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ANTIBACTERIANOS Profa. Dra Patrícia Corrêa Dias ANIBACTERIANOS UM POUCO DE HISTÓRIA COM ALEXANDER FLEMING Oficial médico inglês, voltou da 1ª Guerra Mundial com um sonho: Pesquisar uma forma de reduzir o sofrimento dos soldados com feridas infectadas, que impunham dor e ainda um processo mais acelerado em direção à morte. HISTÓRIA De volta ao St. Mary´s Hospital (Londres, 1928), estudou a bactéria Staphylococcus aureus, em abscessos das feridas abertas provocadas por armas de fogo. Estudou intensamente e, exausto, saiu em férias, deixando os recipientes de vidro, com culturas da bactéria, sem supervisão. O desleixo fez com que, ao retornar, encontrasse um dos vidros sem tampa e com a cultura exposta e contaminada com o mofo da própria atmosfera. Estava prestes a jogar todo o material fora quando, ao olhar no interior do vidro, percebeu que onde tinha se formado bolor, não havia Staphylococcus em atividade. Concluiu que o mofo, do fungo Penicillium, agia secretando uma substância que destruía a bactéria. Por acaso, era criado o primeiro antibiótico da história – a penicilina - é uma das mais vitais descobertas da história humana. Abriam-se as portas de um novo mundo, com o surgimento de uma grande indústria dedicada à produção de penicilina e outros antibióticos responsáveis pela possibilidade de vida com qualidade para pessoas que sofriam de tuberculose, pneumonia, meningite, sífilis, etc. A penicilina só foi isolada em 1938, por Ernst B. Chain e Howard W. Florey, na Inglaterra. Embora logo após a descoberta de Fleming houvesse uma onda de desconfiança sobre a eficácia do bolor, ela não impediu que cientistas médicos continuassem estudando a substância. Com a 2ª Guerra Mundial e a necessidade de ajudar mais aos feridos, Dr. Florey, patologista da Universidade de Oxford, tomou para si a pesquisa da penicilina, retomando o cultivo do bolor de Fleming e dele extraindo um pó marrom. A substância foi testada em 80 tipos de bactérias, provando sua eficácia contra os micróbios e inatividade com relação aos glóbulos brancos. Em 1940, a penicilina foi utilizada, na Inglaterra, no primeiro paciente humano, um policial, vítima de grave infecção sanguínea. O mundo passava a conhecer e desfrutar de uma arma absolutamente vital à vida e existência a partir de então. HISTÓRIA CLASSIFICAÇÃO PELO MECANISMO DE AÇÃO Interferência na síntese para parede celular - betalactâmicos Penicilinas Cefalosporinas e cefamicinas Outros (monobactâmicos e carbapenens) Interferência na síntese ou ação do folato Sulfonamidas Trimetoprima Interferência na síntese proteica Tetraciclinas Cloranfenicol Aminoglicosídeos Macrolídeos Lincosamidas Ácido fusídico CLASSIFICAÇÃO PELO MECANISMO DE AÇÃO Interferência com a topoisomerase II Fluoroquinolonas Agentes antimicobacterianos Tratamento da tuberculose – Isonizaida, rifampcina, etambutol, pirazinamida, capreomicina, ciclosserina, Tratamento da hanseníase – Dapsona, rifampcina, clofazimina Diversos - outros Glicopeptídicos Relacionados à polimixina Bacitracina Metronidazol Nitrofurantoína ANTIMICROBIANOS ALVOS DE AÇÃO A ESCOLHA DO ANTIBACTERIANO Sensibilidade do microorganismo Fatores do hospedeiro – exposição prévia a antimicrobianos, idade, funções hepática e renal, local de infecção, administração com outros fármacos, gravidez e comprometimento do sistema CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS E GRAM NEGATIVAS ANTIBACTERIANOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS E CELALOSPORINAS AS PENICILINAS Ácido 6 – aminopenicilâmico (anel tiazolidínico - A - e anel beta lactâmico - B CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS A unidade internacional da penicilina (U) é a atividade específica de penicilina contida em 06 μg do sal sódico cristalino da penicilina G, portanto 1,0 mg de penicilina G sódica pura equivale a 1667 U. 1 mg ------- 1667 U X -------- 600.000 U X = 360 mg = 600.000 U PENICILINA G EM UNIDADES CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS AS PENICILINAS MECANISMO DE AÇÃO Interferem na síntese do peptideoglicano que compõe a parede celular bacteriana Após unirem-se aos sítios de ligação para penicilinas, inibem a enzima de transpeptidização que forma ligações cruzadas das cadeias peptídicas AS PENICILINAS - MECANISMO DE AÇÃO RESISTÊNCIA BACTERIANA PRODUÇÃO DE BETALACTAMASES Importante em estafilococos sp (Neisseria gonorrhoeae, Hemophillus sp) Os estreptococos não produzem esta enzima RESISTÊNCIA BACTERIANA PRODUÇÃO DE BETALACTAMASES RESISTÊNCIA BACTERIANA OUTROS MECANISMOS Menor capacidade do fármaco em penetrar no local alvo – predomina em Gram Negativos que t~em membrana externa que limita a penetração de antibacterianos hidrofpilicos Ocorrência de sítios de ligação á penicilina modificados – estafilococos resistente à meticilina - MRSA (do inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus) BENZILPENICILINA E CONGÊNERES PENICILINAS RESISTENTES ÀS BETALACTAMASES PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO PENICILINAS DE ESPECTRO AMPLIADO PENICILINAS EFEITOS COLATERAIS Poucos efeitos tóxicos diretos, em função do alvo de ação específico – a parede celular (exceto efeito pro convulsivante na administração intratecal) Reações de hipersensisibilidade Erpções cutâneas e febre Choque anafilático agudo Vasculite, nefrite intersticial e distúrbios hematológicos Alteração de flora bacteriana intestinal (amplo espectro) – distúrbios gastrintestinais, como diarreia ou suprainfecção por bactérias resistentes à penicilina - MRSA (do inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus) BETALACTÂMICOS CARBAPENENS E MONOBACTÂMICOS Desenvolvidos para atingir microrganismos Gram negativos, propdutores de betalactamases, resistentes às penicilinas de amplo espectro e espectro ampliado Imipenen (adm vo, junto com a cilastatina – enzima que degrada o imipenen no rim) – contra Listeria, Pseudomonas eEnterobacteriaceae (MRSA ás vezes são puco sensíveis e já pareceram cepas resistentes de Pseudomonas aerouginosa Meropenen (bem semelhante) Aztreonam – adm vo e não possui reação cruzada com a penicilina 25 Maxcef® Kefazol® Keflex® Cefamox® Cefotan® Azactam® Cefzil® Zinnat® -- Cefix® Claforan® Fortaz® Rocefin® Usos clínicos: • alérgicos à penicilina, quando macrolídeos não são eficazes • G – (Klebsiella) • meningite pediátrica (H. influenzae, S. pneumoniae, N. meningitides) • Infeções polimicrobianas • Trat. empírico de infecções de etiologia desconhecida • Profilaxia cirúrgica, especialmente de implantes SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA SULFONAMIDAS - sulfadiazina, sulfadimidina, sulfametoxazol (ação curta e boa absorção pelo TGI) - Sulfametopirazina (ação prolongada e boa absorção pelo TGI) - Sulfasalazina (pouca absorção pelo TGI) - Sulfadiazina de prata – aplicação tópica em queimaduras SULFAMETOXAZOL + TRIMETROPRIMA = (também chamado de cotrimoxazol) BACTRIM NÚCLEO BÁSICO DAS SULFAS O TRABALHO INTERDISCIPLINARSULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA MECANISMO DE AÇÃO SULFONAMIDAS – análogos do ácido p – aminobenzoico, essencial para a síntese de ácido fólico pelas bactérias, que por sua vez é necessário para síntese de DNA e RNA em bactérias e mamíferos) – SÃO BACTERIOSTÁTICOS SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA MECANISMO DE AÇÃO Trimetoprima sulfametoxazol AMINOGLICOSÍDEOS Gentamicina, estreptomicina, amicacina, tobramicina, netilmicina, neomicina e framicetina MACROLÍDEOS Eritromicina, azitromicina, claritromicina TETRACICLINAS Tetraciclina, doxiciclina, minociclina CLORANFENICOL INIBIDORESDA SÍNTESE PROTEICA BACTERIANA
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