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Instrumentos de medição Medidas Elétricas I (1)

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL FREDERICO GUILHERME SCHMIDT 
CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA 
 
HEBER DA SILVA VASQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LEOPOLDO 
2014
 
 
 
 
 
HEBER DA SILVA VASQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado para a 
Disciplina de Medidas Elétricas I, pelo 
Curso Técnico em Eletrotécnica da Escola 
Técnica Estadual Frederico Guilherme 
Schmidt. 
 
 
Professor: Alessandro Vaz 
 
 
 
 
São Leopoldo 
2014
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 4 
2 MEDIDAS ELÉTRICAS ............................................................................. 5 
2.1 CONCEITO BÁSICO ................................................................................. 5 
2.2 SISTEMAS DE UNIDADES ....................................................................... 5 
3 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS ......................................... 7 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ........................ 7 
3.1.1 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS DE MEDIÇÃO (ANALÓGICOS) ...... 8 
3.1.1.1 INSTRUMENTOS ELETROMAGNÉTICOS ........................................................ 9 
3.1.1.1.1 INSTRUMENTO DE FERRO MÓVEL (FM) ................................................. 9 
3.1.1.1.2 INSTRUMENTO DE BOBINA MÓVEL E ÍMA PERMANENTE (BMIP) ...... 10 
3.1.1.2 INSTRUMENTOS ELETRODINÂMICOS .......................................................... 11 
3.1.1.2.1 INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO ............................................................... 12 
3.1.1.2.2 INSTRUMENTOS DE BOBINAS CRUZADAS ........................................... 13 
3.1.1.3 INSTRUMENTOS ELETROQUÍMICOS ............................................................ 14 
3.1.1.3.1 SISTEMA DE MEDIÇÃO COM FIO TÉRMICO .......................................... 14 
3.1.1.4 INSTRUMENTOS DINÂMICOS......................................................................... 15 
3.1.1.4.1 INSTRUMENTO ELETROSTÁTICO .......................................................... 15 
3.1.2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS DE MEDIÇÃO (DIGITAIS)............. 15 
3.1.3 MEDIÇÃO DE CORRENTE ............................................................. 16 
3.1.4 AMPERÍMETRO .............................................................................. 17 
3.1.5 VOLTÍMETRO .................................................................................. 18 
3.1.6 OHMÍMETRO ................................................................................... 20 
3.1.7 WATTÍMETRO ................................................................................. 21 
3.1.8 VARÍMETRO .................................................................................... 23 
3.1.9 FASÍMETRO .................................................................................... 23 
3.1.10 FREQUENCÍMETRO ....................................................................... 24 
4 UTILIZAÇÃO ........................................................................................... 27 
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 28 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os instrumentos de medição são dispositivos utilizados para realizar medi-
ções nos mais variados ramos de atividades, seja no comércio nas áreas de saúde, 
segurança e meio ambiente. Neste trabalho serão apresentados os instrumentos de 
medição elétrica. 
 
5 
 
2 MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
2.1 CONCEITO BÁSICO 
Medir é um processo de comparação de grandezas de mesma espécie, ou 
seja, que possuem um padrão único e comum entre elas, neste processo de medida 
a grandeza que serve de comparação é denominada de grandeza unitária ou padrão 
unitário. 
 
2.2 SISTEMAS DE UNIDADES 
É um conjunto de definições que reúnem de forma completa, coerente e con-
cisa todas as grandezas físicas fundamentais e derivadas. Ao longo dos anos, os 
cientistas tentaram estabelecer sistemas de unidades universais como, por exemplo, 
o CGS (Centímetro, Grama, Segundo), MKS (Metro, quilograma, Segundo), SI (Sis-
tema Internacional de Unidades). 
Dentre os sistemas de unidades utilizados na atualidade o SI, derivado do 
MKS, foi adotado internacionalmente a partir dos anos 60. E o padrão mais utilizado 
no mundo, mesmo que alguns países ainda adotem algumas unidades dos sistemas 
precedentes como Inglaterra e EUA que utilizam o Sistema Inglês “English System 
por razões históricas. 
Na tabela abaixo são apresentadas algumas unidades derivadas elétricas e 
magnéticas 
 
Grandeza derivada Abreviatura Unidade Simbologia 
Carga [Q] Coulomb [C] 
Energia [e] Joule [J] 
Potência [P] Watt [W] 
Tensão elétrica [U] Volt [V] 
Resistência [R] Ohm [Ω] 
Resistividade [ρ] Ohm x metro [Ω.m] 
Condutância [S] Siemens [S] 
6 
 
Capacitância [C] Farad [F] 
Indutância [L] Henry [H] 
Frequência [f] Hertz [Hz] 
Campo elétrico [E] Volt/metro [V/m] 
Fluxo elétrico [φ] Volt x metro [V.m] 
Densidade de 
fluxo elétrico 
[D] Coulomb/metro2 [C/m2] 
Campo magnético [H] Âmpere/metro [A/m] 
Fluxo magnético [Φ] Weber [Wb] 
Densidade de 
fluxo magnético 
[B] Weber/metro2 ou Tesla [Wb/m2] ou [T] 
Permissividade 
elétrica 
[ε] Coulomb/metro x metro [C/m.V] 
Permeabilidade 
magnética 
[µ] Weber/metro x Ampère [Wb/m.A] 
Tabela 1 - Unidades de medidas elétricas 
 
 
 
7 
 
3 INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS 
 
Para verificação do correto funcionamento de um circuito elétrico, comparar 
com os valores pré-definidos de projeto, estabelecer comparações para proteção ou 
realizar a tarifação, e necessário realizar medições das grandezas elétricas. Na me-
dição elétrica as grandezas fundamentais são: 
• Corrente; 
• Tensão; 
• Freqüência; 
• Potência. 
Além disso, existem outras grandezas que podem ser medidas, tais como: 
• Resistência; 
• Capacitância; 
• Indutância; 
• Fator de potência; 
• Energia. 
 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 
Como existem varias grandezas elétricas a serem medidas, os instrumentos 
dividem-se de acordo com a finalidade e quanto aos sistemas de medição com qual 
funcionam, podendo ser classificados: 
 
• Quanto ao princípio de funcionamento 
o Instrumentos eletromagnéticos; 
o Instrumentos eletrodinâmicos; 
o Instrumentos eletroquímicos; 
o Instrumentos dinâmicos. 
 
 
8 
 
• Quanto à corrente 
o Instrumentos de corrente contínua - CC; 
o Instrumentos de corrente alternada - CA. 
 
• Quanto à grandeza a ser medida 
o Amperímetros: para a medida de corrente; 
o Voltímetros: adequado para a medida de tensão; 
o Ohmímetros: para a leitura de resistência; 
o Wattímetros: capa de medir a potência ativa; 
o Varímetros: para a medida de potência reativa; 
o Fasímetros: apropriado para a medida de defasagem (cosΦ); 
o Frequencímetros: que mede a frequência. 
 
3.1.1 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS DE MEDIÇÃO (ANALÓGICOS) 
Os instrumentos elétricos empregados na medição das grandezas elétricas 
apresentam um conjunto móvel que é deslocado aproveitando um dos efeitos da 
corrente elétrica: efeito térmico, efeito magnético, efeito dinâmico, etc. Preso a um 
conjunto móvel, está um ponteiro que se desloca na frente de uma escala graduada 
de valores da grandeza que o instrumento é destinado a medir. 
O instrumento analógico tem como fundamentação básica a medida de cor-
rente (amperímetro); adaptações feitas neste medidor permitem que seja usado paraa medida de outras grandezas, como tensão e resistência. 
 
 
Figura 1 - Instrumento de medição analógico 
9 
 
3.1.1.1 INSTRUMENTOS ELETROMAGNÉTICOS 
 
3.1.1.1.1 INSTRUMENTO DE FERRO MÓVEL (FM) 
Na parte interna de uma bobina, uma chapa de ferro doce fixa é montada em 
oposição a uma chapa móvel. Se na bobina circula corrente, então ambas as chapas 
são magnetizadas identicamente em relação aos pólos resultantes, e desta forma, 
se repelem. Quando se dá a inversão do sentido de circulação da corrente, na bobi-
na, as chapas são novamente magnetizadas identicamente, e continuam se repelin-
do. Por isto, os instrumentos de ferro móvel são adequados para a medição, tanto 
de corrente quanto de tensão, em corrente contínua e em alternada. 
Existem dois tipos de instrumentos básicos de ferro móvel: 
• Instrumento de “atração” ou de “núcleo mergulhador”: a corrente I circu-
lando pela bobina fixa faz surgir um campo magnético que atrai o nú-
cleo de ferro doce, dando a leitura proporcional à corrente circulante. 
 
 
Figura 2 - Instrumento de ferro móvel com núcleo mergulhador 
 
10 
 
• Instrumento de “repulsão” ou de “palheta móvel”: A corrente i, ao per-
correr a bobina fixa, imanta as duas lâminas de ferro doce A1 e A2 no 
mesmo sentido, criando assim uma força de repulsão entre elas. A1 é 
fixa à bobina e A2 é móvel e solidária ao eixo, ao qual está também so-
lidário o ponteiro. 
 
 
Figura 3 - Instrumento de ferro móvel de repulsão 
 
3.1.1.1.2 INSTRUMENTO DE BOBINA MÓVEL E ÍMA PERMANENTE (BMIP) 
No campo de um imã permanente, é montada uma bobina móvel, giratória, al-
ternada por corrente elétrica. A corrente é levada até a bobina por meio de molas 
espiras, que simultaneamente desenvolvem o conjugado de oposição ao desloca-
mento da bobina. A rotação da bobina e consequente deflexão do ponteiro são pro-
porcionais à corrente o que faz com que os intervalos sobre a escala estejam igual-
mente distanciados. O ponto zero da escala pode tanto ficar no meio quanto na ex-
tremidade. Quando ocorre inversão do sentido de circulação da corrente, ocorre 
também a inversão da rotação da bobina ou da deflexão do ponteiro. Disto resulta 
que este instrumento apenas pode ser usado para medição de tensão ou corrente 
contínua. 
 
11 
 
 
Figura 4 - Instrumento de bobina móvel e imã permanente 
 
3.1.1.2 INSTRUMENTOS ELETRODINÂMICOS 
O sistema de medição eletrodinâmico consiste de uma bobina móvel e uma 
fixa. Perante a passagem de determinada corrente, as bobinas apresentarão a 
mesma polaridade e assim levarão o ponteiro à deflexão, por repulsão. A corrente 
que alimenta a bobina móvel é levada a esta por meio de 2 molas espirais, que, si-
multaneamente, desenvolvem uma força contrária ao deslocamento angular. 
12 
 
 
Figura 5 - Instrumento eletrodinâmico 
 
Numa inversão do sentido da corrente, ambas as bobinas invertem ao mesmo 
tempo a sua polaridade. Com isto, as condições de repulsão entre as bobinas não 
se alteram e a deflexão do ponteiro se dá sempre para o mesmo lado. Por esta ra-
zão, o instrumento pode ser utilizado tanto em corrente contínua quanto alternada. 
Usado como amperímetro ou como voltímetro, ambas as bobinas são ligadas 
em série ou, perante correntes muito elevadas, são ligadas em paralelo. A principal 
aplicação deste tipo de instrumento é encontrada nos medidores de potência (Wat-
tímetros). Como a potência é obtida do produto da tensão pela corrente, a bobina 
fixa é dimensionada como bobina de corrente, e a móvel como de tensão. A potên-
cia, em watts, pode assim ser obtida diretamente por simples leitura. Na medição de 
potências em corrente alternada, a potência indicada é a potência útil, porque ape-
nas aquela parte da corrente efetuará um trabalho, que estiver em fase com a ten-
são, e assim seu valor (P = U x I x cosϕ). 
 
3.1.1.2.1 INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO 
Este instrumento se compõe de um corpo de ferro quadripolar, que possui 
dois pares de bobinas cruzadas entre si. No circuito de corrente de um destes pares 
de bobinas, inclui-se uma indutância. Disto resulta um deslocamento de fase entre 
os pares de bobinas e desta forma, a existência de um campo girante. Um tambor 
de alumínio, montado de tal modo que apresente um movimento giratório, fica sob 
13 
 
efeito indutivo deste campo girante. As correntes induzidas neste tambor desenvol-
vem um conjugado e, com isto, uma deflexão do ponteiro. A força contrária a esta 
deflexão é conseguida da ação das molas espirais. 
 
 
Figura 6 - Instrumento de medição por indução 
 
 O instrumento de indução, também chamado de instrumento de campo giran-
te ou instrumento de Ferraris, apenas pode ser usado para corrente alternada. 
 
 
3.1.1.2.2 INSTRUMENTOS DE BOBINAS CRUZADAS 
Entre os pólos de um imã permanente, duas bobinas interligadas entre si, po-
rém cruzadas, estão dispostas de tal forma que possam girar. Cada uma das bobi-
nas é ligada à determinada tensão. Por esta razão, cada uma das bobinas influi com 
certa força magnética sobre o imã permanente. 
 
14 
 
 
Figura 7 - Instrumentos de medição por bobinas cruzadas 
 
 
3.1.1.3 INSTRUMENTOS ELETROQUÍMICOS 
 
3.1.1.3.1 SISTEMA DE MEDIÇÃO COM FIO TÉRMICO 
Neste instrumento, é utilizada a dilatação que um fio fino sofre devido ao calor 
originado pela passagem da corrente. Fixa-se um fio de tração a um fio esticado de 
platina-irídio, estando o fio de tração fixo a uma mola, passando por um rolo ou bo-
bina. Quando da dilatação do fio térmico, a bobina é movimentada pela ação da mo-
la, e o ponteiro é ativado, deslocando-se. 
 
 
Figura 8 - Sistema de medição por fio térmico 
15 
 
O instrumento é adequado para corrente contínua e alternada, sendo empre-
gado, sobretudo nas medições em alta freqüência. 
 
3.1.1.4 INSTRUMENTOS DINÂMICOS 
 
3.1.1.4.1 INSTRUMENTO ELETROSTÁTICO 
O funcionamento deste instrumento baseia-se na atração recíproca de corpos 
eletricamente carregados, com polaridades contrárias. O instrumento se compõe de 
placas fixas e móveis, às quais é ligada a tensão a ser medida. Sobre o eixo do dis-
co móvel, é montado um ponteiro. Uma mola atua no sentido contrário ao desloca-
mento deste. 
 
 
Figura 9 - Instrumento eletrostático 
 
Instrumentos eletrostáticos se destinam especificamente à medição de ten-
sões elevadas, pois apenas estas são capazes de desenvolver um conjugado sufici-
entemente elevado. O instrumento pode ser usado tanto em corrente contínua, 
quanto em corrente alternada. 
 
3.1.2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS DE MEDIÇÃO (DIGITAIS) 
Se nos instrumentos analógicos o modelo básico é o amperímetro, a opera-
ção dos aparelhos digitais tem como fundamento a medida de tensão (voltímetro). A 
alteração da configuração inicial permite que sejam medidas outras grandezas, co-
mo corrente, resistência, freqüência, temperatura e capacitância. 
16 
 
 
Figura 10 - Instrumento de medição digital 
 
3.1.3 MEDIÇÃO DE CORRENTE 
Todos os instrumentos destinados a medir correntes, que atualmente são uti-
lizados, baseiam o seu funcionamento na ação magnética da corrente. Medidores de 
corrente ou amperímetros são ligados em série com o circuito de corrente, apresen-
tando uma pequena resistência interna. Instrumentos de ferro móvel são fabricados 
para correntes até 250A, enquanto os de bobina móvel são executados para medir 
correntes de apenas alguns ampères. 
Abaixo segue a descrição de medição de corrente de alguns instrumentos: 
• Voltímetro (CC e CA) - Volt: Mede a tensão e é ligado em paralelo com 
o circuito a ser medido; 
• Amperímetro (CC e CA) - Ampère: mede a corrente e é ligado em serie 
com o circuito a medir; 
• Wattímetro (CC e CA) - Watt: Mede a potência útil. É constituído por 
uma bobina de correnteque é ligado em série com o circuito a medir e 
uma bobina de tensão ligada em paralela; 
• Varímetro (CA) – Volt Ampère- Reativo (VAr): Mede potência reativa. A 
ligação é idêntica a do Wattímetro; 
17 
 
• Fasímetro (CA) - cosΦ: Medir o fator de potência, ou seja, a diferença 
de fase entre tensão e corrente. A ligação é idêntica a do wattímetro; 
• Frequencímetro (CA) Hertz: Mede a freqüência e é ligado em paralelo 
ao circuito; 
• Medir a indutância (CA) - Henry: Mede a indutância de uma bobina; 
• Medir a capacitância (CA) - Farad: Mede a capacitância de capacitores. 
 
 
3.1.4 AMPERÍMETRO 
É um instrumento destinado a medir correntes elétricas, comumente podemos 
chamar de miliamperímetros e microamperímetros, instrumentos que medem corren-
tes da ordem de miliampéres e microampéres, respectivamente. Podem ser dos ti-
pos bobina móvel, ferro móvel e eletrodinâmicos. Ao contrário dos voltímetros, os 
amperímetros são tanto mais precisos quanto menor for a sua resistência interna. 
Para a medição de corrente elétrica podemos utilizar um instrumento de bobi-
na móvel e ímã permanente (BMIP) conectado em série com a carga. Desta forma, a 
corrente que circula pela carga circulará também pelo instrumento BMIP. Porém, 
uma vez que a corrente nominal ou de fundo de escala do instrumento BMIP é muito 
pequena, nossa medição ficará limitada a correntes de pequena intensidade (da or-
dem de µA ou mA no máximo). 
 
 
Figura 11 – Amperímetro e simbologia 
 
Se quisermos medir correntes de maior intensidade, devemos colocar em pa-
ralelo com o instrumento BMIP um resistor para desviar parte da corrente de carga 
do instrumento. Este resistor é denominado de resistor "SHUNT" ou "DERIVAÇÃO". 
18 
 
Para se medir a intensidade de corrente elétrica num trecho do circuito, é ne-
cessário que essa corrente percorra o medidor, que deve estar introduzido em série 
com o circuito, no trecho considerado. 
 
 
Figura 12 - Modo de medição com amperímetro 
 
 
Figura 13 - Amperímetro 
 
 
3.1.5 VOLTÍMETRO 
Os Voltímetros são instrumentos destinados a medir a tensão. Pode ser de 
bobina móvel, ferro móvel ou eletrodinâmico. 
A precisão dos voltímetros é tanto maior quanto maior a sua resistência inter-
na. Assim, a precisão de um instrumento de 100kV é menor do à de 1MV. Sempre 
19 
 
que usamos um voltímetro, devemos verificar se a escala escolhida é compatível 
com a grandeza a ser medida. Por exemplo, se formos medir a tensão de aproxima-
damente 120 volts, poderemos usar a escala de 0-150V, nunca uma escala menor, 
porque poderão ocorrer avarias no instrumento. Caso não se saiba a ordem de 
grandeza da tensão a ser medida, deverá ser usada às escalas mais altas. 
 
 
Figura 14 - Voltímetro e simbologia 
 
Os voltímetros usuais medem tensões de até 500 a 600 volts (baixa tensão). 
Para se medir altas tensões é necessário o uso de transformadores de potencial 
(TP), que transformam a alta tensão em baixa tensão. Para se efetuar a leitura da 
tensão, basta colocar os terminais do instrumento entre os dois pontos do circuito e 
ler a grandeza na escala escolhida. As leituras mais precisas são aquelas efetuadas 
no meio da escala. 
 
 
Figura 15 - Voltímetro 
20 
 
3.1.6 OHMÍMETRO 
É um instrumento utilizado na medição de resistências de pequeno e médio 
valor. É constituído basicamente de duas pontas de prova, uma bateria, um instru-
mento BMIP, uma resistência fixa R1 e uma resistência variável R2 ligados em série. 
 
 
Figura 16 - Medição com Ohmímetros 
 
O Ohmímetro funciona da seguinte maneira: Quando as pontas de prova es-
tão em aberto, não há corrente circulando pelo mecanismo BMIP e o ponteiro fica 
em repouso na extremidade esquerda da escala. Este ponto é identificado com o 
símbolo de infinito (∞), pois corresponde a uma resistência infinita ou muito maior 
que a capacidade do instrumento em medir. 
Conectando-se as ponteiras de prova do Ohmímetro nos terminais de um re-
sistor R, a bateria interna gera uma corrente elétrica que circula pelo instrumento 
BMIP, fazendo com que o ponteiro do instrumento se desloque para uma posição da 
escala que depende do valor desta corrente e, conseqüentemente do valor do resis-
tor R. Porém, a escala do medidor é marcada em ohms, com o zero ohms à direita, e 
não em unidade de corrente, pois o que queremos medir é o valor do resistor conec-
tado nas ponteiras de prova do Ohmímetro. 
O potenciômetro R2 permite que se faça o ajuste de zero ohms na deflexão 
de fim de escala e também tem como função compensar a diminuição da tensão da 
bateria. Toda vez que formos efetuar medidas de resistências devemos curto-
circuitar as pontas de prova e variar a resistência R2 (potenciômetro de ajuste) até 
que o ponteiro do instrumento se desloque para a posição de zero ohms. 
21 
 
O resistor R1 tem a função de limitar a corrente a um valor suportável pelo 
instrumento BMIP, mesmo que a resistência do potenciômetro R2 seja nula. Um 
Ohmímetro é um instrumento de várias faixas que possibilita uma ampla gama de 
medidas. 
Um Ohmímetro típico possui faixas de x1, x10, x1K, x10K que possibilitam a 
leitura de resistências desde zero até vários megohms. Nos Multitestes com indica-
ção analógica (com ponteiro), geralmente o pólo positivo da bateria interna está co-
nectado no borne comum (-) (borne preto) do instrumento, enquanto que o pólo ne-
gativo está conectado no borne (+) (borne vermelho). 
Este conhecimento é importante quando se deseja identificar os terminais de 
um componente eletrônico, como por exemplo, anodo e catodo de um diodo, ou i-
dentificar o tipo de transistor, NPN ou PNP. Em geral nos Multitestes digitais esta 
inversão não ocorre. 
 
 
Figura 17 - Ohmímetro 
 
3.1.7 WATTÍMETRO 
Os medidores de potência elétrica são conhecidos como wattímetros, pois 
sabemos que a potência é expressa em watts por meio das fórmulas conhecidas: 
 
P = U.I (corrente contínua) 
P = U.I.cosΦ (corrente alternada monofásica) 
P = 1,73. U.I.cosΦ (corrente alternada trifásica) 
22 
 
Assim, para que um instrumento possa medir a potencia de um circuito elétri-
co, será necessário o emprego de duas bobinas: uma de corrente e outra de poten-
cial. 
A ação mútua dos campos magnéticos gerados pelas duas bobinas provoca o 
deslizamento de um ponteiro em uma escala graduada em watts proporcional ao 
produto Volts x Ampères. 
 
 
Figura 18 - Medidor de potência 
 
A bobina de tensão ou de potencial está ligada em paralelo com o circuito, e a 
bobina de corrente, em série. 
 
 
Figura 19 - Wattímetro 
23 
 
3.1.8 VARÍMETRO 
É um instrumento utilizado para medir a potência elétrica reativa (Q) de um 
circuito. Basicamente é semelhante ao Wattímetro, mas é incorporado ao aparelho 
indutores e capacitores ligados à resistência ôhmica do medidor para gerar uma 
mudança de fase de 90° entre a tensão e a corrente n o voltímetro de bobina. Assim, 
como resultado é obtida a medição da potência reativa do circuito. A unidade é o 
VAr (Volt-Ampere reativo). 
O nome Varímetro é derivado da unidade de medida que o mesmo se destina 
a medir. Existe Varímetros para diversos tipos de aplicação, em sistemas de grande 
potência geralmente se usa o MVAr (Mega Volt-Ampere reativo), tendo como medi-
dor o Megavarímetro. 
 
 
Figura 20 - Varímetro 
 
3.1.9 FASÍMETRO 
Os Fasímetros, também conhecidos como medidores de fator de potencia, 
são instrumentos destinados a medir a relação existente entre a potência ativa e a 
potência aparente de um circuito reativo indutivo ou reativo capacitivo. 
Esses Instrumentos têm seu funcionamento baseado no principio eletrodinâ-
mico exercido entre bobinas fixas e bobinas móveis cruzadas. 
Como é de nosso conhecimento, a relação existenteentre a potência ativa e a 
potência aparente, nos circuitos indutivos ou capacitivos, é definida pela defasagem 
existente entre a tensão e a corrente do circuito. Logo, o fasímetro, serve para medir 
a diferença entre as fases, ou seja, o fator de potência. 
24 
 
Sua maior aplicabilidade é na obtenção do fator de potência, verificação de 
fase aberta e de sequência de fase. 
 
 
Figura 21 - Fasímetro 
 
Os Fasímetros podem ser monofásicos ou trifásicos. 
 
3.1.10 FREQUENCÍMETRO 
É um instrumento eletrônico utilizado para medição da frequência de um sinal 
periódico. A unidade de medida utilizada é o hertz (símbolo Hz). Um frequencimetro 
possui um mostrador digital que pode ser em cristal líquido ou de LEDs, informando 
a frequência medida em Hz, kHz, MHz e GHz, conforme a escala utilizada. 
 
 
Figura 22 - Frequencímetro 
25 
 
Muitos frequencímetros podem medir também o período do sinal medido (em 
segundos, milissegundos, microssegundos, nanosegundos). Os frequencímetros 
eletrônicos digitais fazem uso de uma base de tempo precisa (um cristal de quartzo) 
e circuitos contadores digitais para realizar a medição da frequência. 
São muito utilizados em laboratórios de eletrônica e medição em campo. 
Além dos frequencímetros digitais, existem os eletromecânicos, usados para medir a 
baixa frequência da rede elétrica. 
Estes se compõem de barras de ferro doce, que vibram em determinadas fre-
quências de ressonância e são instalados em painéis de equipamentos elétricos. 
Existem 03 tipos de frequencímetros: 
 
 
Figura 23 - Frequencímetros eletrodinâmicos 
 
 
Figura 24 - Frequencímetros de indução 
 
26 
 
 
Figura 25 - Frequencímetros de lingueta vibratória 
 
 
 
 
27 
 
4 UTILIZAÇÃO 
Os instrumentos normalmente utilizados na medição elétrica são do tipo: 
• Bobina móvel (A, V, Ω); 
• Ferro móvel (A, V); 
• Eletrodinâmicos (W, A, V, cos φ); 
• Lâminas vibratórias (Hz); 
• Indução (kΩ); 
• Eletrostáticos (V); 
• Eletrônicos (A, V, Hz); 
• Multímetros (A, V, R). 
 
 
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5 REFERÊNCIAS 
 
Apostila de Medidas Elétricas - Marcus Vinicius Araujo Fernandes 
Medidas elétricas e materiais elétricos e magnéticos – Pitágoras faculdade 
Eletricista força e controle – Medidas elétricas – Prominp 
Eletricista montador – Medidas elétricas – Prominp 
Instrumentação e medidas elétricas – Cefet/SC 
Aula 01 - medidas elétricas e materiais elétricos e magnéticos – UFSC 
Medidas elétricas – SENAI 
Elétrica – Medidas elétricas - CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manu-
tenção – SENAI 
http://www.eletr.ufpr.br/marlio/medidas/apostila/apostila1a.pdf 
http://minerva.ufpel.edu.br/~egcneves/biblioteca/caderno_elet/cap_06.pdf 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frequenc%C3%ADmetro 
http://www.curso-eletronica.com.br/perguntas/o-que-e-um-frequencimetro 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADmetro 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Var%C3%ADmetro 
http://www.passeidireto.com/arquivo/985798/aula---instrumentos-de-medidas

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