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Ramos do Direito e Profissões Jurídicas

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Ramos do Direito e Profissões Jurídicas
Isabella dos Santos Fernandes
IED – Turma 27A
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Divisão Histórica Acrescida 
 Essas classificações ainda se dividem em ‘’partes’’ menores, de modo que o Direito possa abranger tudo o que lhe é esperado. Desse modo vale lembrar que essas subclassificações estão em crescente acréscimo em respostas a mudanças na sociedade, como podemos notar com o surgimento do Direito da Tecnologia da Informação. 
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 	Tomando como base o Direito dentro de nosso território podemos separá-lo em Público, Privado e Difuso:
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Direito Público e Subclassificações
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	O Direito Público refere-se ao conjunto de todas as normas jurídicas de natureza pública, isto compreende tanto as normas que regulam a relação entre o particular e o Estado, quanto as normas que regulam as atividades, funções e organizações de poderes do Estado e de seus servidores.
Direito Público Constitucional
 A Constituição é sua base, pois ela é o conjunto de princípios e regras relativos à estrutura e ao funcionamento do Estado, podendo ser materiais (conjunto de normas que irão disciplinar a organização política do país) e formais (norma escrita).
No Brasil, a Constituição vigente é a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
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	O Direito Constitucional, identificado como Direito primordial, “porquanto condiciona os demais, conferindo-lhes estrutura diversa de Estado para Estado .... tem por objetivo o sistema de regras referente à organização do Estado, no tocante à distribuição das esferas de competência do poder político, assim como no concernente aos direitos fundamentais dos indivíduos para com o 	 Estado, ou como membros da 	 	 comunidade política.” , ou seja, é 		 o ramo “que estuda os princípios, 	 	 as regras estruturadoras do 	 	 Estado e garantidoras dos 	 	 direitos e liberdades 	 	 	 individuais.”
Praticando – Profissão: Ministro do STF
 O Plenário, as Turmas e o Presidente são os órgãos do Tribunal (art. 3º do RISTF/80). O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos pelo Plenário do Tribunal, dentre os Ministros, e têm mandato de dois anos. Cada uma das duas Turmas é constituída por cinco Ministros e presidida pelo mais antigo dentre seus membros, por um período de um ano, vedada a recondução, até que todos os seus integrantes hajam exercido a Presidência, observada a ordem decrescente de antiguidade (art. 4º, § 1º, do RISTF/80 - atualizado com a introdução da Emenda Regimental n. 25/08).
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 	Tem-se o Supremo Tribunal Federal como órgão de cúpula do poder judiciário e a ele compete, precipuamente, a guarda da Constituição, conforme definido no art. 102 da Constituição Federal. É composto por onze Ministros, brasileiros natos (art. 12, § 3º, IV, da CF/88), escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101 da CF/88), e nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.  
 	Entre suas principais atribuições está a de julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.  Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros. Em grau de recurso, sobressaem-se as atribuições de julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão, e, em recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição.
Direito Público Penal
	O Código Penal vigente no Brasil foi criado pelo decreto-lei nº2.848, de 7 de dezembro de 1940, pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo.O atual código é o 3º da 	história do Brasil 	e o mais longo 	em vigência, que 	se iniciou em 1º de 	janeiro de 1942 	(artigo 361). 
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 	Guiado pelo princípio de que não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal, Magalhães Noronha afirma que “Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, tendo em vista os fatos de natureza criminal e as medidas aplicáveis a quem os pratica”, assim, tipifica os crimes e estabelece as penas pela transgressão da legislação. 
 	Tem como fonte 
 principal a Constituição, seguida 
 pelo Código Penal além de outras
 leis penais esparsas. 
Praticando – Profissão: Delegado da Polícia Civil
 A seleção dos Delegados é feita por concurso público. O aprovado cursa a Academia de Polícia, faz estágio nas Delegacias e, depois, é designado para ocupar um cargo em alguma unidade policial. São três anos de estágio probatório para conseguir a efetivação.
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 	É o profissional da Polícia responsável por investigar e reprimir crimes. Os delegados são os dirigentes das Polícias Civis, logo coordenam e comandam as atividades de polícia judiciária, como a formalização dos atos procedimentais, as atividades de investigação criminal, como a apuração das infrações penais, (exceto as militares). No âmbito interno, eles atuam nas mais diversas frentes: ações territoriais, especializadas (homicídios, narcóticos, patrimônio, etc.), inteligência policial entre outros. 
 	Alguns profissionais atuam em contato direto com a população nos Plantões Policiais, no atendimento, registro de ocorrências, elaboração de atos de prisão em flagrante etc. Outros atuam na investigação criminal (saem de um crime sem autoria e buscam desvendá-la) ou nos bastidores (operações de inteligência policial). Podem ainda atuar em situações de suporte (capturas, etc.).
Plano de Carreira
Nível I
Nível II
Nível Especial
Nível Geral
Direito Público Internacional
Tendo como objetivo ordenar as relações internacionais é notório o número de tratados ratificados, como exemplo: OIT (Organização Internacional do Trabalho), OEA (Organização dos Estados Americanos), UE (União Europeia) e o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul).
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 	É o conjunto de princípios ou regras destinados a reger os direitos e deveres internacionais, tanto dos Estado ou outros organismos análogos, quanto dos indivíduos, de modo que para que valham, as partes precisam ratificar os tratados. 
 	O mais famoso, se não o mais importante, é a ONU, uma organização que não tem soberania, porém tem personalidade jurídica de Direito Internacional Público, com o objetivo de manter a paz e a segurança internacionais, 	 desenvolver relações de 			amizade entre os Estados e 			 obter a cooperação 				internacional para resolver 			problemas econômicos, sociais, culturais ou humanitários. 
Praticando – Profissão: Arbitragem Internacional
Instituída em 1923, a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional - uma das maiores e mais respeitadas instituições de arbitragem comercial do mundo, que atua em todos os continentes, inclusive na América Latina e no Brasil - não possui e nunca possuiu nenhuma lista de árbitros. Os árbitros são aprovados mediante verificação prévia de sua idoneidade técnica e moral, mas são as partes que têm a liberdade de escolha.
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 	Tendo o objetivo de resolver disputas comerciais, fiscais e aduaneiras entre países ou empresas e instituições de diversas nacionalidades, nota-se que sempre na história jurídica brasileira, desde as ordenações do reino até a Lei nº 9.307 de 1996, a exigência para ser árbitro, entre outros atributos, esteve calcada na confiança. Esta característica não advirá ao provável árbitro
exclusivamente por ter frequentado um curso de formação em arbitragem, mas decorre, e é ínsito, às pessoas de bem e será o sentimento da pessoa que o indica. A confiança está vinculada à honradez.  Também não é necessário estar inscrito em nenhum conselho ou fazer parte de qualquer tipo de corporação. Nem mesmo se exige que a pessoa a ser indicada como árbitro integre o corpo de árbitros de instituições. As instituições que administram processos de arbitragem podem regular a matéria, mas não há exigência legal para isso, pois, se assim não fosse, feriria de morte um dos maiores atributos e características da arbitragem: a liberdade de indicar seus julgadores.
Direito Privado e subclassificações
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	O Direito Privado diz respeito ao interesse dos particulares, às normas contratuais que são estabelecidas pelos particulares, decorrentes da manifestação de vontade dos interessados, ou seja, se refere aos direitos individuais e inatos do homem.
Direito Civil
O atual Código Civil Brasileiro (Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002) encontra-se em vigor desde 11 de janeiro de 2003, após o cumprimento de sua vacatio legis de um ano.
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É o conjunto de princípios, de regras e de instituições que regula as relações entre pessoas e entre estas e os bens de que se utilizam, de maneira que suas regras e disposições busquem disciplinar as relações pessoais, os negócio jurídicos, a família, obrigações e contratos, a propriedade e demais direitos reais, além da sucessão. 
Temos como princípios norteadores da matéria de Direito Civil: Princípio da personalidade, princípio da autonomia da 			vontade, princípio da liberdade 			de estipulação negocial, 			princípio da propriedade 		individual, princípio da intangibilidade 	familiar, 	princípio da legitimidade da 	herança e do direito de testar, princípio 	 da igualdade social e princípio da 	 	 solidariedade social.
Praticando – Profissão: Advogado Civil
Com um mercado muito concorrido, para se formar advogado é necessário cursar o ensino superior em Direito, passando por um estágio obrigatório. Ao final do curso o aluno sai bacharel e então presta o exame da OAB, em que, se aprovado, recebe o título de advogado. Um bom advogado precisa ter muito gosto por leitura, boa memória, capacidade de reflexão e de associação de ideias, boa argumentação e habilidade em negociação. Dominar o português formal e ser comunicativo é fundamental.
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Em geral é o profissional graduado em Direito, legalmente habilitado, que orienta e esclarece juridicamente a quem o consulta. O Advogado Civil representa interesses individuais e particulares em ações referentes a propriedade e posse de bens, questões familiares, como divórcios
 e heranças, ou transações de locação, compra e venda. Pode 
 especializar-se em: 
 direito das pessoas, dos 
 bens, dos fatos jurídicos, 
 de família, das coisas, das
 obrigações e das 
sucessões.
Direito Comercial
O código comercial tem por função regular os direitos e obrigações das empresas e suas relações. É o diploma legal fundamental do direito comercial. Desde 2003, o Código Comercial Brasileiro de 1850 só está em vigor no que se refere ao Direito Comercial Marítimo, tendo sido os demais assuntos revogados pelo Código Civil Brasileiro de 2002.
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 	É o conjunto de princípios, regras e de instituições que regula os atos do comércio e das pessoas que exercem profissionalmente esses atos, ou seja, cuida da atividade empresarial e de seu executante, o empresário, estabelecendo um corpo de normas disciplinadoras importantes na condução harmônica da atividade com os interesses do coletivo, prevalecendo então o princípio da continuidade da empresa, pois ela tem fins sociais, de produção e de dar emprego às pessoas. 
Praticando – Profissão: Promotor de Justiça
Para ser promotor, é preciso ter curso superior de direito e ter mais de dois anos de formado, além de comprovada idoneidade moral, ou seja, não ter nenhum problema com a justiça. É preciso também passar por um rigoroso concurso público, que inclui todas as matérias do curso regular de direito. O campo de atuação do promotor de justiça é completamente restrito às atividades da profissão e com abrangência à todas as áreas do direito,.
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 	Promotores são agentes públicos, cujo objetivo é defender a sociedade. Funcionam como fiscais da lei, podendo entrar com ações e conduzir inquéritos para investigarem suspeitas de crimes, como desvio de recursos públicos. Os promotores de Justiça fazem parte do Ministério Público Estadual (MPE) e atuam em varas cíveis e criminais. O MPE é responsável pela apuração e punição dos crimes regionais, como os cometidos pelos prefeitos e governadores ou ainda os de sonegação de ICMS, entre outros. Além da Justiça comum, promotores também estão presentes na Justiça especial - Militar, Eleitoral e do Trabalho. 
 	Os promotores da justiça exercem, de uma maneira geral, as seguintes atividades: promovem o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses coletivos; dão início às ações penais, quando todas as provas são reunidas, e denunciam os criminosos à Justiça; expedem notificações, requisitando informações e documentos para ajudá-los nos inquéritos; requisitam investigações e a instauração de inquérito policial; cuidam para que a execução das penas impostas aos réus condenados sejam aplicadas corretamente; atendem clientes, avaliam seus pleitos, recomendam os procedimentos necessários em cada caso e prestam assistência durante todo o processo.
Direito Difuso e subclassificações
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	Direitos difusos são todos aqueles direitos que não podem ser atribuídos a um grupo específico de pessoas, pois dizem respeito a toda a sociedade. São exemplos:
Direito Ambiental
Seus princípios são: proporcionalidade, prevenção, poluidor pagador, cooperação.
Além da Constituição Federal, tem-se, como instrumentos legais fundamentais para a gestão ambiental o Código Florestal somado a diversas outras leis. 
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 	O Direito Ambiental é a área do conhecimento jurídico que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para proteção do meio ambiente. É uma ciência holística que estabelece relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos diversos
 	Em qualquer organização pública ou privada, o Direito Ambiental exprime a busca permanente pela melhoria da qualidade ambiental de serviços, produtos e ambientes de trabalho, num processo de aprimoramento que propicia o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental globalizados e abrangentes. Ao operar nesses sistemas, as organizações incorporam as melhores práticas corporativas em vigência, além de procedimentos gerenciais e técnicos que reduzem ao mínimo as possibilidades de dano ao meio ambiente, da produção à destinação de resíduos.
Praticando – Profissão: Juiz
Para prestar o concurso de ingresso na magistratura para juiz é necessário apenas o diploma de bacharel em direito, não é necessário possuir inscrição na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), uma vez que no exercício da profissão de juiz não é permitido advogar, sendo pré-requisito para concorrer à investidura na função de magistrado (Juiz) um prazo mínimo de atividade jurídica, qual seja, 3 anos. 
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 	Juízes são agentes do poder judicial, concursados, que tem a responsabilidade de julgar demandas judiciais caracterizadas, na maioria das vezes, por conflito de interesse entre pessoas. É fundamental para esse profissional, durante um processo, velar pela rápida solução do litígio, prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça e tentar a qualquer tempo, conciliar as partes. A principal função do Juiz de Direito, em síntese, é preservar a dignidade humana, defender as liberdades públicas e buscar a pacificação social através da resolução definitiva de conflitos de interesses entre pessoas e bens da vida, tais como a liberdade, o patrimônio, a honra e outros. Cabe a ele decidir a demanda
judicial com a finalidade de revelar qual das partes têm razão, ou seja, quem tem o direito, em conformidade com as leis e com os costumes, visando atender ao fim social da legislação e às exigências do bem comum.
 	Juízes trabalham nos tribunais, sozinhos ou junto com outros juízes em colegiados. Suas principais atividades são: examinar os autos dos processos; proferir despachos indicando as exigências que devem ser cumpridas antes do julgamento; presidir audiências de tentativa de conciliação, 
 instrução e julgamento; estudar a jurisprudência 
 existente para poder fundamentar suas decisões; 
 julgar os processos; proferir decisões quanto ao 
 mérito da causa, denominadas sentença ou 
 acórdão, as quais destinam-se a colocar fim a um
 conflito de interesses caracterizado por 
 pretensões resistidas.
Referências Bibliográficas
18
Martins, Sergio Pinto.
Instituições de direito público e privado/ Sergio Pinto Martins. – 7. ed. – São Paulo: Atlas, 2007.
Theodoro Júnior, Humberto.
Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento: Humberto Theodoro Júnior – Rio de Janeiro: Forense, 2011.
http://www.gilbertomelo.com.br/rss/50-mediacao-e-arbitragem/1619-a-arbitragem-e-a-profissaoq-de-arbitro
http://ultimainstancia.uol.com.br/concursos/carreiras/delegado-da-policia-civil-explica-como-e-o-dia-a-dia-da-profissao/
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=sobreStfConhecaStfInstitucional
http://portal.mj.gov.br/main.asp?View={2148E3F3-D6D1-4D6C-B253-633229A61EC0}&BrowserType=IE&LangID=pt-br&params=itemID%3D%7B575E5C75-D40F-4448-AC91-23499DD55104%7D%3B&UIPartUID=%7B2868BA3C-1C72-4347-BE11-A26F70F4CB26%7D

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