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COCAÍNA Rafael

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COCAÍNA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
TURMA 20170023002
Professor: Rafael Gustavo de Liz
Alunos:
Anderson
Fernanda
Luan
Odilson
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MECANISMOS DE AÇÃO
O mecanismo de ação da cocaína no Sistema Nervoso Central é aumentar a liberação e prolongar o tempo de atuação dos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotonina, os quais são atuantes no cérebro.
A dopamina é o neurotransmissor que se relaciona à dependência, visto que é este responsável pela sensação de prazer associada ao consumo da droga, bem como a outros comportamentos naturalmente gratificantes como comer, fazer sexo e saciar a sede.
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Além disso, está relacionada ao comportamento motor fino (atividades que demandam maior precisão e coordenação motora, como esportes, sexo, dança, música, escrever) cognição/percepção e controle hormonal.
A noradrenalina e a serotonina se relacionam a algumas funções comuns: controle de humor, motivação e cognição/percepção. A noradrenalina se relaciona a mais duas funções, o comportamento motor fino e a manutenção da pressão arterial.
3
EFEITOS NO CORPO
Os principais efeitos desencadeados pela cocaína são: sensação intensa de euforia e poder, estado de excitação, hiperatividade, insônia, falta de apetite, perda da sensação de cansaço, dilatação de pupilas e aumento da temperatura corporal.
Quando o uso é crônico, há um prejuízo na irrigação sanguínea nasal, a qual pode culminar em necrose dessa área, que por sua vez pode resultar no desenvolvimento de ulcerações ou perfurações do septo nasal, parede cartilaginosa que separa as narinas.
4
EFEITOS NO CORPO
Esse psicotrópico também produz efeitos cardiovasculares, que são os principais responsáveis por sua letalidade. A pressão arterial pode aumentar e o coração bater mais rápido, chegando a produzir parada cardíaca.
Esses efeitos são: taquicardia, hipertensão e palpitações. A morte pelo consumo excessivo da droga também pode ocorrer devido à diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração. 
EFEITOS NO CORPO
O apetite é outro fator que sofre influência do uso de cocaína, que é um potente inibidor de apetite. Quando o usuário é crônico, há uma significativa perda de peso. Em um mês, pode chegar a dez quilogramas a menos. Outros efeitos relacionados à perda de apetite são desnutrição, fraqueza e cansaço físico.
Em forma de crack ou merla podem produzir aumento das pupilas (midríase), que prejudica a visão; é a chamada “visão borrada”. Ainda podem provocar dor no peito, contrações musculares, convulsões e até coma. O uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, conhecida como rabdomiólise.
EFEITOS NO CORPO
A libido, também, pode ser afetada entre alguns usuários de cocaína, segundo um estudo do Cebrid, realizado com um grupo de usuários de crack, 60 indivíduos, e outro de cloridrato de cocaína, 42 indivíduos, totalizando 102 participantes. A partir dessa pesquisa percebeu-se que os usuários de cloridrato de cocaína não apresentaram perda de libido. Já os usuários de crack apresentaram uma redução do apetite sexual: 72% das mulheres e 66% dos homens.
EFEITOS NO CORPO
Os dependentes de cocaína desenvolvem uma sensibilização a alguns efeitos, ou seja, ocorre o inverso da tolerância, e com uma dose pequena os efeitos já surgem. Porém, para angústia dos usuários, esses efeitos sensibilizados são os considerados desagradáveis, como a paranoia e outros efeitos indesejáveis, como agressividade e desconfiança.
Não há descrição convincente de uma síndrome de abstinência quando o usuário para de usar cocaína abruptamente: não sente dores pelo corpo, cólicas ou náuseas. O efeito que se observa é uma grande “fissura”, desejar usar novamente a droga para sentir seus efeitos agradáveis, e não para diminuir ou abolir o sofrimento relacionado à abstinência de algumas drogas. ¹
TRATAMENTO
A abstinência de cocaína, em si, não requer tratamento, pois muitos de seus sintomas são pouco específicos e não vitais; porém, por aumentar o risco de recaída, a ‘’fissura” originada pela interrupção do uso da droga justifica o emprego de agentes específicos no tratamento da abstinência. Logo, nessa terapia, o ideal é a utilização de meios que possibilitem a redução da “fissura”.²
Atualmente, pode-se encontrar um número cada vez maior de estudos sobre utilização de psicofármacos no tratamento da dependência de cocaína, porém ainda sem resultados promissores.
TRATAMENTO
Figura - Intensidade da ‘’fissura’’ por cocaína, medida pela escala de Minnesota, nos grupos pergólida e controle, a cada semana de tratamento.
TRATAMENTO
 Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em relação à intensidade da “fissura’’ por cocaína e aos efeitos colaterais entre os grupos pergólida e controle.
A pergolida é um agonista dopaminérgico, usado no tratamento da doença de Parkinson.3,4 É derivado sintético do ergot, apresentando a propriedade de agonista dopaminérgico de receptores D1 e D2 pós-sinápticos, tendo maior especificidade sobre receptores dopaminérgicos D1.4,5
O agonista dopaminérgico pergolida não se mostrou superior ao placebo na redução da “fissura’’ por cocaína, apesar de ter se mostrado medicação segura.*
REFERÊNCIAS
1 http://www.omid.mg.gov.br/index.php/cocaina
2 McCance EF. Overview of potential treatment
medications for cocaine dependence. In: Tai B, Chiang N, Bridge P, editors. Medication development for the treatment of cocaine dependence: issues inclinical efficacy trials. NIDA Res Monogr 1997;175:36-72.
3 Malcolm R, Phillips JD, Brady KT, Roberts JR. A comparison of pergolide and bromocriptine in the initial reabilitation of cocaine dependence. Am J Addict 1994;3:144-50.         [ Links ]
REFERÊNCIAS
 4 Standaert DG, Young AB. Treatment of central nervous system degenerative disorders. In: Goodman A, Gilman AG, editors. Pharmacological basis of Therapeutics. 9th ed. New York: McGraw-Hill; 1996. p. 511-2.         [ Links ]
5 Malcolm R, Hutto BR, Phillips JD, Ballenger JC. Pergolide mesilate treatment of cocaine withdrawal. J Clin Psychiatry 1991;52:39-40.
*http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbp/v23n4/7166.pdf

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