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Fichamento do livro história do direito

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Fichamento do livro: A História do Direito no Brasil - Antônio Carlos Wolkmer. 
Introdução.
São de extremas importância os estudos históricos na área do direito, principalmente para repensar e reordenar uma tradição normativa com o objetivo de analisar criticamente práticas sociais, fontes fundamentais e antigas experiências culturaisque no presente, poderão proporcionar a emancipação e a conscientização.
Portanto para que isso seja possível, é preciso reinterpretar as fontes do passado através de interdisciplinar e do direito analisado como reflexo de uma estrutura, que pode ser o modo de produção e riqueza, as relações de forcas societárias, as representações ideológicas, as práticas discursas hegemônicas, as manifestações organizadas de poder e os conflitos entre vários atores sociais. 
Desenvolvimento.
Alguns juristas questionam o conhecimento dogmático e buscam ter uma visão mais crítica da historicidade jurídica, formada da dialética da vida produtiva e das relações sociais. Assim, os juristas tentam explicar o significado de algumas formas simbólicas jurídicas, cultura jurídica e historia do direito.
As instituiçõesjurídicas tem reproduzido, ideologicamente, em diferentes épocas, lugares, fragmentos parcelados com a pretensão de não revelar atotalidade, montagem e representações que revelam o discurso jurídico que fundamenta a prevalência da norma, o senso comum legislativo e o ritualismo dos procedimentos judiciais elas atuam e coordenam determinados núcleos de ações que tem diversas funções, operadores profissionais e órgãos de decisão.
Deste modo, vemos a importância de incursão teórica sobre alguns momentos da evolução histórica da cultura jurídica, marcada por crises, conflitos, contradições e desigualdade durante o capitalismo neocolonial.
A cultura jurídica é a representação padronizada na produção de ideias, no comportamento e nas instituições de decisão judicial, transmitindo e internalizando em determinada formação social.
Com isso podemos definir a História do Direito como uma subdisciplina da história geral, devendo obedecer seus métodos, sua tipologias e sua evolução. A natureza dessa subdisciplina é dividida em história interna, que é jurídico normativo. A primeira examina os acontecimentos políticos sociais e econômicos que geram e exercem influência nas fontes clássicas do direito, já a segunda tem como intuito examinar os institutos e instituições públicas e privadas.
Os objetivos da história do Direito são a compreensão de como o direito atual se formou e evoluiu durante os séculos e examinar as antigas legislações com fim de mostrar modificações a partir das mudanças de consciência, das condições e necessidades sociais. 
Quanto sua finalidade, a principal é a interpretação critico dialético das características que formam a história do Direito, como as fontes, as ideias norteadoras, as formas técnicas e as instituições jurídicas. 
O desenvolvimento da história do direito no Brasil começou em 1827, quando foi criada as primeiras faculdade de direito no Brasil, em São Paulo e em Recife em 1891, com a reforma de Benjamin Constant, a história do direito foi inclusa nas grades curriculares das faculdades brasileiras. Porém, com falta de pesquisa e de interesse na produção bibliográfica, a disciplina de História do Direito Brasileiro foi esquecida dos programas de ensino jurídico das faculdade ao longo do tempo.
Para tratar das questões de historiografia, historicidade e história ao Direito, temos que visualizar a história como área de investigação, com suas próprias características. Assim, vemos que a história está relacionada com os atos humanos ao passar, do tempo, com a natureza e com a sociedade. Ou seja, a história nada mais é do que consequência de acontecimentos passados. Se a experiência humana sofre alterações, à historicidade pode vir e ter várias interpretações. Alguns historiadores como Peter Burke, afirma que as mudanças na historia levaram a um novo conceito chamado de nova história.
Essa nova história da ênfase a atividade humana desde os mínimos, até os fatos cotidianos. Ela não se ocupa mais da narração de acontecimentos, mas sim das mudanças estruturais, principalmente sociais e econômicas. Portanto não é só uma história de justificações do passado, mas de transgressões e rupturas em relação presente. 
A partir disso, José Honório Rodrigues recupera outro tipo de historicidade, comprometida com a transformação do mundo e a salvação do homem. O historiador utiliza-se da história como ciência instrumental que crítica a realidade presente, tentando mostrar em seus estudos que a missão do historiador é de agente que contribui com o povo para fazer sua própria história. 
O estudo da história do Direito pode ser ora por um saber formalista e erudito, ora por interpretações exegéticas, porém, nas últimas duas décadas o interesse de natureza crítico ideológico por questões metodológicas sobre essa disciplina vem crescendo.
A pouca relevância da disciplina não se deve à falta de especialistas, mas sim em função de uma crise motivada por sua falta de significado e pela dificuldade de encontrar uma função que realmente justifique sua existência.
A crítica burguesa empregada contra o antigo Direito e as organizações políticas feudais gerou efeito e foi eficaz num primeiro momento histórico, mas acabou perdendo significado. Assim a História se tornou uma ferramenta de afirmação do capitalismo e os juristas e historiadores passaram a interpreta-las de forma conservadora para justificar a ordem social e jurídica vigente.
O historicismo tradicional sofre um surto, passando a ser uma disciplina de justificação da ordem legal imperante e da acumulação de conhecimentos sem fins com a realidade. Com isso, a História do direito deixa de ser valorizada e entra num campo do saber de pouca utilidade, essas mudanças determinam uma renovação metodológica nos estudos históricos das instituições jurídicas e políticas. 
No fim dos anos 60, começou uma renovação na história do direito, com cinco eventos que exerceram e ainda exercem influência no marco dos novos estudos históricos do Direito na América Latina. O primeiro foi a necessidade de uma corrente progressiva de cunho neomarxista, que desencadeou profundas mudanças a teoria social em geral, que possibilitou uma revalidação dos textos clássicos. o segundo foi a proposta da escola de Frankfurt de uma filosofia social que possibilitou a mudança da sociedade a partir da constituição de um novo homem, a meta de alcance está na reconciliação entre o sujeito social, a natureza não repressora e a história. 
O terceiro foi a análise pela Escola francesa "Annales" que propunha uma interdisciplinaridade, que tenha presente a critica e a transformação do conteúdo problematizado. O quarto foi o pensamento libertador numa luta por mudanças radicais, contra a situação de dominação, opressão, exploração e injustiça. No fim, foi introduzido na pesquisa histórica os conceitos de "alteridade","libertação", e "justiça social".
Por último, o quinto é o exercito criticointerdisciplinar de uma hermenêutica jurídica alternativa que viabilize a desconstrução de saber ideológico tradicional e do saber jurídico dogmático. 
Esses eventos epistemológicos tinham como meta uma nova compreensão historicista que rompesse com o culturalismo elitista e o dogmatismo positivista, permitindo que as disciplinas do Direito adquirissem sentindo libertário.
E importante ressaltar a nossa visão de mundo que emerge com a modernidade, fatores como renascimento, a reforma, o processo de secularização, as transformações econômicas mercantis e o progresso cientifico consolidaram o sistema capitalista e organização social burguesa. 
A partir dai, se fez necessário uma distinção entre uma velha e uma nova ordem jurídica. O direito medieval reconhecia as desigualdade sócias e tratava como desigualdade os desiguais. Já o Direito moderno ocultava as desigualdade sociais pois partia do pressuposto da igualdade entre os homens.
Podese caracterizar o Direito Moderno como direito estatal, centralizado e normativo, tendo uma estrutura constituída por normas de teor geral, abstrato e impessoal. O principio da generalidade implica a regra jurídica coo preceito de ordem abrangente, a lei é para todos e não apenas para algumas pessoas. Em contrapartida, o principio de abstratividade objetiva alcançar maior número possível de ações e acontecimentos. 
Por fim, o principio da impessoalidade aplica a norma com pretensão de estender-se a uma quantidade de pessoas de modo aleatório, e não particularizando. 
Conclusão. 
Nesta obra, o autor preocupa-se em obter uma nova leitura do fenômeno jurídico baseado em uma análise critica da história. Verifica-se também a insatisfação em relação à tradicionalidade no desenvolvimento da literatura da História do direito nacional.
Devido a isso, pode-se compreender que a história expressa a complexamanifestação da experiência humana em relação aos fatos, acontecimentos e instituições. 
Enfim, é essa análise critica que nos permite compreender a formação do direito moderno. O passado apenas deve ser estudado como uma experiência que serviu como base para as formulações presente, portanto, foi ao passar do tempo que o caminho percorrido pelo direito na história fundamentou o ordenamento jurídico que temos hoje. Cada época e cada cultura possuíam suas particularidades, que contribuíram, de certa forma, para o desenvolvimento do Direito atual.

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