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WILLIAN DORNELES - Direito Constitucional I- Respostas

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1) Com base nos debates em sala de aula, apresente as classificações possíveis sobre as Constituições, com uma sucinta descrição conceitual sobre cada uma.
CONTEÚDO:
FORMAL – É aquela forma escrita, por meio de um documento solene.
MATERIAL – Regras que estejam ou não codificadas em um único documento, pode existir de forma escrita ou não escrita (Costumeira).
FORMA:
ESCRITA – Codificada, sistematizada em um texto.
NÃO ESCRITA – Assentada em discursos, costumes, passa de geração a geração.
ELABORAÇÃO: 
DOGMÁTICA – Credo / crença - em que sistematiza os princípios fundamentais da teoria política e do direito dominante em certa época.
HISTÓRICA – Tradições de um determinado povo. Formação histórica, lento processo de evolução destas tradições, dos fatos sócio-políticos.
ORIGEM: 
PROMULGADA - Popular / democrática, que se originam através do povo.
OUTORGADA – Sem participação popular, impostas por um poder dominante.
ESTABILIDADE:
RÍGIDA – Somente pode ser modificada por um processo legislativo rigoroso, mais solene mais dificultoso.
FLEXÍVEL – Livremente modificada
SEMI-RÍGIDA – Possui uma parte rígida e outra flexível, podendo ser alterado pelo processo legislativo.
EXTENSÃO:
ANALÍTICA – Dirigente / formática, mais detalhada (extensa), que examina.
SINTÉTICA – Resumida, garantia, principiológica.
 
2) Relacione os elementos componentes de uma Constituição.
Orgânicos - Estrutura do Poder do estado
Limitativos - Direitos e Garantias fundamentais (art. 5º)
Sócios Ideológicos - Compromisso entre o Estado Individualista e o Estado Social (art. 6º)
Estabilização – Intervenções, asseguram a soberania Constitucional
Aplicabilidade - Estabelecem as regras de aplicação das normas Constitucionais (art. 5º)
3) As normas constitucionais sofrem classificações quanto a sua aplicabilidade como normas de eficácia plena, eficácia contida, eficácia limita.  Sucintamente explique no que consiste cada uma dessas espécies normativas destacando exemplos constantes na CF/1988.
A) Norma de eficácia plena:
São normas dotadas de aplicabilidade imediata, completas, claras que já possuem todos os elementos essenciais que permitem a sua incidência.
EX:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”.
“Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos”.
“Art. 17. §4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar”.
B) Norma de eficácia contida: 
São normas completas, dotadas de aplicabilidade imediata, contudo admitem que legislação posterior restrinja seus efeitos, que contenha o alcance da própria norma.
EX:
Art. 5º, XIII “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
C) Norma de eficácia limitada: 
São normas que para a sua aplicabilidade dependem de outras normas, são então, dependentes de complementação. São incompletas, não contém todas as informações necessárias para a sua perfeita compreensão. São normas de aplicabilidade diferida ou mediata.
EX:
Art. 37, VII da Constituição Federal que, no que tange o direito de greve dos servidores públicos, afirma: o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
C.1 Institutivas: são as que prevêem a necessidade de criação de uma instituição, de um órgão ou ainda um ente político. Ex: Cada Estado deverá criar a sua própria defensoria pública, art. 134, CF.
C.2 Programáticas: são as normas que estabelecem a necessidade de organização, de execução de uma política pública ou programa social e econômico a fim de atender, por exemplo, direitos sociais.
4) Presente os debates sobre a supremacia constitucional é possível a admissão de norma constitucional desprovida de eficácia? Explique.
Não!!!
Considerando que a Supremacia Constitucional é a lei que prevalece sobre todas as leis existentes no País. Ela tem o maior poder e, quando a autoridade está cumprindo o que ela determina, expressamente, ele está apoiado na maior de todas as Leis. É a Lei Maior, a Lei Magna, a Carta Magna. Todas as demais leis são obrigadas a se submeterem a ela. 
Pode-se afirmar que o princípio da supremacia constitucional tem estrita relação com a força normativa da Constituição, porquanto consagra que todos os atos de conteúdo normativo que emanam do Estado devem necessariamente sujeitar-se à hierarquia constitucional, portanto, são eficazes.
 
5) As normas constitucionais podem ser analisadas como normas materiais e normas garantia. Explique o que significa cada uma dessas classificações.
Normas Constitucionais Materiais são aquelas que materializam o direito, formam ou refletem o núcleo da Constituição em sentido material, a idéia de direito modelador do regime ou da decisão constituinte.
Normas constitucionais de garantia são aquelas que instrumentalizam o direito, estabelecem diferentes modos de assegurar o seu cumprimento frente ao próprio Estado, por meios preventivos ou sucessivos que lhe emprestem efetividade.
6) A incostitucionalidade é um fenômeno surgido a partir do controle da constitucionalidade, que pode se manifestar sob os aspectos formais e materiais, conjunta ou separadamente. Explique no que consiste tal fenômeno, bem como os aspectos de inadequação destacados (formal e material).
Inconstitucionalidade formal
Ainda é possível diferenciar diferentes modalidades de inconstitucionalidade formal. A primeira refere-se ao vício de forma, quando não houve obediência à regra de competência para a edição do ato, denominada de inconstitucionalidade orgânica. Como exemplo, pode-se citar a edição de lei em matéria penal pela Assembléia Legislativa de um Estado da Federação. A Assembléia terá violado competência expressa na Constituição, que determina à União legislar sobre matéria penal. A inconstitucionalidade formal propriamente dita somente ocorreria caso houvesse inobservância do processo legislativo próprio.
Inconstitucionalidade material
Este tipo de inconstitucionalidade expressa a incompatibilidade de conteúdo, substantiva, entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Não existe a possibilidade da norma continuar a existir, cita-se como exemplo a Emenda Constitucional n.º 24 de 1999, que eliminou a figura do juiz classista nos Tribunais Regionais do Trabalho, com esta alteração, os dispositivos da CLT que cuidavam da designação dos juízes representantes classistas já não podiam existir validamente.
A inconstitucionalidade material em sentido amplo é a desconformidade do conteúdo dos actos dos poderes públicos com o conteúdo da constituição. Em sentido restrito a inconstitucionalidade material é a desconformidade do conteúdo dos actos normativos com o conteúdo da constituição.

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