Buscar

Consonantismo: Evolução das Consoantes no Português

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONSONANTISMO
 O estudo das transformações sofridas pelas consoantes ao longo da sua evolução histórica dá-se o nome de consonantismo.
      O estudo desta evolução obriga, desde logo, a fazer-se uma distinção entre consoantes simples e grupos consonantais.
      I. CONSOANTES SIMPLES: am o u
      1. Em posição inicial (consoantes iniciais), as consoantes latinas, na sua passagem para o português, acabaram geralmente por manter-se inalteradas:
                  Bene > bem
                  Corona > coroa
                  debere > dever
                  Filiu > filho
                  Gutta > gota
                  Latrone > ladrão
                  Manu > mão
                  Navigu > navio
                  Patria > pátria
                  Rota > rota
                  Salute > saúde
                  Tale > tal
      Porém, há a considerar algumas excepções:
                  Cattu > gato
                  Palore > bolor
                  Libelu > nível
                  Vesica > bexiga
                  Vota > boda;
                  etc.
      2. Em posição medial (consoantes mediais), temos que ter em conta os seguintes aspectos:
      2.1. As consoantes mediais surdas, em posição intervocálica, deram lugar às suas homólogas sonoras:
      2.1.1 p > b:
                  ripa > riba
                  lupu > lobo
                  sapere > saber
      2.1.2. t > d:
                  vita > vida
                  rota > roda
                  mutu > mudo
      2.1.3. c (a, o, u) > g:
                  pacare > pagar
                  acutu > agudo
                  focu > fogo
      2.1.4. c (e, i) > z:
                  acetu > azedo
                  cruce > cruz(e)
                  vacivu > vazio
      2.1.5. q > g:
                  Aqua > água
                  Equa > égua
      2.1.6. f > v:
                  trifoliu > trevo
                  __ s > z:
                  rosa > rosa (pronunciado como S no Latim, mas como Z em Português).
      2.2. As consoantes mediais sonoras ou sofreram síncope (desapareceram), ou permaneceram, ou alteraram-se:
      2.2.1. b- Modificou-se em v:
                  faba > fava
                  caballu > cavalo
                  ibam > ia
                  praebenda > prenda
      2.2.2. d - Sofreu síncope:
                  sedere > ser
                  pede > pé
                  fidele > fiel
      2.2.3. g - ou sofreu síncope:
                  regale > real
                  legere > ler
      2.2.3.1. ou vocalizou-se:
                  plaga > praia
                  lege > lei
      2.2.3.2. ou manteve-se:
                  rogare > rogar
                  paganu > pagão
      2.2.4. l - Sofreu síncope:
                  Filu > fio
                  Velu > véu
      2.2.5. m - permaneceu:
                  Amicu > amigo
                  Lacrima > lágrima
      2.2.6. n - Nasalou a vogal anterior e caiu (em muitos dos casos a ressonância nasal desapareceu: Ponere > pôr, Persona > pessoa, General > geral):
                  Lana > lã
                  Manu > mão
      Nas terminações -inu e -ina desenvolveu-se em NH:
                  Vinu > vinho
                  Regina > rainha
      2.2.7. r- permaneceu:
                  Hora > hora
                  Arena > areia
      2.3. Em posição final (consoantes finais), as consoantes latinas sofreram apócope. Apenas se conservaram no português as consoantes -m, -n, -r e -s:
      2.3.1. M: conservou-se nos monossílabos como simples ressonância nasal:
                  quem > quem
                  cum > com
      2.3.2. N: permaneceu como ressonância nasal, ora representada por til, ora por M:
                  in > en > em
                  non > não
      2.3.3. R: permaneceu, mas sofrendo metátese (isto é, passando para antes da vogal precedente):
                  inter > entre
                  semper > sempre
                  quattuor > quator > quatro
      2.3.4. S: permaneceu como marca de plural, mas também nos nomes próprios, nos verbos e advérbios:
                  Aves > aves
                  Deus > Deus
                  Marcus > Marcos
                  debemos > devemos
                  magis > mais
      Observação: As nossas consoantes finais L, R, S e Z são resultantes de uma apócope da vogal E latina:
                  male > mal
                  Regale > real
                  Mare > mar
                  Amare > amar
                  Mense > mese > mês
                  Voce > voze > voz
      II. GRUPOS CONSONANTAIS:
      Entende-se por grupo consonantal a reunião de duas ou mais consoantes no corpo do vocábulo.
      Os grupos consonantais podem ser:
      1. HOMOGÉNEOS. __ quando formados por consoantes iguais ou geminadas, como sucede, por exemplo, com:
                  ille,
                  stuppa,
                  bucca,
                  etc.
      Os grupos consonantais heterogéneos, na passagem do Latim para o Português, reduziram-se a consoantes simples:
           LATIM: .......................... PORTUGUÊS:
          sabbatu > bb...................... > b: sábado
          bucca > cc........................... > c: boca
          additione > dd..................... > d: adição
          effectu > ff........................... > f: efeito
          aggravare > gg..................... > g: agravar
          illa > ll.................................. > l: ela
          flamma > mm........................ > m: chama
          pannu > nn........................... > n: pano
          stuppa > pp.......................... > p: estopa
          gutta > tt............................... > t: gota
      NOTA: No Português moderno não existem consoantes geminadas. O caso do s e do r duplos (ss, rr) têm normalmente ou valor distintivo em relação às respectivas consoantes simples (caro / carro; grosa / grossa)
      2. HETEROGÉNEOS. __ quando o grupo consonantal é constituído por consoantes diferentes, como acontece em: persona, clave, etc.
      3. LATINOS. __ aqueles que existiam no latim, como: persona, clave, etc.
      4. ROMÂNICOS. __ aqueles que resultaram da síncope de uma vogal: oculu > oclo; auricula > auricla; etc.
      5. PRÓPRIOS. __ os que são formados por uma oclusiva (p, b, c, g, t, d) ou por F mais uma consoante líquida __ L ou R: placere, premere, flamma, etc.
      As modificações a que foram sujeitos têm a ver com facto de os mesmos se encontrarem em posição inicial ou medial.
      5.1. Em posição inicial:
      5.1.1. Se os grupos são formados por uma oclusiva ou f, seguidas da líquida R, não há qualquer alteração:
                  braciu > braço
                  breve > breve
                  cruce > cruz
                  credere > crer
                  dracone > dragão
                  drama > drama
                  fructu > fruto
                  frenu > freio
                  gradu > grau
                  granu > grão
                  pratu > prado
                  probare > provar
                  tres > três
                  truncu > tronco
      5.1.2. Com os grupos em que entra a líquida L, temos a considerar o seguinte:
      5.1.2.1. CL, PL e FL sofreram palatalização, isto é, converteram-se em CH:
                  clave > chave
                  clamare > chamar
                  flamma > chama
                  flagrare > cheirar
                  pluvia > chuva
                  plenu > cheio
      Em algumas palavras a líquida L deu lugar à sua congénere R:
                  Placere > prazer
                  Fluxo > frouxo
                  Clavicula > cravelha
                  Flor > frol (arcaico)
      5.1.2.2. BL e GL
      a) ou transformaram-se, respectivamente, em BR e GR:
                  blandu > brando
                  blancu > branco
                  glute > grude
      b) ou reduziram-se, respectivamente, a L e a N:glattire > latir
                  globellu > novelo
      5.2. GRUPOS EM POSIÇÃO MEDIAL
      5.2.1. Os grupos próprios internos contendo a líquida R, quando precedidos de consoante, não sofrem modificação:
                  membru > membro
                  mostrare > mostrar
                  scribire > escrever
                  exfricare > esfregar
      5.2.2. Mas se o referido grupo é precedido de vogal, a primeira consoante passa a ser tratada com intervocálica, e, neste caso, além de poder sofrer síncope, pode igualmente
      a) ou sonorizar-se (sofre sonorização: passa de surda a sonora):
                  latrone > ladrão
                  lacrima > lágrima
                  capra > cabra
                  libru > livro
      b) ou vocalizar-se (transforma-se em vogal):
                  flagrare > cheirar
                  cathedra > cadeira
                  integru > inteiro
      c) ou manter-se inalterável:
                  integru > íntegro
                  nigru > negro
      d) e, em certos casos, a líquida R, da sílaba átona, pode desaparecer por dissimilação total:
                  aratru > arado
                  fratre > frade
                  cribru > crivo
                  rostru > rosto
                  matrastra > madrasta
      5.2.3. Quanto aos grupos formados pela líquida L, temos a distinguir:
      5.2.3.1. Os grupos CL, PL e FL, se precedidos de consoante, palatalizam em CH:
                  masculu > masclu > macho
                  fasculu > fasclu > facho
                  macula > mancula > mancla > mancha
                  inflare > inchar
      Nota: Em casos como afflare, que palatizou em CH (achar), é necessário ter em conta que que o duplo f resulta da assimilação da consoante d(adflare), pelo que o primeiro f equivale precisamente a uma consoante.
      5.2.3.2. Se esses mesmos grupos se encontram antecedidos por uma vogal, a palatalização acontece em LH:
                  scopulu > iscoplu > escolho
                  oculu > oclu > olho
                  auricula > ouricla > orelha
                  apicula > apicla > abelha
                  macula > macla > malha
      5.2.3.3. Os grupos BL, GL e TL, quando precedidos de vogal, palatalizam em LH:
                  tribulo > triblu > trilho
                  tegula > tegla > telha
                  coagulare > coaglar > coalhar
                  vetulu > vetlu > velho (é provável que TL tenha primeiro passado a CL __ veclu)
                  rotula > rotla > rolha
      Em algumas palavras a líquida L deu lugar à sua congénere R:
                  Nobile > noble > nobre
                  Regula > regla > regra
                  Obligare > obrigar
                  Diabolu > diablo > diabro (arcaico; de onde
      derivará diabrete, diabrura, emdiabrar).
      5.3. GRUPOS IMPRÓPRIOS
      5.3.1. Os grupos consonantais iniciados por S impuro, recebem o e protético (também chamado vogal de apoio):
                  scutu > escudo
                  scorpione > escorpião
                  sponsa > esposa
                  spatio > espaço
                  stella > estrela
                  stare > estar
      Mas se a palavra se inicia pelo grupo SC, seguido de i ou de e, o S sofre aférese (cai):
                  scientia > ciência
                  scena > cena
      5.3.2. Nos grupos formados por uma oclusiva e outras consoantes, verifica-se o seguinte:
      __ PS: sofre assimilação:
                  Ipse > esse
                  Ipsu > isso
                  Gypsu > gesso
      __ CT: vocaliza-se:
                  Nocte > noite
                  Octo > oito
                  Respectu > respeito
      __ PT: __ ora vocaliza-se:
                  conceptu > conceito
                  acceptu > aceito
      __ ora sofre assimilação:
                  septe > sette > sete
                  captare > cattare > catar
      __ GN: __ ora vocaliza-se:
                  regnu > reino
                  Agnese > Aines > Inês
                  __ ora palataliza-se:
                  pugnu > punho
                  agnu > anho
                  signa > senha
      __ CS (= X): passa a IX, IS ou SS:
                  saxu > seixo
                  mataxa > madaixa > madeixa
                  laxare > leixar (arcaico)
                  Sex > seis
                  Dixi > disse
                  Sexaginta > sessaenta > sessenta
      Nos grupos resultantes dos prefixos ad, sub, e ab, dá-se, geralmente, a assimilação:
                  Substare > sustar
                  Subterrare > soterrar
                  Advocatu > avogado (arcaico)
                  Adversu > avesso
                  Subjectu > sujeito
      E, raramente, a vocalização:
                  Absentia > ausência
      5.3.3. Nos grupos formados por constritivas e outras consoantes verificam-se os seguintes casos:
      __ RS: assimila-se:
                  persicu > pêssego
                  persona > pessoa
      __ MN: assimila-se:
                  somnu > sono
                  autumnu > outono
      __ RB: o B sonoriza em V:
                  arbore > árvore
                  turbare > turvar
                  carbone > carvão
      __ LB: o B sonoriza em V:
                  albu > alvo
                  silbar > silvar
      __ NS: síncope do N:
                  mensa > mesa
                  ansa > asa
      __ SC (+ e ou i): __ ora assimila-se:
                  patescere > padecer
                  merescere > merecer
                  cognoscere > conecer > conhecer
      __ ora passa a IX:
                  pisce > peixe
      __ LT: o L vocaliza-se:
                  Alteru > altru > outro
                  Multu > muito
      __ LC: o L vocaliza-se:
                  Falce > fauce > foice
      __ LP: o L vocaliza-se:
                  Palpare > paupare > poupar
      Os grupos ML e MR, resultantes da síncope de uma vogal desenvolvem uma consoante de transição B:
                  simulante > sim'lante > semblante
                  umeru > um'ro > ombro
      5.4. GRUPOS DE CONSOANTES + SEMIVOGAL
      Se tomarmos, por exemplo a palavra "miliu", constatamos que ela tem três sílabas, dado que o encontro final é em hiato: mi-li-u.
      Este hiato final desaparecerá, pela passagem da vogal i a semivogal / j /, originando ditongo: mi-lju (com duas sílabas apenas).
      Depois, este encontro entre a consoante L com a semivogal / j / sofre palatalização em LH: miliu > milho.
      5.4.1. LY (L + I com valor de semivogal) sofre palatalização em LH:
                  filiu > filyu > filho
                  palea > palya > palha
                  consiliu > consilyu > conselho
      5.4.2. NY (N + I com valor de semivogal) sofre palatalização em NH:
                  ciconia > ciconya > cegonha
                  teneo > tenyo > tenho
                  verecundia > verecunya > vergonha
                  linea > linya > linha
                  seniore > senyor > senhor
                  aranea > aranya > aranha
      5.4.3. CY e TY assibilam-se ora em C (Ç) ora em Z:
                  facio > facyo > faço
                  lancea > lancya > lança
                  pretiu > pretyo > preço
                  gratia > gratya > graça
                  palatio > palatyo > paaço > paço
                  capitia > capitya > cabeça
                  sperantia > sperantya > esperança
                  bellitia > belitya > beleza
                  jaceo > jacyo > jazo
                  judiciu > judicyo > juízo
      5.4.4. O encontro DY:
      5.4.4.1. Ou assibila-se em C (Ç):
                  audio > audyo > ouço
                  ardeo > ardyo > arço (arcaico)
                  verecundia > verecundya > vergonça (arcaico)
      5.4.4.2. Ou palataliza-se em J:
                  insidio > ensedyo > ensejo
                  hodie > hodye > hoje
                  invidia > invidya> inveja
      5.4.5. GY palataliza-se em J:
                  fugio > fugyo > fujo
                  angelu > angeo > angyo > anjo
                  spongia > spongya > esponja
      NOTA: Há no entanto casos em que o D e G, nos encontros DY e GY, foram tratados como consoantes intervocálicas, sofrendo, por isso a síncope (o que quer dizer que a vogal I não passou para IODE, isto é, não se consonantizou):
                  Radiu > radio > raio
                  Badiu > badio > baio
                  Navigiu > navigio > navio
                  Exagiu > exagio > ensaio
      5.4.6. SY passou a IJ:
                  baseu > basiu > basyo > baijo > beijo
                  caseu > casiu > casyo > caijo > queijo
                  ecclesia > igreija (arcaico) > igreja
      5.4.7. SSY passou a IX:
                  russeu > russiu > russyo > roixo > roxo
                  passione > passyone > paixão
      METAPLASMAS PRÓPRIOS DA LINGUAGEM CORRENTE
      No registo oral há manifesta tendência para a manifestação dos seguintes MATAPLASMAS:
      1) SINALEFA. __ Consiste na elisão da vogal átona final da palavra diante de vogal inicial da palavra seguinte:
                  pau de água > pau d' água
                  minha alma > minh' alma
                  outra hora > outrora
                  aquele outro > aqueloutro
                   me o > mo
                   de o > do
                   etc.
      2) ECTLIPSE. __ Consiste na supressão do "m" final de palavra diante de vogal da palavra seguinte:
                  com a > coa
                  com o > co' o
                  com os > co' os e c' os
                  etc.
                  "O sol é grande; caem co' a calma das aves" (Sá de Miranda)
                  "Onde co' o vento a água se meneia" (Camões)
                  "Crendo c' o sangue só da morte indina" (Camões)
      3) Casos de desarticulação, considerados outrora vícios de prosódia:
      3.1) AFÉRESE:
                  Está > tá
                  Espera > péra
                  José > Zé
                  Ainda > inda
                  Etc.
      3.2) APÓCOPE ou ensurdecimento:
                  bobagem > bobage
                  etc.
      3.3) PRÓTESE
                  recear > arrecear
                  renegar > arrenegar
                  lagoa > alagoa
                  etc.
      3.4) EPÊNTESE:
                  pneu > peneu
                  obter > obeter
                  etc.
      3.5) DITONGAÇÃO:
                  saudar (sa-u-dar) > sau-dar
                  arruinar (ar-ru-i-nar) > ar-rui-nar
                  etc.
      3.6) MONOTONGAÇÃO:
                  feixe > fexe
                  doutor > dotor
                  etc.
      3.7) PALATALIZAÇÃO
                  António > Antonho
                  Etc.
      3.8) ASSIMILAÇÃO:
                  também > tamém
                  etc.
      3.9) DISSIMILAÇÃO:
                  pílula > pírula
                  barganha > breganha
                  estrambótico > estrambólico
                  etc.
      3.10) HIPÉRTESE:
                  meteorologia > metereologia
                  lagartixa > largatixa
                  etc.
      3.11) METÁTESE:
                  perguntar > preguntar
                  barganha > braganha
                  prateleira > parteleira
                  etc.
      3.12) ROTACISMO:
                  falta > farta
                  almoço > armoço
                  alface > arface
      3.13) HAPLOLOGIA:
                  entretenimento > entretimento
                  paralelepípedo > paralepípedo
                  infalibilidade > infabilidade
      3.14) DESDOBRAMENTO:
                  sintaxe ('sintasse') > 'sintacse'
                  máximo ('mássimo') > 'mácsimo'

Outros materiais