Drenagem Agrícola

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Drenagem Agrícola 
 
 Conceito de drenagem 
 Processo de remoção do excesso de água acumulado no perfil ou 
na superfície do solo, de modo que lhes dê condições de aeração, 
estruturação e resistência 
 Objetivos na agricultura: 
 Retirar o excesso de água aplicada na irrigação ou prov. das 
chuvas 
 Controlar a elevação do lençol freático 
 Lixiviação dos sais trazidos nas águas de irrigação 
 Proporcionar condições ideais ao cresc. e desen. das culturas 
 
 Benefícios da drenagem 
 Incorporação de novas áreas à produção agrícola 
 Aumento da produtividade agrícola 
 Aumento da fixação de nitrogênio e fósforo 
 Aumento da profundidade efetiva do sistema radicular 
 Controle da salinidade; 
 Recuperação de solos salinos e/ou alcalinos; 
 Melhora a saúde pública e animal 
 
 Métodos de drenagem 
 Natural 
 Quando a própria força da água é responsável pela retirada do 
excesso de água do solo 
 Artificial 
 Quando a natural não é suficiente ou quando há ação antrópica 
 Tipos: 
 
 Efeitos da falta de drenagem 
 
 De forma geral 
 Indisponibilidade de nutrientes 
 Indisponibilidade de oxigênio 
 Ocorrência de compostos tóxicos 
 Propriedades físicas 
 Aeração: 
 O excesso de água reduz a percentagem de ar presente no solo e 
com isto o oxigênio; 
 Redução do processo de nitrificação (a mineralização da matéria 
orgânica é feita por microrganismos) 
 Redução da fixação de nitrogênio por bactérias pois a água 
expulsa o ar que contém nitrogênio. 
 
 Propriedades físicas 
 Estrutura: 
 O excesso de água reduz a resistência do solo à compressão pois a 
coesão entre partículas fica reduzida. Por isso, o tráfego de máquinas 
afeta intensamente, compactando o solo, causando os seguintes 
impactos: 
 • redução da permeabilidade do solo 
 • redução do desenvolvimento radicular 
 • redução da troca de gases no solo 
 
 Textura 
 Desarranjo nas partículas: Silte; Areia; Argila 
 Temperatura 
 A temperatura altera a condutividade térmica e a capacidade calorífica 
do solo Isto explica, em parte, porque em solos mais úmidos é necessário 
mais calor para seu aquecimento. 
 De modo geral, solos mal drenados demoram mais para serem 
aquecidos 
 
Doenças: 
 O excesso de água favorece o desen. de agentes patogênicos e isto pode 
resultar em maior ocorrência de doenças ou pragas. Um exemplo de 
exceção à regra é o caso dos nematoides em que inundar o solo pode ser 
benéfico para redução da população 
 
Fisiologia: 
 A deficiência de aeração pode alterar significativamente os aspectos 
fisiológicos das plantas. Principais consequências: 
 • curvatura e acamamento das plantas 
 • desenvolvimento acentuado de raízes adventícias 
 • queda das estruturas de reprodução 
 • surgimento de níveis tóxicos de alguns elementos que sofrem redução 
química e provocam toxidez como ferro, cobalto, cobre 
 
Salinidade: 
 A má drenagem também pode contribuir para elevação do lençol freático 
que, com o acúmulo de fertilizantes aplicados ao longo do tempo, 
apresenta concentração de sais elevada. Este fato ocorre muito em solos 
rasos irrigados em excesso, e desprovidos de sistema de drenagem. A 
ascensão de uma frente salina pode atingir o sistema radicular das plantas 
e provocar toxidez generalizada, ou específica de alguns íons como sódio, 
boro e cloreto 
 
 Vantagens da drenagem agrícola 
 Remove o excesso de água da superfície e abaixo da 
superfície do solo 
 Controla o lençol freático 
 Aumenta o suprimento de água capilar 
 Aumenta o volume de solo explorado pelas raízes 
 Aumenta a temperatura do solo 
 Aumenta o arejamento e ventilação do solo 
 Remove o excesso de sais solúveis 
 Melhora e estrutura do solo 
 Favorece o aumento da área produtiva agrícola 
 
 Tipos de drenagem 
 Drenagem superficial: 
 Remove o excesso de água da superfície do terreno e do 
ambiente radicular 
 Drenagem subterrânea ou subsuperficial 
Remove o excesso de água abaixo da superfície do terreno 
 
 Fatores que contribuem com o excesso de água na superfície do solo: 
 Relevo plano 
 Relevo côncavo (formato de bacia) 
 Tipo de solo 
 Precipitação de alta intensidade 
 Baixa infiltração de água no solo 
 
 Tipos de drenos 
 Drenos abertos: 
 São escavações alongadas com pequeno declive 
longitudinal 
 Tipos 
 Canal trapezoidal 
 Canal parabolóide 
 Terraço 
 Camalhão 
 Drenos Cobertos 
 Tipo Livre 
 Tipo Tubulares 
 
 Componentes do sistema de drenagem 
 Drenos laterais ou de campo 
 Drenos coletores ou secundários 
 Dreno principal ou mestre 
 Sistema de saída 
 
 
 
Dimensionamento - Drenagem superficial 
 
 Objetivo: Eliminação da água que cobre a superfície dos terrenos; 
 Aplicação: 
 áreas planas com solos: 
✓ baixa velocidade de infiltração; 
✓ baixa permeabilidade; 
✓ com camadas impermeáveis logo abaixo da superfície; 
 Áreas de baixa declividade: 
✓ Problemas de excesso de água 
✓ Tipos: 
✓ Para eliminação das águas das chuvas; 
✓ Para eliminação de excesso de água 
 
 Finalidade: 
✓ Dimensionar os canais, interceptores ou drenos. 
 Calculo: 
 Q = C.I.A.360-1 
 Onde: 
✓ Q = Vazão máxima de escoamento (m³ s-1) 
✓ A = Área contribuição (ha); 
✓ I = intensidade máxima de chuva (mm h-1) 
C = Coeficiente de escoamento 
 
 
 
 
 
 Em drenagem Agrícola 
I = Id.48-1 
✓ Onde: Id = total máximo de precipitação que ocorre em um período de 24 
horas (mm); 
 
 
 
 
 
 
Função dos drenos: 
 
Drenos primários: Paralelos entre si, controlam a profundidade do nível freático. 
Drenos coletores: Recebem a água dos drenos primários e a conduzem até o 
dreno principal. 
Dreno principal: Transporta a água coletada para fora da área de drenagem, em 
direção a um dreno natural. 
 
 
 
 
 
Exercício 
 
 Considerando uma área, no semiárido Paraibano, com nível freático em 
40 cm, onde está plantado capim elefante que mantém o sistema radicular 
a 90 cm de profundidade, tolerando até 3 dias de estresse anoxitico a 
deseja uma porosidade livre de água de 10%, calcular: 
A) A lâmina a ser retirada da área. 
B) Qual o coeficiente de drenagem? 
C) O diâmetro do dreno lateral 
D) O espaçamento entre os drenos (fluxo variável)