois dificulta a entrada de outras empresas no setor dominado. Desta forma, a concorrência diminui e os preços podem ficar altos. Os países que seguem uma economia baseada na livre concorrência empresarial, tomam medidas que dificultam a formação de oligopólios na economia.
A concorrência entre as empresas ocorre não pelo preço, mas por questões extrapreço marketing. (atendimento, publicidade, promoções, etc.);
Exemplos de Oligopólios: indústria automobilística, de vidros, cimento, aço, pneumáticos, cias aéreas, etc.
Concorrência Monopolística: Estrutura de mercado intermediária entre concorrência perfeita e monopólio. Número relativamente grande de empresas ofertantes com certo poder de concorrência, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, as empresas procuram criar diferenciais competitivos para seus produtos (diferenciação). Há margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado. A concorrência extrapreço é intensa – marketing, usado realçar as diferenças dos produtos, também não há barreiras à entrada de novos ofertantes – lucros normais no longo prazo. 
- Monopsônio: Forma de mercado em que há somente um comprador para muitos vendedores.
- Oligopsônio: Forma de mercado em que há poucos compradores negociando com muitos vendedores. 
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO 
Feudalismo – (Idade Média):
 O feudalismo foi um modo de organização social e política baseado em relações servis (Senhores Feudais/Servos). A economia era basicamente agrária, baseada na subsistência, trabalho servil e no escambo (troca) embora já existissem as moedas (dinheiro), a propriedade pertencia à realeza, ao clero e aos senhores feudais (Estado), a ética paternalista cristã legitimava moralmente a economia feudal e as relações sociais e econômicas, os valores do feudalismo representam a antítise dos valores do sistema capitalista de mercado e logo mais tarde o feudalismo foi sucedido pelo capitalismo comercial (pré-capitalismo). 
Mercantilismo (Séc. XVI-XVIII):
Conjunto de práticas econômicas desenvolvida na Europa no início da Idade Moderna, representando a primeira escola econômica voltada para a acumulação de riquezasde uma nação, com isso, obviamente teve uma forte intervenção do Estado. Estimulava o comércio exterior, objetivando a exportação e não a importação e buscavam também sempre o acumulo de metais preciosos, que eram de grande importância para a economia da época. 
Fisiocracia (Séc. XVIII): 
O sistema econômico era visto como um organismo regido por leis inerentes ao cosmo. Nesta escola econômica desenvolveu-se a ideia da terra como fonte de toda a riqueza. A escola fisiocrática, ao contrário do mercantilismo, estava concentrada na elaboração de uma explicação da vida econômica, e apesar de sua breve duração, e de certa proximidade cronológica com a escola clássica econômica (cujo maior representante foi sem dúvida Adam Smith), é reconhecida pela grande maioria dos economistas como o início da moderna ciência econômica como hoje é conhecida. O francês François Quesnay, médico da corte e do rei, que em 1756, aos 62 anos, orienta suas pesquisas para os problemas econômicos, dando origem à Fisiocracia. Para Quesnay, a sociedade era semelhante ao organismo físico, onde a circulação de bens e riqueza na economia faziam às vezes da circulação do sangue no corpo. Ambos, a circulação de riquezas e a circulação sanguínea poderiam ser compreendidos por meio de análise cuidadosa. 
Entre as principais características do pensamento fisiocrático, é importante mencionar:
Ordem natural - conceito introduzido pelos fisiocratas, em que a economia funcionava por uma ordem natural inerente e pré-existente. De acordo com essa premissa, as atividades humanas deveriam ser mantidas em harmonia com as leis naturais.
"Laissez faire, laissez passer" (deixe fazer, deixe passar) - expressão creditada a Vincent de Gournay e que é o resumo de um conceito caro aos fisiocratas, que determinava que os governos não deveriam interferir nas atividades humanas, sendo que estas estariam em conformidade com as leis naturais.
Ênfase na agricultura - era consenso entre os fisiocratas que a indústria, comércio e manufatura estavam subordinadas à agricultura, e, em menor proporção à mineração, por serem estas as fontes de riqueza, enquanto que os demais setores não detinham o fator produção, sendo, na concepção fisiocrata, meros transformadores.
Reforma tributária - sendo a agricultura a atividade nuclear no desenvolvimento do modelo fisiocrata, os seguidores de tal doutrina econômica acreditavam que países como a França (a esmagadora maioria dos fisiocratas era de  intelectuais franceses) deveriam unificar a série de impostos existentes, transformando-o num único imposto, a ser cobrado da atividade agrícola, tendo como foco principal os grandes donos de terra. Esta idéia refletia uma reação à condição em que se encontrava economicamente a França, com traços de mercantilismo, mas também de feudalismo, e tal reforma procurava atuar na parte feudal da economia francesa, principalmente.
LIBERALISMO CLÁSSICO – Teoria Clássica: 
O surgimento do pensamento econômico clássico ocorre contemporaneamente com a Revolução Industrial (Iluminismo e Revoluções Burguesas). Opunha-se a idéia de controle da vida econômica e social pelo governo privilegiando a liberdade e o individualismo onde com isso a ordem econômica deveria resultar da ordem natural que governa todos os aspectos da vida humana. 
O conceito de mão invisível de Adam Smith, parte do princípio que a economia sempre tende a entrar em equilíbrio, seguindo a lei de oferta e demanda, quando um bem tem o preço elevado demais, a demanda por este bem caí, chegando a um novo equilíbrio, Smith explicava isso, dizendo metaforicamente que existia uma mão invisível atuando no mercado que sempre o levava a seguir a Lei de oferta e demanda e voltar ao equilíbrio
O índivíduo, na busca de satisfação pessoal máxima (lucro), contribuíria para o máximo do bem-estar social. A teoria do valor-trabalho de Adam Smith parte da idéia de que a atividade econômica é essencialmente coletiva, e que a mesma era essencial para a riqueza das nações. Outro ponto que defendia era o da divisão do trabalho, que segundo o mesmo levaria a especialização dos trabalhadores em determinadas tarefas e, por conseqüência, ao aumento da produção. Para os liberais clássicos, o Estado na economia deveria limitar-se apenas à segurança nacional, manutenção da ordem e da justiça e assegurar os direitos de propriedade, já o mercado seria o regulador natural das decisões econômicas e isso traria benefícios para a sociedade como um todo. 
Traços dominantes da ordem econômica liberal clássica:
 Governo mínimo;
 Propriedade privada dos meios de produção;
 Livre iniciativa empresarial e o mercado como centro de coordenação econômica. 
TEORIA KEYNESIANA:
 Conjunto de idéias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado.
 O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante.
 A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.