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Trabalho de constitucional finalizado

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14
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
UNISAL – CAMPUS MARIA AUXILIADORA
Deborah Ronchini Brolezzi 
Fabiana M. Baleeiro dos Santos
Jeferson Ricardo Mosna 
Lucas Feltrin 
Mayara Paglioto 
Márcia Cristina dos Santos Bacchiega 
Nielly Montão  
SENTIDOS DA CONSTITUIÇÃO - POLÍTICO, SOCIOLÓGICO, JURÍDICO -, ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO -ORGÂNICOS, LIMITATIVOS, SÓCIO-IDEOLÓGICO - E PRINCÍPIOS DE HERMENÊUTICA
Americana
2017
Sumário
1 – Introdução	3
2 - Sentidos da Constituição	3
3 - Elementos da Constituição	5
4 - Princípios da Hermenêutica Constitucional	6
4.1 - Qualidades da Hermenêutica	10
4.2 - Processos de Interpretação	10
4.3- Processo Lógico	10
4.4 - Processo Sistemático	11
5 - Classificações das constituições	11
6 – Considerações finais	13
7 – Referências Bibliográficas	14
	1 – Introdução
O presente trabalho tratará de um estudo sobre Direito Constitucional, apresentando seus sentidos, elementos e os princípios de hermenêutica. Temos como objetivo apresentar um projeto sucinto e concreto da constituição e como ela funciona.
Iniciamos com uma abordagem conceitual do constitucionalismo moderno e os Sentidos da Constituição, separando suas divergências e analisando-as no sentido sociológico, político e jurídico. Em seguida, apresentamos as categorias dos Elementos Constitucionais de forma objetiva e organizada para melhor compreensão da constituição. Já nos Princípios da Hermenêutica, como próximo tema, mostramos o quão importante é a interpretação da constituição, e os diversos métodos de desenvolvê-la, bem como as possibilidades de se interpretar um texto constitucional escrito em épocas e períodos anteriores aos de hoje. E por fim, apresentamos a classificação das Constituições elencando as formas mais usuais e seus conceitos.
	2 - Sentidos da Constituição
Com a ascensão do capitalismo observa-se que os Estados organizaram-se, através de um movimento identificado como constitucionalismo e dentro desta perspectiva foi de fundamental importância a elaboração de um documento normativo jurídico denominado de Constituição, normas que estruturaram o formato que o Estado Moderno assumiu. Segundo Sieyès (apud Ferreira Filho p. 17) a Constituição é o fundamento do Estado, é a lei fundamental, escrita ou costumeira, delimita seu poder, elencando limites que não podem ser ultrapassados ao mesmo tempo em que estabelece alguns direitos básicos e suas garantias, e determina como deverá ser organizada a estrutura social. 
 "Enfim, o constitucionalismo moderno tem por maior característica a identificação da origem popular como fundamento da legitimidade do poder estatal, cujo exercício deve ser limitado, para evitar o arbítrio, em benefício do próprio povo, que é o titular desse poder." (BERNARDES; FERREIRA p.21) 
 
Portanto, o constitucionalismo tem como finalidade a legitimação dos direitos sociais e assegurar as liberdades individuais.  
	Em relação as constituições, observamos que existem algumas divergências doutrinárias quanto as concepções que as concebem. Para melhor compreensão dividimos estas concepções no sentido sociológico, político ou jurídico. 
	Quanto ao sentido sociológico temos como doutrinador Ferdinand Lassale, segundo ele, a Constituição de um país é elaborada através da soma dos fatores reais de poder que o determina, ou seja, considera-se como fatores reais do poder, forças políticas que buscam através da lei a conservação das instituições jurídicas estabelecidas, portanto, a constituição de um país reflete o momento histórico e social em que foi elaborada. Lassale ressalta ainda que, ao lado da constituição originária de fatores reais, pode haver também, a constituição escrita e está quando desconsidera os fatores reais, ou seja, a realidade vivenciada pelo país, torna-se apenas uma carta de intenções. 
 
Convivem em um país, paralelamente, duas Constituições: uma Constituição real, efetiva, que corresponde à soma dos fatores reais de poder que regem esse País, e uma Constituição escrita, por ele denominada "folha de papel". Esta, a Constituição escrita- ("folha de papel"), só teria validade se correspondesse à Constituição real, isto é, se tivesse suas raízes nos fatores reais de poder. Em ·caso de conflito entre a Constituição real (soma dos fatores reais de poder) e a Constituição escrita ("folha de papel"), está sempre sucumbiria àquela (LASSALE apud, VICENTE; ALEXANDRINO p. 6) 
 
 
Observamos que a integração dos direitos reais em uma carta constitucional escrita transforma-se em direitos de fato. 
No sentido político temos como representante o doutrinador Carl Schmitt que defendia a constituição como uma decisão política importante, segundo ele "O conceito de Estado pressupõe o conceito do político." (apud, SILVA p. 450). Neste sentido era através da constituição que as estruturas mínimas do Estado deveriam ser organizadas. Ele também fazia uma diferenciação entre a constituição e as leis constitucionais. Para Schimitt a constituição se refere a organização do Estado, aos direitos fundamentais como a democracia entre outras, já a lei constitucional é uma lei a qual representa o texto constitucional, mas que com ele não se confunde.  
Quanto ao sentido jurídico temos como doutrinador Hans kelsen, segundo ele a conduta humana é regulada pelas normas jurídicas, ou seja, o Direito é um conjunto de normas existente para esse controle.  
 Com o termo “norma” se quer significar que algo deve ser ou acontecer, especialmente que um homem se deve conduzir de determinada maneira. É este o sentido que possuem determinados atos humanos que intencionalmente se dirigem à conduta de outrem (KELSEN, 1999,  p. 4)
Sendo assim, a Constituição é norma pura, ou melhor, o puro dever ser, sem qualquer pretensão sociológica ou política, mas com um único objetivo, ou seja, a norma jurídica orienta de forma objetiva e ao mesmo tempo obrigatória, impondo como deve ser a conduta dos indivíduos. Assim, a Constituição na perspectiva de Kelsen possui dois sentidos fundamentais sendo: lógico jurídico e o jurídico positivo. 
De acordo com o sentido lógico jurídico as normas jurídicas aparecem em conexão de forma escalonada alinhando-se rumo a uma unidade, constituindo desta forma, a norma superior, a Constituição. Esta é construída a partir de ideais, princípios e fundamentos que têm como objetivo a organização da estrutura Estatal e das relações sociais. 
No sentido jurídico positivo a Constituição equivale à norma jurídica suprema e serve como um conjunto de normas, reguladora da criação de outras normas. 
	3 - Elementos da Constituição
Para compreensão da Constituição em seus aspectos e liames, é necessário instituir uma organização para melhor compreender a aplicabilidade das normas e de como estão distribuídas ao longo do texto constitucional. São esses dispositivos que agrupam o sentido constitucional, tendo como base a finalidade de cada um deles, contribuindo para análise do legislador diante do aspecto estrutural e material da Constituição. 
A concepção melhor norteada no âmbito jurídico, fora de José Afonso da Silva, na qual indica a existência de 5 categorias de elementos constitucionais. Que São Eles: Orgânicos, Limitativos, Sócio - Ideológicos, de Estabilização Constitucional e Elementos Formais de Aplicabilidade.
- Elementos Orgânicos: Na forma orgânica é onde se destaca normas que regulamentam tanto a Estrutura do Estado como também o Poder e suas dimensões. Na atual Constituição, encontram-se diretamente nos Títulos III (Da Organização do Estado), IV (Da Organização dos Poderes e do Sistema de Governo), Capítulos II e III do Título V (Das Forças Armadas e da Segurança Pública) e VI (Da Tributação e do Orçamento, que constituem aspectos da organização e funcionamento do Estado);
- Elementos Limitativos: Direcionado as normas protetivas que asseguram a consagração de direitos e garantias fundamentais, trazendo o ideal de direitos individuais, de nacionalidadee direitos políticos e democráticos, implementando a limitação do Estado diante desses direitos, posição prevista no Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais) 
- Elementos Sócio - Ideológicos: Normas que permeiam o compromisso constitucional entre o Estado individualista e o Estado intervencionista que possuem respectivamente a postura liberal e social. Título II, Capítulo II – Dos Direitos Sociais; Título VII – Da Ordem Econômica e Financeira e Título VIII – Da Ordem Social. 
- Elementos de estabilização constitucional: Baseado em normas com prerrogativas em defesa da Constituição e do Estado no papel de gerenciador constitucional, promovendo a solução de conflitos constitucionais, defesa das instituições democráticas, defesa do Estado, defesa da Constituição, assim contribuindo para acentuação paz na sociedade. Sob ponto de visão estão assistidos no Título V, Capítulo I (Do Estado de Defesa), Título III, Capítulo V (Da Intervenção), Título IV, Capítulo I, Seção VIII, Subseção II (Da Emenda à Constituição) e presente também nos artigos 102 e 103, que vinculam a ação da jurisdição constitucional.
-Elementos formais de aplicabilidade: Normas regulamentadoras que orientam a forma de aplicação das Constituições. Tais normas estão estabelecidas na Constituição como auxílio na demanda de regras intituladas no Preâmbulo, os dispositivos do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) e por fim o § 1º do artigo 5º, segundo o qual as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
 
4 - Princípios da Hermenêutica Constitucional 
 A palavra “hermenêutica” provêm do verbo grego “hermeneuein”, que está relacionada com o mito do deus grego “Hermes”, filho de Zeus e Maia, o qual era incumbido de levar a mensagem dos deuses do Olimpo aos homens. Além de levar as mensagens, também tinha que “traduzir” e “interpretar” as mensagens dos deuses aos mortais. Era chamado de “deus-interprete”. 
Hermenêutica provém de uma ciência utilizada para interpretar e compreender aspectos de determinado tempo, já a interpretação é considerada à aplicação da hermenêutica. 
Surgiu inicialmente na Teologia, após tempos se espalhou para a Filosofia e posteriormente para o Direito, passando por vários aspectos e tempos. 
“Interpretar é explicar, esclarecer, dar o significado de vocábulo, atitude ou gesto; reproduzir por outras pessoas um pensamento exteriorizado; mostrar o sentido verdadeiro de uma expressão”. (Maximiliano, 2011, p.7). 
A interpretação foi muito utilizada e até hoje é, consiste na busca pelo melhor método para compreensão dos dizeres escritos deixados, sejam eles, manualmente ou eletronicamente, por pessoas dos períodos antigos e da atualidade. Neste sentido, o intérprete utilizando a técnica de interpretação adequada, consegue identificar e aplicar essa ciência, buscando chegar o mais próximo possível do que o autor queria dizer. 
Essa metodologia pode ser utilizada em todas as áreas e campos de estudos, pois, é extremamente eficaz para compreender alguns aspectos. Muitas vezes as pessoas utilizam desse meio de interpretar, mas é claro, sem técnica alguma, porém sem saberem estão fazendo interpretação de algo em sua vida. 
Na matéria de Teoria Geral do Direito Constitucional, utilizamos muito a interpretação, pois temos que entender os aspectos gerais de toda a história acontecida no mundo antigo, medieval, revoluções entre outros eventos, para chegarmos na atualidade contemporânea e compreendermos as normas do direito. 
No direito, mais do que em outras áreas, necessitamos utilizar a hermenêutica e suas interpretações, pois somos “controlados”, por normas, regras e leis que muitas vezes suas vigências, ultrapassam décadas, ou seja, o jurista necessita enquadrar a lei e chegar o mais próximo do significado da lei para o exato momento que acontece o fato, em relação aos acontecimentos e costumes da sociedade, muitas vezes anos posteriores. 
Por isso, os operadores da lei buscam chegar ao mais próximo possível dos pensamentos das pessoas que criaram as leis, pois a grande maioria, já não se encontram entre nós, não conseguindo assim esclarecer e tirar as dúvidas com o autor da norma ou lei. Temos que tentar entender o contexto histórico e social da época em que o texto foi elaborado para que a interpretação chegue o mais próximo do que o autor quis dizer e como deveria ser aplicada a lei. 
“O jurista, esclarecido pela Hermenêutica, descobre, em Código, ou em um ato escrito, a frase implícita, mais diretamente aplicável a um fato do que o texto expresso”. (Maximiliano, 2011, p.11).  
A hermenêutica ao longo do tempo passou por diversos momentos podendo ser classificada em três grandes períodos. 
No período anterior a Revolução Francesa o poder político era exercido com respaldo aos imperativos divinos, na vontade do soberano, formada na convicção moral e religiosa. A partir da Revolução Francesa até o final da segunda guerra mundial impunha-se a idéia de lei, a limitação ao poder soberano e, o Direito escrito passou a ser o referencial decisório, e conseqüentemente todos os direitos passaram a ser fixados pela lei. No período pós-segunda guerra mundial surgiram as correntes antipositivistas, nesta visão, a lei como poder absoluto já não satisfazia as necessidades, e com isso ampliou-se a construção de decisões judiciais.  
Quanto a interpretação, desenvolveu-se vários métodos, entre eles podemos destacar o dogmático método estabelecido pela escola de Exegese na França, que tinha como prioridade interpretar o Código Napoleônico. Através deste método de interpretação conhecido como dogmático, as decisões judiciais deveriam basear-se exclusivamente na lei. Segundo Demolombe, "a lei era tudo, de tal modo que a função do jurista não consistia senão em extrair e desenvolver o sentido pleno dos textos, para apreender-lhes o significado, ordenar as conclusões parciais e, afinal, atingir as grandes sistematizações." (apud Reale p.280 1997), neste sentido o intérprete assumia o papel de mero aplicador da lei. 
Com as mudanças operada no sistema produtivos e as transformações sociais em virtude destas alterações, bem como desenvolvimento técnico, torna-se necessário um novo modelo de interpretação da lei, pois o modelo dogmático já não era suficiente, é neste contexto que vemos surgir o modelo histórico evolutivo. Dentro desta perspectiva o direito provém do povo, portanto, é objeto de história e produto do meio social e não do legislador.
 
Feita a lei, ela não fica, com efeito, adstrita às suas fontes originárias, mas deve acompanhar as vicissitudes sociais. É indispensável estudar as fontes inspiradoras da emanação da lei para ver quais as intenções do legislador, mas também a fim de ajustá-la às situações supervenientes. (REALE P. 284, 1999). 
 
Neste sentido, a lei não é produto do legislador, mas, um produto social que após criada evolui conforme as necessidades sociais, econômicas e morais superando os motivos que a criaram. Neste modelo interpretativo o intérprete tem maior flexibilidade na interpretação pois, reconhece que a lei não é perfeita e portanto, necessita de correções. 
Com o intuito de superar as falhas do modelo histórico evolutivo surgiu o modelo interpretativo conhecido como Livre Pesquisa Formação do Direito, elaborado por Françõis Geny, de acordo com ele a lei não deve ser deformada, mas entendida conforme a intenção do legislador que a criou, entretanto se esta não corresponder aos fatos posteriores a sua criação  e apresentar lacunas é necessário buscar outros meios para supri-la, como a análise dos fatos sociais,  analogias, compreensão dos costumes, pois, apesar das lacunas da lei o Direito deve procurar a melhor solução para cada conflito.  
Hermenêutica na atualidade buscar ir além do que a está escrito na lei, para interpretação é necessário compreensão ampla dos fins sociais, segundo Lenza (p.167 2012) a interpretação constitucional não deve ser pautada em um confinamento de uma sociedade fechada e restritaaos órgãos estatais, pois quanto mais a sociedade tornar-se pluralista, mais acessíveis serão os critérios de interpretação possibilitando uma participação mais ampla de diversos segmentos sociais que passarão não apenas conhecer, mas vivenciar de fato a norma constitucional a mediada que a interpretação constitucional vai se democratizando. 
Neste processo de constante mudanças, observamos que a constituição também se transforma para melhor atender e adaptar-se a estas alterações sociais. Neste sentido, as transformações constitucionais podem ocorrer via reforma ou mutação constitucional.
A reforma constitucional deve respeitar a limitação do Poder Constituinte Originário e ocorre através da modificação do texto constitucional por meio de Emendas Constitucionais que suprimem, acrescentam ou alteram artigos do texto originário. 
Quanto a mutação a alteração não ocorre no corpo físico do texto, mas na forma de interpretá-lo admitindo uma maior flexibilidade. 
	4.1 - Qualidades da Hermenêutica
Existem três atributos que se exige de um interprete: probidade, ilustração e critério. A probidade faz-se sentir o sincero sentido e alcance da lei, para que a verdadeira justiça se faça; a ilustração que com grande conhecimento, surpreende com todas as dúvidas possíveis; no critério é discernir as diferenças.
Deve um Hermeneuta completo tem que ter puro conhecimento de todo o organismo do Direito. Não só da história, mas das condições de vida das relações jurídicas. O juiz, embora não se deixe levar pelos sentimentos, adapta o texto à vida real e faz do Direito o que ele deve ser, uma condição humana, um auxiliar de idéias. 
Compete ao interprete desconfiar de si, entender as razões dos prós e contras, verificar a verdadeira justiça.
 	4.2 - Processos de Interpretação
O processo verbal é a primeira atitude que se deve tomar para quem pretende ter uma boa interpretação, e compreender pensamento das outras pessoas. 
A hermenêutica precisa aliar-se à crítica erudita para se aproximar da verdade, o processo gramatical, exigem-se alguns requisitos. 
1- Conhecimento da língua empregada 
2- Informação segura sobre detalhes sobre a vida, profissão, hábitos. 
3- Assunto completo do que se trata, inclusive uma breve história. 
4- Autenticidade do texto, tanto em conjunto, como em casa uma das partes 
	4.3 - Processo Lógico 
	Nesse processo, ele tenta descobrir o sentido e o alcance de expressões do Direito sem o auxílio de nenhum dos elementos exterior, pretende do simples estudo de normas em si, ou em conjunto, por meio de um raciocínio dedutivo, para se ter a interpretação correta.  
4.4 - Processo Sistemático
Ele compara um dispositivo sujeito, com outro do mesmo repositório e leis diversas, referentes ao mesmo objeto. 
O hermeneuta eleva o olhar, ele consegue nos casos especiais para os princípios dirigentes a que eles se acham submetidos, obedecendo uma e não violando outra. 
O interprete não traduz clara linguagem só o que o autor disse, ele esforça-se para entender mais e melhor aquilo que se acha escrito, o que o autor estabeleceu. 
	5 - Classificações das constituições  
Quanto a classificação das constituições observamos que há várias formas de classificá-la dependendo de quem a analisa, segundo Lenza (p. 85, 2012) não podemos dizer que há um modelo de classificação mais acertado do que outro, apenas formas de olhar diferenciados. 
Conforme analisamos o material bibliográfico elencamos as formas mais usuais de classificação constitucional como sendo: quanto ao conteúdo, à forma, a extensão ou modelo, ao modo de elaboração, à ideologia, à origem, à estabilidade e à função. 
Quanto ao conteúdo as constituições são classificadas em formal quando o seu conteúdo foi elaborado seguindo as regras formalmente constitucional, ou seja, quando as normas são inseridas independentemente do conteúdo, através de ato escrito e solene no texto constitucional, e material quando o texto constitucional apresenta normas fundamentais de organização das estruturas estatais e de seus órgãos e os direitos e garantias fundamentais. Tais regras podem ou não estar codificadas em um único documento. 
Quanto a forma, segundo (BERNARDES e FERREIRA p. 25, 2012) as normas são extraídas de disposições reunidas em um documento solene sistematizado por procedimento próprio, que podem ser escritas quando elaboradas por um conjunto de regras sistematizadas em um único documento e não escrita ou consuetudinária quando as normas constitucionais não estão organizadas em um único documento, mas origina-se dos costumes propriamente ditos e de textos escritos esparsamente. 
Quanto a extensão pode ser sintética, quando é resumida contendo apenas os princípios fundamentais e estruturais do Estado e analítica são extensas e detalhistas, buscam maior estabilidade dificultando futuras reformas. 
Quanto ao modo de elaboração dividem-se em dogmáticas são aquelas cujo o texto é construído por teorias pré-concebidas e históricas que são as constituições não escritas e elaboradas ao longo do tempo reunindo o processo histórico e tradição do povo. 
Quanto a ideologia temos as constituições ecléticas que são as elaboradas pautadas em diferentes linhas pensamentos como o liberal e o socialdemocrata, buscando um consenso, uma cooperação, uma convergência na construção da norma constitucional, e a ortodoxa construída em uma única base de pensamento, como no caso do socialismo. 
Quanto a origem as constituições podem ser promulgadas quando são elaboradas por um órgão constituinte com representantes do povo, discutida em assembléia constituinte, portanto, é conhecida como constituição democrática. A constituição outorgada é elaborada sem a participação do povo e imposta pelo governante. Constituição cesarista considerada uma constituição Híbrida, ou seja, nem promulgada e nem outorgada, elaborada sem a participação popular, sem discussão e submetida posteriormente à consulta popular com o intuito de referendá-la. Já as constituições pactuadas são elaboradas através de um pacto entre as forças rivais em que o poder constituinte se concentra nas mãos de mais de um responsável; este tipo de constituição prevaleceu na idade média no período em que a realeza sofria influência da luta da população para participarem no governo.
Quanto a estabilidade as constituições podem ser divididas em rígidas são aquelas que para serem modificadas necessitam de um processo especial mais complexo e rigoroso do que o exigido para a aprovação de uma legislação ordinária.
A Constituição flexível, podem ser alteradas com mais facilidade através de procedimentos comuns utilizados para a aprovação de leis ordinárias. Constituição semirrígidas contempla uma parte que do texto constitucional rígido e outra flexível que pode ser alterada com mais facilidade através de procedimentos comuns. Já a constituição imutável como o próprio nome diz, não pode ser alterada em hipótese alguma.
Quanto a função temos a constituição garantia são modelos constitucionais que estabelecem garantias contra o abuso dos governantes, originou-se a partir da reação popular contra o absolutismo monárquico. 
Constituição balanço segundo (BERNARDES e FERREIRA p. 25, 2012) é um modelo que apenas descreve a realidade do Estado e sua organização política, sem se preocupar em garantir direitos ou programar o futuro do Estado.
Constituição dirigente este modelo, não se limita apenas em organizar o poder, busca construir um projeto de Estado, tem uma carta de intenções tornou-se comum após a segunda guerra mundial.
10 – Considerações finais
 O trabalho aborda o sentido da constituição, que é dividida em três partes: Sociológica, Política e Jurídica. Também trata sobre os elementos da constituição distribuídos em cinco categorias: orgânicos, limitativos, sócio ideológico, estabilização constitucional e formas da aplicabilidade.
 Princípios da Hermenêutica, vem da ciência utilizada para interpretar e compreender aspectos de determinado tempo, para a interpretaçãoé considerada a aplicação da Hermenêutica. Qualidades da Hermenêutica são três: probidade, ilustração e critério. Processos da interpretação, apresenta quatro requisitos que são elencados em: conhecimento da língua empregada, informação segura, assunto completo sobre o que se trata e autenticidade do texto. Processo Lógico, tenta descobrir o sentido e o alcance das expressões sem o auxílio do meio externo. Quanto ao Processo Sistemático, compara um dispositivo sujeito, com outro do mesmo repositório e leis diversas, referentes ao mesmo objeto.
 Sobre a Classificação das constituições existem várias formas como: conteúdo, forma, extensão ao modo de elaboração, origem, estabilidade e função.
 O trabalho agregou para o grupo um maior aprofundamento do conhecimento da matéria, sobre os temas citados de vários autores expondo conhecimento sobre o tema aplicado.
11 – Referências Bibliográficas
BERNARDES, Juliano Taveira; F ERREIRA, Olavo Augusto Vianna. Direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2012. – (Coleção saberes do direito; 2),1. Direito constitucional. – Brasil I. Título. II. Série
CHINELLATO, Tiago. Concepções Constitucionais. Site: <https://thiagochinelatto.jus.com.br/artigos/121942669/concepções constitucionais>. Acesso em 02/05/2107. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado.16. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2012. 
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito – 20. Ed. - Rio de Janeiro: Forense, 2011. 
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito, 24ªed. São Paulo. Saraiva, 1998.
SILVA, Washington Luiz. Schimitt, Carl. Eo conceito limite do político. "The concept of state presupposes the concept of the political". 2007, p. 19. IN: Kriterion. Revista de Filosofia. Belo Horizonte, nº118, dez./2008, p.449-455. In:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100512X2008000200010 Acesso 02/05/2017>.  
SOUZA JUNIOR, Luiz Lopes de. Qual o sentido que melhor reflete o conceito de Constituição. Site: <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1516539/a-constituição-e-seus-sentidos-sociológico-politico-e-jurídico>. Acesso em 02/05/2017 
VICENTE Paulo,  ALEXANDRINO, Marcelo.  Direito constitucional descomplicado - 15. ed. Rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forer.se; São Paulo: MÉTODO: 2016.

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