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1 I. Introdução Neste presente trabalho irei abordar os assuntos relacionados com a origem do homem desde a comparação do homem e o macaco e os antepassados em comum entre ambos. 2 II. A ORIGEM DO HOMEM III. DIFERENÇAS ENTRE HUMANOS E MACACO Macaco é um termo popular bem genérico, usado para designar qualquer espécie de primata. De acordo com a Wikipédia: A ordem dos Primatas tem sido tradicionalmente dividida em dois grupos: prossímios e antropóides. Prossímios possuem características dos primeiros primatas, e são os lêmures de Madagáscar, lorisídeos, e társios. Os antropoides incluem macacos e o homem. Mais recentemente, taxonomistas dividiram a ordem em Strepsirrhini, consistindo nos prossímios excluindo os társios, e em Haplorrhini, que são os társios e antropoides. Antropoides são divididos em dois grupos: Platyrrhini, ou “macacos do Novo Mundo”, da América do Sul e Central, e Catarrhini, que incluem o Cercopithecoidea e o Hominoidea, da África e Ásia. Os “macacos do Novo Mundo” são, por exemplo, os bugios, os macacos-prego e os saguis; os catarrinos são, por exemplo, os babuínos, os gibões, e os hominídeos.” Tais classificações nos colocam mais próximos de chimpanzés, bonobos, gorilas, orangotangos, grupo taxado de “grandes primatas”. Nenhum destes possui cauda, enquanto que os “macacos” possuem. Os primeiros possuem grande volume cerebral e utilizam ferramentas. IV. Dimorfismo sexual Nos humanos, existem visíveis e marcantes diferenças físicas entre homens e mulheres. Entre os primatas, porém, machos e fêmeas são morfologicamente similares, retendo apenas ligeiras diferenças como tamanho de caninos e tamanho corporal. V. Crânio Características únicas do crânio humano: Mandíbula menor com prominente queixo (primata nenhum tem queixo); Ausência de cristal sagital, o que representa menores músculos ligados à mandíbula, e com isso, menor força durante mordida (vários mamíferos e répteis possuem essas cristas); Ausência de focinho e face reta, sem protuberâncias como nos gorilas e chimpanzés, cujas mandíbulas se encontram deslocadas além da linha da testa, olhos. 3 VI. Crânio de Macaco -Ausência de crista nucal como presente em gorilas, por exemplo, onde músculos do pescoço se ligam; -osso zigomático (“osso da bochecha”) reduzido com um espaço, por onde músculos da mandíbula passam; -Ausência de dentes caninos genuínos, presentes em “outros” primatas; -Mandíbula inferior começa larga e vai se estreitando em direção ao queixo, enquanto que em chimpanzés e gorilas ela possui formato retangular, não se estreitando de maneira triangular como a nossa; -Dentes do Homem são igualmente posicionados tanto em cima quanto em baixo; em Macacos e outros primatas os caninos inferiores se encaixam entre os caninos superiores e os dentes próximos; -No Homem o forâmen magnum (espaço no crânio que se encaixa na espinha dorsal) se localiza na parte de baixo do crânio (o que permite a postura ereta do Homem e auxilia no equilíbrio ao manter o centro de gravidade do crânio bem distribuído acima da coluna), -Nos Macaco, se localiza na parte de trás do crânio, o que exige músculos mais fortes no pescoço para que seus crânios se mantenham firmes; -Em Humanos, o primeiro dente pré-molar possui duas cúspides, enquanto que o de Macacos possui apenas uma. 4 VII. Esqueleto -A coluna do Homem possui um formato de ‘S’, ideal para distribuir o peso da parte posterior do corpo e manter o centro de gravidade acima da pélvis e pernas; nos Macacos a coluna possui uma leve curva; -O quadril do Homem possui formato de bacia, e é mais baixo em altura do que o de Macacos, outro ponto a favor de uma postura ereta; -As pernas do Homem tem uma leve inclinação pro centro, onde joelhos quase se tocam, localizando-se perto do centro do quadril (isso forma o chamado ângulo valgo). Quando uma perna se levanta, o joelho da outra, estando quase no centro de gravidade do quadril, garante o equilíbrio durante o caminhar. Quando os macacos tentam caminhar eretos, eles balançam de um lado pro outro, afim de não perderem o equilíbrio e caírem. os pés do Homem são arqueados e quase imóveis, pouco articulados, enquanto que os dos Macacos são bem articulados e planos, projetados para se agarrar em galhos e segurar coisas. Nossos pés funcionam como bases, plataformas, por isso tem um ligeiro arqueamento. 5 -As mãos do Homem são perfeitas para manipular, agarrar coisas, sem similar na natureza. Apesar de primatas possuírem polegares, os nossos são diferentes, mais longos, e com uma estrutura que permite que nosso polegar possa tocar todos os outros dedos. Nossas falanges são retas, ao passo que a de primatas são meio encurvadas, o que facilita que se pendurem de galho em galho com menos esforço. -caixa torácica do Homem é mais reta do que as de Macaco, que são mais “pontudas” para a frente, o que auxilia no equilíbrio. -Os ombros e clavículas do homem, são mais largos do que o de macacos; -No homem as escápulas (pazinha localizadas nas costas) se encontram na parte de trás do tórax, e não nas laterais, como em quadrúpedes, por exemplo. VIII. Pele O homem tem muitos pelos corporais (principalmente em homens) como outros macacos, mas no homem são muito mais finos e esparsos, e o homem possuímos muito mais glândulas sudoríparas. IX. Cérebro Homem Macaco 6 -O cérebros do homem e maior em volume em relação ao tamanho da cabeça do que o de macaco. -As áreas do cérebro humano, responsáveis por compreensão e processamento de linguagem, comunicação, etc, apesar de existirem em macacos, nestes elas executam funções totalmente diferentes, sem qualquer relação com fala e linguagem. Muitos estudos foram feitos e demonstraram categoricamente diferenças significativas entre o nível de metilação do DNA do tecido cerebral entre humanos e macacos. Este processo é essencial para a função de certas enzimas que agem no DNA, e o estudo mencionado manifesta claras e surpreendentes divergências na metilação de humanos macacos, chimpanzés e gorilas, etc: Entre os genes cujos promotores são hipometilados no cérebro humano mas hipermetilado no de macacos, dados sobre nível de expressão estão disponíveis para 273 genes. A maioria desses exibe maior expressão no cérebro humano do que no de macaco e varia de (168 dos 273)” os cérebros de humanos e macacos são enriquecidos em variadas categorias funcionais, incluindo ligação de proteínas e processos celulares metabólicos. Surpreendentemente, a lista de genes carregando promotores diferencialmente metilados inclui uma quantidade desproporcionalmente alta dos mesmos associada com doenças humanas cerca de 468 genes cujos promotores são hipometilados em humanos, causando autismo, dependência química e maioritariamente, câncer. X. Faringe, cordas vocais e a fala Sem contar o intelecto, inteligência, consciência e outras qualidades exclusivamente humanas, a fala é um dos mais marcantes divisores entre os homens e os animais irracionais. genes e etc, ainda tem-se de levar em consideração a estrutura da faringe, boca, língua, cordas vocais; igualmente fundamentais para o processo. Inúmeros fatores exclusivos dos humanos contribuem conjuntamente para a linguagem, tais como: -Estrutura das vias aéreas ligadas supralaríngeas e dimensão proporção do palato; -Estrutura esquelética que sustenta músculose ligamentos fundamentais ao trato vocal supralaríngeo; -O tamanho e formato da língua, curvada, abrangendo toda a parte inferior da boca e a parte anterior da faringe, com maleabilidade suficiente para tocar o céu da boca e tomar as mais diferentes formas, essencial para a pronunciação de vogais e consoantes. 7 -A extensão do trato vocal alcançando desde o vestíbulo laríngeo até a epiglote; -A localização da abertura laríngea, dentro do pescoço, na altura entre a 5ª e 6ª vértebras; -Flexibilidade e mobilidade da laringe, que sobe e desce durante a fala, proporcionando os mais diferentes sons. -Estrutura muscular faringal bem diferente dos macacos, assim como a linha basicranial flexionada, língua e laringe rebaixadas, peculiar orientação do basioccipital devido à dimensão e direção do músculo constritor faríngeo. -A formação da faringe, que deve estar no ângulo correto em relação à cavidade oral e sua exata proporção; -Distância correta entre o osso vômer e a sincondrose esfeno-occipital. XI. E outras características presentes em humanos que não ocorrem em nenhum Macaco Experimentos, como um macaco, tentaram a todo custo demonstrar que macacos podem falar. o macaco começou a aprender a se comunicar através de um teclado especial falante. Treinamentos intensivos por vários anos somente conseguiram levá-lo a habilidade comunicativa de uma criança de dois anos. Apesar de ir além do comum entre macacos, esse experimento a nada provou. Recentes estudos revelaram uma similaridade genética entre humanos e macacos não maior do que 81%. Os resultados falam por si só: Em 30% do genoma, o gorila está mais perto do ser humano ou do chimpanzé. Uma comparação dos genes que codificam proteínas revela cerca de 500 genes mostram uma evolução acelerada em cada uma das linhagens de gorilas, chimpanzés e humanos, e evidencia aceleração paralela, particularmente de genes envolvidos na audição. diferentes entre os genes. 8 XII. Antepassado comum entre o homem e o macaco O genoma humano é um mosaico com respeito a sua história evolutiva. Baseado na análise filogenética de 23.210 alinhamentos sequenciais do DNA de humanos e macacos ele apresenta um mapa da ancestralidade genética humana. Para cerca de 23% de nosso genoma, nós não compartilhamos de ancestralidade genética imediata com nosso parente vivo mais próximo, o macaco. Isto engloba genes e exons na mesma proporção que regiões intergênicas. As teorias sobre a origem do homem são relativamente recentes, só apareceram no final do século XIX e até hoje estão em constante alteração, sobretudo, devido a descobertas que costumam alterar a opinião dos estudiosos do tema. A evolução das espécies só tornou-se possível depois da revolucionaria teoria do inglês Charles Darwin, publicada na obra A origem das espécies em 1859. Polêmica até os dias atuais, ainda combatida pelo chamado criacionismo, Charles Darwin sustentou, com base em observações empíricas na ilha de Galápagos (Equador), que a vida está em permanente adaptação com relação ao meio e a luta pela sobrevivência. Para ele, a lei do mais forte comanda o processo de evolução, aglomerando-se com o processo de seleção natural, dentro do contexto da teoria da evolução das espécies. Segundo a qual, somente os mais fortes, os mais adaptados, sobrevivem, enquanto mutações genéticas garantem vantagens que alteram características físicas das espécies. Neste sentido, o estudo de fósseis e vestígios arqueológicos permitiu traçar uma linha evolutiva da espécie humana. Os profissionais responsáveis por estes estudos são paleontólogos, arqueólogos e antropólogos, embora historiadores também contribuam com analises sobre os indícios encontrados. Mais recentemente, geneticistas se juntaram a equipe de estudiosos do tema, colaborando com o rastreamento das origens do homem, chegando até a Eva Genética, a mulher da qual todos descenderíamos, pertencente já aos Homo Sapiens. 9 No entanto, antes dela a espécie humana teve outros antepassados. Até recentemente acreditava-se que o ancestral mais antigo do homem era o Australopitecus, cujo nome significa macaco do sul, um fóssil descoberto no sul da África em 1924. Segundo livros didáticos ainda em uso, este primata teria aparecido há aproximadamente 1 milhão de anos, caracterizando-se por possuir cérebro um pouco maior que seus parentes, postura ereta, melhor visão e maior habilidade com as mãos. O que teria permitido manipular instrumentos como varas para derrubar frutas, além do desenvolvimento de habilidades sociais que possibilitaram a vida em grupo. No entanto, um fóssil encontrado em 1974, na África, começou a alterar este panorama. Trata-se de um Australopitecos com 3 milhões de anos. Mudanças mais radicais ocorreram com descobertas no inicio do século XXI, originando outra teoria. A qual defende a ideia que o Australopitecus é um primo distante do homem moderno, uma ramificação a partir de um ancestral comum. Segundo esta hipótese, o Australopitecus não seria um ancestral do homem, até porque encontraram ramificações que dividiram o dito Australopitecos em subespécies tal como as quais terminaram também extintas. Na realidade, o Australopitecos e o Homo Habilis, este último nosso ancestral direto mais antigo, conviveram na mesma época, há cerca de 3 milhões de anos até aproximadamente 1 milhão de anos. Ambos descendem do Ramapithecus, um primata que surgiu há 12 milhões de anos, em diferentes regiões da África, Europa e Ásia. 10 Trata-se de um primata de pouco mais de um metro de altura, que viveu em florestas e savanas e que foi se tornando bípede. Era dotado da habilidade de atirar objetos para espantar predadores e carregar as crias. Porém, conforme se adaptou para caminhar, perdeu a habilidade de agarrar com os pés, o que impediu os bebês de grudar na mãe com as quatro patas, fazendo desenvolver a postura ereta para liberar as mãos para o transporte das crias. Ocorreram mutações que, pelo processo de seleção natural, originaram o Australopitecus e o Homo Habilis, muitas vezes confundidos nos livros didáticos como a mesma espécie, utilizados erroneamente como sinônimos. Porém, existe mais de uma ramificação a partir do Ramapithecus que torna o quebra cabeças mais complexo e desorganizado, pois, em 1891, foi descoberto na ilha de Java o Pitecantropus. Um homínida que apareceu há cerca de 750 mil anos, cujo nome significa macaco em pé, o qual antes acreditava-se descender do Australopitecus, mas que na realidade está em uma linha evolutiva paralela. Atualmente, a opinião mais aceita diz que o Pitecantropus é apenas mais um primo do Homo Habilis, tendo como ancestral comum o Ramapithecus. Um fóssil, descoberto na China em 1921, permitiu observar que o Pitecantropus evoluiu, originando o Sinantropo, um primata de postura ereta, cérebro maior que seu antecessor e que conhecia o uso do fogo. É provável que o Australopitecus, Pitecantropus, Sinantropo e Homo Habilis representem mutações do Ramapithecus que conviveram em grupos rivais, disputando espaço. A espécie mais apta sobreviveu e sobrepujou as demais, no caso o Homo Habilis, as demais se extinguiram. Entretanto, por volta de 1 milhão de anos surgiu o Homo Erectus, descendente direto do Homo Habilis, um hominídea fisicamente não muito diferente de nós, de aspecto robusto e forte, com cabeça achatada e maxilar saliente. Este ser conhecia o fogo e vivia em grupos, possuindo noções de convivência social mais elaboradas. Provavelmente foi empurrado por mudanças climáticas, iniciando uma migração em massapara a África, onde os sobreviventes da jornada originaram o Homo Sapiens há 500 mil anos. Nascia o homem moderno, com todas as características que temos hoje, mas sem os mesmos hábitos ou modos de se relacionar entre si e com a natureza. 11 O Homo Sapiens sofreu uma mutação mal sucedida entre 100 e 65 mil anos, fazendo surgir na Europa o Neandertal. Os seres humanos são parentes, não descendentes dos primatas atuais. mas sim Temos com eles um ancestral em comum, que viveu na África há cerca de 7 milhões de anos. Se o homem é uma evolução do macaco, por que ainda existem macacos ? Essa é uma pergunta bem capciosa, a quem acreditam na criação divina o homem moldado por Deus a sua imagem e semelhança. na teoria da evolução nos faz entender a entender que, segundo a Teoria da Evolução, o Homo sapiens evoluiu dos macacos atuais. Charles Darwin, entretanto, nunca disse ou escreveu isso. O que os evolucionistas afirmam é que tanto o macaco de hoje quanto os seres humanos têm um ancestral em comum. E eles estão absolutamente corretos nessa afirmação. Segundo os estudos mais recentes, baseados em fósseis e análises de DNA, há cerca de 7 milhões de anos a África era habitada por um tipo de primata do qual descendem tanto o homem quanto os macacos. 12 XIII. Conclusão Nesta investigação Pode concluir que cerca de um terço de nossos genes começaram a evoluir como linhagens específicas antes de ocorrer a diferenciação de humanos, e macacos As genealogias correspondentes são incongruentes com a árvore das espécies. Em concordância com as evidências da história evolutiva humana. a linhagem do homem tem sua própria história de evolução. Homo sapiens foi mas bem sucedida que as outras espécies. 13 XV. Referencia Primatas <http://pt.wikipedia.org/wiki/Primatas> Maps of human and chimpanzee brains reveal epigenetic basis of human regulatory Evolution. American Journal of Human Genetics. 91 (3):455-465. Philip Lieberman The Evolution and biology of language (Harvard University Press, 1984) Para intender a história... issn 2179-4111. ano 2, volume ago., série 29/08, 2011, p.01-15. Ingo Ebersberger & CIA 8, sobre a árvore genética humana.