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AV2 aula de 24 abril introdução ao estudo do direito parte 1

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AULA GRAVADA EM 24 ABRIL 2014
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
O Congresso Nacional é formado pela Câmara e pelo Senado. É um lugar onde os representantes do povo colaboram e fiscalizam a aplicação de todas essas leis. Para se criar ou se modificar uma lei é preciso um projeto que pode ser proposto pelo deputado, ou senador, câmara ou senado e pelo presidente da republica. Também é possível a apresentação de projeto de lei pelo poder judiciário, pelo procurador geral da republica e por iniciativa popular. A aprovação de um projeto depende da mobilização da sociedade muito antes dos parlamentares e dos partidos. Antes de um projeto de lei chegar ao plenário ele percorre um longo caminho. Todo projeto é analisado pelas comissões técnicas e se o assunto for de imposto de renda ele é discutido na comissão de finanças e tributação, se for previdência comissão de seguridade social. Cada projeto tem um relator, dando sugestões, aprovando ou rejeitando. Todos os projetos passam por comissão de constituição e justiça que avaliam se eles estão de acordo com a Constituição Federal. Muitos projetos tem suas votações concluídas nas próprias votações outros seguem para serem analisados pelo plenário. Depois de aprovada pela Câmara em geral o projeto segue para o senado. Para validar, o presidente da republica precisa sancionar ou seja ratificar a proposta. Mas o chefe do Executivo pode vetar o projeto total ou parcialmente os parlamentares por sua vez podem reafirmar ou vetar o veto do presidente em votação secreta. Assim que funciona o equilíbrio entre os poderes. A Constituição é também uma lei. A lei maior. Que organiza o estado e os direitos e deveres do cidadão. A Constituição Federal pode ser alterada através de uma proposta de emenda a Constituição a PEC. A proposta tem de ser apresentada por pelo menos 1/3 dos deputados, 1/3 dos senadores, pelo presidente da republica ou mais da metade da Assembléia Legislativa com apoio da maioria dos deputados Estaduais. É também na Constituição que estão definidos os tipos de lei. O projeto de lei ordinária é o mais comum, daí segue o projeto de lei complementar e o de resolução existe também a proposta de emenda a constituição ou ainda o projeto de decreto legislativo e casos de urgência e relevância. O presidente da republica pode ainda editar a medida provisória que entra em vigor imediatamente. A medida provisória tem tempo especifico para ser analisada e caso isso não aconteça ela tranca a apreciação de projetos de lei no plenário e passa a ser o primeiro item de votação na Pauta.
MEDIDA PROVISÓRIA = EM CASOS DE URGENCIA E RELEVANCIA CONSTITUCIONAL.
Sistemas Jurídicos dentro da Sociedade
Romano Germânico – Tem como base o direito positivo expresso através da Norma Jurídica (LEI). Paises que a utilizam: Brasil, Argentina, Itália, França
Costume Law – Modelo Anglo saxão Inglês – Norma Jurídica expressa através dos Costumes. A lei existe mas é secundária. A primária são os costumes que tem poder de revogação da lei. Exemplo dado pelo professor em sala: O costume de andar sem capacete em especifica cidade do nordeste, teria de ser superior a lei se fosse prevalente a lei costumeira no Brasil. Na Inglaterra, o COSTUME é a Norma Jurídica.
Nos Estados Unidos, também é o Direito Anglo Saxão, modelo americano, onde a Norma Jurídica é expressa através da Jurisprudência. A Jurisprudência são as decisões repetidas dos tribunais. Todas as decisões são decididas pelo júri, pelas pessoas. Nos EUA predomina o Direito Jurisprudencial. A decisão do tribunal tem poder para revogar a lei. A norma jurídica básica é a jurisprudência. O Costume e a Lei são Normas Jurídicas.
Outros casos: O Islamismo e o Hebraico (nos paises praticantes) são baseados na Doutrina Religiosa.
O Brasil escolheu como lei a Norma Jurídica Romano Germanico
ROMANO GERMANICO: O Direito positivo é criado pelo homem, é escrito e tem maneira formal de ser criada a lei em nosso sistema jurídico. Obrigatoriamente passa por um processo formal.
	 AMPLO (LATO)
 A lei se divide em 2 formas: 
 	 ESTREITO (STRICTO)
LEI – É TODA E QUALQUER NORMA ORIUNDA DOS ÓRGÃOS COMPETENTES.
LATO SENSO (ou sentido amplo) – é a Norma vinda dos demais órgãos fora do poder legislativo. Neste caso: Executivo e Judiciário ( emanam lei Lato Senso ) Exemplo de leis Lato Senso: Medida Provisória, Decreto Lei, Direito Legislativo, Decreto Executivo, Resolução, Regulamento, Portaria, Aviso Ministerial etc. (tudo é lei e você é obrigado a seguir).
A Lei Stricto Senso é a lei emanada do poder legisferante, neste caso tem competência para criar leis (Legislativo). Só pode criar lei através do processo Legislativo (processo para se criar lei).
Leis que são criadas: Constitucionais (1 Federal e 27 Estaduais), Emenda Constitucional, Atos a disposição constitucional transitória, leis complementares e lei ordinária.
Leis Complementares – complementam algum direito dentro da constituição (Ex: Art 5º da CF, diz que o direito do consumidor será regulamentado através de Lei Complementar).
Lei Ordinária: Comum, do dia a dia (Ex: Código Civil, tributário, inquilinato). Mas atenção – vem escrito só Lei (distinguindo a ordinaria da complementar) – A complementar vem avisando que é complementar. 
ETAPAS DO PROCESSO LEGISLATIVO (FORMA DE CRIAR LEI)
1º Passo: Iniciativa de lei (iniciativa de se criar um projeto para a criação de uma lei). 
Mas, quem possui essa iniciativa?
Pergunta: Ministro do Estado pode apresentar projeto para a Criação de uma lei? 
Ministro do estado esta relacionado no art 61 da CF? Então não.
Intobs: Na Discussão de um projeto Lei pode ser alterado, modificado de acordo com a vontade dos congressistas. 
	Rejeitado = arquivada
Depois da Discussão passa para a votação:
	Aprovada = remete ao Chefe do 
 Poder Executivo
O Chefe do Poder Executivo pode:
	SANCIONAR
	VETAR
	Concordância, Adessão, Ratificação
	Não concordância
O VETO pode ser total ou parcial (não pode ser vetdo parte do texto).
Após Sanção vai ser PROMULGADO (Declarar a Lei válida). Passou pelo devido processo legislativo que a Constituição determina que seja assim. É o momento que deixa de ser projeto e passa a ser efetivamente uma LEI.
Pergunta: Após a promulgação já sou obrigado a cumprir a lei?
NÃO, ainda temos a necessidade da publicação (tornar público – não é diário oficial)
Pergunta: Após a publicação já sou obrigado a cumprir a lei? Não, tem de ser observado o prazo de vigência.
LINDB art 1º - Salvo disposição contraria, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Mas atenção: Isso não significa que toda e qualquer lei terá de entrar em vigor 45 dias após publicada. Salvo se não vier escrito na própria lei (ai sim); pode ser imediato ou além dos 45 dias. Mas estará escrito.
Art 2044 CC – Este código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação.
IMPCAR: Período de tempo compreendido entre a publicação de uma lei e sua entrada em vigência se chama Vacatio Legis (vacância da lei) – serve para adaptação, conhecimento da sociedade para cumprir a nova lei.
Mas Atenção!!!!
 1ª Exceção: Se não vier escrito na própria Lei.
2º Exceção: Lei tributária. Criando ou aumentando imposto não pode entrar em vigor no mesmo ano eleitoral. Só pode entrar em vigor no ano eleitoral seguinte.
 3º Exceção: Lei eleitoral. Só pode entrar em vigor no ano eleitoral seguinte.
SOMENTE ULTRAPASSADAS ESSAS EXCEÇÕES A LEI PODE ENTRAR EM VIGOR 45 DIAS APÓS A PUBLICAÇÃO
Territorialidade da Lei: Quando uma lei entra em vigor em todo o território ocupado por estasociedade, fronteiras terrestres e marítimas (12 milhas), espaço aéreo (inicio da estratosfera).
Pergunta: Pode a lei brasileira entrar em vigor fora do País?
Art 1º § 1º LINDB > Nos Estados estrangeiros a obrigatoriedade da Lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
<Principio da Extraterritorialidade da Lei >
Art 17 LINDB: As leis, atos e sentenças de outro pais, bem como quaisquer declaração de vontade , não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem publica e os bons costumes.
Pergunta: Pode uma lei brasileira vigorar em outro país? Sim, quando admitida e não ferir a soberania nacional, ordem publica e os bons costumes.
Pergunta: Pode uma lei ao entrar em vigor ter eficácia? 
Primeiramente, temos de entender o que significa eficácia: É a possibilidade do seu cumprimento. Divide-se em: Eficácia Legal e Eficácia Social
Ex: A lei do documento único. Entrou em vigou. Mas não possui eficácia legal. Falta-lhe regulamentação para que possamos cumprir.
A lei entra em vigor mas só posso cumprir se existir eficácia legal.
Eficacia Social – é o reconhecimento da sociedade de necessidade do cumprimento da lei.
Exemplo dado pelo professor:
 Seu filho de 5 anos andando de bicicleta na calçada. O guarda de transito pode multar seu filho? Sim ( não pode andar de bicicleta na calçada).
Atravessar fora da faixa de pedestres.
Estes exemplos querem dizer: A culpa é da lei? Não, são as pessoas que não reconhecem a eficácia social na obrigatoriedade da lei.
Obs: Mas as multas que são aplicadas possuem eficácia legal.
A lei para ser perfeita: possui eficácia legal e social.
Ex: A lei do cinto de segurança: só houve sua plena eficácia social quando o estado passou a fiscalizar e multar.
As leis devem ser cumpridas mesmo sem ser cobradas pelo Estado.
Ex: lei do lixo e lei mochila nas costas
Muitas vezes a lei não tem eficácia social mas tem eficácia legal. Quando a lei entra em vigore tem como ser cumprida deve ser obedecida por todos.
Então, a lei esta em vigor e esta em vigência... mas é para sempre? Ou seja, quando a lei entra em vigência ela vigora para sempre? Não, até um ponto que outra venha e tome o seu lugar.
Art 2º LINDB – Não se destinando a vigência temporária, a lei terá vigor ate que outra a modifique ou revogue.
Principio da Continuidade das Leis – Por este principio, no momento que uma lei entra em vigência ela fica vigorando até que outra venha e tome o seu lugar. A este ato dá-se o nome de Revogação.
Toda lei é assim? Não, temos uma exceção: A chamada lei temporária (é aquela que não segue as regras do principio da continuidade das leis porque não espera outra lei vir e revogá-la ela tem seu tempo de vigência dentro do texto. Ex: lei da Copa. 
A lei geral da Copa estabelece que os sistemas de ensino ajustem os calendários escolares de forma que as férias escolares das redes publicas e privada compreendam todo o período da Copa, de 12 junho a 13 julho de 2014.
Curiosidade desta lei: O ministro do esporte pagará um premio de 100 mil reais (!!) a 51 jogadores campeões mundiais das copas do mundo de 1958, 1962 e 1970. (titulares e reserva)
Quando acontece uma revogação ela pode ser:
Quanto a forma:
Expressa: quando a nova norma enuncia a revogação dos dispositivos anteriores.
Tácita: Quando a nova norma disciplina a matéria de forma diferenciada da regra original, tornando ilógica a sua manutenção.
Quanto a abrangência
Total: Abrogação (revogação total de uma lei)
Parcial: Derrogação (revogação total de uma lei)
Tanto a abrogação quanto a degoração podem ser tacitas ou expressas.
Ex: Art 2045 CC – Revogam-se a Lei nº 3071, de 1º janeiro de 1916 – Codigo Civil e a parte primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 de junho de 1850. (Exemplo de abrogação e derrogação expressa)
Exemplo de Revogação Tacita: 
Paragrafo 1º Art 2º LINDB – A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declarar, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria que tratava a lei anterior. Ou seja, o que acontece com a revogação tacita é quando vem conflitando ou quando vem regulando a matéria já tratada na lei anterior.
Lei A (em vigor desde 1990) – É proibido pisar na grama. 
Lei B (vigorou em 2010) – É permitido pisar na grama.
CRITERIOS PARA REVOGAÇÃO DA LEI
1º Cronológico – Lei posterior revoga a lei anterior (lei mais nova revoga a mais antiga)
2º Hierárquico – Lei superior revoga lei inferior.
3º Especialidade – Não é bem um critério de revogação e sim aplicação (quando tenho uma lei especial e uma lei geral primeiro aplico uma lei especial depois uma lei geral)
Então: Neste exemplo (Lei A e Lei B) pelo Critério Cronológico a Lei B revoga a Lei A.
Então veio a lei C de 2012 = É permitido pisar na grama de chinelo, conga, coturno, salto alto, descalço, calçado, do jeito que quiser. 
Novamente: A Lei C revoga a Lei B ?
 A Lei C regula a Lei B. O motivo é que a Lei C esta regulando toda a matéria já tratada na lei B.
Intobs: A Revogação Tacita ou vem conflitando ou regulando a matéria.
 Novamente a mesma pergunta: A Lei D revoga a Lei C?
Parágrafo 2º do Artigo 2º da LINDB:
A lei nova que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes não revoga nem modifica a lei anterior.
Então, o que esta acontecendo aqui é que a lei D vem regulamentando não regulando.
Regulamentando X Regulando
 Falar a mesma coisa de forma diferente
Tecer discussões gerais ou especiais a par das já existentes
Há revogação quando vem regulamentando? De acordo com o parágrafo 2º do Artigo 2º da LINDB, não existe revogação quando uma lei vem regulamentando. 
Pergunta: A Lei E revoga a Lei C e a Lei D? Revoga alguma Lei? Sim ou Não?
Esta regulando novamente: 1º é permitido pisar na grama do jeito que quiser, porém das 06:00 h as 21:00 h é proibido (obedecendo a Lei D) e das 21:01 h as 05:59 h é permitido novamente (Lei D) A nova regulamentação é de que é permitido das 12:00 h as 14:00 h. 
Conclusão: Na lei E, foi estabelecido Disposições Gerais ou Especiais (Neste caso especiais) a par das já existentes não revogando nem modificando a lei anterior.
Paragrafo 3º Artigo 2º LINDB: Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Impossibilidade de Repristinação de lei dentro do Brasil
	Caso: Uma Lei A esta em vigor desde 2010. Eis que em 2011 uma Lei B veio e revogou a Lei A.
 
 
 Lei B (2011) 2012 (sai Lei B volta Lei A)
	
	 Lei A volta a vigorar (2014)
Lei A (2010) Sai Lei A entra Lei B (2012)
 
Explicando as setas: Por algum motivo passou a vigorar a Lei B. Por algum outro motivo a Lei B perdeu a vigência. Repristina a Lei A (volta a vigorar a Lei A). Este retorno de vigência da lei revogada chama-se Repristinação (quando uma lei revogada volta a vigorar quando sua lei revogada perde vigência).
Regra Geral: É possível a Repristinação automática de lei no Brasil? Não (de acordo com o parágrafo 3º Artigo 2º da LINDB). 
Obs: Salvo, disposição em contrario (quando vem escrito na própria lei)
Exemplo dado sobre repristinação em sala de aula
A Lei Zico: Regulamentou o futebol como ele esta hoje. Profissionalizou o futebol como profissão (semelhante ao que esta ocorrendo com a Empregada doméstica)
Falou da Lei Pelé: Associação recreativa poderia objetivar lucro – entre eles o bingo.
Veio a Medida Provisória Presidencial: Cancelou o Bingo
Houve Conflito entre a Medida Provisória e a Lei Pelé. Esferas Diferentes de Poder (Superior e Inferior)
Com a Lei Provisória impedindoo Bingo, a Lei que se referia ao Bingo foi derrogada por causa do conflito com a Medida provisória. O bingo ficou proibido no Brasil com diversas casas de bingo sendo fechadas.
A Medida Provisória tem de ir ao Poder Legislativo para passar pelo processo legislativo para se transformar em lei ordinária. Em uma semana de votação rejeitaram a MP em lei ordinária e perdeu a vigência. A Lei Pelé em vigor, veio a Lei provisória e revogou parcialmente a Lei Pelé passando a vigorar a MP, e por algum motivo a MP perdeu a vigência – Pergunta: volta a vigorar o artigo da Lei Pelé que permitia o Bingo?
: Não. Pois não é possível a repristinação automática de lei. (toda essa volta sobre a lei Pelé e Zico para poder chegar a essa conclusão)
Lacuna Legal: Quando não tem lei regulando o assunto.
ULTRATIVIDADE DA LEI
Lei A (2000) 	 Lei B (2014) daqui em diante a Lei A não tem mais vigência 
 <--------------------- Para trás ainda vigora garantindo o direito adquirido
Uma Lei A esta em vigor desde 2000 e vai até 2014. Em 2014 passou a vigorar a Lei B. A Lei A foi revogada. Pergunta: Quando uma lei é revogada ela deixa de vigorar? Ou permanece vigorando? Esse é o fenômeno da ultratividade. Ela só deixa de vigorar daquela data em diante mas permanece vigorando no passado. Garantindo assim o direito que já foi adquirido.
O que é Direito Adquirido? O direito é adquirido quando preenche Pré Requesito legal para poder ser possuído dele. Cumprir uma exigência legal.
Exemplo: A aposentadoria para homens: contribuir 35 anos. Você contribuiu 35 anos já possuiu o direito adquirido? Vem uma nova lei quando você tinha 34 anos e 11 meses. Veio uma lei nova e diz que agora são 40 anos. Vai atingir você?
- Sim, ainda não possui Direito Adquirido. O Direito é Adquirido quando se preenche todos os requisitos para ser possuidor dele. A pessoa neste caso estava com sua expectativa de direito.
O fenômeno da ultratividade da lei nada mais é do que a lei já revogada que não vale mais no presente e para o futuro. Mas continua valendo para o passado. Garantindo desta forma o direito que já concedeu no passado, o ato jurídico determinado e a coisa julgada. Garantindo desta forma o direito que já concedeu no passado, o ato jurídico determinado e a coisa julgada.
O Ato Jurídico Perfeito – O que é o Ato Juridico perfeito? É realizar o ato segundo determinação legal. Ou quando a lei manda.
Exemplo Dado:
Como é o Ato Jurídico Perfeito na Compra de um Imóvel?
	A Lei determina que para a transferência de propriedade imobiliária, primeiro temos de fazer um contrato de compra e venda por Instrumento Público (perante o cartório) emitindo uma certidão de compra e venda. Escritura de compra e venda é o ato realizado no Cartório. A certidão de compra e venda recolhe o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Intervivos) depois averbar no Registro de Imóveis essa aquisição de imóveis aonde esta registrado. Somente, depois disso a lei reconhece você como proprietário (o Direito adquirido ao imóvel). Agora, o Ato Juridico foi perfeito e você é o novo proprietário.
O Ato Juridico é aquele que tem reflexo no mundo jurídico e a lei lhe garante isso. Com isso feito, ninguém pode tomar o imóvel. 
Se foi feito somente o contrato de compra e venda e recolher o ITBI depois (esta sujeito as mudanças que por ventura vierem a ocorrer quanto ao recolhimento do ITBI) – O Ato Juridico não foi perfeito.
Para que serve a Ultratividade da lei? Para garantir o direito que você adquiriu. O Ato Juridico que você realizou ou a coisa que foi julgada (decisão judicial que foi dado sobre determinado assunto).
Ultratividade é um fenômeno – Não é principio. Porque fenômeno? Porque a Lei deixa de vigorar para frente e para o futuro mas permanece em vigência para trás. Todas as Leis do Brasil não sumiram, não extinguiram-se ou deixaram de vigorar, ela ainda permanece. Todas as Leis que estavam em vigor e foram revogadas e as que estão em vigor fazem parte do nosso ordenamento jurídico aqui no Brasil e é o Direito Positivo nosso brasileiro. O Direito que esta em vigor é o positivo e as que um dia estiveram em vigor fazem parte do Direito Positivo (não estão em vigor agora mas estiveram vigorando no passado).
Obs: Para Paulo Nader Direito Positivo são as leis que estão em vigor na sociedade. Mas fazem parte as que já vigoraram.
Art 6º LINDB – A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Paragrafo 1º- Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a Lei Vigente ao tempo que se efetuou.
Paragrafo 2º - Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
Paragrafo 3º - Chama-se coisa julgada (já tem sentença ou decisão) ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba mais recurso.
Principio da Retroatividade da Lei
A LEI PODE RETROAGIR (RETROATIVIDADE)
A LEI NÃO PODE RETROAGIR (IRRETROATIVIDADE)
Principio da Retroatividade
Lei A, em vigor desde 1980. Chegou 2014 a lei B. A lei B vai passar a vigorar dali em diante. Pode a Lei B retroagir ao passado e atingir atos que aconteceram antes da sua vigência?
- Pelo principio da Retroatividade sim. Contanto que não fira o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito já adquirido.
Exemplo dado pelo professor: 
 Vocês se matricularam em março de 2014 para o curso de direito de 5 anos. Durante esse semestre veio uma nova lei dizendo que o curso de direito agora é de 8 anos. Vai atingir os senhores aqui atrás quando se matricularam para cursar 5 anos? Ou vocês vão precisar cursar apenas 5 anos?
	Teremos de cursar 8 anos, pois não tínhamos o direito adquirido a 5 anos. Não havia coisa julgada sobre isso e nem contrato garantia o curso de 5 anos. A lei pode retroagir e atingir todas as pessoas matriculadas para o 1º semestre de 2014 (pelo principio da retroatividade) e por não possuir o direito adquirido nem tão pouco coisa julgada.	
Mas atenção!! Só no direito penal que a lei vai retroagir sobre a coisa julgada.
********
Outro exemplo:
 Eu cometi um crime de adultério. To preso cumprindo pena. Em 2007 o adultério passou a não ser mais crime. A lei pode retroagir e me soltar? Só na coisa julgada. (o que esta aguardando julgamento já estará sujeito a nova decisão). 
 Na decisão do juiz que não cabe mais recurso pode a lei retroagir? PODE. Apesar do bandido se beneficiar disso, a lei foi criada para preservar os direitos das pessoas de bem. (infelizmente os banidos se beneficiam também, mas o mais importante é garantir os direitos das pessoas de bem).
Atenção: A lei pode retroagir se o ato jurídico não for perfeito, se a coisa não tem direito adquirido.
*******
Principio da Irretroatividade – A lei não pode retroagir. Só pode retroagir se o ato jurídico não for perfeito, se a coisa não foi adquirida, ou a coisa não foi julgada.
A lei não retroage: Se já foi atingido o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O que é Direito Adquirido? É aquele direito que não preenche os pré requisitos legais para ser seu, para que possa incorporar ao seu patrimônio. Quando você adquire seu direito você possui seu direito subjetivo (mas não é obrigado a usá-lo) O direito subjetivo é uma FACULDADE.
Exemplo dado pelo Professor:
 A lei de 40 anos de contribuição não pode retroagir senão vai atingir o direito adquirido (pelo principio da Irretroatividade da lei). Consequentemente o motivo é porque ele já adquiriu esse direito (o de contribuir 35 anos). Já possuía o direito quando a lei mudou pois no exemplo, a lei mudou para 40 anos quando o trabalhador já tinha 37 anos de contribuição e, pelo principioda ultratividade da lei esse fenômeno existe. A lei, quando não é revogada, permanece no ordenamento jurídico no passado.
*******
Ato Juridico Perfeito (essa cai todo ano na prova) 
Em 1988 uma pessoa comprou um imóvel sobre a égide desta legislação onde dizia um dos artigos que a falta de pagamento incurtia na perda de todos os pagamentos feitos anteriormente (legislação vigente na época, o contrato foi feito assim, Ato Juridico Perfeito). Em 1990, veio o CDC dizendo que uma pessoa não pode assinar um contrato com clausula leonina (com todas as vantagens para um lado só) desta forma, não poderá uma pessoa perder completamente todos os valores já pagos em um contrato de financiamento. Deverá ser restituído pelo menos 70%. 
Essa lei vai retroagir (ao contrato feito em 1988 e de 20 anos)?
	O direito não foi adquirido porque a condição Sine Qua Non (sem o qual não – expressão que indica clausula ou condição sem o qual não se fará certa coisa. Condição indispensável) não foi atingida ou seja pagar todo o financiamento. O contrato segundo a lei da época, constitui-se ato jurídico perfeito. Neste caso, a lei não pode retroagir o Ato Juridico Perfeito (lembre-se só retroage na penal. Em penal a lei sempre vai retroagir para beneficiar o réu. Vai retroagir a coisa julgada).
O que é coisa julgada? É a decisão judicial que não cabe mais recurso. Mas há duas formas de se fazer coisa julgada.
1ª Forma: A sentença do juiz que você tem prazo para recorrer. Se não recorrer então certifica-se na certidão que houve transito em julgado da sentença por decurso de prazo (Tempo de duração, passagem do tempo, ato de decorrer. ) . Consequencia, aquilo que foi decidido em sentença, julgada, é a decisão judicial que não cabe mais recurso.
2ª Forma: Esgotamento de recurso. Teve o prazo de 8 dias, você recorreu, para uma segunda instancia, perdeu na 2ª instancia, recorreu para o STJ, perdeu também. Qualquer matéria só vai para o Superior Tribunal Federal se for matéria Constitucional. O Direito Constitucional de grande repercussão. Se não for caso de STF volta para a 1ª instancia, transita em julgado por esgotamento de recurso e aquela coisa vai a coisa julgada. A coisa julgada que não cabe mais recurso pode ocorrer por esgotamento de prazo, recurso ou decurso de prazo.
HIERARQUIA DAS LEIS
ULTIMA CARACTERISTICA DO DIREITO POSITIVO
Kelsen delimitou que as Normas Juridicas não tem uma que vale mais que a outra mas estão postas em hierarquias.
 Norma Constitucional	 Representada através das: Leis Constitucionais, as 
Toda e qualquer Norma Juridica tem de estar
baseado na Norma Constitucional - esta é a emendas constitucionais, constituições, atos constitu-
base do Ordenamento Juridico (por isso que cionais transitórios.
falam em pirâmide invertida)
 A CONSTITUIÇÃO É A BASE DO ORDENAMENTO JURIDICO 
NORMAS COMPLEMENTARES - São as Leis Complementares
 Ex: Lei de Defesa do Consumidor 
NORMAS ORDINARIAS
Para cada Norma, tem de usar um principio básico que é o principio da fundamentação ou derivação, ou seja, sempre que for criar uma Norma Inferior você vai se basear em uma Norma Superior.
 Eu faço contrato de locação. Faço este contrato sem observar as Normas superiores e reparo que esta lá que contrato de locação de imóvel residencial esta em 12 meses (o tempo que seu imóvel esta sendo alugado). Porém, não observei que a Norma Ordinária – A lei do inquilinato – determina que o contrato de locação residencial tem de ser de no mínimo 30 meses.
Pergunta: O que acontece com essa clausula do contrato que determina que é de 12 meses? É uma clausula ilegal não esta de acordo com a Norma Superior. Então, quando uma norma inferior se choca com uma superior é uma ilegalidade. Posso questionar esses 12 meses? Quando criar uma norma hierarquicamente inferior obrigatoriamente tenho de me basear em uma superior para evitar a legalidade.
A ILEGALIADE OCORRE QUANDO UMA NORMA INFERIOR SE CHOCA COM UMA NORMA SUPERIOR
*******
 O Delegado pega e prende alguém. Prendeu porque? Nosso CPP determina que uma pessoa só pode ser presa em flagrante delito ou por ordem judicial. Se ele prendeu alguém sem motivo, o ato dele é uma ilegalidade. E olha só, na nossa Constituição esta dizendo a mesma coisa.
*******
E quando fere a Constituição é Inconstitucional? Qualquer uma Norma que venha a ferir a Constituição Federal é uma inconstitucionalidade.
Definição de Antinomia: Conflito de lei em nossa sociedade.
Principio da Fundamentação ou Derivação – Principio pelo qual ao se criar uma norma hierarquicamente inferior, necessariamente iremos nos embasar na norma hierarquicamente superior, evitando assim a antinomia (conflito) de leis dentro do nosso ordenamento jurídico.
Principio do Entrelaçamento – Segundo este principio as Normas Juridicas não estão soltas, isoladas, estão sim, entrelaçadas umas com as outras para que seja possível a legislação alcançar todas as situações possíveis de ocorrer dentro de uma sociedade, dando completude.
Ex: Furto (para bens moveis)	
Art 155 CP – Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Só é furto primeiramente quando a coisa é alheia.
Bem Móvel – são bens suscetíveis de movimento próprio. Ou de remoção por força alheia sem alteração da substancia ou destinação econômico social (uso, para fim que se destina – ex: bolsa)
Pergunta (enfatizado pelo professor) – A telha da sua casa é um bem móvel?
Art 83 CC – Consideram-se móveis para os efeitos legais;
I – as energias que tenhas valor econômico
II – Os direitos reais sobre objetos móveis.
E as ações correspondentes;
III – Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Então: Uma telha colocada em uma casa faz parte do bem Imovel, ou seja, porta, janela, tijolo então, telha não pode ser furtado. Só se furta bem móvel não imóvel. Neste caso é roubo.
Só se considera BEM quando pertence a alguém.
Ex: peixe no mar = coisa
 Peixe pescado = bem
 
FIM DA AULA GRAVADA NO DIA 24 DE ABRIL 2014
 
Art 61 da CF – A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Republica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da Republica e aos Cidadãos.
Entre a Lei A e a Lei B qual 
 vai vigorar?
As Normas Ordinarias são expressas através das medidas Provisórias, o decreto Lei. Ex: CC, CP, CPC, Cod Eleitoral, Lei inquilinato, fundo de garantia, tributario
Normas Regulamentares
As Normas regulamentares são as demais normas emandas de órgão competente: Decreto Legislativo, Executivo, regulamento, portaria, Aviso, Circular, Aviso Ministerial, Resolução.
NORMAS INDIVIDUAIS
São as que envolvem o individuo, as convnções de condomínio (Lei Lato Senso), contrato de compra e venda, locação, arrendamento, doação (entre as partes), sentença de juízes.

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