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TREINAMENTO - PROTEÇÕES FISICAS EM TRANSFORMADORES INTRODUÇÃO Isolante O isolamento é uma medida de segurança vital que evita que correntes elétricas passem através do corpo humano, causando um choque elétrico. Isolamento consiste num processo ou material que impede ou reduz as perdas de energia sob a forma de corrente elétrica, calor ou som. O isolamento elétrico faz uso de materiais como a borracha, o policloreto de vinilo (PVC) ou a porcelana, que não conduzem a corrente elétrica, para impedir a fuga de uma corrente de um condutor para outro ou para a terra. Os Isolantes elétricos, também conhecidos como dielétricos, são materiais cujas cargas elétricas não conseguem se mover livremente. Os isolantes elétricos podem ser separados de acordo com sua rigidez dielétrica, uma propriedade que influencia na tensão elétrica máxima que pode ser aplicada entre as extremidades do isolante sem se romper. Vidro, borracha e óleos são exemplos de isolantes elétricos. Resistencia de isolamento É Quando um material isolante separa dois condutores sob influência de uma diferença de potencial, aparecem correntes de fuga. A resistência de isolamento corresponde à resistência que o isolante oferece à passagem dessa corrente de fuga, a qual pode circular através da massa isolante ou pela sua superfície. À primeira corresponde a resistência de isolamento volumétrica e à segunda a resistência de isolamento superficial. Rigidez dielétrica A rigidez dielétrica de um certo material é um valor limite de campo elétrico aplicado sobre a espessura do material (kV/mm), sendo que, a partir deste valor, os átomos que compõem o material se ionizam e o material dielétrico deixa de funcionar como um isolante. O valor da rigidez dielétrica depende de diversos fatores como: - Temperatura. - Tempo de aplicação da diferença de potencial - Taxa de crescimento da tensão. - Para um gás, a pressão é fator importante. A utilização de tensões de corrente contínua na avaliação do estado do isolamento de uma máquina elétrica é uma das técnicas mais usadas e mais úteis na manutenção elétrica. Muitos são os fatores que interferem nas medições da resistência de isolamento. É importante conhecê-los para minimizá-los. Neste treinamento iremos avaliar a resistência de isolamento de equipamentos de uma subestação elétrica (tradicional), onde envolve desde sua estrutura ate seus equipamento, utilizando como referencia normas da ABNT NBR. ISOLAMENTO ELÉTRICO O isolamento tem a finalidade de evitar que a corrente elétrica percorra caminhos indesejáveis em um equipamento. Desta forma um isolamento ideal seria aquele que, quando submetido a um potencial elétrico adequado, não fosse percorrido por nenhuma corrente elétrica, ou seja, tivesse uma resistência infinita. Durante a sua vida útil, um isolamento é submetido a uma série de fenômenos físicos e químicos como danos mecânicos, vibração, aquecimento, poeira, óleo, vapores corrosivos, umidade todos capazes de reduzir a sua resistência à corrente de fuga. Geralmente, a queda da resistência de isolamento se dá de uma forma lenta, permitindo controle, se testado periodicamente. FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO Efeitos climáticos URA A umidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de saturação). Antes de efetuar testes elétricos ou abertura de equipamentos elétricos para manutenção, verifique que a umidade relativa do ar esteja inferior a 75% Este é o principal item climático que influencia nos ensaios de resistência ôhmica de isolamento. Efeito da Umidade O grau de umidade do isolamento tem um grande efeito sobre o valor da resistência de isolamento, principalmente se a superfície está contaminada. Se a temperatura do isolamento está abaixo do ponto de condensação do ar ambiente, haverá a formação de uma película de umidade na superfície que pode diminuir a resistência de isolamento. Efeito da Temperatura A resistência de isolamento da maioria dos materiais varia inversamente com a temperatura. Para minimizar o efeito da temperatura, quando comparando testes de resistência de isolamento entre si ou, quando aplicando o valor mínimo recomendado de resistência de isolamento, é importante que o valor medido no teste seja corrigido para uma temperatura padrão. É importante frisar que os valores de correção são diferentes para equipamentos diversos tais como motores, transformadores, cabos elétricos, como também diferentes quando se trata de cabos com materiais isolantes diversos - cabos isolados em PVC, EPR, XLPE, etc. (anexo tabela de fator de correção do óleo a 30ºC) Efeito das Condições da Superfície Materiais estranhos tais como pó de carvão nas superfícies do isolamento faz diminuir a resistência de isolamento, principalmente quando em presença de umidade. Este fato é particularmente sensível no caso de máquinas de corrente contínua que tem grandes superfícies de dielétricos expostos. É importante fazer uma limpeza nos terminais dos equipamentos antes de se fazer um teste. Efeito da Duração do Teste A resistência de isolamento de um enrolamento seco e em boas condições pode continuar a aumentar por horas. Contudo, um valor estável é usualmente alcançado em 10 ou 15 minutos. Se o enrolamento está úmido ou sujo, o valor estável será geralmente alcançado em 1 ou 2 minutos, após a aplicação da tensão de teste. Efeito da Carga Residual Os valores de resistência de isolamento serão afetados se existirem cargas residuais no enrolamento. O equipamento a ser ensaiado deve ser completamente descarregado, através do aterramento de seus terminais por um tempo suficiente. Normalmente este tempo não deve ser inferior a quatro vezes o tempo decorrido no teste anterior. SUBESTAÇÃO ELETRICA Uma subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão e distribuição de energia elétrica, além de equipamentos de proteção e controle . Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de energia elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais. Classificação das SE´S As subestações podem ser classificadas quanto a sua função e sua instalação. Podem ser: Subestação transformadora: é aquela que converte a tensão de suprimento para um nível diferente, maios ou menor, assim designando SE transformadora elevadora ou SE transformadora abaixadora. Normalmente ficam próximos dos centros de geração. Subestação seccionadora, de manobra ou de chaveamento: é aquela que interliga circuitos de suprimento sob o mesmo nível de tensão possibilitando a sua multiplicação. Principais Equipamentos de uma subestação Equipamentos de proteção: para raios, reles, fusíveis. Para raio é um dispositivo protetor que tem finalidade limitar os valores dos surtos de tensão Estrutura: Cabos, barramentos, terminais muflas, isoladores. Equipamentos de transformação: TP, TC TC: é um transformador de corrente cujo enrolamento primário é ligado em serie a um circuito elétrico e cujo enrolamento secundário se destina a alimentar bobinas de correntes de instrumentos de medição, proteção ou controle. TP: é um transformador de potencia cujo enrolamento primário é ligado em derivação (paralelo) a um circuito elétrico e cujo enrolamento secundário se destina a alimentar bobinas de correntes de instrumentos de medição, proteção ou controle. Disjuntores MT/AT são os principais equipamentos de proteção e segurança da subestação Chaves seccionadoras MT/AT: Dispositivos de manobra destinados a isolar equipamentos ou zonas de barramentos ou trechos. Equipamentos de medição: instrumentos Transformadores de força: são classificados segundo seu meio isolante, podendo ser a óleo mineral, líquidos sintéticos isolantes(silicone) ou secos. ENSAIO DE RESISTENCIA OHMICA DE ISOLAMENTO Classes de isolamento Conforme norma ABNT NBR 14039 Instalações elétricas de media tensão de 1,0kV a 36,2 kV no item 7.3.3.1 diz que a RESISTENCIA DE ISOLAMENTO DA INSTALAÇÃO, deve ser medida entre fases e entre fases e terra. A resistência de isolamento atende aos valores mínimos especificados nas normas aplicáveis aos componentes da instalação. Esses valores são fornecidos pelos fabricantes de cada componente da instalação. (anexo tabela 1 – referencia de equipamentos para ensaios) Quando não se obtem dados do fabricante usualmente é adotado com referencia a classe de tensão de entrada da SE. (anexo tabela 2 – classe de isolamento conforme classe tensão SE) Ainda ABNT NBR 14039: 7.3.6 Ensaios recomendados pelos fabricantes dos equipamentos, são todos aqueles que possuem condições especiais de instalação devem sofres inspeção na sua montagem com base nas informações fornecidas pelos fabricantes além dos ensaios como: Isolamento, rigidez dielétrica, tempos de operação tensão aplicada e resistência de contato. Deve sempre avaliar a placa dos equipamentos, referente a classe de isolamento, porem há itens como estrutura que envolve diversos itens instalados, sendo assim pode considerar as seguintes classe de isolamento conforme sua classe de tensão primaria conforme tabela abaixo. ESTRUTURA Objetivo deste ensaio é verificar isolamento compõe a estrutura como isoladores que sustentam os barramentos e demais componentes. Método do ensaio: Ensaio entre fases e entre fases e terra. Tensão aplicada = 2,5kVcc Considera-se estrutura: Para raio, tp, tc, barramentos, isoladores, entre outros. Resistencia ôhmica de isolamento mínimo aceitável: Classe de isolamento x 10 = MΩ TC\TP Objetivo deste ensaio é verificar isolamento entre Primário e secundário do equipamento, além de outros ensaios com relação de espira e tensão aplicada (executada com outros instrumentos).Método do ensaio: Secundário X MASSA Secundário x primário Primário X MASSA Tensão aplicada Prim = 0,5kVcc Tensão aplicada Sec= 2,5kVcc Este ensaio deve ser feito por 1 min Resistencia ôhmica de isolamento mínimo aceitável: Classe de isolamento x 10 = MΩ Após valor é corrigido a 75ºC CABOS Conforme norma ABNT NBR 10299:2011 - Cabos elétricos em corrente alternada e a impulso – Análise estatística da rigidez dielétrica, esta norma complementa os ensaios de tipo previstos nas especificações dos cabos e é recomentada para concessionárias de energia elétrica e grandes usuários desses tipos de cabos. Ensaios são feitos corpos de provas e com cálculos específicos para cada cabo conforme suas características e classe de isolamento. ABNT NBR 6813:1981 Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência de isolamento, esta norma no item 5- Execução do ensaio, diz que: a tensão continua para medir a resistência de isolamento deve ser de 300 a 500 Vcc, aplicada durante um tempo suficiente para se obter uma leitura estável, mas não inferior a 1 min, nem superior a 5 min. Ainda no item 5.1.1.1 : ao medir a resistência de isolamento, o condutor submetido ao ensaio deve estar conectado ao terminal de tensão do equipamento de ensaio, o qual deve estar com polaridade negativa. Resistencia ôhmica de isolamento de cabos e terminais muflas. Este é um ensaio não destrutivo, onde seu objetivo é avaliar a isolação do condutor referente à terra. Para avaliar o isolamento do cabo, referente as suas extremidades, ou seja, se esta não esta com fissuras, danificado ou sua rigidez dielétrica comprometida, faz-se o ensaio de tensão aplicada, sendo este um ensaio destrutivo onde aplicamos CA, conforme sua classe de isolamento Método do ensaio: Ensaio entre fases (cabo) e terra. Tensão aplicada = 2,5kVcc Resistencia ôhmica de isolamento mínimo aceitável: Classe de isolamento x 10 = MΩ Considera-se o menor valor descrito no cabo (15/20 KV) Ensaio de tensão aplicada - HY POT Este ensaio tem o objetivo de verificação da rigidez dielétrica de equipamento e cabos. Usados frequentemente para verificar isolamento de cabos e mulflas, sendo este um ensaio destrutivo, é aplica Vca, conforme a classe de isolamento do cabo ensaiado. O ensaio chamado de alto potencial (Hypot) devem ser limitados a uma tensão máxima, acima da qual o isolamento pode não ser capaz de suportar. (não há norma vigente quanto à hy pot) A menos de recomendações de normas ou do fabricante, as tensões máximas em corrente contínua que podem ser aplicadas a um isolamento são: • CABOS NOVOS: (2 x KV + 1) x 1,7 (ensaio 15 min)Método do ensaio: Ensaio entre fases (cabo) e terra. Tensão aplicada = conforme calculado • CABOS USADOS: (1,5 x KV + 1) x 1,7 x 0,8 (ensaio 5 min) • Para equipamentos em uso: 1,25 a 1,5 x KV x 1,7 Onde KV é a classe de tensão do isolamento sob teste em kV. O fator 1,7 é usado para converter tensão de corrente alternada em contínua. SECIONADORA Este ensaio tem o objetivo de avaliar o isolamento da estrutura da seccionadora e seus componentes como isoladores, bielas, estrutura metálica e isolamento entre fases x terra com chave fechada e isolamento entre contatos com chave aberta, analisando possíveis falhas de isolamento ou fugas na estrutura citada. Método do ensaio: Ensaio entre fases x terra (chave fechada) Ensaio entre fases x fase (chave fechada) Tensão aplicada = 2,5 kVcc Resistencia ôhmica de isolamento mínimo aceitável: Classe de isolamento x 10 = MΩ DISJUNTORES Este ensaio tem o objetivo de avaliar o isolamento da estrutura do disjuntor e componentes como isoladores, bielas, estrutura metálica e isolamento entre fases x terra com disjuntor fechado e isolamento entre contatos e seus líquidos isolantes com disjuntor aberto, analisando possíveis falhas de isolamento ou fugas na estrutura citada. Método do ensaio: Ensaio entre fases e terra (disjuntor fechado) Ensaio entre fase x fase (disjuntor aberto) Tensão aplicada = 2,5 kVcc Resistencia ôhmica de isolamento mínimo aceitável: Classe de isolamento x 10 = MΩ TRANSFORMADOR A OLEO Conforme norma ABNT NBR 7036 - Recebimento, instalação e manutenção de transformadores de potencia para distribuição, imersos em líquidos isolantes. Item 4.1.3 sugere que imediatamente após recebimento, a fim de controlar valores obtidos em relatórios de ensaio do fabricante, seja feito ensaios de TTR, Resistencia de isolamento assim como inspeção visual de toda estrutura do Tr e seus acessórios. O objetivo deste ensaio é verificar isolamento entre bobinas imersas no liquido isolante entre elas e bobinas x massa. Ainda na ABNT NBR 7036 anexo B – resistência de isolamento, recomenda que estas medições seja feita em CC de 1 KVcc no mínimo. Os valores obtidos variam sensivelmente, dependendo do projeto do TR, do liquido isolante usado e da temperatura entre outros fatores. Quanto à temperatura do óleo, há correção da temperatura do óleo a 30°C. (anexo tabela 3 – Fator de correção TR 13.8/23 kV) (anexo tabela 4 – Fator de correção TR 69/ 138 kV) Conforme a ABNT NBR 7036: Para TR OLEO Isolante mineral e silicone utiliza-se como valor mínimo aceitável classe: Classe de isolamento x 30MΩ = MΩ Para TR com óleo ASCARELMétodo do ensaio: Este ensaio deve ser feito por 1 min AT X MASSA AT X BT BT X MASSA Tensão aplicada AT = 2,5kVcc Tensão aplicada BT = 0,5kVcc Classe de isolamento x 3MΩ = MΩ OBS: DEVE-SE avaliar a placa do equipamento onde existe uma classe de isolamento de AT/MT é diferente da BT. TRANSFORMADOR SECO Conforme norma ABNT NBR 10295 Transformadores de potencia secos – especificações, no item 6.4.3 Resistencia de isolamento diz que: A resistência de isolamento deve ser medida antes dos ensaios dielétricos. Estes ensaios não constituem critérios para aprovação ou rejeição do TR. (anexo tabela 5 – Fator de correçãoTR SECO) Método do ensaio: Este ensaio deve ser feito por 1 min AT X MASSA AT X BT BT X MASSA Tensão aplicada AT = 2,5kVcc Tensão aplicada BT = 0,5kVcc O objetivo deste ensaio é verificar isolamento entre bobinas imersas no liquido isolante entre elas e bobinas x massa. INSTRUÇÕES DE TRABALHO Utilização do instrumento termo-higrômetro - itm06 (resumo) 4. SEGURANÇA Antes de iniciar o processo o colaborador deve obrigatoriamente equipar-se com todos os EPIs, conforme prescrevem as normas de segurança através da IT01 Relação e Fiscalização do Uso de Equipamento de Proteção Individual. 5. PROCEDIMENTO Os serviços são executados conforme PQ04 Procedimento Operacional POWER, RQM04 Ordem de Serviço e descritos no RQM01 Relatório de Atendimento Técnicos (RAT). 5.1 - O aparelho deve estar em boas condições de uso, com aferição válida, pilhas ou bateria em boas condições, e não deve ter passado por nenhum impacto¨tombo ou queda¨, pois isto causará a inconfiabilidade das medições obtida pelo aparelho. 5.2 - A operação e manuseio do equipamento deve ser feita por uma pessoa qualificada ou que tenha um pleno conhecimento da operação do equipamento. 5.3 – Coloca-lo em local seguro e de fácil acesso que possibilite facilmente a leitura, e que preferencialmente fique próximos dos equipamentos a serem ensaiados. 5.4 – Registrar os dados fornecidos pelo instrumento, conforme RQM02 Medição de Umidade Relativa do Ar – U.A.R. 5.5 – No término do trabalho desligar o aparelho. Ensaio de tensão aplicada - hi pot - itm05 (resumo) 4. SEGURANÇA Antes de iniciar o processo o colaborador deve obrigatoriamente equipar-se com todos os EPIs, conforme prescrevem as normas de segurança através da IT01 Relação e Fiscalização do Uso de Equipamento de Proteção Individual. 5. CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO 6. PROCEDIMENTO Os serviços são executados conforme PQ04 Procedimento Operacional POWER, RQM04 Ordem de Serviço e descritos na RQM01 Relatório de Atendimento Técnico (RAT). 6.1 - Verificar se os conjuntos cabos muflas estão desligados. 6.2 - Afastar os conjuntos cabos muflas das estruturas aterradas e respectivamente suas extremidades na distância mínima de 60 cm. 6.3 - Verificar a classe de isolação dos cabos muflas na proteção mecânica do cabo 12V. Ex: 12/20 ou 15/25 kV. 6.4 - Após constatar a classe de isolação dos cabos consultar a tabela de multiplicadores conforme RQM05 Ensaio de Tensão Aplicada e Resistência de Isolamento em Cabo de AT para certificar-se da tensão aplicada. Ex: Se o cabo for classe de isolação 12/20 Kv. Fórmula: V= [2 x tensão da classe de isolamento menor do cabo + 1] x 1,7 x 0,8= 34,0 kV. 6.5 - Conectar o cabo de aplicação de tensão do equipamento no cabo a ser testado, aterrar a cordoalha do cabo e principalmente o equipamento. 6.6 - Efetuar o isolamento da área, para evitar o risco de acidentes com choque elétrico. 6.7 - Verificar se o ajuste do galvanômetro esta na posição ZERO, ligar o equipamento e aplicar tensão lentamente sempre observando a corrente. Caso não consiga chegar na tensão calculada e a corrente disparar, é sinal de fuga, neste caso reinicia todo o procedimento para constatar realmente a existência de fuga. Caso consiga chegar na tensão calculada, marcar o tempo de 15min (15 min para cabos novos e 5 min para cabos usados). Após os 15min. de teste registrar no RQM05 Ensaio de Tensão Aplicada e Resistência de Isolamento em Cabo de AT a corrente de fuga medida. Diminuir a tensão lentamente até chegar na posição ZERO do galvanômetro, desligar o equipamento, descarregar a tensão estática ou induzida a terra, recolher os cabos de ensaios e retirar a isolação da área. Ensaio de medição de resistência de isolamento elétrico - itm07 (resumo) SEGURANÇA Antes de iniciar o processo o colaborador deve obrigatoriamente equipar-se com todos os EPIs, conforme prescrevem as normas de segurança através da IT01 Relação e Fiscalização do Uso de Equipamento de Proteção Individual. 5. APLICAÇÃO O Megôhmetro possui escalas de tensão, que deverão ser escolhidas de acordo com as especificações do equipamento ou material a ser medido. 6. COMPOSIÇÃO O equipamento é composto das seguintes partes: 6.1 – Instrumento de medição de resistência de isolamento; 6.2 – Jogo de cabos de teste, com ponteiras isoladas identificadas, na cor vermelha (positivo) e na cor preta (negativo); 6.3 – Estojo para a proteção e transporte do Instrumento. 7. PROCEDIMENTO Os serviços são executados conforme PQ04 Procedimento Operacional POWER, RQM04 Ordem de Serviço e descritos no RQM01 Relatório de Atendimento Técnico (RAT). 7.1 Cabos Utilizados O cabo de teste identificado na cor vermelha deve ser conectado no positivo ou no condutor elétrico e o cabo de teste identificado na cor preta deve ser conectado na massa/terra. 7.2 Antes da Medição 7.2.1 - Com os cabos de teste desconectamos do instrumento, ajustar a escala no infinito; 7.2.2 - Com os cabos de teste conectados ao instrumento, porém isolados e separados, acionar o aparelho. Se o instrumento indicar um valor menor que o infinito, existe uma falha de isolação nos cabos que deve ser eliminada; 7.2.3 - Com os cabos de teste em curto-circuito, acionar o instrumento, sempre na menor escala de tensão e verificar sua continuidade através de sua leitura em zero ou próxima de zero; 7.2.4 – O instrumento deve ser mantido na posição horizontal e nivelado; 7.2.5 – Com o instrumento Termo-Higrômetro (ITM06 Utilização do Instrumento Termo-Higrômetro) medir a umidade relativa do ar (U.R.A) que deverá ser igual ou inferior ou 75%. 7.3 Durante a Medição 7.3.1 - As partes a serem testadas devem estar desconectadas, limpas, secas e desligadas de qualquer dispositivo que possa interferir na medição a ser efetuada; 7.3.2 – As pontas de prova do equipamento devem estar firmemente conectadas no ponto a ser testado. Normalmente o teste se dá entre a parte ativa do equipamento ou material e a parte metálica ligada à carcaça; 7.3.3 – Durante a operação de medição o valor da resistência de isolamento subirá gradativamente, sem oscilações, até chegar à leitura da mesma; 7.3.4 – No caso da oscilação dos valores, deve ser investigada a causa, pois possivelmente existem problemas de mau contato nos terminais, fugas intermitentes pela superfície dos cabos de ligação ou indução, devido à proximidade de circuitos energizados. Esta oscilação também poderá ocorrer devido a uma alta umidade relativa do ar (U.R.A). Os valores medidos são registrados no documento específico e de acordo com o tipo do equipamento, conforme REGISTRO DE QUALIDADE DA MANUTENÇÃO: RQM05 Ensaios de Tensão Aplicada e Resistência de Isolamento em Cabos de AT, RQM10 Ensaios de Resistência de Isolamento em Cabos de BT, RQM11 Ensaios de Resistência de Isolamento e Aterramento em TP de AT, RQM12 Ensaios de Resistência de Isolamento e Aterramento em TC de AT, RQM14 Ensaios de Resistência de Isolamento, Contato e Aterramento em Chaves Sec. de AT, RQM15 Ensaios de Resistência de Isolamento em Chave Seccionadora de MT, RQM16 Ensaios de Resistência de Isolamento em Conjunto Cabo Mufla, RQM17 Ensaios de Resistência de Isolamento Contato e Aterramento em Disjuntor de AT, RQM18 Ensaios de Resistência de Isolamento e Aterramento de Estrutura de AT, RQM19 Ensaios de Resistência de Isolamento de Estrutura do QGMT – TC, RQM20 Ensaios de Resistência de Isolamento de Estrutura do QGMT – TP, RQM21 Ensaios de Resistência de Aterramento em Para-raio de MT, RQM22 Ensaios de Resistência de Isolamento, Aterramento e Fator de Potência Para-raios de AT, RQM23 Ensaio em Transformador, RQM24 Ensaio de Resistência de Isolamento e Contato em Disjuntor de MT (CL 15 e 25kV), RQM32 Resistência de isolamento em Transformador de AT, RQM33 Ensaio de Resistência de Isolamento em Conjunto Cabo Mufla a Óleo, RQM34 Resistência de isolamento em Transformador de AT com 03 enrolamentos,RQM37 Ensaios de Resistência de Isolamento por coluna em Para-Raio de AT. 8. ESCALAS X MULTIPLICADOR 8.1 Escalas de Tensão Cada escala de tensão tem o seu multiplicador fixo, isto é, a resistência de isolamento lida deve ser multiplicada por sua constante (quando necessário, conforme especificações do equipamento). Inicia-se a leitura sempre na menor escala. Caso o valor da leitura da resistência de isolamento seja superior a 100 Megohms, deve-se mudar para a escala superior seguinte e ler o valor indicado. Subindo gradativamente até a melhor leitura, baseando-se no fundo da escala. 9. CUIDADOS COM O MANUSEIO Por tratar-se de um equipamento frágil, devem ser tomados certos cuidados no manuseio do mesmo, como: 9.1 – O equipamento não deve ser mantido em ambiente úmido; 9.2 – O equipamento não deve ser mantido em locais expostos ao sol ou temperaturas elevadas; 9.3 – O equipamento não deve ser mantido em ambientes que tenham agentes químicos; 9.4 – Evitar qualquer forma de queda. 10. EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO PRÁTICA Exemplo - Para realizarmos ensaios em um transformador com classe de isolação 25kV no primário e 1,2kV no secundário, utilizaremos a seguinte rotina: 10.1 - Desconectar todos os cabos do transformador, conectar o instrumento Meghômetro ao transformador; 10.2 - No equipamento existem os seguintes bornes: guarde, retorno, 500Vcc, 1.000Vcc, 2.500Vcc, 5.000Vcc. 10.3 - Conectamos o borne retorno que é representado pela letra R nos bornes de conexão do instrumento na massa do transformador; 10.4 - O borne 1.000Vcc nas buchas de baixa tensão do transformador estas deverão estar interligadas por uma cordoalha de curto-circuito, deixando sem interligar a bucha X0; 10.5 - O borne guarde que é representado pela letra G nos bornes de conexão do instrumento deve ser conectado ao primário do transformador, (alta tensão) este também deverá estar curto-circuitado por uma cordoalha; 10.6 - Desta forma iniciaremos os ensaios de resistência ôhmica de isolamento no transformador; 10.7 - Após obtermos o valor da medição iremos mudar a ligação do aparelho, passaremos então a seguinte condição: o borne retorno (R) permanece na massa do transformador, passaremos a utilizar o borne 2.500Vcc no primário do transformador (alta tensão) e borne guarde (G) no secundário do transformador após obter o valor da medição mudamos novamente a conexão do aparelho; 10.8 - Conectamos o borne retorno (R) no secundário do transformador, (baixa tensão), o borne 2.500Vcc ao primário do transformador (alta tensão) e o borne guarde (G) a massa do transformador obtendo desta forma o último ensaio necessário no transformador. 11. VALORES ADMISSÍVEIS PELA NORMA Os valores que são admissíveis pela Norma: 11.1 - Utilizamos para transformadores 30 Meghons por kV, ou seja, neste transformador que utilizamos como exemplo os valores admissíveis são: 11.1.1 - A baixa tensão a isolação é de 1,2 kV para obtermos o valor mínimo devemos multiplicar 30 por 1,2 obtemos o valor de 36 Meghons este é o valor mínimo admissível no secundário (baixa tensão); 11.1.2 - Na alta tensão a isolação é de 25 kV desta forma multiplicaremos 25 por 30 obteremos o valor de 750 Meghons, sendo este o valor mínimo admissível no primário (alta tensão). Estes valores são corrigidos pela temperatura do liquido isolante do transformador (óleo), que deve ser obtido pela medição da temperatura do óleo conforme ITM08 Utilização do Instrumento Termômetro a Álcool ou ITM21 Indicador de Temperatura de Óleo. TABELAS Tabela 1 – referencia de equipamentos para ensaios Tabela 2 – classe de isolamento conforme classe tensão SE TABELA 1 - REFERENCIA PARA ENSAIOS - MEDIÇOES ELETRICAS Resistencia Ohmica de Isolamento VALORES DE NORMA ENSAIO Unid. Equip. Marca/Tipo Valor MINIMO Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ TR oleo Classe de Isol x 30 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ TR ascarel Classe de Isol x 3 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ TR seco Classe de Isol x 30 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ TP Todos Classe de Isol x 10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ TC Todos Classe de Isol x 10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ DJBT Todos Classe de Isol x 1 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ DJMT Todos Classe de Isol x10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ DJAT Todos Classe de Isol x10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ SECBT Todos Classe de Isol x 10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ SECMT Todos Classe de Isol x 10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ SECAT Todos Classe de Isol x 10 MΩ/KV Resistencia Ohmica de Isolamento MΩ RELIG Todos Classe de Isol x 1O MΩ/KV LEGENDA 2- CLASSE ISOLAÇÃO - SUBESTAÇÕES TRANSFORMADOR TR Classe Tensão Classe Isol. Estrutura TRANSFORMADOR DE POTENCIA TP 6.6 Kv 9 Kv TRANSFORMADOR DE CORRENTE TC 13.8 Kv 15 Kv DISJUNTOR DJ 23 Kv 25 Kv BAIXA TENSAO BT 69 Kv 72,5 Kv MEDIA TENSAO MT 138 Kv 145 Kv ALTA TENSAO AT 230 Kv 250 Kv RELIGADORES REL SECCIONADORAS SEC Tabela 3 – Fator de correção TR 13.8/23 kV TABELA 3 FATOR E CORREÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTENCIA DE ISOLAMENTO TRANSFORMADORES DE POTENCIA A OLEO DE 15 A 25 KV, CORRIGIDOS A 30 °C Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido ° C ° C ° C ° C 0 0,125 21 0,536 42 2,297 63 9,849 1 0,134 22 0,574 43 2,262 64 10,556 2 0,144 23 0,616 44 2,639 65 11,314 3 0,154 24 0,660 45 2,828 66 12,126 4 0,165 25 0,707 46 3,031 67 12,996 5 0,177 26 0,758 47 3,249 68 13,929 6 0,189 27 0,812 48 3,482 69 14,929 7 0,203 28 0,871 49 3,732 70 16,000 8 0,218 29 0,933 50 4,000 71 17,178 9 0,233 30 1,000 51 4,287 72 18,379 10 0,250 31 1,072 52 4,595 73 19,698 11 0,268 32 1,149 53 4,925 74 21,112 12 0,287 33 1,231 54 5,278 75 22,627 13 0,308 34 1,320 55 5,657 76 24,251 14 0,330 35 1,414 56 6,063 77 25,992 15 0,354 36 1,516 57 6,498 78 27,858 16 0,379 37 1,625 58 6,964 79 29,857 17 0,406 38 1,741 59 7,464 80 32,000 18 0,435 39 1,866 60 8,000 81 34,297 19 0,467 40 2,000 61 8,574 20 0,500 41 2,144 62 9,190 Tabela 4 – Fator de correção TR 69/ 138 kV TABELA 4 FATOR E CORREÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTENCIA DE ISOLAMENTO TRANSFORMADORES DE POTENCIA, TR 69 KV E 138 KV CORRIGIDOS A 75 °C Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido ° C ° C ° C ° C 0 0,006 21 0,024 42 0,102 63 0,435 1 0,006 22 0,025 43 0,109 64 0,467 2 0,006 23 0,027 44 0,117 65 0,500 3 0,007 24 0,029 45 0,125 66 0,536 4 0,007 25 0,031 46 0,134 67 0,5745 0,008 26 0,033 47 0,144 68 0,616 6 0,008 27 0,036 48 0,154 69 0,660 7 0,009 28 0,038 49 0,165 70 0,707 8 0,010 29 0,410 50 0,177 71 0,758 9 0,010 30 0,044 51 0,189 72 0,812 10 0,011 31 0,047 52 0,203 73 0,871 11 0,012 32 0,051 53 0,218 74 0,933 12 0,013 33 0,054 54 0,233 75 1,000 13 0,014 34 0,058 55 0,250 76 1,072 14 0,015 35 0,063 56 0,268 77 1,149 15 0,016 36 0,067 57 0,287 78 1,231 16 0,017 37 0,072 58 0,308 79 1,320 17 0,018 38 0,077 59 0,330 80 1,414 18 0,019 39 0,082 60 0,354 81 1,516 19 0,021 40 0,088 61 0,379 20 0,022 41 0,095 62 0,406 Tabela 5 – Fator de correção TR SECO 15/25 kV TABELA 5 FATOR E CORREÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTENCIA DE ISOLAMENTO TRANSFORMADORES DE POTENCIA A SECO DE 15 A 25 KV, CORRIGIDOS A 30 °C Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido Temperatura Fator Corrigido ° C ° C ° C ° C 0 0,250 21 1,072 42 4,595 63 19,698 1 0,268 22 1,149 43 4,925 64 21,112 2 0,287 23 1,231 44 5,278 65 22,627 3 0,308 24 1,320 45 5,657 66 24,251 4 0,330 25 1,414 46 6,063 67 25,992 5 0,354 26 1,516 47 6,498 68 27,858 6 0,379 27 1,625 48 6,964 69 29,857 7 0,406 28 1,741 49 7,464 70 32,000 8 0,435 29 1,866 50 8,000 71 34,297 9 0,467 30 2,000 51 8,547 72 36,758 10 0,500 31 2,144 52 9,190 73 39,397 11 0,536 32 2,297 53 9,849 74 42,224 12 0,574 33 2,462 54 10,556 75 45,255 13 0,616 34 2,639 55 11,314 76 48,503 14 0,660 35 2,828 56 12,126 77 51,984 15 0,707 36 3,031 57 12,999 78 55,715 16 0,758 37 3,249 58 13,929 79 59,714 17 0,812 38 3,482 59 14,929 80 64,000 18 0,871 39 3,732 60 16,000 81 68,594 19 0,933 40 4,000 61 17,148 20 1,000 41 4,287 62 18,379 BIBLIOGRAFIA: http://www.abraman.org.br/arquivos/42/42.pdf http://www.uff.br/lev/downloads/apostilas/SE.pdf Associação Brasileira de normas técnicas – Normas: ABNT NBR 14039 Instalações elétricas de media tensão de 1,0kV a 36,2 Kv ABNT NBR 10299:2011 - Cabos elétricos em corrente alternada e a impulso – Análise estatística da rigidez dielétrica ABNT NBR 6813:1981 Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência de isolamento ABNT NBR 7036 - Recebimento, instalação e manutenção de transformadores de potencia para distribuição, imersos em líquidos isolantes ABNT NBR 10295 Transformadores de potencia secos – especificações Instruções de trabalho: itm06 - Utilização do instrumento termo-higrômetro itm07 - Ensaio de medição de resistência de isolamento elétrico itm05 - Ensaio de tensão aplicada - hi pot Dados da apostila: 10.1 Setor: DEMEL 10.2 Treinamento: Resistência ôhmica de isolamento 10.3 Objetivo: Nivelar conhecimento 10.4 Foco: Qualidade na prestação de serviços 10.5 Elaborado por: Fabiano Villan (03/2016) 10.6 Revisado por: (00/2016) 10.7 Aprovado por: (00/2016) 10.8 Ultima revisão: (00/2016) 19“Não somos o que sabemos, somos o que estamos dispostos a aprender.”