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DIREITOS HUMANOS AULAS 6 À 10 REVISÃO AV2

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Direitos Humanos
Prof. Dr. Rafael Iorio
Aula 6
O Sistema Europeu de Proteção de DH
Sistema Europeu de proteção de Direitos Humanos foi criado com a Convenção Europeia de Direitos Humanos em 1950. È o mais antigo e consolidado modelo no âmbito regional e se tornou o padrão clássico de proteção.
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Também seu sistema de monitoramento de DH tem sido considerado o mais avançado do mundo. 
3
A Convenção Europeia de DH e seus protocolos adicionais
A Convenção Europeia de Direitos Humanos foi elaborada no seio do Conselho da Europa assinada em Roma em 1950 e entrou em vigor em setembro de 1953.  
Tratava-se, na intenção dos seus autores originais, de tomar as medidas a assegurar a garantia de alguns dos direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948. Desde então tem sido atualizada e modificada por protocolos adicionais.
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A Convenção Europeia é composta de três partes: 
Na primeira (Título I, art. 2º a 18) são elencados os direitos e liberdades fundamentais, essencialmente civis e políticos, como o direito à vida, à proibição da tortura, à liberdade, à segurança, a um processo equitativo, à vida privada e familiar, à liberdade de pensamento, de consciência e de religião, à liberdade de expressão, de reunião e de associação, ao casamento, a um recurso efetivo, à proibição de discriminação etc.
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Na segunda parte (Título II, art. 19 a 51) a Convenção regulamenta a estrutura e funcionamento da Corte Europeia de Direitos Humanos (v.g., o número de juízes, eleição dos mesmos, duração do mandato, questões sobre admissibilidade e arquivamento de petições, sobre intervenção de terceiros, sobre as sentenças da Corte, sua fundamentação e força vinculante, competência consultiva da Corte, privilégios e imunidades dos juízes etc.
6
Na terceira parte (Título III, art. 52 a 59) a Convenção estabelece algumas disposições diversas, como as requisições do Secretário-Geral do Conselho de Europa, poderes do Comitê de Ministros, reservas à Convenção, sua denúncia etc.
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Os principais protocolos à Convenção que asseguram direitos são:
Protocolo n.º 1
Artigo 1.º : Proteção da propriedade
Artigo 2.º : Direito à instrução
Artigo 3.º : Direito a eleições livres
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Protocolo n.º 4
Artigo 1.º : Proibição da prisão por dívidas
Artigo 2.º : Liberdade de circulação
Artigo 3.º : Proibição da expulsão de nacionais
Artigo 4.º : Proibição de expulsão coletiva de estrangeiros
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Protocolo n.º 6
Artigo 1.º : Abolição da pena de morte
Protocolo n.º 7
Artigo 1.º : Garantias processuais no caso de expulsão de estrangeiros
Artigo 2.º : Direito a um duplo grau de jurisdição em matéria penal
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Artigo 3.º : Direito a indemnização em caso de erro judiciário
Artigo 4.º : Direito a não ser julgado ou punido mais de uma vez
Artigo 5.º : Igualdade entre os cônjuges
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O Tribunal Europeu de Direitos Humanos ou Direitos do Homens
 
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) é também chamado de Corte Europeia de DH (CEDH).
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O Tribunal foi criado em 1959.
 
Porém em 1998, com o Protocolo no. 11, foi reorganizado se tornando um órgão permanente do Conselho da Europa. 
Em 31 de Outubro de 1998, o antigo Tribunal cessou sua existência, passando a funcionar a partir de então o novo Tribunal, como hoje o conhecemos.
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Sua função primordial é basicamente assegurar a aplicação da Convenção Europeia de Direitos Humanos, assinada inicialmente em 1950.
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O Tribunal Europeu de Direitos Humanos tem jurisdição sobre 47 países que se sujeitam à proteção do sistema regional europeu
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL EUROPEU DE DIREITOS HUMANOS – TEDH
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A Corte tem competência para:
 
 interpretar a Convenção Europeia de Direitos Humanos e seus documentos adicionais.
 julgar e condenar os Estados (a ela vinculados) que violem os direitos humanos previstos na Convenção.
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ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
é composto por um número de juízes igual ao de Estados contratantes (atualmente quarenta e sete); 
não há representação paritária;
os juízes não podem exercer uma atividade incompatível com os seus deveres de independência e imparcialidade ou com a disponibilidade exigida pelo desempenho de funções a tempo inteiro.
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os juízes são eleitos por um mandato de nove anos não renovável, pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, não sendo admitidos juízes com mais de 70 anos de idade.
O cumprimento das decisões do Tribunal estão sob a responsabilidade do Conselho da Europa.
18
ACESSO AO TRIBUNAL
 
O acesso à Corte se dá de forma direta, pois a Corte recebe petições diretamente dos indivíduos, mediante adoção de um formulário para peticionamento (chamado de queixa).
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É necessário que aquele que apresente a queixa seja, ele próprio, vítima direta da violação estatal.  
Podem queixar-se ao Tribunal todas as pessoas dependentes da jurisdição deste:  pessoas singulares ou coletivas (sociedades, associações), nacionais, estrangeiras e mesmo apátridas.
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É necessário que o titular do direito violado ou ameaçado não tenha obtido das autoridades do Estado reparação considerada suficiente.
Um Estado também pode oferecer queixa contra um outro Estado contratante da Convenção por violação da própria convenção.
21
Embora aconselhável, não há obrigatoriedade de que a parte seja representada por advogado ao formular a queixa. O advogado passa a ser obrigatório se houver audiência e se a queixa for admitida. O Conselho da Europa criou um sistema de assistência judiciária para os necessitados.
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Atenção!! Lembre-se que a Corte/Tribunal Europeu de Direitos Humanos não é a mesma coisa que a Corte de Justiça da União Europeia e nem a mesma coisa da Corte Internacional de Justiça.
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Recorde-se ainda que a Comissão Europeia dos Direitos Humanos não está mais funcionando (assim atenção às leituras de textos pouco atualizados!). Sob o aspecto jurisdicional, o sistema europeu funciona apenas com o Tribunal Europeu de DH, restando superado aquele modelo originariamente tradicional de uma comissão e uma corte (como é o caso do sistema interamericano que será visto nas aulas 08 e 09) dos sistemas internacionais) que foi o modelo inaugural adotado pelo Conselho da Europa em 1950.
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Direitos Humanos 
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Atividade 6
Questão 1: Assinale a afirmativa incorreta.
 
A Corte Europeia de Direitos Humanos não é a mesma coisa que a Corte de Justiça da União Europeia e nem a mesma coisa da Corte Internacional de Justiça.
A função da Corte Europeia de Direitos do Homem é basicamente proteger a Convenção Europeia de Direitos Humanos, assinada inicialmente em 1950.
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c) Todos os países da União Europeia-UE estão sujeitos ao Tribunal Europeu de Direito Humanos.
d) O TEDH agrega 47 países (os 28 membros da União Europeia, entre outros) 
e)NRA
Gabarito: letra C – Apenas os países signatários da Convenção Europeia de Direitos Humanos é que se sujeitam do Tribunal/Corte Europeia de Direitos Humanos.
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Questão 2: No que toca à admissibilidade da queixa pelo TEDH, assinale a alternativa correta
a) O Tribunal só pode apreciar queixas por violação dos direitos e liberdades garantidos pela Convenção Europeia de DH se o queixoso tiver esgotado, no seu país, todos os meios , judiciais e/ou administrativas, que a lei lhe faculta para tentar remediar a violação.
b) Tribunal só pode receber queixas que lhe sejam apresentadas até quatro meses após a decisão interna definitiva, nos termos do Protocolo n.º 15 à Convenção).
28
c) O Tribunal não pode apreciar queixas anónimas, nem queixas que sejam repetições de queixas anteriormente examinadas pela Comissão Europeia ou pelo Tribunal ou já submetida a outra instância internacional.
d) Todas as respostas.
e) NRA
Gabarito: letra D
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Questão 3: Assinale a resposta correta.
 
O sistema europeu de proteção direitos humanos:
 
a) É a experiência regional mais antiga e consolidada.
b) Tem sua atividade jurisdicional exercida pela Comissão Europeia de Direitos Humanos.
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c) Está subordinado a ONU.
d) É parte da União Europeia.
e) Protege apenas os cidadãos europeus, não se admitindo que estrangeiros recorram a Corte Europeia de DH.
Gabarito: letra A
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Direitos Humanos
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Aula 07
	O Sistema Regional Africano de Proteção dos Direitos Humanos
 
O sistema regional africano de proteção dos direitos humanos começou por se desenvolver no seio da Organização de Unidade Africana (OUA), hoje União Africana - criada em 2002 - em substituição a OUA e formada por 54 Estados-membros
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Algumas metas da União Africana:
Obter uma maior unidade e solidariedade entre os países e os povos da África
Respeitar a soberania, a integridade territorial e a independência dos seus Estados Membros
Acelerar a integração política e socioeconômica da África
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Algumas metas da União Africana:
4. Promover a paz, a segurança e a estabilidade da África
5. Promover os princípios e as instituições democráticas
6. Promover e proteger os direitos do homem
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Algumas metas da União Africana:
7. Criar as condições que permitam a África desempenhar o papel que lhe compete na economia mundial
8. Promover o desenvolvimento sustentável e a integração das economias africanas
9. Coordenar e harmonizar as políticas entre as Comunidades Econômicas Regionais existentes e futuras, para a gradual realização dos objetivos da União
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	Principais tratados africanos de proteção dos direitos humanos
O Tratado Geral – A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos CADHP
 Protocolo à Carta Africana sobre os Direitos das Mulheres em África, de 2003 - até novembro de 2010, 28 Estados eram partes .
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Principais tratados africanos de proteção dos direitos humanos
Carta Africana dos Direitos e do Bem-Estar das Crianças, de 1990, - com 45 Estados Partes até novembro de 2010. 
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Principais tratados africanos de proteção dos direitos humanos
O TRATADO GERAL: CADHP
É principal instrumento de direitos humanos do sistema africano. Adotada em janeiro de 1981 
na Carta temos direitos individuais (como os chamados direitos civis e políticos); direitos dos povos; econômicos; sociais e culturais; e deveres individuais.
 
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O TRATADO GERAL: CADHP
Entre os direitos individuais enunciados, destacam-se os seguintes:
Proibição de qualquer discriminação no gozo dos direitos e liberdades garantidos pela Carta (artigo 2.º);
Direito à igualdade perante a lei e à igual proteção da lei (artigo 3.º);
40
Direito ao respeito da vida e da integridade pessoal do ser humano (artigo 4.º);
Direito ao respeito da dignidade inerente à pessoa humana, incluindo a proibição da escravatura, do tráfico de escravos, da tortura e das penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes (artigo 5.º);
41
Liberdade de consciência, direito de professar e praticar livremente a sua religião (artigo 8.º);
Liberdade de consciência, direito de professar e praticar livremente a sua religião (artigo 8.º);
Direito à propriedade (artigo 14.º);
42
O TRATADO GERAL: CADHP
Entre os direitos dos Povos enunciados, destacam-se, entre outros, os seguintes:
Direito dos povos à igualdade (artigo 19.º);
Direito de todos os povos a dispor livremente das suas riquezas e recursos naturais (artigo 21.º);
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O TRATADO GERAL: CADHP
Direito de todos os povos ao desenvolvimento económico, social e cultural (artigo 22.º);
Direito de todos os povos à paz e segurança a nível nacional e internacional (artigo 23.º);
Direito de todos os povos “a um meio ambiente satisfatório e global, propício ao seu desenvolvimento” (artigo 24.º).
44
O TRATADO GERAL: CADHP
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Principais tratados africanos de proteção dos direitos humanos
Além do Tratado Geral – CADHP, existem instrumentos mais específicos;
o Protocolo à Carta Africana sobre os Direitos das Mulheres em África, de 2003 - até novembro de 2010, 28 Estados eram partes e ...
46
Principais tratados africanos de proteção dos direitos humanos
a Carta Africana dos Direitos e do Bem-Estar das Crianças, de 1990, - com 45 Estados Partes até novembro de 2010. 
47
 Mecanismos de controle da aplicação da CADHP
Os principais órgãos de controle do sistema africano de direitos humanos são:
A Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos
O Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos
48
 
Mecanismos de controle da aplicação da CADHP
Comissão Africana dos Direitos do Homem e dos Povos
Foi criada pelo artigo 30.º da Carta Africana.
49
Este órgão, composto por 11 peritos independentes com assento a título pessoal, é um organismo para-judicial, cujas decisões não são vinculantes, encarregado de fazer o acompanhamento da implementação da Carta, através da promoção dos direitos do Homem e dos Povos e garantia de sua proteção na África.
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Mecanismos de controle da aplicação da CADHP
Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos 
Este Tribunal foi criado pelo Protocolo à CADHP sobre o Estabelecimento de um Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos, adotado em 1998 e entrando em vigor a 25 de Janeiro de 2004. 
51
Com sede em Arusha, na Tanzânia, tem competência consultiva e contenciosa, complementando a dimensão de proteção do mandato da Comissão Africana.
52
O Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos proferiu a sua primeira decisão a 15 de Dezembro de 2009, no caso Michelot Yogogombaye c. Senegal – que se considerou incompetente para julgar.
53
Até 29 de janeiro de 2016, a Corte havia recebido 74 casos, dos quais 25 já foram finalizados. Quatro reclamações foram transferidas para a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos.
54
As línguas oficiais do Tribunal são as mesmas que as da União Africana, conforme estipuladas no Ato Constitutivo da União Africana como sendo o árabe, o inglês, o francês e o português.
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Tribunal Africano dos Direitos do Homem e dos Povos (cont.)
	Competência do tribunal:
Competência Consultiva
Competência em Matéria Contenciosa
Solução Consensual
	 
 
 
	
 
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Competência Consultiva
	 
Tribunal pode, a pedido de um Estado Membro da União Africana, de qualquer um dos órgãos da União Africana ou de qualquer organização africana reconhecida pela União Africana, emitir um parecer sobre quaisquer questões de natureza jurídica relacionadas com a Carta ou com quaisquer outros instrumentos de direitos humanos pertinentes, desde que o objeto do parecer não esteja relacionado com uma questão que está a ser examinada pela Comissão. 
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Competência em Matéria Contenciosa
O Tribunal tem competência sobre todos os casos e litígios a si submetidos relacionados com a interpretação e a aplicação da Carta, do Protocolo e de quaisquer outros instrumentos de direitos humanos pertinentes ratificados pelos Estados em causa.
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Solução Consensual
O Tribunal também tem competência para promover a solução consensual nos processos pendentes perante si, de acordo com as disposições da Carta.
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Quem pode apresentar uma Petição ao Tribunal?
- A Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos;
- Um Estado Parte no Protocolo do Tribunal contra o qual tenha sido apresentada denúncia junto da Comissão;
60
- Um Estado Parte no Protocolo do Tribunal cujo cidadão seja vítima de violação de direitos humanos;
- Uma Organização Intergovernamental Africana;
61
- Estados Partes no Protocolo do Tribunal com interesse em um caso podem ser autorizados pelo Tribunal a tomar parte no processo;
- Organizações não-governamentais (ONGs) pertinentes com Estatuto de Observador perante a Comissão e indivíduos particulares podem instaurar processos diretamente ao Tribunal, se o Estado Parte da sua origem tiver feito uma declaração para tanto;
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O que deve conter a Petição?
1.Um resumo dos factos do caso e dos elementos de prova que irão ser apresentados;
2.Dados claros do requerente e da parte ou partes contra as quais a ação é
intentada;
3.Especificação da alegada violação;
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4.Prova de que foram esgotados todos os recursos do Direito Interno ou de que há um retardamento excessivo em tais vias de recurso internas;
5.A decisão judicial ou ação inibitória pretendida;
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6.Nos casos em que um requerente, em seu próprio nome ou em nome da vítima, pretenda ser concedido reparação, o requerimento deve incluir o pedido de reparação”.
 
65
Qual é o Direito aplicável para o Tribunal?
O Tribunal aplicará as disposições da Carta e de quaisquer outros instrumentos de direitos humanos pertinentes ratificados pelos Estados em causa.
66
Qual é a natureza das conclusões do Tribunal?
Quando o Tribunal conclui que houve uma violação dos direitos humanos e dos povos, irá emitir uma decisão judicial apropriada para corrigir a violação, incluindo o pagamento de justa indemnização ou reparação.
67
Em caso de extrema gravidade e urgência e quando necessário para evitar danos irreparáveis às pessoas, o Tribunal pode aprovar medidas provisórias conforme necessário.
68
Trata o Tribunal de Matéria Penal?
O Tribunal Africano dos Direitos Humanos e
 dos Povos não tem competência para lidar
 com matéria penal como genocídio, crimes
 contra a humanidade, crimes de guerra, entre
 outros. 
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Direitos Humanos
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Atividade 07
Questão 1: Assinale se a afirmação é verdadeira ou falsa.
 
	“Os princípios do Ato Constitutivo da U.A. elencados no artigo 4º norteiam-se pela igualdade soberana e interdependência entre os Estados-Membros da União, respeito às fronteiras existentes no momento da acessão à independência.
71
Também determina a participação dos povos africanos nas atividades da União, o estabelecimento de uma política comum de defesa para o Continente Africano, a resolução pacífica dos conflitos entre os Estados-Membros da União por meios apropriados que forem decididos pela Conferência da União. 
72
A não ingerência de qualquer Estado-Membro da União nos assuntos internos do outro, o direito da União intervir num Estado-Membro em conformidade com uma decisão da Conferência em situações nomeadamente, crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade. 
73
A coexistência pacífica dos Estados-Membros da União e seu direito de viver em paz e em segurança e de procurar ajuda, por intermédio da Conferência da União, assim como o direito de a União intervir para restaurar a paz e a segurança. O direito dos Estados-Membros de pedirem a intervenção da União, com vista à restauração da paz e a segurança, promoção da autonomia coletiva no quadro da União. 
74
A promoção da igualdade dos gêneros, respeito pelos princípios democráticos, pelos direitos humanos, pelo Estado de Direito e pelo bom governo. A promoção da justiça social para assegurar o desenvolvimento econômico equilibrado, o respeito pela santidade da vida humana, a condenação e a rejeição da impunidade, dos assassinatos políticos e dos atos de terrorismo e atividades subversivas e condenação e rejeição de mudanças inconstitucionais de governos”.
75
Questão 2: Assinale se a afirmação é verdadeira ou falsa.
	A Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos tem a previsão não apenas de direitos civis e políticos, mas de direitos econômicos, sociais e culturais. O próprio preâmbulo da Carta reconhece, no marco do direito ao desenvolvimento, que: “os direitos civis e políticos são indissociáveis dos direitos econômicos, sociais e culturais, tanto na sua concepção, como na sua universalidade, e que a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais garante o gozo dos direitos civis e políticos”.
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Questão 3: Assinale se a afirmação é verdadeira ou falsa.
	
	O Tribunal Africano dos Direitos Humanos
 e dos Povos tem competência para lidar com
 matéria penal como genocídio, crimes contra
 a humanidade, crimes de guerra, entre
 outros.
 
77
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Aula 8
Direitos Humanos
O Sistema Interamericano de DH
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OEA - Organização dos Estados Americanos
 
A OEA foi fundada em 1948 com a assinatura, em Bogotá, Colômbia, da Carta da OEA que entrou em vigor em dezembro de 1951. 
81
Criada para criar “uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”. 
Artigo 1º da Carta
82
A OEA e o Sistema Interamericano de DH
Hoje, a OEA congrega Estados independentes do continente americano (Américas do Norte, Central , do Sul e Caribe), perfazendo um total de 35 países independentes .
.
83
Para atingir seus objetivos mais importantes, em 2014, a OEA adotou quatro pilares que constam da “Visão Estratégica da OEA” (AG/RES. 2814/14). 
84
Os pilares da OEA são:
• a democracia, 
• os direitos humanos, 
• a segurança e 
• o desenvolvimento
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OS PROPÓSITOS DA OEA
OS PRINCÍPIOS da OEA
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Principais instrumentos normativos
Pacto de San José da Costa Rica (Convenção Americana de DH)
 Protocolo Adicional de San Salvador
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Pacto de San José da Costa Rica
Também chamado de Convenção Americana de DH
Foi assinado em 22/11/69, em de San José, na Costa Rica.
É o principal instrumento normativo do sistema regional interamericano.
88
Porém, a Convenção foi apenas ratificada pelo Brasil, em setembro de 1992, e 
promulgada pelo Decreto 678, de 6 de novembro de 1992.
89
O Brasil não assinou na íntegra o Pacto, fazendo ressalvas ao texto (art. 2º do Decreto nº 678, de 06/11/1992).
Por ex: a adesão do Brasil ao Pacto não inclui o direito automático de visitas e inspeções in loco da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as quais dependerão da anuência expressa do Brasil.
90
Atenção!
Um Estado que faça parte da Carta da OEA não está necessariamente vinculado ao Pacto de San Jose. Deve haver adesão individual de cada país, ratificando seu interesse de fazer parte.
91
O Pacto de San Jose basicamente dispõe sobre os direitos de 1ª dimensão – os direitos de liberdade (civis e políticos).
É bastante genérico em relação aos direitos de 2ª dimensão (direitos sociais, econômicos e culturais). 
92
Alguns temas destacados do Pacto de San Jose da Costa Rica:
	
a) ADOÇÃO DA PENA DE MORTE: 
No que toca à pena de morte, embora não esteja proibida universalmente, estabelece o pacto que esta não poderá ser restabelecida quando já houver sido abolida no Estado. 
93
O ordenamento jurídico brasileiro prevê a pena de morte apenas nos casos de guerra declarada, nos termos do art. artigo 5º Inciso XLVII da Constituição Federal.
94
b) AS GARANTIAS JUDICIAIS : estão previstas no art. 8º.e integram a nosso ideia de devido processo legal. 
95
O Pacto estabelece como foro de discussões e arbitragem a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Corte Interamericana de Direitos Humanos, localizada em San Jose da Costa Rica.
96
Protocolo de San Salvador
Foi assinado em 17 de novembro de 1988. 
Entrou oficialmente em vigor, no âmbito da OEA, apenas em 1999, após obter o numero mínimo de ratificações necessárias para tanto.
97
O Brasil o ratificou em 21 de agosto de 1996 e o mesmo foi promulgado pelo Decreto 3321 de 30 de dezembro de 1999.
Este Protocolo Adicional foi criado para suprimir as necessidades do Pacto de San Jose da Costa Rica, que foi tímido quantos aos direitos econômicos, sociais e culturais, trazendo apenas obrigações. 
98
Aborda temas como:
# direito do trabalho; 
# direitos sindicais (inclusive direito à greve);
# direito à previdência social; 
# direito à saúde ; 
# direito a um meio ambiente sadio;
# direito à alimentação; 
# direito à educação; 
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# direito aos benefícios da cultura;
# direito à constituição e proteção da família; 
# direito da criança; 
# proteção de pessoas idosas; 
# proteção de deficientes
100
Outros instrumentos normativos
Além, dos dois grandes instrumentos do Sistema Interamericano de DH (o Pacto de San José da Costa Rica e o Protocolo Adicional de San Salvador), a partir dos anos 80, há vários outros instrumentos voltados para uma proteção específica de DH.
101
Entre eles citamos:
Declaração de Cartagena sobre Refugiados (1984)
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985)
102
Protocolo para a Convenção Americana de Direitos Humanos para Abolir a Pena de Morte (1990)
Convenção Interamericana Sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas (1994)
103
Convenção Interamericana Para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher (1994)
Convenção Interamericana Para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (1999)
104
Proposta de Declaração Americana Para os Direitos dos Povos Indígenas (1997)
Declaração de Direitos Humanos e Meio Ambiente (2003)
105
Direitos Humanos
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Atividade 08
Questão 1: 
Qual das alternativas abaixo NÃO corresponde a um dos princípios da OEA? 
a) A boa-fé deve reger as relações dos Estados entre si;
107
b) A ordem internacional é constituída essencialmente pelo respeito à personalidade, soberania e independência dos Estados e pelo cumprimento fiel das obrigações emanadas dos tratados e de outras fontes do direito internacional;
108
c) A solidariedade dos Estados americanos e os altos fins a que ela visa requerem a organização política dos mesmos, com base no exercício efetivo da democracia representativa 
109
d) Todo Estado tem o direito de escolher, sem ingerências externas, seu sistema político, econômico e social, bem como de organizar-se da maneira que mais lhe convenha, e tem o dever de não intervir nos assuntos de outro Estado. Sujeitos ao acima disposto, os Estados americanos cooperarão amplamente entre si, independentemente da natureza de seus sistemas políticos, econômicos e sociais; 
e) NRA
110
Gabarito – Letra E
Todas as afirmações representam princípios da OEA.
111
	Questão 2
(DPE/MT/2009-FCC) Em face do que dispõe a Convenção Americana de Direitos Humanos quanto ao direito de defesa da pessoa acusada da prática de um delito,
112
 o Estado deve dispor de um órgão de assistência jurídica encarregado da defesa dos acusados que demonstrarem insuficiência de recursos.
113
(B) a defesa pode ser realizada pessoalmente pelo acusado, caso o Estado não disponha de meios para lhe proporcionar um defensor.
114
(C) a defesa pode ser realizada pessoalmente pelo acusado, caso seja ele tecnicamente habilitado e renuncie ao defensor indicado pelo Estado.
115
(D) é obrigatória a existência de defesa técnica, fornecida pelo Estado, caso o acusado não indique advogado de sua confiança e nem se defenda por si mesmo.
116
(E) é direito do acusado, sempre que o interesse da justiça assim o exija, ter um defensor designado ex officio, que atuará gratuitamente.
117
GABARITO – LETRA D
Convenção Americana de Direitos Humanos, art. 8º, item 2: “toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. 
118
Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, dentre outras garantias mínimas o direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, 
119
livremente e em particular, com seu defensor ou ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei ”.
120
Questão 3
 (VI Exame Unificado da OAB). A Convenção Interamericana de Direitos Humanos dispõe que toda pessoa tem direito à vida, que deve ser protegida por lei, e que ninguém dela poderá ser privado arbitrariamente. A respeito da pena de morte, o documento afirma que
 
121
a) é inadmissível a aplicação da pena de morte em qualquer circunstância, já que o direito à vida deve ser protegido por lei desde a concepção.
 
b) não se pode aplicar pena de morte aos delitos políticos, exceto se forem conexos a delitos comuns sujeitos a tal pena.
122
 c) a pena de morte não pode ser imposta àquele que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, nem aplicada à mulher em estado gestacional.
 d) não se admite que Estados promulguem pena de morte, exceto se já a tiverem aplicado e a tenham abolido, hipótese em que a tal pena poderá ser restabelecida.
123
Gabarito – Letra C
Art. 4 do Pacto que disciplina o direito à vida.
124
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Direitos Humanos
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Aula 9
A OEA e o Sistema Interamericano de DH e sua proteção
O Sistema Interamericano de Direitos Humanos - SIDH iniciou-se com a aprovação da Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem, na Nona Conferencia Internacional Americana, realizada em Bogotá em 1948, onde também foi adotada a própria Carta da OEA.
 
127
De acordo com a Carta da OEA:
		“o sentido genuíno da solidariedade americana e de boa vizinhança não 		 pode ser outro que o de consolidar neste Continente dentro do marco das 		 instituições democráticas, um regime de liberdade individual e de justiça 		 social, fundado com respeito aos direitos essenciais do homem”.
128
A OEA e o Sistema Interamericano de DH e sua proteção
O SIDH sob o aspecto dos mecanismos de proteção sob o plano jurisdicionais, se baseia em dois órgãos: 
	(a) Comissão Interamericana de Direitos Humanos
	(b) Corte interamericana de Direitos Humanos tratado ou convenção Interamericana.
	
129
(a) A COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – CIDH 
A CIDH é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) encarregado da promoção e proteção dos direitos humanos no continente americano.
 
130
Sua composição :
É integrada por sete membros independentes, eleitos a título individual, pela Assembleia da OEA, a partir de uma lista de candidatos proposta pelos governos dos Estados-membros. São eleitos para um período de quatro anos, e apenas uma reeleição é permitida.
131
Os membros atuam de forma autônoma e pessoal, não sendo assim representantes do país de sua nacionalidade ou do local onde residem. 
Sua sede : Está localizada em Washington, D.C. – EUA, muito embora os Estados Unidos sejam membro da OEA, o país não assinou o Pacto de San José.
132
Finalidade da CIDH : promover a observância e a defesa dos direitos humanos e servir como órgão consultivo da OEA nesta matéria.
133
A CIDH realiza seu trabalho com base em três pilares:
Sistema de Petição Individual;
- Monitoramento da situação dos direitos humanos nos Estados Membros, e
-
134
- Atenção à linhas temáticas prioritárias, em geral vinculadas às populações, comunidades e grupos historicamente submetidos à discriminação (tais como crianças e adolescentes, as mulheres, os trabalhadores migrantes, as pessoas privadas de liberdade, os povos indígenas e dos afrodescendentes)
135
A CIDH atua também com base:
	- no princípio pro homine - segundo o qual a interpretação de uma norma deve ser feita da maneira mais favorável ao ser humano;
	- na necessidade de acesso à justiça;
	- na incorporação da perspectiva de gênero em todas suas atividades.
136
O acesso à CIDH
Se dá por meio de uma denúncia e está sujeito ao cumprimento de certos requisitos formais e substantivos. 
	
137
Qualquer pessoa ou organização pode se dirigir à Comissão (independentemente de advogado) e de forma gratuita apresentando uma petição, em seu nome próprio ou em favor de uma terceira pessoa.
 A petição deverá conter :
138
✓ Os dados da(s) suposta(s) vítima(s) e de seus familiares;
✓ os dados da parte peticionária, como nome completo, telefone, endereço e e-mail;
✓ a descrição completa, clara e detalhada dos fatos alegados, que inclua como, quando e onde ocorreram,
bem como o Estado considerado responsável;
✓ a indicação das autoridades estatais que se consideram responsáveis;
139
✓ os direitos que se consideram violados, se possível;
✓ as instâncias judiciais ou as autoridades do Estado a que se recorreu para buscar resolver as violações alegadas;
✓ a resposta das autoridades estatais, em especial dos tribunais judiciais;
140
✓ se possível, cópias simples e legíveis dos principais recursos interpostos e das decisões judiciais internas e outros anexos considerados pertinentes, como depoimentos de testemunhas; e
✓ a indicação de se a petição foi apresentada a outro organismo internacional com competência para resolver casos.
141
O Sistema Interamericano de DH e sua proteção
MEDIDAS PROVISÓRIAS: Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando seja necessário para evitar danos irreparáveis às pessoas a Corte pode ditar medidas provisórias. 
 
142
 FUNÇÃO CONTENCIOSA: 
Se opera em dois procedimentos: 
	*Resolução de casos contenciosos 
					 
	*Mecanismo de supervisão do cumprimento de sentenças
143
 FUNÇÃO CONTENCIOSA:
	* Resolução de casos contenciosos 
			# a competência da Corte
			# acesso à Corte 
			# o procedimento na Corte
			
144
# a competência da Corte
A Corte Interamericana de Direitos Humanos tem competência cível para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e aplicação das disposições da Convenção Americana sobre Direitos humanos, desde que os Estados-Parte no caso tenham reconhecido a sua competência. 
145
# acesso à Corte 
 
Somente a Comissão Interamericana e os Estados Partes da Convenção Americana sobre Direitos Humanos tem legitimidade para submeter um caso à decisão desse Tribunal.
 
146
Note-se que, diversamente do sistema europeu, não é reconhecido o direito postulatório (isto é de requerer, pedir a providência da Corte) das supostas vítimas, seus familiares ou organizações não-governamentais diante da Corte Interamericana. 
147
Qualquer indivíduo que pretenda submeter denúncia à apreciação da Corte, deve, necessariamente, apresentá-la à Comissão Interamericana.
	» O esgotamento das instâncias internas é um requisito de admissibilidade.
148
Porém tem sido flexibilizada quando: 
(a) há inequívoca tentativa de acionar a jurisdição (mas obstáculos intransponíveis não permitem, ex: custas exageradamente altas) 
(b) a ação foi intentada, mas o judiciário não funciona (ex: morosidade); 
(c) não se regulamenta o devido processo legal.
149
# O procedimento na Corte
É regido pela Convenção, pelo seu regulamento, assim como pela sua jurisprudência.
 
As sentenças da Corte são definitivas e inapeláveis. São também vinculantes.
150
Há uma fase escrita com admissibilidade do caso e apresentação da defesa escrita pelo Estado violador. Em seguida há a fase oral que se expressa em uma audiência pública. A CIDH tem a palavra. São ouvidos peritos, testemunhas e supostas vítimas convocados mediante resolução, os quais são interrogados pelas partes (a Comissão unicamente com respeito aos peritos) e, se for o caso, pelos Juízes. 
151
Logo após, a Presidência concede a palavra às supostas vítimas ou a seus representantes e ao Estado demandado para que exponham suas alegações sobre o mérito do caso. 
Depois, há as sessões de julgamento que são privadas e suas deliberações tomadas em secreto. 
152
 
A sentença é comunicada às partes. Caso reconheça que efetivamente ocorreu a violação à Convenção.
A Corte determinará a adoção de medidas que se façam necessárias à restauração do direito então violado, podendo condenar o Estado, inclusive, ao pagamento de uma justa compensação à vítima.
 
153
Há possibilidade de manifestação de amicus curiae que oferece voluntariamente sua opinião a respeito de algum aspecto relacionado com o mesmo, para colaborar com o Tribunal na resolução da sentença. 
Qualquer pessoa ou instituição de qualquer país pode apresentar um amicus curiae. 
154
Há ainda a participação de Defensor Interamericano, se necessário. O Defensor é uma pessoa ou grupo de pessoas, designadas de ofício por parte do Tribunal em casos em que as supostas vítimas não têm representação legal devidamente acreditada.
155
* Mecanismo de supervisão do cumprimento de sentenças
A supervisão implica:
	
@ solicitação de informação ao Estado sobre as atividades desenvolvidas para o cumprimento no prazo outorgado pela Corte, 
@ coleta de observações da Comissão e das vítimas ou seus representantes. 
156
A Corte verifica então se houve cumprimento da decisão, orienta as ações do Estado para este fim e informa à Assembleia Geral sobre o cumprimento dos casos que lhe são submetidos. 
Também pode convocar uma audiência com o Estado e os representantes das vítimas para supervisionar o cumprimento de suas decisões e nesta escutar o parecer da Comissão.
157
Direitos Humanos
Prof. Rafael Iorio
Atividade 09
Questão 1
Direito Internacional – XIV Exame de Ordem
Na hipótese de inadimplência do Estado brasileiro, condenado ao pagamento de quantia certa pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, deverá o interessado
159
 executá-la perante a Justiça Federal pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.
B) pedir que os autos do processo sejam encaminhados ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de sanções internacionais.
160
C) reivindicar pelo processo vigente no país, porque as sentenças proferidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos são desprovidas de executoriedade.
D) postular perante a Corte a intimação do Estado brasileiro para efetuar o pagamento em vinte e quatro horas ou nomear bens à penhora.
161
Gabarito: 
letra A 
Art. 68, nº 2, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).
162
Questão 2:
Julgue a afirmação abaixo, se VERDADEIRA ou FALSA.
“De acordo com a Convenção Americana, só os Estados Partes e a Comissão têm direito a submeter um caso à decisão da Corte. 
163
Em consequência, o Tribunal não pode atender petições formuladas por indivíduos ou organizações. 
Desta maneira, os indivíduos ou organizações que considerem que existe uma situação violadora das disposições da Convenção e desejem acudir ao Sistema Interamericano, devem encaminhar suas denúncias à Comissão Interamericana, 
164
a qual é competente para conhecer de petições que lhe apresente qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente reconhecida que contenham denúncias ou queixas de violação da Convenção por um Estado Parte”.
165
Gabarito
VERDADEIRA
166
Questão 3
Julgue a afirmação abaixo, se VERDADEIRA ou FALSA.
“A Corte Interamericana de Direitos Humanos, sediada em São José da Costa Rica, é um órgão judicial internacional autônomo do sistema da OEA, 
167
criado pela Convenção Americana dos Direitos do Homem, que tem competência de caráter contencioso e consultivo. A jurisdição da Corte se estende a todos os países membros da OEA.”
 
168
Gabarito: 
FALSO
O fato de um Estado ser membro da OEA não implica automaticamente na sua sujeição à CorteIDH. 
É necessário que o Estado tenha ratificado o Pacto de San José , aceitando a competência contenciosa da Corte.
169
Obrigado
Prof. Rafael Iorio
O Brasil no contexto de proteção de DH
Prof. Rafael Iorio
Aula 10
O Brasil no contexto de proteção de DH
Os tratados de direitos humanos na ordem jurídica brasileira
 
O tema dos tratados de direitos humanos e o Direito brasileiro tem sido objeto de muitas polêmicas e debates na doutrina e jurisprudência brasileiras e se encerrem na clássica discussão sobre as relações entre a norma internacional e
172
a lei interna (ordinária ou complementar). 
Relacionando ao tema da aula, esta questão será tratada em três níveis: 
A questão da hierarquia normativa;
O sistema de integração do tratado internacional
na ordem interna;
O controle de convencionalidade;
173
O Brasil no contexto de proteção de DH
A questão da hierarquia normativa
O DEBATE DOUTRINÁRIO: a posição defendida pelos autores internacionalistas – baseadas no compromisso assumido internacionalmente pelo país e pelo valor axiológico, no caso dos DH: supremacia dos tratados internacionais como superiores a
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própria Constituição (ou pelo menos de forma menos radical, com status constitucional). 
a posição dos constitucionalistas - com fundamento na jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal sobre o tema - o tratado tem o valor hierárquico de lei. (ideia de paridade entre o tratado e a lei interna, em detrimento do princípio da primazia da norma de maior proteção ao ser humanos - que sustenta a prevalência do tratado internacional de DH).
175
O Brasil no contexto de proteção de DH
A questão da hierarquia normativa
A discussão é bastante relevante, pois impacta diretamente na definição da norma deverá ser aplicada ao caso em concreto e ainda implica definir se uma lei interna pode revogar um tratado e vice-versa. 
176
Vejamos agora como se posicionou o Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
 - Para os tratados internacionais que versem sobre DIREITOS HUMANOS:
 
ANTES DA EMENDA 45: status SUPRALEGAL.
DEPOIS DA EMENDA 45: 
# terão status CONSTITUCIONAL, se aprovados atendendo os mesmos requisitos das emendas constitucionais 
 
177
# terão status SUPRALEGAL, se a incorporação não observou o requisito formal de aprovação exigido pela Emenda 45.
 
Atenção!!!!
 
Para os tratados internacionais, independentemente da data de aprovação, que tratem de outros temas, continua se aplicando a PARIDADE .
178
O Brasil no contexto de proteção de DH
O sistema de integração do tratado internacional na ordem interna;
A relação entre a ordem jurídica internacional e a ordem jurídica interna remete ao debate sobre monismo e dualismo. 
 
179
Porém a distinção tem pouca aplicabilidade, já que podemos ser considerados monistas e/ou dualistas moderados.
 
O relevante é :como se dá a recepção dos tratados internacionais no Brasil?
Isto é precisamos então conhecer a forma de internalização ou integração dos tratados à ordem jurídica interna.
180
O Brasil no contexto de proteção de DH
O sistema de integração do tratado internacional na ordem interna.
Com base na Constituição vigente, o processo de internalização tem os seguinte os passos:
181
o Presidente da República, no uso de suas atribuições previstas no art. 84, VIII, da Constituição Federal, celebra o tratado internacional; 
em seguida, conforme dispõe o art. 49, I, da Carta Constitucional, cabe ao Congresso Nacional referendar os tratados internacionais assinados pelo Presidente da República, o que é feito por meio de um Decreto Legislativo;
182
 publicado o referido Decreto Legislativo, o tratado é ratificado, pelo Chefe de Estado, mediante depósito do respectivo instrumento, confirmando o desejo brasileiro de obrigar-se aos termos daquele documento; 
 por fim, o tratado é promulgado por meio de decreto presidencial e passa a gerar efeitos após a sua publicação do Diário Oficial da União.
 
183
Isto quer dizer que enquanto não houver a promulgação pelo Presidente do tratado através de decreto, ele não se mostra apto a produzir quaisquer efeitos no âmbito doméstico, ainda que devidamente ratificado no plano internacional, uma vez que ainda se está desprovido de validade e executoriedade no plano do direito positivo interno brasileiro. 
184
Esta é a exata posição do STF no tema, conforme se vê da Carta Rogatória nº 8.279. E este procedimento é o que prevalece até o advento do parágrafo 3º do art. 5º da CF no que toca aos tratados especialmente de DH.
185
O Brasil no contexto de proteção de DH
O sistema de integração do tratado internacional na ordem interna.
Mas este mesmo procedimento se aplicará também aos tratados de DH internalizados após a EC nº.45?
186
Aqui há que se ter cuidado, pois teremos também duas possibilidades: I - Se observado o disposto parágrafo 3º.do art. 5º., DEVERÁ SER SEGUIDO O PROCEDIMENTO de elaboração de EMENDAS CONSTITUCIONAIS. Assim o tratado terá que ser promulgado nos termos do §3º, do art. 60 da CF, ou seja, será promulgado pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. (Não há, pois, 
187
ratificação e promulgação por Decreto Presidencial). II – Se o tratado de DH não passar pelo processo que resulte na votação caraterística das emendas constitucionais deverá ser observado o iter tradicional dos demais tratados, como já estudamos, passando normalmente pelo Presidente da
188
República. Até o momento, apenas a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em Nova Iorque, Estados Unidos da América, em 30 de março de 2007, foi aprovada e promulgada pelo quórum de votação determinado pelo art. 5º, §3ºda CF.
189
O Brasil no contexto de proteção de DH
O controle de convencionalidade;
Este é um tema ainda novo em nossa doutrina. Para se garantir validade à produção do Direito doméstico: 1º. PASSO: verificar a adequação das leis com a Constituição - controle de constitucionalidade;
 
190
2º. PASSO: verificar se as normas internas estão em conformidade com os tratados internacionais ratificados pelo governo e em vigor no país. Isto é o controle de convencionalidade.
191
O Brasil no contexto de proteção de DH
O controle de convencionalidade;
O Pacto de São José da Costa Rica e a ordem jurídica brasileira
O controvertido caso da prisão civil por dívidas
 
192
Neste tópico, estudaremos a posição do Brasil perante a Corte de San José, especialmente relacionada ao caso da prisão civil por dívidas. 
O PIDCP e o Pacto de San Jose não admitem a prisão civil por dívidas, à exceção no caso de obrigação alimentar. 
193
A questão que se coloca então é se a legislação brasileira ainda tem aplicabilidade, mesmo com o amparo no texto do art. 5º, inciso LVII da Constituição (não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel).
194
A legislação infraconstitucional que disciplina o tema são os art. 1217 do Código Civil de 1916; Decreto Lei nº. 911/69 e art. 652 do Código Civil de 2002.
195
O Brasil no contexto de proteção de DH
O controle de convencionalidade;
O Pacto de São José da Costa Rica e a ordem jurídica brasileira
O controvertido caso da prisão civil por dívidas
Em 2008 o STF pacificou a matéria. 
196
A Corte julgou três processos referentes ao tema: 
# dois recursos extraordinários dos bancos Itaú e Bradesco, que tiveram pedidos de prisão negado (o RE 466.343-SP e o RE 349.703-RS). 
# um habeas corpus impetrado por um consumidor contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (HC 87.585-TO), que permitia a sua prisão civil por ser depositário infiel.
197
No RE 466.343-SP, afirmou o Min. Gilmar Mendes: "Não há mais base legal para prisão civil do depositário infiel, pois o caráter especial desses diplomas internacionais sobre direitos humanos lhes reserva lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna".
198
O Brasil no contexto de proteção de DH
No HC 87.585-TO, o relator, Min Marco Aurélio, destacou, em seu voto vencedor o seguinte: “A circunstância de o Brasil ter subscrito o Pacto de San Jose da Costa Rica, a limitar a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusável da prestação alimentícia, 
199
conduz à inexistência de balizas visando à eficácia do que previsto no inciso LXVII do artigo 5º da Constituição Federal, preceito que, a toda evidência, não se mostra autoaplicável, até mesmo ante o silêncio quanto ao período de custódia. Em síntese, com a introdução no cenário jurídico nacional, do pacto referido, 
200
restaram derrogadas as normas estritamente legais definidoras da prisão do depositário infiel.”
Esses casos,
por fim, encerraram a controvérsia, NÃO É MAIS ADMISSÍVEL EM NOSSO ORDENAMENTO A PRISÃO CIVIL POR DÍVIDA, à exceção dos casos de obrigação alimentar.
201
DIREITOS HUMANOS
Prof. Rafael Iorio
Atividade 10
Questão 1: - Qual o estágio atual da discussão sobre a possibilidade ou não da prisão civil do devedor fiduciante de coisa móvel? (Ministério Público Estadual - Concurso: MPE-BA - Ano: 2012)
203
Questão 2: (DPE-SP/2010/FCC) Tendo em conta a Emenda Constitucional nº 45, de 2004, em relação à incorporação ao direito interno e à respectiva posição hierárquica dos tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, é correto afirmar:
 
204
Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que vierem a ser aprovados por três quintos dos votos dos membros de cada Casa do Congresso Nacional terão força de emendas constitucionais.
(B) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 deixaram de integrar o direito interno.
205
(C) O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência entendendo que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil nos termos da Emenda Constitucional no 45 possuem natureza supralegal e infraconstitucional.
(D) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que haviam sido aprovados pelo Congresso Nacional previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 foram equiparados às emendas constitucionais.
206
(E) O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência entendendo que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 possuem natureza materialmente constitucional.
207
Questão 3: (DPE-BA/2010/CESPE) Julgue o seguinte item, acerca da teoria geral do direito internacional dos direitos humanos e à incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no Brasil (Certo ou Errado).
A sistemática concernente ao exercício do poder de celebrar tratados é deixada a critério de cada Estado. Em matéria de direitos humanos, são estabelecidas, na CF, duas categorias de tratados internacionais: a dos materialmente constitucionais e a dos materialmente e formalmente constitucionais.
208
Obrigado
Prof. Rafael Iorio
Aula de Revisão 6 a 10
Prof. Rafael Iorio
(FGV- OAB - 2014 - XIII Exame de Ordem Unificado) Considere a seguinte informação jurisprudencial: “Súmula Vinculante nº 25 do STF: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.” Os debates no STF que levaram à alteração de sua própria jurisprudência e à adoção da Súmula acima consagraram a prevalência do Pacto de São José da Costa Rica e de sua proibição de prisão civil (Artigo 7º, item 7, do Pacto).
211
Assinale a opção que contém a tese majoritária que fundamentou a decisão do STF. 
a) A natureza supraconstitucional das Convenções de Direitos Humanos já que estas são universais e possuem força vinculante.
b) A natureza constitucional das Convenções de Direitos Humanos que no Brasil decorre do Artigo 5º, § 2º, da Constituição de 1988.
212
c) A natureza supralegal das Convenções de Direitos Humanos que faz com que elas sejam hierarquicamente superiores ao código civil e ao de processo civil.
d) A natureza de lei ordinária das Convenções de Direitos Humanos, considerando que lei posterior revoga lei anterior. Gabarito: letra C
213
(Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil) A Organização dos Estados Americanos (OEA) é uma organização internacional criada pelos Estados do continente americano para conseguir uma ordem de paz e justiça, promover sua solidariedade e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência. No sistema Interamericano de Direitos Humanos,
214
a) a Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1948 e a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem de 1969 são importantes instrumentos regionais de proteção e promoção desses direitos.
b) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos é integrada por dez membros independentes e realiza seu trabalho com base em três pilares: o Sistema de Petição Individual; o monitoramento da situação dos direitos humanos nos Estados–membros e a atenção a linhas temáticas prioritárias.
215
c) o princípio pro homine, a necessidade de acesso à justiça, e a incorporação da perspectiva de gênero em todas suas atividades são conceitos que formam o trabalho da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
d) a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, é o primeiro instrumento internacional de direitos humanos de natureza geral.Gabarito: letra C
216
(DPESP – 2007) Defensor Público levou caso de violação de direitos humanos, ocorrido em São Paulo, ao conhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que a entendeu pertinente. Contudo, o Estado brasileiro não cumpriu as recomendações respectivas. Diante de tal situação, o Defensor Público 
217
(A) deve peticionar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos requerendo a remessa do caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, para que o Brasil seja formalmente condenado. 
(B) deve requerer à Corte Interamericana de Direitos Humanos que seja o caso trazido à sua apreciação, para que o Brasil seja formalmente condenado. 
(C) pode quedar inerte, pois a remessa do caso pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos à Corte Interamericana de Direitos Humanos é automática nestes casos. 
218
 
(D) pode requerer a homologação da decisão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos perante o Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 483 do Código de Processo Civil, para posterior execução. 
(E) deve peticionar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que oficie diretamente o Governo do Estado de São Paulo para que cumpra suas recomendações
219
(MPSP – 86) Considerando que o Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, assinale a alternativa correta. 
(A) O Brasil está sujeito à jurisdição contenciosa da Corte Interamericana de Direitos Humanos, porque se trata de cláusula obrigatória da Convenção.
220
(B) A competência da Corte Interamericana de Direitos Humanos está limitada à emissão de sentença declaratória por violações da Convenção. 
(C) A cláusula da Convenção relativa à jurisdição obrigatória da Corte é facultativa e o Brasil a ela não aderiu até hoje. 
(D) O Brasil sujeitou-se voluntariamente à jurisdição da Corte e pode ser condenado à obrigação de fazer cessar as violações à Convenção e indenizar as vítimas. 
(E) A Constituição Federal não permite a sujeição do Brasil à jurisdição de Tribunais Internacionais. 
221
DPESP – 2009). O denominado “Sistema ONU” de proteção dos direitos humanos inclui 
(A) o Conselho de Direitos Humanos e o Tribunal Penal Internacional. 
(B) o Conselho de Direitos Humanos, os altos comissários, os relatores especiais, os comitês criados pelos tratados internacionais e o Tribunal Penal Internacional. 
222
(C) a Corte Interamericana de Direitos Humanos, a Corte Européia de Direitos Humanos e a Corte Africana de Direitos Humanos. 
(D) o Conselho de Direitos Humanos, os altos comissários, os relatores especiais, os comitês criados pelos tratados internacionais e a Corte Internacional de Justiça. 
(E) o Conselho de Direitos Humanos, Corte Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional.
223
(DPESP – 2009). No Sistema Interamericano de Direitos Humanos, pessoas e organizações não-governamentais podem peticionar diretamente 
(A) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos, a esta última somente para solicitar medidas provisórias em casos que já estejam sob sua análise. 
(B) somente à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
224
(C) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana
de Direitos Humanos, a esta última somente para solicitar medidas provisórias. 
(D) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
(E) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos, a esta última somente como instância recursal das decisões proferidas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
225
(DPE-SP/2010/FCC) Tendo em conta a Emenda Constitucional nº 45, de 2004, em relação à incorporação ao direito interno e à respectiva posição hierárquica dos tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, é correto afirmar:
226
(A) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que vierem a ser aprovados por três quintos dos votos dos membros de cada Casa do Congresso Nacional terão força de emendas constitucionais.
(B) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 deixaram de integrar o direito interno.
227
(C) O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência entendendo que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil nos termos da Emenda Constitucional no 45 possuem natureza supralegal e infraconstitucional.
228
(D) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que haviam sido aprovados pelo Congresso Nacional previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 foram equiparados às emendas constitucionais.
(E) O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência entendendo que os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil previamente à edição da Emenda Constitucional no 45 possuem natureza materialmente constitucional.
229
Obrigado
Prof. Rafael Iorio

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