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MÓDULO 10 Contratos a Longo PrazoLucro da Exploração CURSO PRÁTICO IRPJ 43 anos43 anos2009 ������ ASSUNTO PÁGINA CONTRATOS A LONGO PRAZO Tratamento Tributário e Contábil 1. CONTRATOS ALCANÇADOS.............................................................................................................................. 1 2. CONCEITOS ......................................................................................................................................................... 1 2.1. LONGO PRAZO ....................................................................................................................................... 1 2.2. PRAZO DE EXECUÇÃO.......................................................................................................................... 1 2.3. CONTRATO POR PRAZO SUPERIOR A 1 ANO.................................................................................... 1 2.4. PRAZO INDETERMINADO...................................................................................................................... 1 2.5. PREÇO PREDETERMINADO.................................................................................................................. 1 3. PRODUÇÃO A LONGO PRAZO .......................................................................................................................... 1 3.1. AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO EXECUTADA......................................................................................... 1 3.2. CONTRATOS NÃO ABRANGIDOS ........................................................................................................ 2 3.3. CONTROLES ESPECÍFICOS .................................................................................................................. 2 3.3.1. Controle Contábil em cada Período de Apuração do Lucro Real ..................................... 2 3.4. DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS DOS CONTRATOS ........................................................................... 2 3.4.1. Custos Pagos ou Incorridos ................................................................................................. 2 3.4.2. Custo Orçado ou Estimado................................................................................................... 2 3.4.3. Custo Total ............................................................................................................................. 2 3.5. DETERMINAÇÃO DA RECEITA DOS CONTRATOS............................................................................. 2 3.5.1. Receita Computada em cada Período de Apuração ........................................................... 3 4. AVALIAÇÃO DO ANDAMENTO POR MEDIÇÃO................................................................................................ 3 4.1. CUSTO COMPUTÁVEL EM CADA PERÍODO DE APURAÇÃO............................................................ 3 4.2. RECEITA COMPUTÁVEL EM CADA PERÍODO DE APURAÇÃO......................................................... 3 4.3. EXEMPLO PRÁTICO ............................................................................................................................... 3 4.3.1. Ano-Calendário de 2007 ........................................................................................................ 4 4.3.2. Ano-Calendário de 2008 ........................................................................................................ 6 4.3.3. Ano-Calendário de 2009 ........................................................................................................ 8 5. AVALIAÇÃO DO ANDAMENTO COM BASE NOS CUSTOS INCORRIDOS...................................................... 9 5.1. CUSTO COMPUTÁVEL EM CADA PERÍODO DE APURAÇÃO............................................................ 9 5.2. RECEITA COMPUTÁVEL EM CADA PERÍODO DE APURAÇÃO......................................................... 10 5.3. EXEMPLO PRÁTICO ............................................................................................................................... 10 5.3.1. Ano-Calendário de 2007 ........................................................................................................ 10 5.3.2. Ano-Calendário de 2008 ........................................................................................................ 12 5.3.3. Ano-Calendário de 2009 ........................................................................................................ 13 6. PRODUÇÃO EM CURTO PRAZO ........................................................................................................................ 14 6.1. DETERMINAÇÃO DOS RESULTADOS.................................................................................................. 15 6.2. MÚLTIPLAS CONSTRUÇÕES OU FORNECIMENTOS ......................................................................... 15 6.3. EXECUÇÃO A CURTO E A LONGO PRAZO ......................................................................................... 15 6.4. CONTRATO QUE SE PROLONGA POR MAIS DE 12 MESES.............................................................. 15 6.4.1. Adicional sobre o Imposto de Renda Postergado .............................................................. 15 6.4.2. Pagamento dos Valores Postergados.................................................................................. 15 6.5. REGIME DE ESTIMATIVA....................................................................................................................... 15 7. CONTRATOS COM ENTIDADES GOVERNAMENTAIS...................................................................................... 15 7.1. SUBSIDIÁRIA DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ....................................................................... 15 7.2. CONTRATOS ABRANGIDOS ................................................................................................................. 16 IRPJ/2009 – Nº 10 1 COAD ATC ASSUNTO PÁGINA 8. DIFERIMENTO DA INCIDÊNCIA DO IRPJ........................................................................................................... 16 8.1. TRIBUTAÇÃO DO LUCRO DIFERIDO.................................................................................................... 16 8.1.1. Créditos Quitados com Títulos do Poder Público .............................................................. 16 8.2. CONTROLE DO LUCRO DIFERIDO ....................................................................................................... 16 8.3. FÓRMULAS PARA APURAÇÃO DO LUCRO DIFERIDO ...................................................................... 16 8.4. EXEMPLO PRÁTICO ............................................................................................................................... 16 8.4.1. Ano-Calendário de 2007 ........................................................................................................ 17 8.4.2. Ano-Calendário de 2008 ........................................................................................................ 18 8.4.3. Ano-Calendário de 2009 ........................................................................................................ 19 8.5. PROVISÃO PARA O IRPJ SOBRE LUCROS DIFERIDOS .................................................................... 19 9. DIFERIMENTO DA INCIDÊNCIA DA CSLL ......................................................................................................... 20 9.1. TRATAMENTO FISCAL........................................................................................................................... 20 9.1.1. Créditos Quitados com Títulos do Poder Público .............................................................. 20 9.2. PROVISÃO PARA A CSLL SOBRE LUCROS DIFERIDOS ................................................................... 20 10. EMPREITADA OU FORNECIMENTO SUBCONTRATADO ................................................................................20 11. CONTABILIZAÇÃO .............................................................................................................................................. 20 12. REGIME DE ESTIMATIVA.................................................................................................................................... 20 13. RETENÇÃO NA FONTE POR ENTIDADES FEDERAIS...................................................................................... 20 13.1. COMPENSAÇÃO DO VALOR RETIDO NA EMPRESA FORNECEDORA ............................................ 21 14. LUCRO PRESUMIDO ........................................................................................................................................... 21 14.1. LUCROS DIFERIDOS EM PERÍODOS ANTERIORES ........................................................................... 21 14.2. CONSTRUÇÃO CIVIL.............................................................................................................................. 21 15. ALTERAÇÕES DAS NORMAS CONTÁBEIS ...................................................................................................... 21 LUCRO DA EXPLORAÇÃO Ano-calendário de 2009 1. INCENTIVOS FISCAIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS............................................................................................. 23 1.1. INSTALAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, AMPLIAÇÃO OU DIVERSIFICAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS OU AGRÍCOLAS NAS ÁREAS DA SUDENE E DA SUDAM........................................... 23 1.2. DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS ........................................................... 24 1.3. EMPREENDIMENTOS DO PROGRAMA GRANDE CARAJÁS ............................................................. 24 1.4. DEPÓSITOS PARA REINVESTIMENTO................................................................................................. 24 1.4.1. Limite do Incentivo ................................................................................................................ 24 1.4.2. Critérios para Efetivação do Depósito ................................................................................. 25 1.5. PROGRAMAS BEFIEX ............................................................................................................................ 25 1.6. PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS (PROUNI) ...................................................................... 25 1.7. PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA DE SEMICONDUTORES (PADIS) – LEI 11.484/2007.................................................................................... 25 1.7.1. Vigência do Benefício............................................................................................................ 26 2. MOMENTO DO CÁLCULO .................................................................................................................................. 26 2.1. PAGAMENTO MENSAL COM BASE NA RECEITA BRUTA E ACRÉSCIMOS..................................... 26 3. LUCRO DA EXPLORAÇÃO ................................................................................................................................. 26 3.1. LUCRO LÍQUIDO OU PREJUÍZO CONTÁBIL ........................................................................................ 27 3.1.1. Adição da CSLL ao Lucro da Exploração............................................................................ 27 3.2. RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS .............................................................................................. 27 3.2.1. Cômputo das Variações Cambiais a Partir de 1º de Janeiro de 2000 ............................... 27 3.3. RESULTADOS DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS........................................................................... 28 3.3.1. Prejuízos ................................................................................................................................. 28 3.3.2. Rendimentos .......................................................................................................................... 28 3.4. RESULTADOS DE SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – SCP ........................................ 28 IRPJ/2009 – Nº 10 2 ATC COAD ASSUNTO PÁGINA 3.5. RESERVA DE REAVALIAÇÃO – AJUSTE............................................................................................. 28 3.6. RESERVA ESPECIAL DE CM – ARTIGO 2º DA LEI 8.200/91............................................................... 28 3.7. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO.................................................................................. 29 3.8. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA ................................................... 29 3.9. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS ................................................................................................... 29 3.9.1. Outros Resultados Não Operacionais ................................................................................. 29 3.10. REFLEXOS DA SISTEMÁTICA DE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA................................................... 29 4. ISENÇÃO E REDUÇÃO DO IMPOSTO................................................................................................................ 30 4.1. RECEITAS OMITIDAS ............................................................................................................................. 30 4.2. DESPESAS NÃO DEDUTÍVEIS............................................................................................................... 30 5. APLICAÇÃO PRÁTICA ........................................................................................................................................ 30 5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA EM 31-12-2009 ............................................................................................ 30 5.2. RECEITA LÍQUIDA POR ATIVIDADE ..................................................................................................... 31 5.3. CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ............................................... 31 5.4. CÁLCULO DO LUCRO DA EXPLORAÇÃO ........................................................................................... 31 5.4.1. Distribuição por Atividades .................................................................................................. 32 5.5. DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL.................................................................................................... 32 5.6. CÁLCULO DO IMPOSTO ........................................................................................................................ 32 5.6.1. Rateio do Adicional do Imposto ........................................................................................... 33 6. ALTERAÇÃO DAS NORMAS CONTÁBEIS......................................................................................................... 33 6.1. TRATAMENTO A PARTIR DE 2008 PELAS EMPRESAS OPTANTES PELO RTT .............................. 33 6.1.1. Destinação Diversa ................................................................................................................ 34 6.2. APURAÇÃO DE PREJUÍZO CONTÁBIL ................................................................................................ 34 IRPJ/2009 – Nº 10 3 COAD ATC CONTRATOS A LONGO PRAZO Tratamento Tributário e Contábil As empresas tributadas pelo lucro real devem apurar os resultados de contratos de construção por empreitada ou de fornecimento de bens ou serviços, com prazo de execução superior a 1 ano, de acordo com a sistemática especial estabelecida pelo artigo 10 do Decreto-Lei 1.598/77, incorporado no atual Regulamento do Imposto de Renda através do artigo 407, e os dispositivos da Instrução Normativa 21 SRF/79. Neste comentário, examinamos os tratamento contábil que deve ser observado pelos contribuintes que realizam esses tipos de operações,bem como o diferimento da tributação dos lucros, no caso de contratos a longo prazo relativos a fornecimento de bens e de construção por empreitada para o governo e empresas do governo. �� �������� � ������� A pessoa jurídica aplicará a sistemática de apuração de resultados examinada neste trabalho aos contratos que se enquadrem nas seguintes características: a) construção ou fornecimento contratado por prazo superior a 1 ano; b) preço predeterminado. � �������� Para fins do enquadramento mencionado no item 1, devem ser definidos os conceitos a seguir: ���� ����� � �� Considera-se contrato de longo prazo aquele cujo período de execução da construção ou fornecimento seja superior a 1 ano. ���� � �� � � ����� Entende-se como prazo de execução o espaço de tempo durante o qual foi realizada a execução física do bem ou serviço, a partir do início do contrato. Note-se que não pode ser considerado para fins desse prazo de execução o tempo despendido anteriormente ao início do prazo de vigência do contrato, na fabricação de quaisquer componentes mantidos em estoque e que venham a ser computados na formação do custo dos bens ou serviços, necessários ao cumprimento do contrato. ���� ���� �� �� � �� ��� �� � �� Considera-se contrato por prazo superior a 1 ano aquele cujo prazo de execução exceda ao período de 12 meses, coincidente ou não com o ano civil ou com o exercício social da empresa. ���� � �� ��� � ��� �� Os contratos por prazo indeterminado terão o mesmo tratamento de contratos a longo prazo, exceto se a execução for completada em prazo de até 12 meses. ���� � �� � � � ��� �� Preço predeterminado é aquele fixado no contrato, para a execução global, sujeito ou não a reajustamento. No caso de construções, bens ou serviços divisíveis, preço predeterminado é o fixado contratualmente para cada unidade. �� �������� � ���� ����� Os resultados de produções a longo prazo devem ser determinados, em cada período de apuração do lucro real, segundo o progresso da execução do contrato. ���� � �� ��� � � ������ � ��� � O progresso da execução do contrato será avaliado por um dos seguintes critérios fixados pela legislação vigente: a) Avaliação de Andamento por Medição: segundo a percentagem que representa sobre a execução contratada, avaliada por laudo técnico de medição subscrito por um ou mais profissionais, com ou sem vínculo empregatício com a empresa, habilitados na área específica do conhecimento; b) Avaliação de Andamento com Base nos Custos Incorridos: segundo a percentagem que o custo incorrido no período de apuração representar sobre o custo total ou estimado reajustado. A aplicação do critério de avaliação escolhido deverá ser feita uniformemente durante toda a execução de um mesmo contrato. IRPJ/2009 – Nº 10 1 COAD ATC ���� ���� ��� ��� � ������ Não se aplica o regime de apuração de resultados examinados neste trabalho aos contratos de administração de bens móveis ou imóveis, de construção por administração e de garantia de bens vendidos, independentemente do prazo neles fixado. Esses contratos terão seus resultados computados anualmente, ainda que para a sua execução seja necessário o incorrimento de custos ou despesas operacionais, observado, quanto a estes e às receitas, o regime de competência. ���� ���� �� � �� ������� Nos contratos de produção a longo prazo, as pessoas jurídicas deverão manter um controle específico, com registros minuciosos em que deverão constar: a) a descrição sumária da encomenda; b) o prazo de execução, bem como o eventual adiamento; c) o custo orçado ou estimado e os reajustes; d) o preço total e os reajustes convencionados. ������ ��� !�"# ��� $%&" #' ()*) �#!+�*� *# ,-!)./� *� �-(!� #)" Em cada período de apuração do lucro real, inclusive nos balanços/balancetes levantados durante o ano-calendário para fins de redução ou suspensão dos pagamentos mensais do IRPJ e da CSLL, deverão ser mantidos os seguintes controles contábeis: a) dos custos incorridos; b) da receita ou parte do preço recebida ou faturada; c) do resultado apurado. ���� � � ��� ������ ������ ��� ���� ��� Os custos computáveis na apuração dos resultados são os que examinaremos a seguir: ������ �-0 �0 �)1�0 �- ��(�!!&*�0 Representados pelos custos diretos ou indiretos, pagos ou incorridos na construção ou produção ou na prestação dos serviços, tais como: a) matéria-prima, mão-de-obra direta e os custos gerais de fabricação; b) custos preliminares, dentre eles os de preparo de projetos necessários à execução, incorridos após a contratação. Entende-se por custos incorridos os que forem de competência de determinado período de apuração, tenham ou não sido pagos no mesmo. ������ �-0 � �!.)*� �- 0 &')*� Custo orçado ou estimado é o custo total previsto como necessário para a execução global da construção por empreitada ou para o fornecimento dos bens ou serviços, inclusive os seus reajustes. Os reajustes do custo poderão ser decorrentes de: a) modificação na quantidade da construção, produção ou dos serviços, constante de aditamento contratual, com a correspondente alteração do preço total; b) variações de preços. Neste caso, havendo uma variação no preço dos custos estimados para a execução do contrato, deverá ser feita uma apuração parcial para que seja determinado o novo custo necessário à complementação da execução com base no preço do tempo da referida apuração parcial. Assim, o custo total orçado, reajustado, será igual ao custo incorrido acumulado, adicionado do novo valor previsto para a execução do restante do contrato. ������ �-0 � �� )" O custo total orçado ou estimado, reajustado, no período de apuração em que seja concluída a execução, será o custo total efetivamente despendido no contrato. ���� � � ��� ���� � �� ��� ���� ��� Entende-se como receita o preço total fixado no contrato, para a execução da construção por empreitada ou fornecimento de bens ou serviços, inclusive os reajustes previstos no mesmo contrato ou em aditamentos. O preço total ou receita, para fins de apuração dos resultados, será a receita bruta de vendas e serviços excluídos desta receita, os descontos incondicionais, as vendas canceladas e os impostos não cumulativos cobrados do comprador ou contratante, como é o caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). IRPJ/2009 – Nº 10 2 ATC COAD ������ #(#& ) ��',- )*) #' ()*) �#!+�*� *# ,-!)./� Para fins de apuração dos resultados, a receita computada em cada mês, trimestre ou ano será aquela obtida mediante a aplicação das fórmulas examinadas nos itens 4 e 5 deste trabalho, relativas ao critério de avaliação escolhido para determinação da produção executada. O valor obtido será considerado como receita do período de apuração, sendo irrelevante se o mesmo foi ou não faturado, como também se o valor faturado é maior ou menor do que a receita que deve ser obrigatoriamente computada. Regime de estimativa A empresa optante pelo regime de estimativa, para efeito de pagamento mensal do IRPJ e da CSLL, deverá computar na receita bruta parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante a aplicação, sobre esse preço total, da percentagem do contrato ou da produção executada em cada mês, da forma mencionada neste subitem. �� ��� ����� �� ��������� ��� ������� Para avaliar o andamento de um contrato a longo prazo, através de medição, a empresa deverá adotar as fórmulas estabelecidas pela legislação do Imposto de Renda, conforme examinamos a seguir: ���� ����� ������2� � � � � � ���� � �� ��� Na determinação do custo computável em cada período de apuração da vigência do contrato, serão utilizadas as seguintes fórmulas: Custo total orçado ou estimado, reajustado X Percentagem da execução acumulada, demonstradanos laudos técnicos até o período-base = Custo incorrido proporcional, acumulado até o período-base Custo incorrido proporcional, acumulado até o período-base – Custo incorrido proporcional, acumulado até o período-base anterior = Custo incorrido correspondente ao período-base ���� � �� ������2� � � � � � ���� � �� ��� Para determinar o valor da receita a ser computada em cada período de apuração da vigência do contrato, a empresa utilizará as seguintes fórmulas: Preço total, reajustado X Percentagem da execução acumulada, demonstradanos laudos técnicos até o período-base = Receita proporcional, acumulada até o período-base Receita proporcional, acumulada até o período-base – Receita proporcional, acumulada até o período-base anterior = Receita correspondente ao período-base Receita correspondente ao período-base – Custos incorridos correspondentes ao período-base = Resultado computável na determinação do lucro líquido ���� � ���� � 2���� Suponhamos uma empreiteira de construção civil, que tenha firmado um contrato de obra em 5-4-2007, com prazo de execução de 24 meses, com os seguintes dados: a) Preço Total Orçado .................................................................................................................R$ 6.658.184,34 b) Reajuste do Preço Total Orçado em abril/2008........................................................................R$ 2.663.273,73 c) Preço Total Orçado Reajustado ..............................................................................................R$ 9.321.458,07 d) Custo Total Orçado .................................................................................................................R$ 4.808.689,23 e) Reajuste do Custo Total Orçado em abril/2008........................................................................R$ 1.923.475,69 f) Custo Total Orçado Reajustado ..............................................................................................R$ 6.732.164,92 g) Ocorrências durante a vigência do contrato: PERÍODO DE APURAÇÃO FATURAMENTO R$ CUSTO INCORRIDO R$ FATURAS RECEBIDAS R$ PERCENTUAL DA EXECUÇÃO FÍSICA CONFORME LAUDO DE MEDIÇÃO (%) 2007 2.959.194,13 1.387.122,55 2.219.394,78 35 2008 5.086.114,38 4.790.195,63 5.825.913,73 90 2009 1.276.149,56 295.920,38 1.276.149,56 100 TOTAIS 9.321.458,07 6.473.238,56 9.321.458,07 h) Sabe-se que a empresa enquadrou-se no regime de estimativa nos anos-calendário de 2007, 2008 e 2009, sendo os recolhimentos mensais do IRPJ e da CSLL desses anos efetuados com base na receita bruta e acréscimos; i) As contas utilizadas nos lançamentos demonstrados neste exemplo são as seguintes: IRPJ/2009 – Nº 10 3 COAD ATC CAIXA BANCOS C/MOVIMENTO CLIENTES P/EMPREITADAS – Obra “A” – Obra “B” CLIENTES P/EMPREITADAS A FATURAR – Obra “A” – Obra “B” PROVISÃO P/CUSTOS DE OBRAS P/EMPREITADAS – Obra “A” – Obra “B” RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS – Obra “A” – Obra “B” CUSTO P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS – Obra “A” – Obra “B” CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS – Obra “A” – Obra “B” RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS – Obra “A” – Obra “B” RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS – Obra “A” – Obra “B” RESULTADO DO PERÍODO ������ ���� ��� ���� � ���� A empresa contabilizou as operações realizadas durante o ano-calendário de 2007, conforme examinaremos a seguir: I – Contabilização das Operações Durante o Ano-Calendário Demonstramos, a seguir, os lançamentos relativos às operações realizadas durante o ano-calendário de 2007, utilizando, quanto aos custos, apenas a conta CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS que sintetiza os valores registrados a esse título, para exemplificação. No entanto, as operações foram registradas de forma a possibilitar a identificação de cada obra. Os custos incorridos foram registrados em contas analíticas, como, por exemplo, custo de material, de serviços e de mão-de-obra. Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 2.959.194,13 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 4 ATC COAD Pelo registro dos custos incorridos: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 1.387.122,55 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 25.220,40 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 116.166,74 1.528.509,69 _____________________ / / ______________________ Pelo recebimento das faturas: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” 2.219.394,78 _____________________ / / ______________________ II – Contabilização dos Ajustes Por ocasião da apuração de resultados, a empresa procedeu aos ajustes relativos à diferença entre o custo incorrido e o que deveria ser computado no período, bem como à diferença entre a receita faturada e a que deveria ser computada. a) Custo Incorrido Correspondente ao Ano-Calendário de 2007 Custo/2007 = Custo Total Orçado x Percentual de Execução Onde: Custo/2007 = 4.808.689,23 x 35 = R$ 1.683.041,23100 Como se pode observar, o custo incorrido, no valor de R$ 1.387.122,55, é inferior ao que deveria ser computado no período, no valor de R$ 1.683.041,23, de acordo com a aplicação da fórmula. A diferença verificada, no valor de R$ 295.918,68, foi ajustada, através do seguinte lançamento: CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a PROVISÃO P/CUSTOS DE OBRAS P/EMPREITADAS (Passivo Circulante) – Obra “A” Valor da despesa antecipada para este período, correspondente à diferença entre o custo incorrido em 2007 e o que deve ser computado, de acordo com o laudo de medição 295.918,68 _____________________ / / ______________________ Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2007 Receita/2007 = Preço Total Orçado x Percentual de Execução Onde: Receita/2007 = R$ 6.658.184,34 x 35 = R$ 2.330.364,52100 O valor da receita faturada em 2007 foi R$ 2.959.194,13. A receita computável em 2007, obtida mediante aplicação da fórmula, corresponde a R$ 2.330.364,52. A diferença verificada, no valor de R$ 628.829,61, foi ajustada pelo seguinte lançamento: RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” Valor da receita diferida para o período seguinte, referente à diferença entre a receita faturada e a que deve ser computada no ano-calendário de 2007 628.829,61 _____________________ / / _____________________ IRPJ/2009 – Nº 10 5 COAD ATC III – Contabilização do Resultado da Obra em 2007 Após proceder aos ajustes mencionados no inciso anterior, a empresa encerrou as contas de resultado, através dos seguintes lançamentos: RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de receita 2.330.364,52 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de custo 1.683.041,23 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DO PERÍODO Lucro apurado na obra em 2007 647.323,29 _____________________ / / ______________________ ������ ���� ��� ���� � ���� As operações realizadas durante o ano-calendário de 2008 foram registradas do seguinte modo: I – Contabilização das Operações durante o Ano-Calendário Demonstramos a seguir os lançamentos efetuados durante o ano-calendário considerando o valor total registrado no ano e utilizando, quanto aos custos, apenas a conta que sintetiza os valores registradosa esse título. Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITAS DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 5.086.114,38 _____________________ / / ______________________ Pelo registro dos custos incorridos: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 4.790.195,63 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 87.094,47 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 401.162,39 5.278.452,49 _____________________ / / ______________________ Pelo recebimento das faturas: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” 5.825.913,73 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 6 ATC COAD II – Contabilização dos Ajustes Tomando por base os dados mencionados no subitem 4.3 deste trabalho, a empresa procedeu aos seguintes ajustes no encerramento do ano-calendário de 2008: a) Custo Incorrido Correspondente ao Ano-Calendário de 2008: Custo/2008 = Custo Total Orçado Reajustado x Percentual de Execução até 2008 – Custo Computado em 2007 Onde: Custo/2008 = R$ 6.732.164,92 x 90 – R$ 1.683.041,23 = R$ 4.375.907,20100 O valor de R$ 6.732.164,92, usado nesta fórmula, corresponde ao Custo Total Orçado no início do contrato mais o reajuste do custo orçado efetuado em abril/2008 (R$ 4.808.689,23 + R$ 1.923.475,69). O custo incorrido, no valor de R$ 4.790.195,63, é superior ao que deveria ser computado no ano-calendário de 2008 no valor de R$ 4.375.907,20, conforme podemos verificar pela aplicação da fórmula. O valor de R$ 414.288,43, correspondente à diferença (R$ 4.790.195,63 – R$ 4.375.907,20), foi ajustado conforme examinaremos a seguir: Pela exclusão de parte do excesso de custo incorrido no ano-calendário de 2008, através da apropriação do custo provisionado no ano-calendário de 2007. PROVISÃO P/CUSTOS DE OBRAS P/EMPREITADAS (Passivo Circulante) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor que se transfere n/data 295.918,68 _____________________ / / ______________________ Pela exclusão do restante do excesso do custo incorrido no ano-calendário de 2008 através de diferimento para o período seguinte (R$ 414.288,43 – R$ 295.918,68 = R$ 118.369,75): CUSTO P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor diferido para efeito de ajuste do custo que deve ser computado em 2008 118.369,75 _____________________ / / ______________________ b) Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2008 Receita/2008 = Preço Total Orçado Reajustado x Percentual de Execução até 2008 – Receita Computada em 2007. Onde: Receita/2008 = R$ 9.321.458,07 x 90 – R$ 2.330.364,52 = R$ 6.058.947,74100 O valor de R$ 9.321.458,07, utilizado nesta fórmula, corresponde ao Preço Total Orçado estabelecido no início do contrato mais o reajuste do mesmo efetuado em abril/2008 (R$ 6.658.184,34 + R$ 2.663.273,73). Pode-se observar que a receita faturada, no valor de R$ 5.086.114,38, é inferior àquela que deveria ser computada no ano-calendário de 2008, no valor de R$ 6.058.947,74. A diferença de receita a computar seria de R$ 972.833,36. No entanto, no ano-calendário de 2007, já foi contabilizada e transferida uma receita diferida através da conta RECEITA P/EMPREITADAS DE PERÍODOS FUTUROS, no valor de R$ 628.829,61, restando ainda a registrar em 2008 a diferença de R$ 344.003,75 (R$ 972.833,36 – R$ 628.829,61), o que foi realizado com o seguinte lançamento: CLIENTES P/EMPREITADAS A FATURAR (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor da receita antecipada para este período relativo à parte da diferença entre a receita faturada e a que deve ser computada no ano-calendário de 2008 344.003,75 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 7 COAD ATC RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS Valor da receita diferida no período de apuração anterior 628.829,61 _____________________ / / ______________________ III – Contabilização do Resultado da Obra em 2008 A apuração do resultado da obra em 2008 foi efetuada através dos seguintes lançamentos: RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento das contas de despesa 4.375.907,20 _____________________ / / ______________________ RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento das contas de receita (R$ 5.086.114,38 + R$ 344.003,75) 5.430.118,13 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DO PERÍODO Lucro apurado na obra em 2008 1.683.040,54 _____________________ / / ______________________ ������ ���� ��� ���� � ���� No ano do encerramento da obra, a empresa deverá observar a contabilização que examinamos a seguir: I – Contabilização das Operações Durante o Ano-Calendário De acordo com os dados mencionados no subitem 4.3 deste trabalho, a contabilização das operações realizadas durante o ano-calendário de 2009 será efetuada da seguinte maneira: Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a DIVERSOS a CLIENTES P/EMPREITADAS A FATURAR (Ativo Circulante) – Obra “A” Valor de parte da diferença entre a receita faturada e a que foi computada no ano-calendário de 2008 344.003,75 a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor da diferença entre a receita faturada em 2009 e o saldo da conta Clientes p/Empreitadas a Faturar em 2008 932.145,81 1.276.149,56 _____________________ / / ______________________ Pelo registro dos custos incorridos durante o ano-calendário: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 295.920,38 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 5.380,37 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 24.782,32 326.082,07 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 8 ATC COAD Pelo recebimento das faturas durante o ano-calendário: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” 1.276.149,56 _____________________ / / ______________________ II – Determinação do Custo e Receita Computáveis Para determinar o custo e a receita computáveis no ano-calendário de 2009, a empresa procederá do seguinte modo: a) Custo Incorrido Correspondente ao Ano-Calendário de 2009 Custo/2009 = Custo Total Efetivo – Custo Computado até 2008 Onde: Custo/2009 = R$ 6.473.238,56 – R$ 6.058.948,43 = R$ 414.290,13 Utilizamos na fórmula referida o custo efetivo no final da obra, no valor de R$ 6.473.238,56, uma vez que o mesmo não atingiu o valor do custo orçado reajustado que era de R$ 6.732.164,92. b) Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2009 Receita/2009 = Preço Total – Receita Computada até 2008 Onde: Receita/2009 = R$ 9.321.458,07 – R$ 8.389.312,26 = R$ 932.145,81 III – Contabilização do Resultado Final da Obra No ano-calendário de 2009, a empresa encerrará as contas de resultado do seguinte modo: RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a DIVERSOS a CUSTO P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” Pelo encerramento desta conta 118.369,75 a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de custo 295.920,38 414.290,13 _____________________ / / ______________________ RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRASP/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de receita 932.145,81 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DO PERÍODO Lucro apurado na obra em 2009 517.855,68 _____________________ / / ______________________ �� ��� ����� �� ��������� ��� �� � �� �� �� ��������� Para avaliar o andamento de um contrato a longo prazo com base nos custos incorridos, a empresa deverá adotar os procedimentos determinados pela legislação vigente, conforme analisamos a seguir: ���� ����� ������2� � � � � � ���� � �� ��� Quando a avaliação de andamento do contrato tiver por base os custos incorridos, não será necessário aplicar qualquer fórmula para determinar o custo computável no período de apuração, uma vez que o mesmo corresponderá ao custo efetivamente incorrido. IRPJ/2009 – Nº 10 9 COAD ATC ���� � �� ������2� � � � � � ���� � �� ��� Na determinação da receita computável em cada ano, período de apuração, da vigência do contrato, a empresa utilizará as fórmulas a seguir: Preço total reajustado X Custos incorridos acumulados até o período-baseCusto total orçado ou estimado, reajustado = Receita proporcional acumulada até o período-base Receita proporcional acumulada até o período-base – Receita proporcional acumulada até o período-base anterior = Receita correspondente ao período-base Receita correspondente ao período-base – Custos incorridos no período-base = Resultado computável na determinação do lucro líquido ���� � ���� � 2���� Para que as empresas possam comparar qual o melhor critério de avaliação a adotar, utilizaremos na exemplificação da avaliação de andamento com base nos custos incorridos os mesmos dados do exemplo referente à avaliação de andamento por medição, constantes do subitem 4.3 deste trabalho. Assim, temos: a) Preço Total Orçado .................................................................................................................R$ 6.658.184,34 b) Reajuste do Preço Total Orçado em abril/2008........................................................................R$ 2.663.273,73 c) Preço Total Orçado Reajustado ..............................................................................................R$ 9.321.458,07 d) Custo Total Orçado .................................................................................................................R$ 4.808.689,23 e) Reajuste do Custo Total Orçado em abril/2008........................................................................R$ 1.923.475,69 f) Custo Total Orçado Reajustado ..............................................................................................R$ 6.732.164,92 g) Ocorrências durante a vigência do contrato: PERÍODO DE APURAÇÃO FATURAMENTO R$ CUSTO INCORRIDO R$ FATURAS RECEBIDAS R$ 2007 2.959.194,13 1.387.122,55 2.219.394,78 2008 5.086.114,38 4.790.195,63 5.825.913,73 2009 1.276.149,56 295.920,38 1.276.149,56 TOTAIS 9.321.458,07 6.473.238,56 9.321.458,07 h) Sabe-se que a empresa enquadrou-se no regime de estimativa nos anos-calendário de 2007, 2008 e 2009, sendo os recolhimentos mensais do IRPJ e da CSLL desses anos efetuados com base na receita bruta e acréscimos; i) Contas: As contas utilizadas nos lançamentos desse exemplo são as mesmas da letra “i” do subitem 4.3 deste trabalho. ������ ���� ��� ���� � ���� A empresa contabilizou as operações realizadas durante o ano-calendário 2007, conforme examinamos a seguir: I – Contabilização das Operações Durante o Ano-Calendário As operações realizadas durante o ano-calendário foram registradas, utilizando-se, quanto aos custos, apenas a conta CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS que sintetiza os valores registrados a esse título para exemplificação. No entanto, as operações foram registradas de forma a possibilitar a identificação de cada obra. Os custos incorridos foram registrados em contas analíticas, como por exemplo, custo de material, de serviços e de mão-de-obra. Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 2.959.194,13 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 10 ATC COAD Pelo registro dos custos incorridos: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 1.387.122,55 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 25.220,40 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 116.166,74 1.528.509,69 _____________________ / / ______________________ Pelo recebimento das faturas: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” 2.219.394,78 _____________________ / / ______________________ II – Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2007 Para a determinação da receita computável no ano-calendário de 2007, a empresa aplicou a seguinte fórmula: Receita/2007 = Preço Total Orçado x Custo Incorrido em 2007Custo Total Orçado Receita/2007 = R$ 6.658.184,34 x R$ 1.387.122,55R$ 4.808.689,23 Receita/2007 = R$ 6.658.184,34 x 0,288461675 = R$ 1.920.631,01 III – Contabilização do Ajuste Antes de apurar o resultado da obra nesse ano-calendário, a empresa ajustou a diferença entre a receita a ser computada no período e a que foi faturada. A receita faturada no ano de 2007 foi R$ 2.959.194,13 e a que deveria ser computada foi R$ 1.920.631,01. A diferença, no valor de R$ 1.038.563,12, foi ajustada pelo seguinte lançamento: RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” Valor de parte da receita diferida para o período seguinte referente à diferença entre a receita faturada e a que deve ser computada no ano-calendário de 2007 1.038.563,12 _____________________ / / ______________________ IV – Contabilização do Resultado da Obra em 2007 Após proceder ao ajuste mencionado no inciso anterior, a empresa encerrou as contas de resultado com os seguintes lançamentos: RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de custo 1.387.122,55 _____________________ / / ______________________ RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de receita 1.920.631,01 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 11 COAD ATC RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) a RESULTADO DO PERÍODO – Obra “A” Lucro apurado na obra “A” em 2007 533.508,46 _____________________ / / ______________________ ������ ���� ��� ���� � ���� As operações realizadas durante o ano-calendário de 2008 foram registradas conforme examinaremos a seguir: I – Contabilização das Operações Durante o Ano-Calendário Obedecendo aos critérios examinados no inciso I do subitem 5.3.1 deste trabalho, a empresa contabilizou as operações realizadas no ano-calendário de 2008 do seguinte modo: Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITA DE OBRA P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 5.086.114,38 _____________________ / / ______________________ Pelo registro dos custos incorridos: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 4.790.195,63 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 87.094,47 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 401.162,39 5.278.452,49 _____________________ / / ______________________ Pelo recebimento das faturas: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A”5.825.913,73 _____________________ / / ______________________ II – Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2008 Para a determinação da receita computável no ano-calendário de 2008 a empresa aplicou a seguinte fórmula: Receita/2008 = Preço Total Orçado Reajustado X Custo Incorrido em 2007 + Custo Incorrido em 2008Custo Total Orçado Reajustado – Receita/2007 Onde: Receita/2008 = R$ 9.321.458,07 x R$ 1.387.122,55 + R$ 4.790.195,63 – R$ 1.920.631,01R$ 6.732.164,92 Receita/2008 = R$ 9.321.458,07 x 0,917582718 – R$ 1.920.631,01 = R$ 6.632.577,82 III – Contabilização do Ajuste Antes de apurar os resultados da obra nesse ano-calendário, a empresa ajustou a diferença entre a receita que deveria ser computada no período e a que foi faturada. Como podemos observar, a receita que deveria ser computada em 2008 de acordo com a aplicação da fórmula é R$ 6.632.577,82, enquanto que a faturada foi de R$ 5.086.114,38. A diferença de receita a computar seria de R$ 1.546.463,44. No entanto, no ano-calendário de 2007, já foi contabilizada e transferida uma receita diferida através da conta de RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS, no valor de R$ 1.038.563,12, restando ainda a registrar em 2008 a diferença de R$ 507.900,32 (R$ 1.546.463,44 – R$ 1.038.563,12), o que foi realizado com o seguinte lançamento: IRPJ/2009 – Nº 10 12 ATC COAD CLIENTES P/EMPREITADAS A FATURAR (Ativo Circulante) – Obra “A” a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor de parte da diferença entre a receita faturada e a que deve ser computada no ano-calendário de 2008 507.900,32 _____________________ / / ______________________ RECEITA P/EMPREITADAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Passivo Não Circulante) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) Valor da receita diferida no período de apuração anterior 1.038.563,12 _____________________ / / ______________________ IV – Contabilização do Resultado da Obra em 2008 As contas de resultado foram encerradas do seguinte modo: RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de custo 4.790.195,63 _____________________ / / ______________________ RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de receita 5.594.014,70 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DO PERÍODO Lucro apurado na obra em 2008 1.842.382,19 _____________________ / / ______________________ ������ ���� ��� ���� � ���� No ano-calendário em que a obra for concluída a empresa procederá à contabilização da forma que examinamos a seguir: I – Contabilização das Operações Durante o Ano-Calendário Tomando por base os dados mencionados no subitem 5.3 deste trabalho, a empresa contabilizará as operações do seguinte modo: Pela emissão das faturas: CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” a DIVERSOS a CLIENTES P/EMPREITADAS A FATURAR (Ativo Circulante) – Obra “A” Valor da diferença entre a receita faturada e a que foi computada no ano-calendário de 2008 507.900,32 a RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Valor da diferença entre a receita faturada em 2009 e o saldo da conta Clientes P/Empreitadas a Faturar em 2008 (R$ 1.276.149,56 – R$ 507.900,32) 768.249,24 1.276.149,56 _____________________ / / ______________________ IRPJ/2009 – Nº 10 13 COAD ATC Pelo registro dos custos incorridos: DIVERSOS a BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” 295.920,38 PIS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 5.380,38 COFINS A RECUPERAR (Ativo Circulante) 24.782,32 326.083,08 _____________________ / / ______________________ Pelo recebimento das faturas: BANCOS C/MOVIMENTO (Ativo Circulante) a CLIENTES P/EMPREITADAS (Ativo Circulante) – Obra “A” 1.276.149,56 _____________________ / / ______________________ II – Receita Correspondente ao Ano-Calendário de 2009 Para determinar a receita computável no ano-calendário de 2009 a empresa aplicará a seguinte fórmula: Receita/2009 = Preço Total Orçado Reajustado – (Receita Computada em 2007 + Receita Computada em 2008) Onde: Receita/2009 = R$ 9.321.458,07 – (R$ 1.920.631,01 + R$ 6.632.577,82) = R$ 768.249,24 III – Contabilização do Resultado Final da Obra No ano-calendário em que a obra for concluída, as contas de resultados serão encerradas da seguinte maneira: RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a CUSTO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de custo 295.920,38 _____________________ / / ______________________ RECEITA DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” Pelo encerramento da conta de receita 768.249,24 _____________________ / / ______________________ RESULTADO DE OBRAS P/EMPREITADAS (Conta de Resultado) – Obra “A” a RESULTADO DO PERÍODO Lucro apurado na obra em 2009 472.328,86 _____________________ / / ______________________ �� �������� �� ����� ����� A sistemática de apuração de resultados tratada nos itens anteriores deste trabalho não se aplica a contratos de produção em curto prazo, assim considerados os contratos de produção por empreitada e de produção de bens e serviços, a preço unitário de quantidades, cujo prazo de execução de cada unidade seja igual ou inferior a 12 meses. A produção em curto prazo independe do prazo de vigência do contrato, ou seja, a contratação poderá ser firmada por prazo superior ou inferior a 1 ano. Exemplo I A Empresa “A” contrata com a Empresa “B” uma construção por empreitada a ser executada em 10 meses. Exemplo II A Empresa “X” contrata o fornecimento de bens para a Empresa “Y”, pelo período de dois anos, sendo que o prazo de produção de cada unidade será de três meses. IRPJ/2009 – Nº 10 14 ATC COAD 3��� � � ��� ������ ���� ��� A apuração dos resultados, no caso de contratos de produção em curto prazo, deverá ser realizada quando completada a execução de cada unidade, tenha ou não havido o faturamento. Este tratamento aplica-se quando a execução da unidade for iniciada e concluída no mesmo período de apuração ou, ainda, se iniciada em um período for concluída no período de apuração seguinte. 3��� �4����� � ����� ��5 ��� �� � ��� ���� Quando um mesmo contrato abranger várias espécies de construções por empreitada, ou de fornecimentos de bens ou serviços com base em preço unitário, e, ainda, quando prever que cada unidade será executada em prazo de até 1 ano, o resultado deverá ser apurado ao término da execução de cada unidade, independentemente da produção das mesmas ser simultânea ou seqüencial. 3��� � ����� �� �� ����� � �� Na apuração de resultados de contrato que englobe construção ou produção a curto e a longo prazo, aplicar-se-á, a cada parte, o tratamento correspondente. 3��� ���� �� 6� � � ����� �� � �� � �� � � � Se, de boa-fé, a pessoa jurídica contratar a execução por prazo não superior a 1 ano e esta se prolongar por mais de 12 meses, o resultado deverá ser apurado como de contrato a longo prazo. Neste caso, serão considerados postergados o IRPJ e a CSLL incidentes sobre a parcela do lucro que deixou de ser reconhecida no período de apuração em que se iniciou a execução. 3����� *&(&��)" 0�%!# � �',�0 � *# #�*) ��0 #!1)*� – Pessoa jurídica sujeita ao adicional no período da postergação Calcular o adicional sobre total da base de cálculo do IRPJ postergado. – Pessoa jurídica não sujeita ao adicional no período da postergação Somar a base de cálculo do IRPJ postergadocom o lucro real declarado no período da postergação a fim de verificar se o resultado dessa operação excede ou não o limite de isenção do adicional. Se exceder, calcular o adicional sobre a parcela excedente. Do contrário, não haverá incidência de adicional sobre a base de cálculo do IRPJ postergado, ainda que o contribuinte esteja sujeito ao mesmo em período de apuração posterior. 3����� �)1)'#� � *�0 �)"�!#0 ��0 #!1)*�0 Sobre as diferenças incidirão juros e multa de mora, que deverão ser calculados à parte e recolhidos em DARF próprios, juntamente com os valores do IRPJ e da CSLL postergados, na mesma data de recolhimento da 1ª quota ou quota única do imposto, ou seja, até o último dia útil do mês subseqüente ao do trimestre ou até o último dia útil do mês de março do ano-calendário subseqüente, conforme seja o período de apuração trimestral ou anual, respectivamente. 3��� ��� � ���� ��� No caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário de quantidade de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a 1 ano, a receita deverá ser incluída na base de cálculo do IRPJ mensal e da CSLL, no mês em que for completada cada unidade. �� �������� ��� �������� ������������� As empresas que firmarem contratos com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, para construção por empreitada, fornecimento de bens ou prestação de serviços, podem diferir a tributação do lucro dessas operações até a sua realização, desde que observem, além das regras até aqui mencionadas, o regime especial de diferimento a seguir examinado. 7��� �������2 � � ���� � � � ������ ���� Para efeito de enquadramento no regime tributário ora examinado, considera-se subsidiária de sociedade de economia mista a empresa cujo capital com direito a voto pertença, em sua maioria, direta ou indiretamente, a uma única sociedade de economia mista que com essa tenha atividade integrada ou complementar. IRPJ/2009 – Nº 10 15 COAD ATC 7��� ���� ��� � ������ O regime de diferimento do lucro examinado neste trabalho aplica-se aos contratos firmados com entidades governamentais para construção por empreitada ou fornecimento de bens ou serviços, com prazo de vigência superior a 12 meses, qualquer que seja o prazo de execução de cada unidade. �� ����������� �� ���������� �� ��� A legislação vigente admite o diferimento da parcela do lucro de contratos com entidades governamentais, computado no resultado do período de apuração, proporcional à receita dessas operações integrantes desse resultado e não recebidas até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração. 8��� � ���� ����� ��� � ��� ��� O lucro diferido será tributado pelo IRPJ no período de apuração em que for realizado, ou seja, quando houver o recebimento da receita correspondente, ou qualquer forma de extinção de direito de cobrança da dívida. 8����� �!9*& �0 6-& )*�0 (�' �+ -"�0 *� ��*#! �:%"&(� De acordo com o artigo 409 do RIR/99, a pessoa jurídica, cujos créditos com pessoa jurídica de direito público, ou com empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, decorrentes de construção por empreitada, de fornecimento de bens ou de prestação de serviços, forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização, emitidos especificamente para essa finalidade, poderá computar a parcela do lucro, correspondente a esses créditos, que houver sido diferida, na determinação do lucro real do período de apuração do resgate dos títulos ou de sua alienação sob qualquer forma. 8��� ���� �� �� ��� � ��� ��� O controle do lucro diferido será feito exclusivamente através do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), mediante os seguintes lançamentos: I – No período de apuração em que houver o diferimento: a) na Parte “A”: – exclusão do lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real, da parcela correspondente ao lucro não realizado; b) na Parte “B”: – registro em conta própria para controle. II – No período de apuração em que for realizado o lucro cuja tributação foi diferida: a) na Parte “A”: – adição ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real, dos lucros realizados, que tiveram sua tributação diferida de período(s) anterior(es); b) na Parte “B”: – baixa, na conta de controle, dos lucros diferidos realizados. 8��� �; ��� � � �� ��� �� ��� � ��� ��� Serão adotadas as seguintes fórmulas para a determinação do montante do lucro que poderá ser diferido. Resultado Computado na Determinação do Lucro Líquido x 100 Receita Correspondente ao Período-Base = Percentagem do Resultado Sobre a Receita Receita correspondente ao período-base – Receita recebida no período-base e a ele correspondente = Receita não recebida Receita não recebida X Percentagem do Resultado Sobre a Receita = Montante da exclusão 8��� � ���� � 2���� No caso prático examinado no subitem 4.3 deste trabalho constam, dentre outros, os seguintes dados: PERÍODO DE APURAÇÃO RECEITA RECEBIDAR$ RECEITA COMPUTADA R$ RESULTADO COMPUTADO NO LUCRO LÍQUIDO 2007 2.219.394,78 2.330.364,52 647.323,29 2008 5.825.913,73 6.058.947,74 1.683.040,54 2009 1.276.149,56 932.145,81 517.855,68 TOTAIS 9.321.458,07 9.321.458,07 2.848.219,51 Supondo que aquele contrato tenha sido celebrado com uma entidade governamental, examinamos, a seguir, os procedimentos adotados no diferimento e posterior realização do lucro. IRPJ/2009 – Nº 10 16 ATC COAD ������ ���� ��� ���� � ���� A determinação do lucro que pôde ser diferido no ano-calendário de 2007 foi realizada do seguinte modo: a) Percentual do lucro sobre a receita computada em 2007: Percentagem do Lucro Sobre a Receita = Lucro/2007 x 100Receita/2007 Onde: Percentagem do Lucro Sobre a Receita = R$ 647.323,29 x 100 = 27,78%R$ 2.330.364,52 Receita não Recebida = Receita/2007 – Receita Recebida/2007 Onde: Receita não Recebida = R$ 2.330.364,52 – R$ 2.219.394,78 = R$ 110.969,74 c) Parcela do lucro a ser excluída: Montante da Exclusão = Receita não Recebida x Percentagem do Lucro Sobre a Receita Onde: Montante da Exclusão = R$ 110.969,74 x 27,78 = R$ 30.827,39100 O lucro excluído no ano-calendário de 2007 foi de R$ 30.827,39 – Escrituração do LALUR Na parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), a empresa procedeu da seguinte forma: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES Natureza dos Ajustes 31-12-2007 ......................................................................................................... 31-12-2007 Valor do lucro diferido no ano-calendário de 2007 relativo à obra “A” (27,78% da receita bruta não recebida no período) 30.827,39 31-12-2007 ......................................................................................................... O controle da parcela do lucro diferida para tributação nos períodos subsequentes foi efetuado na Parte “B” do seguinte modo: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE PERÍODOS FUTUROS CONTA: Resultado de Obras por Empreitadas – Obra “A” – Lucro Diferido em 2007 DATA DO LANÇAMENTO (1) HISTÓRICO (2) PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA CONTROLE DE VALORES MÊS DE REFERÊNCIA (3) VALOR A CORRIGIR (4) COEFICIENTE (5) DÉBITO (6) CRÉDITO (7) SALDO R$ (8) D/C (9) 31-12-2007 Lucro diferido em 2007 (27,78% da receita bruta não recebida no ano-calendário) 30.827,39 30.827,39 D IRPJ/2009 – Nº 10 17 COAD ATC ������ ���� ��� ���� � ���� Para determinar a parcela do lucro que pôde ser diferido no ano-calendário de 2008, a empresaprocedeu da seguinte forma: a) Percentual do lucro sobre a receita computada em 2008: Percentagem do Lucro Sobre a Receita = Lucro/2008 x 100Receita/2008 Onde: Percentagem do Lucro Sobre a Receita = R$ 1.683.040,54 x 100 = 27,78%R$ 6.058.947,74 b) Receita não recebida: Receita não Recebida = Receita/2008 – Receita Recebida/2008 Onde: Receita não Recebida = R$ 6.058.947,74 – R$ 5.714.943,99 (*) = R$ 344.003,75 (*) Receita recebida em 2008 (R$ 5.825.913,73) deduzida da receita referente a 2007 (R$ 110.969,74) c) Parcela do lucro a ser excluída: Montante da Exclusão = Receita não Recebida x Percentagem do Lucro Sobre a Receita Onde: Montante da Exclusão = R$ 344.003,75 x 27,78 = R$ 95.564,24 100 O valor da parcela do lucro que pôde ser diferida foi de R$ 95.564,24 I – Escrituração do LALUR Considerando ainda que o lucro diferido no ano-calendário de 2007 foi totalmente realizado no ano-calendário de 2008, a Parte “A” do LALUR foi escriturada do seguinte modo: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES Natureza dos Ajustes 31-12-2008 ......................................................................................................... 31-12-2008 Valor do lucro apurado no ano-calendário de 2008 referente 27,78% da receita bruta não recebida no período (27,78% de R$ 344.003,75) relativo ao resultado apurado na obra “A” 95.564,24 ......................................................................................................... 31-12-2008 Valor do lucro bruto diferido no ano-calendário 2007, realizado totalmente no ano-calendário 2008, referente resultado apurado na obra “A”. 30.827,39 31-12-2008 ......................................................................................................... Na Parte “B” do LALUR, no controle do lucro diferido do ano-calendário de 2007, realizou-se o seguinte registro: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE PERÍODOS FUTUROS CONTA: Resultado de Obras por Empreitadas – Obra “A” – Lucro Diferido em 2007 DATA DO LANÇAMENTO (1) HISTÓRICO (2) PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA CONTROLE DE VALORES MÊS DE REFERÊNCIA (3) VALOR A CORRIGIR (4) COEFICIENTE (5) DÉBITO (6) CRÉDITO (7) SALDO R$ (8) D/C (9) 31-12-2007 Lucro diferido em 2007 (27,78% da receita bruta não recebida no ano-calendário) 30.827,39 30.827,39 D 31-12-2008 Lucro realizado em 2008 30.827,39 IRPJ/2009 – Nº 10 18 ATC COAD Na Parte “B” do LALUR, no controle da parcela diferida em 2008, a empresa registrou: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE PERÍODOS FUTUROS CONTA: Resultado de Obras por Empreitadas – Obra “A” – Lucro Diferido em 2008 DATA DO LANÇAMENTO (1) HISTÓRICO (2) PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA CONTROLE DE VALORES MÊS DE REFERÊNCIA (3) VALOR A CORRIGIR (4) COEFICIENTE (5) DÉBITO (6) CRÉDITO (7) SALDO R$ (8) D/C (9) 31-12-2008 Lucro diferido em 2008 (27,78% da receita bruta não recebida no ano-calendário) 95.564,24 95.564,24 D ������ ���� ��� ���� � ���� No ano-calendário de 2009 não haverá diferimento de lucro, de vez que, ao término desse período, a obra já estará concluída e as faturas totalmente recebidas. I – Escrituração do LALUR Considerando que o lucro diferido no ano-calendário de 2008 totalmente realizado no ano-calendário de 2009, teremos o seguinte registro na Parte “A” do LALUR: REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE A – REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES Natureza dos Ajustes 31-12-2009 ......................................................................................................... 31-12-2009 Valor do lucro diferido no ano-calendário de 2008 realizado totalmente neste ano-calendário, referente ao resultado apurado na obra “A”. 95.564,24 31-12-2009 ......................................................................................................... REGISTRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL PARTE B – CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LÍQUIDO DE PERÍODOS FUTUROS CONTA: Resultado de Obras por Empreitadas – Obra “A” – Lucro Diferido em 2008 DATA DO LANÇAMENTO (1) HISTÓRICO (2) PARA EFEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA CONTROLE DE VALORES MÊS DE REFERÊNCIA (3) VALOR A CORRIGIR (4) COEFICIENTE (5) DÉBITO (6) CRÉDITO (7) SALDO R$ (8) D/C (9) 31-12-2008 Lucro diferido em 2008 (27,78% da receita bruta não recebida no ano-calendário) 95.564,24 95.564,24 D 31-12-2009 Lucro realizado em 2009 95.564,24 8��� � ������ � � � �< ��� ��� �� ��� ���� A pessoa jurídica que diferir a tributação de valores para períodos de apuração futuros estará obrigada a constituir, além da Provisão para o Imposto de Renda sobre o lucro real do período de apuração, a relativa aos valores cuja tributação esteja sendo diferida. Portanto, no exemplo do subitem 8.4 deste trabalho, a empresa obrigou-se a constituir, sobre as parcelas de lucro diferidas nos anos-calendário de 2007 e 2008, a Provisão para o Imposto de Renda sobre o Lucro diferido. Os procedimentos que devem ser observados na constituição da referida provisão encontram-se examinados no Módulo 12 do Curso Prático do IRPJ 2008. IRPJ/2009 – Nº 10 19 COAD ATC !� ����������� �� ���������� �� � Nos períodos de apuração encerrados a partir de 1989, por força do artigo 3º da Lei 8.003/90, no caso de contratos por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado, de bens ou serviços, celebrados com pessoa jurídica de direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, a incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido também poderá ser diferida até a realização do lucro. =��� � � � ��� ���� � O diferimento consiste em excluir do resultado do período de apuração, na determinação da base de cálculo da CSLL, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento que nele tiver sido computada, proporcional à receita dos contratos integrantes desse resultado e não recebidas até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração. A parcela a excluir do resultado contábil no período do diferimento, bem como a parcela a adicionar no período da realização, terá valor idêntico a que servir de ajuste ao lucro líquido na apuração do lucro real, determinada da forma examinada nos subitens 8.3 e 8.4 deste Trabalho. =����� �!9*& �0 6-& )*�0 (�' �+ -"�0 *� ��*#! �:%"&(� De acordo com o artigo 18 da Lei 9.711/98, a pessoa jurídica, cujos créditos com pessoa jurídica de direito público, ou com empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária, decorrentes de construção por empreitada, de fornecimento de bens ou de prestação de serviços, forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização, emitidos especificamente para essa finalidade, poderá computar a parcela do lucro, correspondente a esses créditos, que houver sido diferida, na base de cálculo da CSLL relativa ao período de apuração do resgate dos títulos ou de sua alienação sob qualquer forma. =��� � ������ � ���� ��� ��� �� ��� ���� Se a empresa diferir a incidência da CSLL, deverá constituir Provisão para o seu pagamento no período de apuração em que o lucro for realizado. O registro contábil será realizado a débito de conta específica de custo ou despesa, em contrapartida da respectiva conta no Passivo Não Circulante. Como o custo ou a despesa operacional com a CSLL é indedutível, a contrapartida da provisão para pagamento em períodos de apuração subseqüentes deverá ser adicionada ao lucro líquidona determinação do lucro real do período de apuração em que o lucro for diferido. �"� ���������� �� ������������ ������������ O direito ao diferimento dos lucros não realizados estender-se-á, tanto para fins do IRPJ quanto da CSLL, à pessoa jurídica subcontratada da empreitada ou do fornecimento. Neste caso, o montante da exclusão será rateado entre contratada e subcontratada, proporcionalmente à participação de cada uma, na execução do contrato, cujo percentual será aplicado sobre a receita não recebida. ��� ������� ������ A sistemática contábil a ser adotada pelas empresas que firmarem contratos a longo prazo com entidades governamentais, para a execução de obras ou o fornecimento de bens ou serviços, é a mesma examinada nos itens 4 e 5 deste Trabalho. � � ������ �� � �������� No caso de empresas optantes pelo regime de estimativa que pagarem o IRPJ e a CSLL com base na receita bruta e acréscimos, a receita decorrente de fornecimento de bens e serviços contratados com entidades governamentais, para produção a curto ou a longo prazo, será reconhecida no mês do recebimento. ��� �������� �� ����� ��� �������� ������� Por força do artigo 64 da Lei 9.430/96 e 34 da Lei 10.833/2003, as pessoas jurídicas que fornecem bens ou prestam serviços em geral a órgãos, autarquias, fundações da administração pública federal, empresas públicas, sociedades de economia mista, e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional, nos termos da legislação, estão sujeitas à retenção na fonte de tributos e contribuições. A responsabilidade da retenção é do órgão ou entidade federal que efetuar o pagamento e alcança o IRPJ, a CSLL, o PIS/PASEP e a COFINS. O valor a reter será calculado mediante a aplicação, sobre o valor pago, do percentual correspondente à soma das alíquotas do imposto e das contribuições devidos, conforme a natureza do bem fornecido ou do serviço prestado. Essa sistemática de retenção substitui as demais retenções previstas na legislação do Imposto de Renda em relação ao valor pago. IRPJ/2009 – Nº 10 20 ATC COAD ����� ���� �� ����� � �� ���� � �� � �� � � �� Os valores retidos poderão ser compensados com o imposto e contribuições da mesma espécie, relativos a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção. Os valores a compensar, correspondentes ao imposto e a cada contribuição, serão determinados pela própria empresa fornecedora, mediante a aplicação, sobre o valor da fatura, da alíquota pertinente a cada um deles. ��� ���� ��� ����� As empresas não obrigadas ao lucro real, que optarem pelo lucro presumido, podem computar as receitas decorrentes das operações examinadas neste trabalho, para fins do cálculo do IRPJ e da CSLL, com base no regime de competência ou de caixa, conforme previsto na Instrução Normativa 104 SRF/98 e na Lei 9.718/98, artigo 13, § 2º. Quanto ao PIS e a COFINS, as receitas somente poderão ser computadas pelo regime de Caixa se a empresa adotar idêntico tratamento para efeito de determinação das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL. ����� ��� �� ��� ���� � � ����� �� �� � A empresa tributada pelo lucro real no ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo lucro presumido, que tiver saldo remanescente de lucros diferidos decorrentes de operações com entidades governamentais, deverá oferecer à tributação, no primeiro trimestre do ano-calendário, a totalidade do saldo controlado na parte B do LALUR. Esse tratamento não alcança a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido nos anos-calendário de 1996 a 2007, que possua lucros cuja tributação tenha sido diferida em períodos de apuração encerrados até 31-12-96. Neste caso, os referidos lucros serão adicionados à base de cálculo do imposto à medida em que forem sendo realizados. ����� ����� ���� ����� As empresas que se dedicam à execução de obras de construção civil estiveram obrigadas, até o ano-calendário de 1998, à tributação com base no lucro real. A obrigatoriedade não se aplicava às pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços na execução de obras da construção civil, desde que não se responsabilizassem pela execução da obra e prestassem unicamente serviços, sem utilização de materiais de sua propriedade. A partir do ano-calendário de 1999, o exercício da atividade de execução de obras de construção civil, em qualquer caso, deixou de constituir impedimento para a opção pela tributação com base no lucro presumido. As regras vigentes da tributação com base no lucro presumido encontram-se examinadas no Módulo 2 deste Curso Prático. ��� � �����#� �� ����� ����$��� Não serão considerados para fins tributários os novos métodos e critérios contábeis, introduzidos, a partir de 1-1-2008, pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, ou seja, para cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido deverão ser considerados os métodos e critérios contábeis vigentes em 31-12-2007. Para neutralizar os impactos dos novos métodos e critérios contábeis na apuração das bases de cálculo de tributos federais, foi instituído o RTT – Regime Tributário de Transição. Para apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a pessoa jurídica optante pelo RTT deverá efetuar os ajustes necessários no lucro líquido contábil de modo a anular as modificações ocorridas, a partir de 2008, no critério de reconhecimento de receitas e despesas computadas na escrituração contábil. Neste caso será apurado novo lucro líquido com base nos critérios contábeis vigentes em 31-12-2007. As pessoas jurídicas sujeitas cumulativamente ao lucro real e ao RTT, para realização dos ajustes ao lucro líquido contábil, deverão manter o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont), sendo proibida a substituição deste por qualquer outro controle ou memória de cálculo. O FCont é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis aplicados pela legislação tributária. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: – Lei 6.404, de 15-12-76 (Portal COAD); – Lei 7.689, de 15-12-88 (Informativos 49 e 51/88); – Lei 8.003, de 14-3-90 (Informativo 13/90); – Lei 8.981, de 20-1-95 (Informativo 04/95); – Lei 9.065, de 20-6-95 (Informativo 25/95); – Lei 9.430, de 27-12-96 (Informativo 53/96); – Lei 9.711, de 20-11-98 – artigo 18 (Informativo 47/98); – Lei 9.718, de 27-11-98 (Informativo 48/98); – Lei 10.638, de 28-12-2007 (Informativo 01/2008); – Lei 10.833, de 29-12-2003 (Informativo 53/2003); – Lei 10.637, de 30-12-2002 – artigos 1º ao 10 (Informativo 53/2002); IRPJ/2009 – Nº 10 21 COAD ATC – Lei 11.941, de 27-5-2009 (Informativo 22/2009); – Decreto 3.000, de 26-3-99 – Regulamento do Imposto de Renda – artigos 249, 271, 273, 339, 344, 407 a 409, 520 e 653 (Portal COAD); – Medida Provisória 2.158-35, de 24-8-2001 – artigos 20 e 92 (Informativo 35/2001); – Medida Provisória 2.159-70, de 24-8-2001 (Informativo 35/2001); – Instrução Normativa 21 SRF, de 13-3-79 (Informativo 12/79); – Instrução Normativa 51 SRF, de 3-11-78 (Informativo 45/78); – Instrução Normativa 93 SRF, de 24-12-97 (Informativo 53/97); – Instrução Normativa 390 SRF, de 30-1-2004 (Informativo 05/2004); – Instrução Normativa 964 RFB, de 14-8-2009 – Instruções para Preenchimento da DIPJ 2009 - Versão 2.0 ( Fascículo 34/2009); – Instrução Normativa 949 RFB, de 16-6-2009 (Fascículo 25/2009); – Parecer Normativo 2 COSIT, de 28-8-96 (Informativo 35/96); – Parecer Normativo 11 CST, de 6-3-79 (Informativo 11/79); – Parecer Normativo 58 CST, de 2-9-77 (DO-U de 12-9-77); – Parecer Normativo 72 CST, de 21-8-78 (Informativo 35/78). IRPJ/2009 – Nº 10 22 ATC COAD LUCRO DA EXPLORAÇÃO Ano-calendário de 2009 As empresas tributadas pelo lucro real que, autorizadas pela legislação tributária,
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