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Resumo de Criminologia

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Explicação geral da matéria
Criminologia estuda o crime, mas trabalha além disso, porque é uma ciência, ou ramo do conhecimento, empírica e interdisciplinar (criminologia = direito + biologia criminal + sociologia criminal + medicina legal + psicologia criminal);
Processo histórico de estudo:
Crime visto como problema social, inserido no seu contexto específico e no mundo globalizado contemporâneo. Não é ontológico, mas sim socialmente definido;
Criminologia: estuda os processos geradores da criminalidade/dos crimes, estuda o crime a partir da realidade;
Os objetos de estudo da criminologia são as instituições, as vitimas, os contextos e a sociedade;
A definição de crime parte de disputas sociais acerca de valores. “A sociedade, com suas crenças e preconceitos, cria o crime por meio do Direito penal”
Escola Liberal/Penal Clássica
Expoentes: Bentham (Inglaterra), von Feuerbach (Alemanha), Baccaria, Filangieri, Romagnosi, Carrara (Itália);
Séculos XVIII e XIX;
Foco: crime – atitude individual (ideia iluminista de individualismo);
A escola liberal clássica pressupõe que existe igualdade, todos tem as mesmas oportunidades, por isso o crime seria uma questão de vontade do indivíduo;
Não é propriamente uma escola criminológica, mas uma escola do direito penal moderno;
Crítica ao poder punitivo da Idade Média – fundamentado na Igreja – e ao absolutismo;
Contexto: iluminismo;
Delinquente é uma pessoa normal, como qualquer outra da sociedade – livre-arbítrio sem influência da sociedade – “o indivíduo comete o crime porque quer”;
Pena/direito penal: forma de proteção da sociedade – punição;
Rompimento do contrato social = justificativa para aplicar a pena;
Teoria do delito:
Princípio da legalidade: não pode ser crime algo que não estava definido na lei como tal.
Surgimento da prisão como restrição de liberdade;
Teoria da pena:
Paga-se o mal pelo mal;
Finalidade de punir;
Resposta objetiva ao crime;
Pune-se a conduta, não o sujeito;
“Para que cada pena não seja uma violência de um ou de muitos contra um cidadão privado, deve ser essencialmente pública, rápida, necessária, a mínima das possíveis em dadas circunstâncias, proporcional aos crimes e ditada pelas leis” – Beccaria.
Positivismo Criminológico/Escola Positivista
Século XIX e início do século XX;
Escola francesa: Gabriel Tande;
Escola Social Alemã: Franz Von Liszt;
Itália: Cesare Lombroso, Eurico Ferri, Raffaele Garofolo;
Foco: criminoso;
Delito não é escolha = necessidade natural dos indivíduos diferentes; indivíduos estavam condicionados a agir de forma como agiram; crime decorre de questões naturais/biológicas;
Fundamenta a ciência criminológica em pressuposto epistemológicos do positivismo;
Nascimento da criminologia como ciência causal explicativa;
Pena: defesa social; duração definida pela necessidade do criminoso;
Reação social necessidade curativa ou reeducativa;
Cesare Lombroso: características daqueles condicionados a cometerem delitos estariam no tipo físico mais tarde, em fatores como epilepsia e a loucura;
Hoje sabemos que o crime está associado a questões sociais, por isso a existência de um padrão físico similar nas prisões.
Ferri: tipo físico + condições individuais e sociais crime não decorre do livre arbítrio ser criminosos = propriedade do indivíduo que é anormal; Tipologia do criminoso:
Nato (antissocial, psicopata, ausência de empatia);
Louco (patologia, crime imputável; incapacidade de se orientar pelas regras morais);
Habitual (hábito de cometer crimes; não possui atrofia moral);
Ocasional (circunstancial; não possui valores morais robustos para resistir à tentação);
Ocasional-passional (motivado pela emoção);
Culposo (defeito de sensibilidade moral para as regras de cuidados impostas ao homem normal; não tem intenção de causar a lesão, é negligente).
Crime = doença;
Metafísica naturalista positivista: causas biológicas + psicológicas + totalidade social;
Interpretação positivista da lei: lei interpretada da forma mais pura possível;
Schneider: personalidades psicopatas alteração de caráter, não de inteligência responsáveis por suas ações;
Kretschemer: constituição corporal condiciona o caráter das pessoas quatro tipos de constituições físicas: 
Leptossômicos;
Atléticos;
Picnicos;
Displásticos;
Semelhanças e diferenças das escolas Clássica e Positivista:
Ambas tem o pensamento de defesa social, concordam que o objeto da criminologia é a explicação do comportamento do criminoso, justificam a atuação do sistema penal e enxergam a sociedade como harmônica, logo o desvio é exceção.
Princípios da teoria da defesa social:
Legitimidade;
Bem e mal: crime = mal; sociedade = bem;
Culpabilidade: delito expressão de uma atitude interior reprovável;
Finalidade/Prevenção: pena reprimir/prevenir o crime;
Igualdade: lei igual para todos;
Interesse social e delito natural: direito penal resguarda interesses comuns a todos os cidadãos
	Escola Clássica
	Escola Positivista
	Séculos XVIII e XIX
	Séculos XIX e XX
	Liberalismo
	Análise pelas ciências naturais
	Livre-arbítrio
	Determinismo
	Responsabilidade moral
	Responsabilidade social
	Foco: crime
	Foco: criminoso
Teoria psicanalítica da criminalidade
Décadas de 20 a 30 do século XX;
Qualquer um pode cometer um crime condição humana universal liberação de instintos reprimidos pelo superego
Desenvolvimento não saudável pode influenciar na ocorrência do crime; traumas são frutos de problemas no desenvolvimento humano;
Freud:
Estudou a universalidade do ser humano que possui um inconsciente (conjunto de impulsos irracionais que indicam o comportamento do sujeiro);
Ego + superego + idi compõem a personalidade + expressões sexuais;
Superego estrutura externa formada pela sociedade civilizada;
I.d.i o que vem de nós, o tanto de inconsciente, de agressividade;
Entre o superego e o idi temos o ego personalidade expressa racionalmente nem sempre se desenvolve como deveria impulsos podem levar os indivíduos a quebrarem regras sociais;
Regras sociais reprimem ações insatisfação social possível violência;
Criminoso não teve desenvolvimento saudável das estruturas que compõem a personalidade ou das expressões sexuais
Criminalidade liberação de instintos existentes;
Reação da sociedade também é uma liberação de instintos;
Pena superego social expressão do idi coletivo sob tutela do Estado liberação de instintos coletivos (como um bode expiatório);
Crítica a teoria da defesa social;
Teorias Estrutural-Funcionalista
Segunda parte do século XIX e início do século XX;
Estruturalista estrutura social > indivíduos visão macro – visão da sociedade;
Funcionalista cada coisa que existe só existe por ter uma função;
Emile Durkheim:
Crime = desvio; inseparável da sociedade;
Crime fortalece a sociedade criminosos = bodes expiatórios antecipação da moral futura afirmação da moral coletiva
Robert Merton;
Crítica sociológica e à lógica inicial da visão da Criminologia;
Anomia desvio generalizado dificuldade de identificar o que é desvio e o que não é estabelece-se, então, novos padrões;
Trata mais de desvios morais do que de crimes;
Escola de Chicago
Século XX;
Geração de estudiosos não há um pensamento consensual;
Crime gerado pelo ambiente;
Expoentes: Howard Becker, Clifford Shaw, Albert Cohen, Frederic Trascher...;
Desvio construção social, aspect cultural;
Deriva das teorias das subculturas e do etiquetamento;
Instituições influenciam na identidade do sujeito;
Sistema normativo noção única do que é correto e do que é incorreto ideia de um padrão único de comportamento;
Teoria das subculturas criminais
Expoentes: Clifford Shaw, Frederico Trascher, Albert Cohen;
Diversidade estrutural de chances base das subculturas;
O aprendizado com tal subcultura varia de acordo com o locais que o individuo está inserido;
Criminalidade se aprende respeito dentro do grupo/necessidade de afirmação > perigo dos riscos
Subcultura: formação cultural em determinado espaçoque reage à formação cultural dominante, que acaba criminalizando as demais;
Subculturas criminais reação de setores sociais como tentativa de “orientação de identidades”;
Reação dos atores sociais tentativa de “orientação cultural”;
Desvio construção social;
Colarinho-branco naturalizado subcultura dos políticos;
Nas sociedades temos grupos diferentes com culturas diferentes que consideram coisas diferentes como desviantes, mas a lei está ao lado de uma cultura principalmente, a dominante.
Teoria da Reação Social – Labelling Aproach/Etiquetamento
Década de 70;
Expoentes: Edwin lemert, Schur, David Matza e Howard Becker;
Análise das instituições relação com a produção de criminalidade;
Indentidade processo intersubjetivo;
Criminalização:
Primária: criada pelo congresso;
Secundária: criada pelos agentes do Estado na seletividade da criminalidade).
Cifra oculta apenas alguns crimes chegam ao conhecimento;
Primeiro desvio processo causal amplo havendo este, o indivíduo não consegue recuperar sua identidade social Etiquetamento processo gerador do segundo desvio;
Segundo desvio a partir da intervenção institucional;
Seletividade do sistema penal tem cara, cor, classe, etc. processo dado em razão de preconceitos e experiências anteriores;
Crime final indivíduos + instituição.
Teorias do conflito
Crime resultado de um conflito de poder, de opinião, de cultura, de interesses econômicos; aquele que se impõe define a criminalização do outro pode ser resolvido por imposição (atual) ou por composição de visões;
Criminalidade status atribuído para quem tem poder de definição; socialmente atribuído;
Processo de estigmatização estabelecimento de status desviante pelo Estado;
Criminologia Crítica
Metade do século XX;
Contexto do indivíduo; descontrói a criminalidade como resultado das características do indivíduo;
Expoentes: Alessandro Baratta, Lola de Castro, Elena Larrauri, Vera Andrade, Juarez Cirino dos Santos, Nilo Batista;
Foco: processo de criminalização;
Enfoque macrossociológico compreensão da estrutura da criminologia e da sociedade;
Críticas: 
Desigualdade do direito penal;
Teoria materialista do desvio, dos comportamentos socialmente negativos e da criminalização;
Criminalidade resultado da estratificação econômica da sociedade desigualdade econômica = causa dos desvios;
Criminalizar estar a serviço da manutenção da ordem;
Estrutura de poder poucos sobre muitos regras ideológicas criminalizar ações;
Estado + direito penal manutenção da ordem;
Sistema carcerário + sistema escolar organizar hierarquia da sociedade;

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