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RESUMO - ÈTICA - 1º Bimestre

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ÉTICA – 6º PERÍODO – 1º BIM – PROF. EDIMAR 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
ÉTICA – Prof. Edimar Inocencio Brigido 
 
ABORDAGENS E PERSPECTIVAS 
Saber o que é ética, moral e lei.  Uma ação moral é também uma ação ética?  Quando uma ação é moral?  Quando uma ação é ética?  Uma ação moral no Brasil também poderá ser considerada moral em qualquer outro país?  Uma ação legal é também uma ação ética? Por que as pessoas geralmente procuram agir de acordo com os códigos de conduta se sua cultura? As pessoas seguem regras, pois buscam a aceitação social, buscando fugir do preconceito social. Isso inclui aqueles que são críticos do sistema, pois a necessidade de aceitação é inerente ao homem. A vontade de aceitação surge porque faz com que as pessoas sintam-se normal ao seguir as mesmas regras e valores, costumes e hábitos propicia segurança e provoca sensação de pertença. Aqueles que não se sentem normais, seguros e pertencentes à sociedade são marginalizados por esta, taxados como loucos. Seguir regras X Não segui-las Normal → Anormal Moral → Imoral Correto → Incorreto MORAL E LEI De onde surgem as normas e as regras que compõe o código de conduta de uma determinada cultura? As normas e regras surgem dos valores fundamentais prezados pela cultura. Alguns desses valores são tidos como imprescindíveis e acabam sendo exteriorizados como normas jurídicas, leis. Sendo assim a lei é uma exteriorização da moral, havendo uma relação íntima entre lei e moral, a ponto de se houver mudança na moral de um povo isso se refletirá em suas leis. A moral é sempre tradicional, busca sempre preservar os valores, e o que faz com que se repense os valores morais é a ética. 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 Existe uma relação muito próxima entre moral e lei. Qual seria a diferença básica entre ambas? Lei X Moral Objetiva → SubjeƟva Exterior → Interior Também a questão da culpa possui qualidades diferentes perante a lei e a moral, enquanto perante a lei depois de cometido um crime e cumprida a pena estabelecida o sujeito volta a integrar normalmente a sociedade, pois perante a lei está “perdoado”. Do ponto de vista moral a reinserção na sociedade é mais difícil, pois a moral não estabelece prazo para que a atitude em desconformidade com a lei seja esquecida. Agir dentro da legalidade é suficiente para designar uma possível relação com a ética? Não, isso seria insuficiente para designar uma provável relação com a ética. Não se pode partir do pressuposto que toda lei é baseada na ética, então cumpri-la estritamente não vincula à atitude legal com a ética. MORAL Costumes, hábitos, valores, regras de conduta, comportamento, maneira de viver. A moral não é universal, e é prescritiva – diz o que se deve ou não fazer, certo e errado, etc. Os padrões morais são uma construção história (variação). LEI Normas elaboradas e votadas pelo poder legislativo ÉTICA É uma reflexão propriamente filosófica a respeito dos princípios axiológicos que orientam e fundamentam as ações morais. É uma reflexão a respeito da moral A relevância da ética hoje A ética diz respeito a nossa experiência cotidiana, leva-nos a uma reflexão a respeito dos valores que adotamos, a ética não diz o que é certo ou errado, mas nos leva a repensar sobre determinado assunto, fazendo-nos questionar sobre o certo e o errado. Atualmente se fala em “códigos de ética”. A crise ética – não a crise da ética em si, mas a crise do homem em relação a ética, a sociedade acabou ser perdendo em relação aos valores, política, família e etc. só se percebe essa crise pois justamente se faz uma reflexão sobre ela. A problemática da ética A ética não diz respeito à determinação do que é certo ou errado, bom ou mau, permitido ou proibido, de acordo com um conjunto de normas ou valores adotados historicamente por uma sociedade. A ética é uma reflexão propriamente filosófica no sentido de que não prescreve o que deve ou não ser feito, pelo contrário, ela procura 
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investigar por que devemos agir ou não, desse ou daquele modo. A ética se define como uma filosofia moral – uma reflexão que versa sobre os códigos morais – legitimando-os ou questionando sua validade. Os princípios éticos são universais? São universalizáveis, no sentido de que tendem a valer para todos. A ética é uma reflexão sobre a moral, esta pergunta sobre o “certo” e o “errado”. A ética pergunta “o que” e “por que”. ÉTICA x CARÁTER O caráter se faz com as escolhas que fazemos todos os dias. O caráter se constrói a partir das escolhas que fazemos repetidas vezes, as quais vêm a se tornar um hábito que culminará na formação do caráter. Texto 1 – “Ética, abordagens e perpectivas” Texto 2 – “Ética a Nicômaco”, Aristóteles Texto 3 – “Ética na Idade Média, Valle, B.” 
ÉTICA A NICÔMACO 
 ÉTICA EUDAIMONICA A ética das virtudes visa a felicidade não individual, mas coletiva (terrena, natural). Uma atitude só é considerada correta se acarretar em felicidade. Em que consiste a felicidade e como alcançá-la: felicidade não se confunde com prazer, pois o prazer nos aproxima dos animais, pode se caracterizar como um meio para a felicidade, mas não é esta em si. Também não se configura como bens materiais, por ser algo interior que não pode ser buscado, muito menos em coisas externas. Assim como a honra, o prazer e os bens materiais são meios de se atingir a felicidade. A felicidade é uma realização humana, uma experiência intransferível e inalienável, constituindo-se como um fim em si mesmo, não existindo nada além dela, constitui-se com êxito, sucesso. AÇÃO  FIM (BEM)  BEM SUPREMO  FELICIDADE Toda ação visa um bem, mas existe apenas um bem supremo: a felicidade. O resultado das escolhas que foram feitas ao longo da vida justificam a obtenção ou não da felicidade, inclusive a abstenção é uma escolha. Para os gregos a virtude (excelência de caráter) é o caminho para a felicidade, aquele que possui uma vida virtuosa será feliz. Enquanto para Aristóteles a virtude é adquirida mediante a prática, para Platão a virtude é algo com que se nasce. Existem duas formas de virtudes: 
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 DIANÉTICAS ÉTICAS São intelectuais resultantes do ensino, são elas: prudência, sabedoria, arte/técnica, conhecimento científico e intuição intelectual. 
São as virtudes morais que resultam do hábito, requerem prática. Dentre as várias se podem destacar: coragem, modéstia, bondade, justiça, veracidade... Felicidade é fazer uso da razão, por isto os filósofos são os homens mais felizes que existem. ARISTÓTELES Para ser feliz é necessário ser virtuoso, porém isto não é fácil. Mediania – justa medida da virtude, pois possuí-la em demasia ou em falta não é bom, somente quando encontrado o equilíbrio será também alcançada a felicidade. A ideia de justiça está atrelada à ideia de equilíbrio, sendo assim a prática da justiça é um meio para se alcançar o equilíbrio e consequentemente a felicidade, pois o homem justo possui equilíbrio, e o equilíbrio de virtudes é fundamental para se atingir a felicidade. A mediania é a vitória da razão sobre os instintos. O equilíbrio da ação requer o uso prévio da razão, devendo esta dominar os instintos. Os deuses são felizes, pois contemplam a verdade, fora eles somente o homem também pode contemplá-la. Sendo assim, felicidade é o uso da razão.  TRABALHO EM SALA (26/09) – TEXTOS 2 E 3  PROVA (19/09) – TEXTOS 1, 2 E 3  Duas formas depensar os cinco modelos de ética:  Ética teleológica (fim): ação será correta dependendo do resultado. Modelo 
consequencialista. Os fins justificam os meios nesse modelo. 
o Eudaimônica (gregos): ética das virtudes. O foco nesse modelo de ética é 
maximizar a felicidade. A ação só será correta quando o resultado beneficia a 
coletividade. Felicidade terrena, natural. Para Aristóteles a ética está associada 
à política. Felicidade da pólis. A glória da pólis é sua própria glória. 
 *Aristóteles: Não é era ateniense, é uma estagirita (colônia da 
Macedônia). Tornou-se discípulo de Platão. Fundou sua própria escola. É um 
realista, diferente de Platão que era idealista. Platão dizia que a verdade está 
no mundo das ideias (idealista). Aristóteles diz que a verdade está no mundo 
real (realista). 
A ideia básica do livro “Ética a Nicômaco” é de como ser feliz. O objetivo 
é de responder duas coisas: em que consiste a felicidade como é possível 
alcança-la. Todos querem a felicidade, fazemos tudo em busca da felicidade, é 
o que move o ser humano. Aristóteles começa dizendo que felicidade não é 
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prazer. Se a felicidade fosse prazer, os animais seriam os seres mais felizes do 
mundo, pois eles vivem do prazer. Prazer pode ser um meio para alcançar a 
felicidade, mas não a felicidade em si. Felicidade não são bens materiais. 
Felicidade é uma construção interior, por isso não dá para encontra-la, está 
dentro de você. Felicidade também não é honra, porque honra é cedida por 
alguém. Felicidade é a realização humana, é êxito, é atingir o objetivo, é 
sucesso naquilo que se pretendia realizar. Toda ação humana visa um fim 
específico (bens), mas existe uma finalidade que é a soma de todas, um bem 
supremo, que é a própria felicidade. Quando nós a atingimos não precisamos 
de mais nada. São suas escolhas que irão definir se você é feliz ou não. Uma 
ação se torna um hábito, o hábito forma nosso caráter e o nosso caráter será 
quem seremos. Seremos felizes com as escolhas corretas. 
Ética das virtudes: O segredo está na vida virtuosa. Virtude é aquilo que 
você é. Construir uma vida virtuosa, pois isso é a excelência do caráter. Virtude 
é um elemento que nós adquirimos mediante a prática. Você não nasce 
virtuoso, você se torna virtuoso. Porém, para Platão, virtude vem do 
nascimento, o que difere de Aristóteles. Então, para Aristóteles virtude não é 
inata. 
VIRTUDES DINAÉTICAS (INTELECTUAIS) - Resultam do ensino. 1ª – Prudência 2ª – Sabedoria 3ª – Arte/técnica 4ª – Conhecimento científico 5ª – Intuição intelectual 
VIRTUDES ÉTICAS (MORAIS) - Resultam do hábito 1ª – Coragem 2ª – Modéstia 3ª – Bondade 4ª - Veracidade 5ª – Justiça 
***O importante é a felicidade do coletivo. A ciência por excelência é a própria 
politica. Tudo esta subordinado a politica. O bem estar da pólis é o bem estar 
do homem. “A felicidade da pólis é a minha felicidade; se estou fazendo bem 
para a coletividade, estou fazendo bem para mim mesmo”. 
 
Justo meio/mediania/justa medida: excesso de virtude não é bom, mas a falta 
também não. Tem que haver um equilíbrio, a virtude por excelência. Por 
exemplo, a coragem é uma virtude. Muita coragem é uma temeridade, 
caracterizando-se por um vício. Outro vício é a falta de coragem, sendo um 
homem covarde. Justo é o homem que sabe equilibrar suas ações. O que faz o 
excesso ou a falta é o instinto. O que faz a mediania é a razão. A razão tem que 
dominar os instintos; pensar antes de agir. A massa nunca será feliz, pois agem 
com os instintos, não usam a razão. Felicidade é a contemplação, fazer o uso 
da razão. O conhecimento liberta e gera a felicidade. 
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o Utilitarismo:  Ética deontológica (correto): modelo categórico. Aqui você terá que fazer o 
certo, baseado em princípios e em normas. Normas e princípios que regulam a 
ação. 
 
 
Ética cristã - ÉTICA DA BEM-AVENTURANÇA: 
O foco dessa ética também é a felicidade. Bons atos para atingir a felicidade. Felicidade 
eterna. “Viver bem aqui, para ser feliz lá”. Felicidade mediata. Cristianismo: Lei do 
Amor. Amar ao próximo e a Deus. Verticalização da ética. 
Para o grego, a fonte da moral é a natureza (physis). No cristianismo, a fonte da moral 
é sobrenatural, é Deus. Ser ético no cristianismo é ser um novo Cristo. 
A ideia de felicidade para os gregos é uma felicidade imediata, porém no cristianismo é 
uma felicidade sobrenatural, futura e mediata. Ocorre que a felicidade para o cristão é 
eterna. Para Tomas de Aquino a felicidade para os gregos é imperfeita, enquanto a 
felicidade cristã, por ser eterna, será perfeita. 
A ideia de amor para os gregos: o homem grego ama os deuses e os temiam (Éros). Na 
ideia do cristianismo, Deus quem ama os homens (Ágape). 
No mundo grego os deuses contemplam a verdade, mas não são felizes. No 
cristianismo, Deus é a própria verdade. 
O que caracteriza a ética cristã: 
i. Bem aventurança 
ii. Amor (caridade) 
iii. Felicidade eterna 
Bem aventurado será aquele que amar até o fim para ter a felicidade 
eterna. 
* Santo Agostinho 
* Tomas de Aquino: era um aristotélico. Racionalidade. Projeto racional especulativo: 
preciso ter em mente as verdades racionais e a partir delas produzir um discurso 
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teológico, ou seja, fundamentar a teologia por uma forma racional. Pilares: natureza 
do homem, livre arbítrio, virtudes e leis. 
 
- 1º pilar - natureza do homem: é uma natureza racional. O homem não é um santo, 
um anjo, é um ser racional. O homem age sempre por uma intenção. Age sempre a 
partir de uma livre escolha, decide o que fazer livremente. Porém, precisa ser 
responsável pelas escolhas. 
- 2º pilar – livre arbítrio: mal é resultado da ação humana, não é Deus quem cria o mal. 
O ser é quem faz a escolha errada. A raiz de todo o mal é o livre arbítrio, pois quando o 
homem faz uma má escolha, gera o mal. 
- 3ºpilar – virtude: a virtude torna as pessoas boas. A virtude controla as emoções, 
lapida os desejos, tornando melhor o homem. Tomas de Aquino usa das virtudes de 
Aristóteles e cria mais um tipo de virtude, as virtudes teologais: caridade, fé e 
esperança. 
- 4º pilar – leis: as leis devem controlar o homem virtuoso. 1ª lei -> lei eterna: ordem 
do universo, plano racional de Deus. 2ª lei -> lei natural: “fazer o bem e evitar o mal”. 
3ª lei -> lei humana: norma jurídica, não é universal. 4ª lei -> lei divina: revelada pelos 
evangelhos, a lei de Deus. 
 
 *Patrística: século I ao V. Organizar o cristianismo; sistematizar a doutrina; 
difundir e defender a fé -> Santo Agostinho. O controle da conduta humana se dá pelo 
medo, punição. Precisa ser bom, amando a Deus e ao próximo, senão irá para o 
inferno. Deus irá te castigar. Agostinho leu Platão. 
 *Escolástica: justificar de forma racional a verdade revelada no cristianismo. o 
importante de ser bom não é simplesmente para não ser punido. Unir a fé e a razão. 
Tomas de Aquino. 
o Ética legalista (Kant): 
ÉTICA DA BEM-AVENTURANÇA

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