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CAIO Planilha Previdenciário



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Tribunal
	Inform/Súm
	Tema
	Jurisprudência
	
	ORAL TRF2
	
	19) Quais as atribuições do Conselho Nacional de Previdência Social?
Resposta:
O Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, tem como principal objetivo estabelecer o caráter democrático e descentralizado da administração, em cumprimento ao disposto no art. 194 da Constituição, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, que preconiza uma gestão quadripartite, com a participação do Governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos aposentados. Criado pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, o Conselho de Previdência, ao longo do tempo vem aperfeiçoando sua atuação no acompanhamento e na avaliação dos planos e programas que são realizados pela administração, na busca de melhor desempenho dos serviços prestados à clientela previdenciária.
	
	ORAL TRF2
	
	20) Quem compõe este Conselho Nacional de Previdência Social?
Resposta:
O Conselho Nacional de Previdência Social possui gestão quadripartite, com a participação do Governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos aposentados.
	
	
	
	SEGURIDADE SOCIAL
	
	ORAL TRF1
	
	1) O sistema previdenciário brasileiro é formado por quais regimes?
Resposta:
O sistema previdenciário brasileiro é formado pelo regime principal, de participação obrigatória e composto pelo Regime Próprio de Previdência (aplicável aos servidores públicos) e o Regime Geral de Previdência Social, e o pelo regime complementar, de participação facultativa e integrado pelo regime complementar oficial (Fundos de Pensão) e o regime complementar privado. 
	
	ORAL TRF1
	
	2) Quanto ao sistema de inclusão previdenciária, quais foram os trabalhadores beneficiados neste sistema?
Resposta:
A EC 41/03 alterou o artigo 201, acrescentando o p. 12 para estabelecer um sistema especial de inclusão previdenciária, destinado a trabalhadores de baixa renda, a fim de lhes garantir acesso a benefícios no valor equivalente a 1 salário mínimo. Em 2005, nova alteração do texto constitucional estendeu tal tratamento aos trabalhadores sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. Nesse sistema, determina o constituinte que haja tratamento diferenciado em relação às alíquotas (reduzida de 20% para 11%) e carências aplicados aos demais segurados do regime geral de previdência social. No âmbito infraconstitucional, o sistema foi implantado com a edição da LC 123/2006, que realizou alterações na redação das Leis 8.212/91 e 8.213/91. A MP 529/2011 estendeu tal benefício aos microempreendedores individuais, estabelecendo a contribuição com alíquota reduzida de 5%. Em relação aos domésticos a regulamentação ocorreu somente com a edição da Lei 12.470/2011.
	
	ORAL TRF1
	
	12) Me fale sobre a EC 47 da CF e a novidade que ela trouxe no sistema de inclusão previdenciária.
Resposta:
A novidade trazida pela EC 47 foi a previsão do trabalhador doméstico sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, na chamada inclusão previdenciária. Juntamente com os demais trabalhadores baixa renda a eles é garantido o acesso aos benefícios previdenciários no valor igual a um salário-mínimo havendo sujeição a alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral. 
	
	Oral TRF2
	Seguridade Social 
	10) Seguridade: qual o conceito mais singelo que se poder oferecer?
Resposta:
Seguridade (social) é sinônimo de segurança (social), de amparo (social). A Constituição da República, em seu artigo 195, define a seguridade social como “um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. 
	
	Oral TRF2
	Seguridade Social
	1) Por que a CF engloba a Assistência, a Saúde e a Previdência na figura da Seguridade social?
a. Qual a diferença entre elas?
b. A CF reconhece a miserabilidade diante desta distinção? É possível concluir que a Constituição reconhece a miserabilidade em território brasileiro com base nos seguintes preceitos: (i) art. 3º, I – objetivo fundamental: erradicar a pobreza e a marginalização; (ii) art. 6º - direito social: assistência aos desamparados; (iii) art. 203, V – garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
Resposta:
Segundo Marcelo Tavares, “o direito da seguridade destina-se a garantir, precipuamente, o mínimo de condição social necessária a uma vida digna, atendendo ao fundamento da República contido no art. 1º, III, da CRFB/88.” Por conseguinte, pode-se afirmar que o englobamento da saúde, da previdência e da assistência sob o mesmo rótulo (seguridade social) representa um reconhecimento constitucional da igual importância desses direitos para a ordem social. A saúde e a assistência são formas de amparo não contributivas, ao contrário da previdência, que é essencialmente contributiva. Comparadas previdência e assistência, pode-se dizer que a constituição reconhece a miserabilidade em prol da assistência, ordinariamente voltada ao amparo de pessoas que sequer encontram acolhida no âmbito familiar. O princípio do altruísmo, ou da solidariedade, permeia a seguridade social notadamente no âmbito do custeio, haja vista o sistema de repartição, que se opõe ao da capitalização. 
4) Qual a distinção entre seguridade social e as três figuras saúde, assistência e previdência social?
Resposta:
A seguridade social é um dos capítulos da ordem social. Enquanto gênero, a seguridade social compreende três espécies: a saúde (não contributiva), a previdência social (contributiva) e a assistência social (não contributiva). A saúde volta-se para todos, indistintamente. A previdência, por sua vez, volta-se aos trabalhadores. A assistência social, por fim, volta-se as desamparados (CF, art. 6º), donde se extrai que a Constituição reconhece, na distinção entre previdência e assistência, a miserabilidade como critério norteador desta.
	
	Oral TRF5
	Seguridade Social - Previdência x Saúde x Assistência
	06) Seguridade social: distinguir as três estruturas: cobertura do risco, estrutura organizacional e técnicas utilizadas.
Resposta:
As três estruturas da seguridade social são:
(A) SAÚDE: (i) risco: “redução do risco doença e de outros agravos” – CF, art. 196; (ii) estrutura: “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único” – CF, art. 198; (iii) técnica: acesso universal – CF, art. 196;
(B) PREVIDÊNCIA: (i) risco: doença, invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade, desemprego involuntário; (ii) estrutura: regime geral de previdência social, regime de previdência privada, regimes próprios de previdência; (iii) técnica: tutela do trabalhador e seus dependentes;
(C) ASSISTÊNCIA: (i) risco: desamparo social; (ii) estrutura: descentralização político-administrativa – CF, art. 204, I; (iii) técnica: a quem dela necessitar.
	
	Oral TRF2
	Saúde - Plurianual
	2) Existe plano de saúde plurianual? Há um planejamento em relação a isso?
3) Há positivação desse conteúdo programático?
Resposta:
Por plano de saúde plurianual, acredita-se, pode-se entender a parcela do plano plurianual (espécie de lei orçamentária) que é especificamente voltada ao tema da saúde, haja vista trata-se de um programa de duração continuada (CF, art. 165, § 1º). Considerando-se as três espécies de leis orçamentárias (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual), pode-se dizer que e execução orçamentária da saúde é, sim, planejada, assim como qualquer outra política, nos termos da positivação iniciada pelo artigo 165 da Constituição da República.9) Há previsão de plano de saúde plurianual ou é planejado a cada exercício financeiro?
Resposta:
A saúde é matéria que integra o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei orçamentária anual, donde de conclui que o planejamento não ocorre a cada exercício financeiro.
	
	Oral TRF2
	Saúde - Ressarcimento - Planos Privados
	5) Já ouviu falar da figura do ressarcimento ao SUS? Do que cuida essa temática?
 Dentro da definição de que a saúde atende a todos indistintamente, essa cobrança seria legítima ou não? Haveria quebra da isonomia no sentido de quem tem um plano de saúde vai ter que arcar com aquele determinado valor? Haveria uma quebra dessa “coluna vertebral” da Constituição que independe dessa contrapartida?
Resposta:
O instituto do ressarcimento ao SUS é previsto no artigo 32 da Lei nº 9.656/98, o qual prevê, em síntese, que as operadoras de planos privados de saúde devem ressarcir o SUS quando a pessoa, ao invés de realizar o procedimento na rede privada, procura o serviço público de saúde. Quem sustenta a legitimidade do instituto afirma que o mesmo se fundamenta da vedação de enriquecimento sem causa das operadoras de planos de saúde, já remuneradas pelo particular para arcar com o procedimento realizado pelo SUS. Fato é, porém, que se verifica uma hipótese de remuneração pelo serviço público de saúde, ainda que mediada pela operadora, o que, em princípio, vai de encontro à diretriz constitucional da gratuidade.
6) Tendo em vista que essa cobrança é feita do prestador (plano de saúde), não implicaria - uma vez o empresário sabedor de que lá na frente vai haver esse ressarcimento - em um repasse nos valores do plano de saúde, onerando mais ainda quem tem o plano de saúde ou não? Não ocorreria esse efeito perverso?
Resposta:
Em tese, é possível que as operadoras de planos de saúde, antevendo o ressarcimento ao SUS, repassem o valor do ressarcimento ao consumidor, que, além de onerado ainda mais, estaria indiretamente pagamento pelo serviço público de saúde. Tal fato pode, no jogo dos argumentos, ser ponderado em prol da ilegitimidade do instituto do ressarcimento ao SUS.
	
	Oral TRF2
	Sáude - LC 141
	8) A recente lei complementar 141/2012 prevê a aplicação mínima de recursos para a saúde. Existe vinculação do PIB do país para a aplicação mínima de recursos para a saúde? Pode haver essa vinculação? A Constituição autorizaria ou de alguma maneira isto estaria comprometendo o desenvolvimento do país?
Resposta:
Sim, a vinculação existe (Art. 5º A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual). Considerando o § 2º deste preceito, segundo o qual “em caso de variação negativa do PIB, o valor de que trata o caput não poderá ser reduzido, em termos nominais, de um exercício financeiro para o outro”, pode-se concluir que a fórmula adotada pelo legislador pode comprometer o desenvolvimento do país, pois a manutenção do valor orçamentário nominal implica, diante da inflação, na redução dos investimentos públicos na saúde sob uma perspectiva substancial.
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	01) Distinga os três sistemas da seguridade social, com base na CF e nas Leis 8212 e 8213.
Resposta:
Nos termos do art. 194 da Constituição Federal, a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Saúde, previdência e assistência, nos termos constitucionais, são os três sistemas da seguridade, apresentando cada um as suas particularidades.
A saúde tem a característica de ser universal, assim entendida como uma prestação a ser conferida a todo o indivíduo que dela necessitar, sem que para tanto tenha que verter uma contribuição específica para o sistema. O seu custeio, em geral, é feito de forma indireta por toda a sociedade, mediante o pagamento de tributos, e a prestação do serviço independe de qualquer ato formal de inscrição ou filiação. Nos termos constitucionais, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantia mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Já a previdência social tem como traço marcante o caráter contributivo, bem como a filiação obrigatória (art. 201, CF/88) objetivando a cobertura de riscos sociais como doenças, invalidez, morte e idade avançada, garantindo-se, além disso, proteção à maternidade, proteção ao trabalhador no caso de desemprego involuntário, salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes do segurado de baixa renda, pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
Por sua vez, a assistência social é o sistema que, tal qual a saúde, independe de custeio direto por parte do beneficiário. Seu objetivo, no entanto, é outro. Não trata de implementar políticas públicas de saúde, mas sim de assegurar, a quem dela necessitar, benefícios assistenciais e serviços que têm como objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice, o amparo às crianças e adolescentes carentes, a promoção da integração ao mercado de trabalho, a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária, assegurando, ainda, um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.Em linhas gerais, são essas as principais distinções.
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	02) Distinga os três subsistemas da seguridade social quanto à cobertura dos riscos, estrutura organizacional e técnicas utilizadas.
Resposta:
Quanto à cobertura dos riscos, além de cada subsistema ser destinado a cobrir riscos específicos, é preciso considerar que a previdência cobre apenas os riscos daqueles que vertem contribuições para o sistema, ao passo que a saúde e a assistência independem de contribuição específica por parte daquele que necessita, sendo o custeio realizado por meio de tributos, por toda a sociedade.
Quanto à estrutura organizacional, a Constituição prevê que a seguridade social como um todo deve ter caráter democrático e descentralizado, mediante gestão quadripartite, com a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados. A Previdência compete ao Ministério da Previdência, a Saúde ao Ministério da Saúde e a Assistência ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. As ações entre os três são integradas, para melhor desempenho das atividades.
No tocante às técnicas utilizadas, o que mais importa destacar é que a previdência cobre riscos sociais para aqueles que a ela vertem contribuições, ao passo que a saúde é de caráter universal, devendo ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuições diretas (há contribuição indireta, mediante o pagamento de tributos) e a assistência, de maneira geral, também independe de contribuição direta.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA SEGURIDADE SOCIAL
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF5
	Princípios
	01) Quais os princípios da seguridade social?
Resposta:
Os princípio da seguridade social são: (i) universalidade da cobertura e do atendimento; (ii) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; (iii) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; (iv) irredutibilidade do valor dos benefícios; (v) equidade na forma de participação do custeio; (vi) diversidade da base de financiamento; (vii) caráter democrático e descentralizadoda administração; (viii) precedência da fonte de custeio; (ix) orçamento diferenciado; (x) solidariedade.
	
	Oral TRF2
	P do Altruísmo / Solidariedade
	14) Como o princípio altruístico permeia a seguridade social? Podemos afirmar que o princípio do orçamento diferenciado é uma decorrência natural do princípio altruístico ou é um princípio que tem um grau de autonomia/independência em relação a ele?
Resposta:
O princípio altruístico, também denominado de princípio da solidariedade, permeia a seguridade social notadamente no campo do custeio, pois a pessoa que verte contribuição para a seguridade não o faz em benefício próprio, mas em benefício de outrem necessitado (sistema de repartição). Por sua vez, o princípio do orçamento diferenciado assegura à seguridade um orçamento próprio, distinto daquele previsto para a União (CF, art. art. 165, § 5º, III). Traçando um paralelo entre os princípios, pode-se dizer que o orçamento diferenciado reforça o caráter solidário do custeio, sendo possível vislumbrar um liame entre ambos.
	
	Oral TRF5
	P do Altruísmo / Solidariedade
	04) Dê exemplos de aplicação do princípio da solidariedade pelo STF?
Resposta:
O Supremo Tribunal Federal, ao reconhecer a constitucionalidade da contribuição sobre os proventos de aposentadoria e pensões concedidas pelos regimes próprios de previdência (CF, art. 40, § 18), valeu-se expressamente do princípio da solidariedade.
	
	Oral TRF5
	P do Altruísmo / Solidariedade - Limites no subsistema da seguridade social
	02) Quais os limites e alcance da solidariedade em cada um dos subsistemas da seguridade social? É dizer: como se aplica o princípio da solidariedade na saúde, assistência e previdência?
Resposta:
O princípio da solidariedade se manifesta nos subsistemas da seguridade social notadamente no âmbito do custeio, pois aqueles que vertem contribuição não o fazem para si, para outrem necessitado. Outrossim, na saúde, pode-se vislumbrar na prioridade de atendimento aos casos de urgência e emergência notas de altruísmo. Na previdência, a existência de benefícios exclusivos ao cidadão de baixa renda demonstra solidariedade. A assistência, por fim, é altamente solidária, visto que prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição.
	 
	Questão CESPE
	 
	É possível a aplicação imediata de novo teto previdenciário fixado por emenda constitucional aos benefícios pagos com base em limitador anterior, considerados os salários de contribuição utilizados para os cálculos iniciais, pois não se trata de majoração do valor do benefício sem a correspondente fonte de custeio, mas apenas da declaração do direito de o segurado ter a sua renda mensal de benefício calculada com base em limitador mais alto.
	
	Oral TRF3
	P da Contrapartida
	1) É possível a criação de benefícios previdenciários sem a devida fonte de custeio?
Resposta:
Não é possível, sob pena de violação ao § 5º do artigo 195 da Constituição da República: “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total”.
2) Existe algum outro dispositivo que seja permitido a criação de benefício sem previsão de custeio? Há alguma exceção?
Resposta:
Não se tem conhecimento de alguma exceção constitucional à regra da contrapartida (CF, art. 195, § 5º).
	 
	Questão TRF1
	Princípio da contrapartida
	D) Conforme previsão constitucional, nenhum benefício ou serviço da seguridade social ou de previdência privada poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- princípio da contrapartida (art. 195, § 5º, CF) não se aplica à previdência privada.
	STF
	599 - Rep. Geral
	P Irredutibilidade do Benefício
	É possível a aplicação imediata do novo teto previdenciário trazido pela EC 20/98 e pela EC 41/2003 aos benefícios pagos com base em limitador anterior, considerados os salários de contribuição utilizados para os cálculos iniciais. 
	 
	Questão TRF1
	P Irredutibilidade do Benefício
	C) A CF, em dispositivo dotado de autoaplicabilidade, inovou no ordenamento jurídico ao assegurar, para os benefícios concedidos após a sua vigência, a correção monetária de todos os salários de contribuição considerados no cálculo da renda mensal inicial.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- redação atual (após EC 20) do § 3º do art. 201 determina a correção monetária dos salário de contribuição, NA FORMA DA LEI (norma de eficácia limitada). Mas atenção, a redação original do dispositivo não determinava, de forma expressa, que seria “na forma da lei”. 
REDAÇÃO ATUAL
[CF, art. 201. § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)]
REDAÇÃO ORIGINAL
[CF, art. 201. § 3º - Todos os salários de contribuição considerados no cálculo de benefício serão corrigidos monetariamente.
	
	Oral TRF1
	P. da Filiação - P do Equilíbrio Financeiro e atuarial
	3) O que são o princípio da filiação e princípio do equilíbrio financeiro e atuarial?
Resposta:
Carlos Castro e João Lazzari lecionam que o princípio da filiação “estabelece a filiação compulsória e automática de todo e qualquer indivíduo trabalhador no território nacional a um regime de previdência social, mesmo que contra sua vontade, e independentemente de ter ou não vertido contribuições; a falta de recolhimento das contribuições não caracteriza ausência de filiação, mas inadimplência tributária”. Sobre o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial, Marina Vasques Duarte diz: “também o caput do artigo 201 determina seja preservado o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, devendo ser observada a relação entre custeio e pagamento de benefícios, a fim de mantê-lo em condições superavitárias. Com base nesse princípio, a Lei nº 9.876/99 trouxe o Fator Previdenciário.”
	 
	Questão TRF1
	Equilíbrio atuarial - Aliquota - P Legalidade
	A) Os critérios de cálculo de alíquota de contribuição à previdência oficial relativos a equilíbrio financeiro e atuarial não devem ser necessariamente estabelecidos por lei em sentido formal.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
	TNU
	Súm 25
	Revisão dos benefícios previdenciários - Art. 58 ADCT
	Súmula 25 TNU
A revisão dos valores dos benefícios previdenciários, prevista no art. 58 do ADCT, deve ser feita com base no número de salários mínimos apurado na data da concessão, e não no mês de recolhimento da última contribuição.
	
	Oral TRF1
	P. da Universalidade - Aspecto Objetivo x Subjetivo
	1) O que o candidato sabe sobre o princípio da universalidade da cobertura (aspecto objetivo) e do atendimento (aspecto subjetivo)?
2) O que você entende pela universalidade da seguridade social?
Resposta:
Sobre o princípio da universalidade, André Sette leciona: “Pode-se, pois, promover uma divisão desde princípio em universalidade de atendimento (aspecto subjetivo) e universalidade de cobertura (aspecto objetivo). Tomado sob a concepção subjetiva, quer dizer que as normas e ações devem buscar abranger o maior número de pessoas possíveis (brasileiros, natos e naturalizados, e também os estrangeiros residentes no Brasil), em síntese, a população brasileira. Visto sob o segundo aspecto (objetivo), busca abranger o maior número de hipóteses e situações a serem objeto de cobertura pela seguridade social.”
	
	Oral TRF2
	P. Seletividade e Distributividade
	7) Quais são os conceitos de seletividade e distributividade no âmbito da previdência? Esse critério da distributividade tem algum critério posto, positivado ou isso fica à discricionariedade? Já existe algum padrão ou modelo que o Poder Público siga ou em cada caso poderá fazer uma opção durante um determinado período de tempo para prestar serviço? Isso é regrado ou não? Se recorda de algum parâmetro de alguma destas legislações? A lei 8.080, por exemplo, o que ela prevê?
Resposta:
Sobre o tema, Marcelo Tavares diz: “Enquanto, objetivamente,a universalidade determina que o Estado procure proteger o homem da maior gama possível de riscos, a seletividade possibilita a ponderação dos critérios de atendimento pela necessidade, dando vantagem aos mais carentes. Com a aplicação do princípio da seletividade, prestações específicas de saúde, previdência e assistência social podem ser destinadas de forma diferenciada. Por exemplo, é o que ocorre com o salário-família, benefício previdenciário do Regime Geral de Previdência. Prestação considerada não essencial no sistema, somente é devida aos segurados de mais baixa renda (art. 201, IV). Nas prestações de saúde, o princípio da distributividade fará com que algumas prestações mais urgentes recebam prioridade em relação a outros tratamento quanto à implementação massificada. E mesmo os serviços de assistência social poderão prever atendimentos em graus variados de urgência”.
	
	Oral TRF1
	P. da Uniformidade
	4) O que o senhor entende por uniformidade e equivalência dos benefícios urbanos e rurais? 
Resposta:
Comentado o princípio em questão, Marina Vasques Duarte diz: “modificando o sistema securitário anterior à Constituição Federal de 1988, onde se criou proteção diversa para a população urbana e rural, a nova ordem eleita determina que deverão ser postos à disposição idênticos benefícios e serviços para ambas as populações, sendo cobertos os mesmos eventos em sistema semelhante.”
	
	Oral TRF5
	P. da Defesa do Hipossuficiente (in dúbio pro misero)
	05) O princípio da defesa do hipossuficiente (in dúbio pro misero), aplicável ao direito previdenciário, não vulnera a imparcialidade do juiz?
Resposta:
Um dos métodos de controle da imparcialidade do magistrado é o dever de fundamentar as decisões. Sendo assim, desde que devidamente fundamentada – leia-se, de acordo com as provas produzidas nos autos –, a decisão que se vale da solução pro misero não implica em violação à imparcialidade. A dúvida, portanto, há de ser fundada, devendo o magistrado expor pormenorizadamente tal situação.
	
	Oral TRF5
	P. da Defesa do Hipossuficiente (in dúbio pro misero)
	03) A jurisprudência brasileira tem adotado regras específicas de interpretação do Direito Previdenciário?
Resposta:
Considerando que “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum” (art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), a jurisprudência brasileira vem adotando a denominada solução pro misero, como se verifica, por exemplo, na relativização da exigência de início de prova material para o denominado trabalhador boia-fria, dada a precariedade das suas condições de trabalho. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA
	 
	 
	 
	 
	STJ 3aS
	Emagis
	Competência - MS - Ratione personae - Acidente do trabalho
	A competência da Justiça Federal em se cuidando de mandado de segurança é definida ratione personae (CF, art. 109, VIII), e não de acordo com a matéria deduzida. Por isso, ainda que uma ação previdenciária de um segurado contra o INSS, fundada em acidente de trabalho, seja, de fato, da alçada estadual, mercê da parte final do inciso I do art. 109 da CF, a verdade é que, em sede de mandado de segurança, a circunstância de a matéria de fundo tangenciar a ocorrência de um acidente de trabalho não afasta a incidência do art. 109, VIII, da CF, se a autoridade coatora for federal. (CC 69016)
	STF Pleno
	Rep Geral 22
	Execução
	A competência da Justiça do Trabalho, nos termos do disposto no art. 114, VIII, da CF, limita-se à execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores objeto de acordo homologado que integrem o salário de contribuição, não abrangendo, portanto, a execução de contribuições atinentes ao vínculo de trabalho reconhecido na decisão, mas sem condenação ou acordo quanto ao pagamento das verbas salariais que lhe possam servir como base de cálculo (“Art. 114. ... VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;"). A contribuição social referente ao salário cujo pagamento não foi objeto da sentença condenatória, e, portanto, não está no título exeqüendo, ou não foi objeto de algum acordo, dependeria, para ser executada, da constituição do crédito pelo magistrado sem que este tivesse determinado o pagamento do salário, que é exatamente a causa e a base da sua justificação.
	 
	Questão CESPE
	 
	A justiça comum estadual tem competência para processar e julgar ação de justificação judicial para habilitação de benefício previdenciário, mesmo na hipótese de o domicílio do justificante não ser sede de vara federal, uma vez que se trata de competência delegável dos juízes federais. 
	STJ - 2aS
	361
	Competência
	Compete à Justiça Federal, e não a Juizado Especial Federal, processar e julgar a ação de declaração de ausência com a finalidade de percepção de benefício previdenciário, uma vez que é necessária a citação editalícia. 
	STJ – 3aS
	CC 107734
	Competência
	A Terceira Seção desta Corte pacificou o entendimento de que o pedido relativo à revisão do benefício de pensão por morte, ainda que decorrente de acidente de trabalho, é da competência da Justiça Federal, por se tratar de benefício eminentemente previdenciário. (o benefício de pensão por morte tem natureza diversa do benefício acidentário, ainda que advenha da conversão de uma aposentadoria por invalidez de natureza acidentária em função de morte por natureza diversa)
	STJ
	Jurisp
	Competência
	O julgamento da ação revisional de benefício decorrente de acidente de trabalho é de competência da justiça estadual.
	STJ - 6aT
	441
	Competência - Reconhecimento de união estável para fins previdenciários - Justiça Estadual
	É competente a justiça estadual para o processamento e julgamento do feito relativo ao reconhecimento da existência de união estável, ainda que para obtenção de benefício previdenciário.
	STJ
	 
	Competência - Reconhecimento de união estável para fins previdenciários - Justiça Estadual
	Há recente precedente jurisprudencial do STJ, tomado com base em Súmula do ex-TFR, declarando a competência da Justiça Estadual para o reconhecimento de união estável visando ao recebimento de benefício previdenciário. 
“CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PREVIDENCIÁRIO E CIVIL. JUÍZO FEDERAL E JUÍZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL, PARA FINS DE OBTENÇÃO DE PENSÃO POR MORTE. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. 1. De acordo com a Súmula 53 do extinto TFR, 'compete à Justiça Estadual processar e julgar questões pertinentes ao Direito de Família, ainda que estas objetivem reivindicação de benefícios previdenciários'. 2. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo de Direito da Vara de Família e Sucessões de Varginha - MG, ora suscitante.” (STJ. CONFLITO DE COMPETENCIA – 104529, DJ: 08/10/2009)
	STJ - 2aS
	455
	Competência - Justiça Comum Estadual - Pacto firmado com instituição de previdência privada (auxílio cesta-alimentação)
	reafirmando a competência da Justiça comum para o julgamento das demandas que buscam o cumprimento do pagamento do auxílio cesta-alimentação em complementação de aposentadoria privada. Esse entendimento baseia-se em jurisprudência deste Superior Tribunal segundo a qual a Justiça estadual é competente para julgar ações em que o pedido e a causa de pedir decorram de pacto firmado com instituição de previdência privada devido à natureza civil da contratação, que somente envolve, de maneira indireta, aspectos trabalhistas.
	 
	Questão TRF1
	Competência - Complementação de aposentadoria - Prividência privada
	E) Compete à justiça federal julgar ação de complementação de aposentadoria em que se objetive a complementação de benefício previdenciário, caso o pedido e a causa de pedir decorram de pactofirmado com instituição de previdência privada.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- CC 116.228 – STJ 2aS - Consoante jurisprudência remansosa deste Superior Tribunal de Justiça, é competente a Justiça Estadual para processar e julgar ação em que o pedido e a causa de pedir decorram de pacto firmado com instituição de previdência privada, tendo em vista a natureza civil da contratação, envolvendo tão-somente de maneira indireta os aspectos da relação laboral, entendimento que não foi alterado com a promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	BENEFÍCIÁRIOS DO RGPS
	 
	 ORAL TRF2
	 
	 21) Se o bacharel em Direito se Inscreve na ordem e é professor universitário, ele está no regime geral. Neste caso pode contribuir como beneficiário facultativo?
Resposta:
No texto constitucional há a vedação de o segurado do Regime Próprio de Previdência contribuir para o Regime Geral como facultativo. Na hipótese de segurado obrigatório do Regime Geral, como é o caso da questão, a Lei 8.213/91, não traz vedação expressa quanto a sua contribuição como facultativo, havendo previsão nesse sentido somente no art. 11 do Decreto 3.048/99.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SEGURADOS
	 
	 
	 
	 
	-
	Doutrina
	Segurados
	O menor aprendiz é considerado empregado para fins de filiação ao RGPS.
	
	ORAL TRF2
	
	3) Quais são os segurados para efeitos de inscrição no sistema geral de previdência?
Resposta:
No Regime Geral de Previdência Social há os segurados obrigatórios caracterizados pelo exercício de atividade remunerada e integrados pelo segurado empregado, segurado empregado doméstico, segurado avulso, segurado especial e contribuinte individual. Também há os segurados facultativos; e os segurado facultativo, caracterizado como sendo aquele que não exerce atividade remunerada. 
	
	ORAL TRF2
	
	4) Dê uns três exemplos de segurado facultativo.
Resposta:
Pessoas com mais de 16 anos que não têm renda própria, mas decidem contribuir para a Previdência Social. Por exemplo: donas-de-casa, estudantes, síndicos de condomínio não-remunerados, desempregados, presidiários não-remunerados e estudantes bolsistas.
	 
	 ORAL TRF2
	 
	 5) A condição de bolsista para fins de segurado facultativo tem que está segurado em lei?
Resposta:
Segundo disposição prevista no Decreto que estabelece o Regulamento da Previdência Social, somente será considerado como segurado facultativo o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa conforme as disposições da a Lei no 11.788/2008. Se o desempenho das atividades estiver em desacordo com tal legislação o bolsista será considerado segurado obrigatório (empregado).
	
	ORAL TRF2
	
	6) O que se entende pelo segurado expatriado? Aqueles que prestam serviço no exterior. O vínculo é obrigatório.
Resposta:
O segurado expatriado é aquele que exerce atividade fora do Brasil. Pode ser empregado ou contribuinte individual. É empregado quando é brasileiro ou estrangeiro residente no territorial nacional, contratado por empresa privada fora do Brasil (deve ser uma empresa nacional – art. 11, I, f, Lei 8.213/91). É contribuinte individual quando a pessoa é brasileira que exerce atividade em organismo internacional (Ex: OMS), mas se representar a União, deixa de ser contribuinte individual e será empregado (art. 11, I, e, Lei 8.213/91).
	
	ORAL TRF2
	
	7) Se o brasileiro trabalha no exterior, tem um vínculo de trabalho, ele está obrigado a se inscrever no sistema previdenciário brasileiro como segurado obrigatório?
Resposta:
Se trabalhar para empresa brasileira (hipótese de expatriado), será caracterizado como segurado obrigatório (empregado). Se essa não for sua situação, em sendo um país com o qual o Brasil tenha acordo de previdência social, estando vinculados à previdência do país em que trabalha, poderá aproveitar suas contribuições realizadas no exterior ao postular o benefício aqui. Se não houver esse tratado, será possível que haja contribuição no regime geral de previdência social na condição de segurado facultativo.
	
	ORAL TRF2
	
	8) O que é filiação em termos de previdência? A filiação é compulsória para quem exerce atividade remunerada?
Resposta:
Filiação é o vínculo jurídico estabelecido entre o segurado e a previdência social. As pessoas que são filiadas são as pessoas físicas. As pessoas jurídicas não são filiadas. A filiação será obrigatória para todos que exercerem atividade remuneratória, sendo hipótese de filiação facultativa para aquele que não é segurado obrigatório que deseja integrar a previdência. Na filiação obrigatória, há o imediato ingresso no sistema previdenciário, independendo da vontade do segurado. Na filiação facultativa, fica ao livre alvedrio da pessoa manter-se ou não no sistema previdenciário, dependendo exclusivamente da sua vontade. Decerto quando alguém exerce atividade remunerada, mesmo de forma autônoma, estará filiado ao RGPS, independentemente de desejar fazê-lo, desde que a aludida atividade esteja incluída no regime em comento.
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	04) Qual a diferença entre inscrição e filiação ao RGPS?
Resposta:
A filiação ao RGPS é a relação jurídica que liga uma pessoa natural à União, através do Ministério da Previdência Social, bem como ao Instituto Nacional do Seguro Social, que tem o condão de incluí-la no RGPS na condição de segurada, tendo a eficácia de gerar obrigações (a exemplo do pagamento de contribuições previdenciárias) e direitos (como a percepção dos benefícios e serviços)”. Trata-se de direito do segurado, que se estabelece, em regra, automaticamente com o exercício de atividade laborativa remunerada (para os segurados obrigatórios, vez que os facultativos precisam inscrever-se para que estabeleçam o vínculo da filiação).
A idade mínima para a filiação é aos 16 anos ou, excepcionalmente, aos 14 anos, na condição de aprendiz. No entanto, “de acordo com o entendimento administrativo do INSS, a atividade sujeita à filiação obrigatória exercida com idade inferior à legalmente permitida, será considerada como tempo de contribuição, a contar de 12 anos de idade, desde que comprovada mediante documento contemporâneo em nome do próprio segurado”.
Por sua vez, a “inscrição e o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização”. Trata-se de ato formal, que em regra ocorre após a filiação. No caso dos segurados facultativos, é formalidade indispensável para que se estabeleça o vínculo decorrente da filiação, bem como o pagamento da primeira contribuição previdenciária (filiação do facultativo caracterizada após a inscrição e o pagamento da primeira contribuição).
(Transcrições retiradas de Direito e processo previdenciário sistematizado, de Frederico Amado)
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	05) Pode haver filiação sem inscrição?
Resposta:
Sim e isso é muito comum (o trabalhador ser contratado mas não ter sua carteira de trabalho assinada nem ser registrado perante o INSS). Isso, contudo, para os segurados obrigatórios, não impede o estabelecimento do vínculo com o RGPS, que independe do ato formal de inscrição. Assim, uma vez encerrada a relação de trabalho, nada impede o ajuizamento de ação própria para o reconhecimento de direitos trabalhistas e, por conseguinte, dos previdenciários que lhe são decorrentes, obrigando-se o empregador ao recolhimento de contribuições eventualmente não pagas, sem prejuízo de o segurado gozar dos benefícios a que fizer jus.
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	06) Inscrição pode ocorrer antes da filiação?
Resposta:
Não há impedimento para tanto e, no caso dos segurados facultativos, a inscrição necessariamente deve preceder à filiação.
Em se tratando de segurados obrigatórios, não há óbice à inscrição prévia, embora, mesmo sem essa inscrição, já se estabeleça o vínculo entre o segurado e o RGPS a partir do início do exercício de atividade laborativa.
O mais importante, portanto, é o exercício da atividade(que caracteriza a filiação), mesmo porque, efetuada a inscrição, mas sem que qualquer atividade laborativa esteja sendo realizada, haverá a mera inscrição, sem o vinculo da filiação.
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	07) É necessária a inscrição dos dependentes ou apenas dos segurados?
Resposta:
Tanto segurados quanto dependentes precisam inscrever-se perante o INSS. Especificamente a inscrição do dependente do segurado, ela deve ocorrer quando do requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação de documentos.
	
	ORAL TRF2
	
	10) O preso pode ser segurado facultativo ou obrigatório?
Resposta:
Enquanto há o recebimento de benefício, no caso, o auxílio-reclusão, haverá a manutenção da qualidade de segurado. Segundo o Regulamento da Previdência Social, será considerado como segurado facultativo tanto (i) o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social (art. 11, p. 1o, IX, Decreto 3.048/99), como (ii) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria (art. 11, p. 1o, XI, Decreto 3.048/99).
	
	ORAL TRF2
	
	18) E para efeito de contribuição previdenciária quem é que a lei ordinária equipara a empresa, a empregador, quem ela considera empregador, portanto empresa, o órgão da administração? E na iniciativa privada quem faz?
Resposta:
Nos termos do parágrafo único do artigo 15 da Lei 8.212/91, equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.
	
	ORAL TRF2
	
	18) Em termos previdenciários, qual o conceito de empresa e empregador doméstico? Qual seria a diferença entre o empregador empresa e o empregador doméstico?
Resposta:
Considera-se como empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional (art. 15, I, Lei 8.212/91). Por sua vez, entende-se como empregador doméstico a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico (art. 15, II, Lei 8.212/91).
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	03) Segurado especial receber acima do salário mínimo, é possível?
Resposta:
Sim, é possível. A lei n. 8.213 estabelece em seu art. 29, § 6º que o benefício do segurado especial será equivalente a um salário mínimo, mas permite benefício de valor maior, caso haja contribuição facultativa e cumprimento de carência (12 ou 180 contribuições), conforme o benefício requerido
(art. 29, § 6º. O salário-de-benefício consiste: § 6º O salário-de-benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao salário mínimo, ressalvado o disposto no inciso II do art. 39 e nos §§ 3º e 4º do art. 48)
(Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão: II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social). 
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	10) Perde a qualidade de segurado o segurado especial que trabalha em regime de economia familiar e contrata empregado?
Resposta:
Não necessariamente. A lei n. 8.212/91 estabelece, como regra, que o segurado especial deve trabalhar em regime de economia familiar, mas admite o auxílio eventual de terceiros a título de colaboração, bem como a contratação de empregados, limitada 120 pessoas/dia ano civil, de maneira contínua ou intercalada ou por tempo equivalente em horas de trabalho (art. 12, § 8ª). Assim, é possível que um segurado especial contrate uma pessoa/ano por até 120 dias, duas pessoas/ano por até 60 dias, três pessoas/ano por até 40 dias e assim sucessivamente. 
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	11) E se durante o ano civil ele contratou 120 empregados, ele perde a qualidade de segurado?
Resposta:
Se durante todo o ano civil ele manteve contratados esses 120 empregados, ele perderá a qualidade de segurado. No entanto, se os 120 empregados foram contratados na proporção permitida pela lei 8.212/91 (120 pessoas/dia ano civil), ele estará dentro do permissivo legal, mantendo a qualidade de segurado. Para tanto, cada um desses 120 empregados deverá ter trabalhado apenas um dia, pois, trabalhando mais que isso, perde-se a proporção estabelecida pela lei.
	
	
	
	EMPREGADO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	EMPREGADO DOMÉSTICO
	 
	 ORAL TRF2
	 
	 17) A CF dispõe da forma de como irão contribuir com a seguridade social, depois esta disposição constitucional é regulamentada pela lei ordinária vai disciplinar quem serão estes contribuintes do lado do empregador e empregado, especificamente pra efeitos previdenciário qual a distinção entre o empregados comercial (empresa) e o doméstico (do lar)?
Resposta:
A legislação previdenciária trata de modo desigual os empregados domésticos (intitulados “segurados empregados domésticos”) que contribuem sob as mesmas regras e observados os mesmos limites de custeio dos empregados urbanos e rurais (chamados singelamente de “segurados empregados”). Vejamos, então, algumas diferenças: 1ª) O segurado empregado doméstico não tem direito ao salário-família. 2ª) A segurada empregada doméstica não recebe salário-maternidade além dos limites do teto previdenciário. 3ª) O segurado empregado doméstico não sofre (tecnicamente falando) acidente do trabalho. O art. 19 da Lei n. 8.213/91 restringe o conceito de acidente do trabalho ao estabelecer que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa [...]”. Assim, como o destinatário do serviço doméstico não é empresa, aos empregados domésticos não se aplicam os benefícios acidentários. Os domésticos sofrem apenas “acidente de qualquer natureza ou causa”, assim entendido, nos moldes do parágrafo único do art. 30 do Decreto n. 3.048/99, “aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional”. Diversas consequências, provêm daí: o doméstico não terá estabilidade quando retornar do afastamento motivado pelo acidente ocorrido no lugar de serviço e não terá direito a ver recolhido o FGTS no período de afastamento motivado pelo acidente (isso se o empregador garantiu o direito ao FGTS). 4ª) Os empregados domésticos não têm direito ao auxílio-acidente. 5º) O empregador doméstico não é obrigado por lei a pagar os quinze primeiros dias de afastamento por incapacidade do doméstico. 6º) Os domésticos não têm direito à aposentadoria especial.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	AVULSO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Segurado Avulso
	A) Ao segurado trabalhador avulso que tenha cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possa comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SEGURADO ESPECIAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DEPENDENTES
	 
	 
	 
	 
	TNU
	Súm 4
	Dependente - Lei 9.032/95
	Súmula 4 TNU
Não há direito adquirido à condição de dependente de pessoa designada, quando o falecimento do segurado deu-se após o advento da Lei 9.032/95.
	STJ - 3aS
	422
	Dependentes
	A Seção, por unanimidade, acolheu a preliminar de inconstitucionalidade doart. 16, § 2º, da Lei n. 8.213/1991, na redação da Lei n. 9.528/1997. Com este entendimento, volta o menor sob a guarda a ser dependente. 
 § 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
Redação anterior à Lei 9.528: Equiparam-se a filho, nas condições do inciso I, mediante declaração do segurado: o enteado; o menor que, por determinação judicial, esteja sob a sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e não possua condições suficientes para o próprio sustento e educação.
	STJ
	 
	Dependentes - Inscrição dos dependentes - Ausência - prescindibilidade
	“PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMPROVADA. AUSÊNCIA DE DESIGNAÇÃO EXPRESSA. PRESCINDIBILIDADE. REEXAME DE PROVAS. RECURSO ESPECIAL. 1. A exigência de inscrição dos dependentes do ex-segurado, nos termos da Lei 8.213/91, art. 17, § 1º, visa apenas facilitar a comprovação, junto à administração da autarquia previdenciária, da vontade do instituidor em elegê-los como beneficiários da pensão por morte, assim como a situação de dependência econômica; sua ausência não impede, entretanto, a concessão do benefício, se comprovados os requisitos por outros meios idôneos de prova. 2. "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial" (Súmula 07/STJ). 3. Recurso Especial não conhecido.” (STJ. RESP 269453, DJ: 09/10/2000, p. 201).
	 
	Questão TRF1
	Concubina
	C) O entendimento de que a existência de impedimento para o matrimônio, por parte de um dos pretensos companheiros, embaraça a constituição da união estável não se aplica para fins previdenciários de percepção de pensão por morte.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- STF Info 535 - concubina não pode ser considerada como dependente.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	BENEFÍCIOS RGPS
	
	ORAL TRF2
	
	11) Admite-se a cumulação de benefício do regime geral com o regime próprio de previdência? Exemplo?
Resposta:
Não há impedimento para cumulação de benefícios do regime próprio (estatutário) com o regime geral da previdência social (celetista, autônomo). Assim, se o segurado contribuir para os dois regimes (geral e próprio), poderá se beneficiar pelas duas aposentadorias. É o caso de um magistrado (contribui para o regime próprio da previdência) que ministre aulas em universidade particular (contribui como segurado obrigatório).
	
	ORAL TRF5- 2012
	
	08) O que se entende por período de graça?
Resposta:
O período de graça é o lapso temporal em que a pessoa mantém a qualidade de segurada, mesmo sem verter contribuições ao fundo previdenciário. Durante tal período o segurando, por expressa disposição legal, mantém todos os seus direitos perante a Previdência Social.
O período de graça é variável (tempo variável), indo de 3 a 36 meses ou, ainda, a não ter prazo, neste último caso, na específica situação em que o segurado está no gozo de benefício.
O regramento do tema consta do art. 15 da Lei n. 8.213/91.
	 
	 ORAL TRF5- 2012
	 
	 09) Pode ser concedido auxílio acidente durante o período de graça? E salário maternidade?
Resposta:
Considerando o disposto no parágrafo 3º do art. 15 da Lei n. 8.213/91, segundo o qual durante o período de graça o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social, entende-se que durante tal período é possível sim que o segurado perceba auxílio-acidente e salário-maternidade.
	STF
	Súm 687
	
	SÚMULA 687 STF
A revisão de que trata o art. 58 do ato das disposições constitucionais transitórias não se aplica aos benefícios previdenciários concedidos após a promulgação da constituição de 1988.
	TNU
	Súm 18
	Aposetadoria - Menor Aprendiz - Remuneração, ainda que indireta
	Súmula 18 TNU
Provado que o aluno aprendiz de Escola Técnica Federal recebia remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento da União, o respectivo tempo de serviço pode ser computado para fins de aposentadoria previdenciária.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
	 
	 
	 
	 
	TNU
	Súm 47
	Incapacidade parcial - Condições pessoais e sociais
	Súmula 47 TNU
Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por invalidez.
	STF
	Súm 217
	
	SÚMULA 217 STF
Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo.
	TNU
	Súm 53
	Auxílio-acidente - Incapacidade pré-existente - Reingresso
	Súmula 53 TNU
Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência Social.
	TNU
	Súm 65
	Cálculo do benefício
	Os benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez concedidos no período de 28/3/2005 a 20/7/2005 devem ser calculados nos termos da Lei n. 8.213/1991, em sua redação anterior à vigência da Medida Provisória n. 242/2005.
	TNU
	Súm 57
	Aposentadoria por invalidez - Salário de Benefício
	Súmula 57 TNU
O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez não precedida de auxílio-doença, quando concedidos na vigência da Lei n. 9.876/1999, devem ter o salário de benefício apurado com base na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo, independentemente da data de filiação do segurado ou do número de contribuições mensais no período contributivo.
	TNU
	Processo 2009.72.66.001857-1
	Aposentadoria por invalidez - Conversão em Aposentadoria por idade
	No Direito Previdenciário, não é possível a conversão de aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade quando o requisito etário somente foi atendido na vigência da Lei 8.213/91 (Lei de Benefícios da Previdência Social), por ausência de previsão legal. E ainda, o período no qual o segurado esteve em gozo de benefício por incapacidade somente poderá ser computado como tempo de contribuição se estiver intercalado com períodos de atividade.
	
	Oral TRF1
	Aposentadoria por invalidez - Grande invalidez
	6) Em que circunstância é devido o adicional de 25% sobre a aposentadoria por invalidez?
Resposta:
Será devido o adicional de 25% sobre a aposentadoria por invalidez quando o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa, se assim comprovado em perícia médica do INSS. O anexo I do RPS traz um rol de situações que ensejam o acréscimo: cegueira total, perda dos nove dedos das mão, paralisia de dois membros superiores ou inferiores, perda dos memima dos pés, quando a prótese for impossível, perda de uma das mão e dos dois pés, ainda que a prótese seja possível, dentre outras. Considerando que art. 45 da Lei 8.213/91, não lista as hipóteses em que o aposentado por invalidez fará jus ao acréscimo, entende-se que o referido rol é exemplificativo, pois não poderá o Regulamento prever todas em hipóteses que ensejem a necessidade de assistência permanente de outra pessoa. 
	
	Oral TRF1
	
	8) Este aposentado por invalidez pode exercer outro tipo de atividade?
NÃO. O pagamento da aposentadoria por invalidez é condicionada ao afastamento de todas as atividades laborativas do segurado. Em regra, para a concessão desse benefício, será imprescindível que o segurado esteja incapacitado de maneira total e permanente para o exercício do trabalho, bem como não haja possibilidade de ser reabilitado de forma plausível para outra atividade. 
14) Qual o tipo de aposentadoria que impede (o exercício de) atividade remunerada?
Resposta:
Aposentadoria por invalidez, pois nos termos da Lei 8.213/91, art. 42 a 47, a invalidez deve ser definida como a incapacidade laborativa total, indefinida e multiprofissional, insuscetível de recuperação e reabilitação profissional,que corresponde a incapacidade geral de ganho, em conseqüência de doença ou acidente. Logo, se a incapacidade é total, o beneficiário não pode voltar ao labor, sob pena de ser suspenso o benefício.
	
	Oral TRF1
	Aposentadoria por invalidez - Conversão - Aposentadoria por idade
	13) Aposentadoria por invalidez pode ser convertida em aposentadoria por idade?
Resposta:
O art. 55 do RPS admitia a transformação da aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade, a pedido do segurado desde que contasse com a carência e idade mínima, mas esse dispositivo foi revogado pelo Decreto 6722/2008, não se vislumbrando base legal para tanto. Inclusive, o entendimento administrativo do INSS é pela vedação da transformação para requerimentos efetivados a partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicação do Decreto 6.722/2008. Certamente, o que motivou a autarquia previdenciária a editar essa vedação é o fato de não aceitar o período de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez para cômputo da carência da aposentadoria por idade, ante a ausência do pagamento das contribuições previdenciárias.
Em sentido contrário, posiciona-se o TRF da 2ª, 3ª, 4ª Regiões e o TNU, entendendo que, apesar da inexistência de previsão legal, o período que o segurado percebeu benefício por incapacidade será considerado para fins de carência, em que pese inexistir o pagamento de contribuição previdenciária, pois o segurado esteve impedido de exercer atividade laboral. Nessa linha, os Tribunais tem sustentado a possibilidade de converter a aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade quando preenchidos os requisitos dessa última. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	APOSENTADORIA POR IDADE
	 
	 
	 
	 
	TNU
	Súm 44
	Aposentadoria por idade - Tabela progressiva (art. 142, L 8.213/91)
	Súmula 44 TNU
Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência prevista no art. 142 da Lei nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido posteriormente.
	 
	 
	Cumulação - Aposentadoria urbana e pensão rural
	PREVIDENCIÁRIO. ACUMULAÇÃO DE PENSÃO RURAL COM APOSENTADORIA URBANA. 1. A Lei 7604/87 estendeu à viúva de trabalhador rural morto anteriormente à vigência da LCP 11/71 e LCP 16/73 o direito à pensão previdenciária, mas com efeitos financeiros exigíveis somente a partir de 01.04.87, quando a referida lei entrou em vigor. 2. A LCP 16/73, art. 6, vedou unicamente a cumulação de benefícios previdenciários do sistema rural, não havendo óbice à cumulação de benefícios se um deles tem natureza urbana e o outro rural. 3. Não há que se falar em prescrição qüinqüenal se o benefício é deferido a partir da data do requerimento administrativo e o ajuizamento da ação deu-se menos de cinco anos após. 
-S 72 do TRF4: “é possível cumular aposentadoria urbana e pensão rural”.
	STF Pleno
	Rep Geral 6
	Aposentadoria
	Não é lícito aos segurados do INSS mesclar as vantagens de dois regimes distintos de aposentadoria (antes e depois da EC 20/98), beneficiando-se das vantagens decorrentes de um sistema híbrido.
	STJ - 3aS
	361
	Rural - Trabalho entre 12 e 14 anos
	O período de atividade rural em regime familiar para segurado com 12 até 14 anos de idade pode ser computado para a aposentadoria pelo princípio da universalidade da cobertura da seguridade social. Outrossim, a proibição do trabalho ao menor de 14 anos foi estabelecida em benefício do menor, não em seu prejuízo.
	 
	Questão TRF1
	Preenchimento dos requisitos - Não precisa ser simultâneo
	D) A perda da qualidade de segurado impede a concessão do benefício de pensão por morte, ainda que o de cujus, antes de seu falecimento, tenha preenchido os requisitos para a obtenção de qualquer aposentadoria.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- SÚMULA 416 STJ - É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.
	STJ – 3aS
	426
	Aposentadoria Idade
	Não é exigida a implementação simultânea dos requisitos legais para a concessão da aposentadoria por idade. É devido o benefício independentemente da posterior perda da qualidade de segurado à época em que preenchido o requisito da idade, desde que o obreiro tenha recolhido à Previdência Social o número de contribuições previstas na tabela disposta no art. 142 da Lei n. 8.213/1991.
	STJ - 5aT
	Resp 1115892
	Aposentadoria Rural
	É prescindível que o início de prova material abranja necessariamente o número de meses idêntico à carência do benefício no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, desde que a prova testemunhal amplie a sua eficácia probatória ao tempo da carência, vale dizer, desde que a prova oral permita a sua vinculação ao tempo de carência.
	 
	Questão TRF1
	Aposentadoria por idade - Contagem do tempo de auxílio-doença x tempo de auxílio-acidente
	C) Para a concessão de aposentadoria por idade, o tempo em gozo de auxílio-doença sempre pode ser computado para fins de carência, mas o tempo em gozo de aposentadoria por invalidez somente pode ser computado se intercalado com atividade.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
	
	Oral TRF1
	Aposentadoria por idade - Rural
	4) Qual a idade necessária para a aposentadoria para o produtor rural? E um pescador artesanal em quanto tempo de se faz a redução?
Resposta:
Em regra, a aposentadoria por idade será devida ao segurado homem que complete 65 anos de idade e a mulher com 60 anos de idade, desde que comprove a carência de 180 contribuições mensais pagas tempestivamente.
Conforme determinação constitucional, haverá redução de idade em cinco anos para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluído o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
	 
	 
	 
	 
	STF
	Súm 726
	Professor
	SÚMULA 726 STF
Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de aula.
⇨a súmula deverá ser analisada da seguinte forma: para efeito de aposentadoria especial de professores não se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de aula, salvo o de diretor.
	STF Pleno
	526
	Aposentadoria Professor
	Por maioria (7 a 4), conferiu interpretação conforme, no sentido de assentar que as atividades de direção, coordenação e assessoramento pedagógico de unidade escolar gozam do benefício de aposentadoria em 30 anos (homem) e 25 anos (mulher), desde que exercidas por professores. A Súmula 726 parece que merece uma releitura em face dessa decisão.
	STJ
	Súm 272
	Aposentadoria por tempo de contribuição - Trabalhador Rural
	Súmula 272 STJ
O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço, se recolher contribuições facultativas.
	STJ - 5aT
	424
	Tempo de Contribuição
	O segurado pode renunciar à sua aposentadoria e reaproveitar o tempo de contribuição para fins de concessão de benefício no mesmo regime ou em outro regime previdenciário, não necessitando devolver os proventos já percebidos; pois, enquanto perdurou a aposentadoria, os pagamentos de natureza alimentar eram indiscutivelmente devidos. (fenômeno da desaposentação)
	STF Pleno
	587
	Contagem Recíproca
	Por maioria (3 vencidos que reputaram ser caso de prova impossível), o STF negou a contagem de tempo de atividade rural para o qual não houve contribuição do segurado, argumentando com base no § 9º do art. 201 da CF (compensação dos regimes) - o caso foi de funcionário público se aposentando, e o TCU negou a contagem (MS para o STF, onde foi denegada a segurança).
	STJ
	Notícias
Pet 9231
	Desaposentação - Incidente de Uniformização- Suspensão dos processos 
	A jurisprudência do STJ admite a renúncia à aposentadoria para fins de concessão de novo benefício, sem que para isso seja necessária a devolução ao erário dos valores já recebidos. Com base nesse entendimento, o ministro Napoleão Nunes Maia admitiu o processamento do incidente de uniformização de jurisprudência suscitado por um aposentado, contra decisão da Turma Nacional de Uniformização (TNU) que aplicou entendimento contrário ao já consolidado pela Corte Superior. 
Ao analisar o caso, o ministro Napoleão Nunes observou que de fato existe a divergência interpretativa quanto à necessidade de devolução de valores em razão de renúncia de aposentadoria para fins de concessão de novo benefício, seja no mesmo regime ou em regime diverso. Diante disso, admitiu o processamento do incidente e determinou a suspensão de todos os processos com a mesma controvérsia.
	TNU
	
	
	Desaposentação. A desaposentação somente é possível mediante a devolução dos proventos já recebidos.
	TNU
	Súm 33
	Aposentadoria - Termo inicial do benefício - Preenchimento dos requisitos - Requerimento Administrativo - 
	Súmula 33 TNU
Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para concessão da aposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício.
	
	
	
	
	
	
	
	TEMPO DE SERVIÇO DA DOMÉSTICA
	
	
	
	
	TNU
	
	
	Em relação à comprovação do tempo de serviço da doméstica, para o período anterior à Lei nº 5.859/72 não precisa início de prova material, sendo suficiente a produção de prova testemunhal, inclusive baseada em declaração de ex-empregador, que é uma prova testemunhal reduzida à escrito.
	TNU
	
	
	Para o período posterior à referida lei, exige-se a apresentação de início de prova material contemporânea, não bastando para tal finalidade declaração de ex-empregador.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	APOSENTADORIA ESPECIAL
	 
	 
	 
	 
	TNU
	Súm 49 
	Tempo de serviço especial - Intermitência x permanência 
	Súmula 49 TNU
Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente.
	TNU
	
	Tempo de serviço especial - Intermitência x permanência
	Intermitência x permanência. 
Antes da Lei 9.032/95 a legislação se contentava com a exposição habitual e intermitente e 
depois passou a exigir exposição habitual e permanente.
	TNU
	
	Fator de conversão
	Fator de conversão. As normas relativas ao tempo de serviço são reguladas pela lei vigente à época em que a atividade especial foi prestada, consoante o princípio do tempus regit actum, devendo ser utilizado, igualmente, o fator de conversão definido na respectiva legislação.
	TNU
	
	Fator de conversão
	Coeficiente, multiplicador ou fator de conversão. Aplica-se 1,4 na conversão do tempo de serviço exercido somente após o advento do Dec. n. 357/91, não podendo a norma retroagir para alcançar períodos pretéritos.
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade
	Enquadramento por categoria profissional ou atividade. - Possibilidade de enquadramento apenas até o advento da Lei nº 9.032/95.
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade - Médico Sanitarista 
	Médico sanitarista tem direito ao reconhecimento de tempo de serviço especial por enquadramento por categoria profissional, independentemente de prova de efetiva exposição, até o advento da Lei nº 9.032/95.
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade - Vigia
	Vigia. O reconhecimento da especialidade pressupõe o uso de arma de fogo, conforme a inteligência da Súmula nº 26 da TNU.
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade - Ajudante de caminhão
	Ajudante de caminhão tem direito ao reconhecimento de atividade especial por enquadramento por categoria profissional, não sendo necessária a comprovação da insalubridade até a Lei 9.032/95.
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade - Vidreiro
	Vidreiro tem direito ao reconhecimento de atividade especial por enquadramento por categoria profissional, não sendo necessária a comprovação de agente nocivo até a Lei 9.032/95
	TNU
	
	Categoria Profissional / atividade - Serviços gerais de limpeza e higienização de ambientes hospitalares
	Trabalhador que desempenha serviços gerais de limpeza e higienização de ambientes hospitalares tem direito à contagem especial do seu tempo de serviço por enquadramento por categoria profissional, nos termos do Decreto n. 53.831/64.
	TNU
	
	Enquadramento por exposição a agente nocivo.
	Enquadramento por exposição a agente nocivo.
O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP serve como documento hábil à comprovação de agentes nocivos, mesmo em caso de ruído, se prevê o seu nível, dispensando a apresentação de laudo técnico.
	TNU
	Súm 68
	Laudo Pericial - Não contemporâneo ao período trabalhando
	O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado.
	TNU
	Súm 9
	Enquadramento por exposição a agente nocivo - Ruído
	Súmula 9 TNU
O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.
	TNU
	
	Enquadramento por exposição a agente nocivo - Ruído
	Ruído. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) no caso de ruído não descaracteriza a especialidade.
	TNU
	
	Enquadramento por exposição a agente nocivo - Periculosidade
	Periculosidade.
até a Lei nº 9.032/95 - Cabe o enquadramento por atividade.
Entre a Lei nº 9.032/95 e o Decreto nº 2.172/97 - cabe apenas o enquadramento por exposição a agente nocivo periculoso.
A partir do Dec. nº 2.172/97 - que regulamentou a Lei nº 9.032/95, deixou de existir tempo de serviço especial por exposição a agentes periculosos.
	TNU
	
	Tempo de serviço especial - Professor
	Do professor. Possibilidade de conversão do tempo de serviço especial do professor após a EC nº 18/81.
	TNU
	
	Servidor estatutário ex-celetista
	Servidor estatutário ex-celetista. Possibilidade de conversão do tempo de serviço especial de ex-celetista para fins de concessão de aposentadoria de servidor estatutário.
	STJ - 5aT
	412
	Tempo de Contribuição
	Para a caracterização e comprovação do tempo de serviço (especialmente no que se refere ao serviço em condições especiais), aplicam-se as normas vigentes ao tempo em que o serviço foi efetivamente prestado.
	 
	 
	Aposentadoria especial - Comprovação - Direito intertemporal
	1) período de 1960 até 29.04.1995, o reconhecimento da especialidade dava-se através do enquadramento da categoria profissional do segurado aos róis constantes dos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79, nos termos do que previa a Lei nº 3.807/60 – LOPS. Durante este período, contudo, admitia-se também, supletivamente, que a especialidade da atividade fosse provada mediante a comprovação da efetiva exposição durante a jornada de trabalho, mesmo que de forma intermitente, a agentes perigosos ou agressivos, físicos, químicos ou biológicos, cuja prova deveria ser feita mediante laudo técnico. Nesse exato sentido era o teor da Súmula nº 198 TFR: “Atendidos os demais requisitos, é devida a aposentadoria especial, se perícia judicial constata que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em regulamento.”
obs.: para algumas situações (como ruído e calor), sempre se exigiu a medição técnica, não sendo aplicada pura e simplesmente a regra do enquadramento da categoria profissional do trabalhador, exigindo-se para todo o período trabalhado, mesmo que anterior a 29.04.1995, a comprovação das condições especiais por Laudo Técnico Pericial.
2) depois da Lei nº 9.032/95 (29.04.1995): passou a ser sempre necessária a comprovação, em cada caso, da exposição permanente, não ocasional nem intermitente, aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicosou sua associação, pelo tempo mínimo previsto em lei. Deste modo, a caracterização de determinado tempo de serviço como especial passou a depender não mais de sua inclusão no rol do decreto regulamentar, mas sim da efetiva demonstração de que a atividade desenvolvida submetia seu executor a condições potencialmente prejudiciais à saúde ou à integridade física.
A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos, desde a vigência da Lei nº 9.032/95, foi feita por diversos formulários distintos (SB-40, DISES BE 5235, DSS 8030, e o DIRBEN 8030). Hoje, entretanto, todos foram substituídos pelo Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP, a ser emitido pela empresa ou seu preposto com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho (art. 58, § 1º, da Lei nº 8.213/91 e art. 68, § 2º, do RPS).
	TNU STJ
	Súm 32
	Ruído - alteração dos parâmetros pelas legislações ao longo do tempo
	Súmula nº 32 da TNU.
 O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir de 5 de março de 1997, na vigência do Decreto n. 2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003.
STJ
1. O tempo de serviço é regido pela legislação em vigor ao tempo em que efetivamente exercido, o qual é incorporado ao patrimônio jurídico do segurado, que não pode sofrer prejuízo em virtude de inovação legal. 6. Uma vez que o tempo de serviço rege-se pela legislação vigente ao tempo do efetivo exercício, não há como atribuir retroatividade à norma regulamentadora sem expressa previsão legal, sob pena de ofensa ao disposto no artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil. 7. Recurso especial parcialmente provido. (STJ. RESP 1105630, DJE: 03/08/2009).
	 
	 
	Frio - trabalho intermitente - descaracterização do trabalho como especial somente após a Lei 9.032/95
	foi a Lei nº 9.032/95 que, conferindo nova redação ao § 3º do art. 57 da Lei nº 8.213/91, passou a prever que “A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.” 
Antes desta alteração legislativa, segundo vem entendendo a jurisprudência, a legislação contentava-se com a exposição habitual, mesmo que intermitente.1. Apenas a partir da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, que alterou a redação do 3º do art. 57 da Lei nº 8.213/91, passou a ser exigida, para fins de configuração da atividade em condições especiais, a comprovação do seu exercício em caráter permanente. (PEDILEF nº 2006.71.95.021405-5/RS, Rel. Juiz Fed. Derivaldo de F. B. Filho, DJ 22.04.2009).
	doutrina 
	emagis
	Calor - comprovação da exposição ainda que antes da lei de 1995
	Conforme já foi dito acima, parcela da doutrina e da jurisprudência entende que, para o agente nocivo “calor”, sempre haveria de se exigir prova técnica a demonstrar a especialidade do trabalho, inclusive para o período anterior a 29.04.1995 (em relação ao agente nocivo “ruído” essa exigência é reconhecida pacificamente). Ocorre que na hipótese proposta pelo EMAGIS, o autor da ação não simplesmente fundamentava sua pretensão na exposição a tal agente nocivo. Ele, além disso, enquadrava-se em categoria profissional que, por ser situação anterior à lei de 95, presumia a situação de trabalho exercido em condições especiais. 
“(...) O reconhecimento do tempo especial depende da comprovação do trabalho exercido em condições especiais que, de alguma forma, prejudique a saúde e a integridade física do autor, mediante a legislação aplicável ao tempo da efetiva prestação dos serviços. III. A atividade desenvolvida pelo autor, de 09.05.1994 a 05.03.1997, pode ser reconhecida como especial, pois enquadrada no Decreto 83.080/79, sob código 2.5.1 – ‘Indústrias Metalúrgicas e Mecânicas - forneiros, mãos de forno, reservas de forno, fundidores, soldadores, lingoteiros, tenazeiros, caçambeiros, amarradores, dobradores e desbastadores. Rebarbadores, esmerilhadores, marteleteiros de rebarbação.’ (...)” (TRF3. APELREE 968484, DJF3: 29/04/2010).
	 
	 
	Periculosidade
	Conforme vem entendendo a TNU, a “periculosidade”, como fator justificador para o reconhecimento do trabalho como especial para fins previdenciários, foi admitida apenas até o advento da Lei nº 9.032/95. Na realidade, por ter sido a regulamentação desta lei efetivada pelo Decreto nº 2.172/97, o referido enquadramento do trabalho especial por exposição a situação perigosa é aceito até a edição deste ato regulamentar, que veio revogar as tabelas dos anexos do Decreto nº 53.831/64 e do Decreto nº 83.080/79. É que o Decreto nº 2.172/97, deixando de enumerar as ocupações profissionais tidas como insalubres, penosas ou perigosas, limitou-se a listar os agentes considerados nocivos ao trabalhador, considerados como tais apenas os de natureza química, física ou biológica, ou sua combinação, não havendo qualquer menção ao fator periculosidade.
	TNU
	Súm 26
	Aposentadoria Especial - Vigilante
	Súmula 26 TNU
A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7. do Anexo III do Decreto n. 53.831/64.
	TNU
	 
	Vigilante - direito intertemporal - Lei 9.032/95 x Lei 9.528/97 x Decreto 2.172/97
	1. Incidente de uniformização oferecido em face de acórdão que não reconheceu como especial o tempo de serviço prestado pelo autor na função de vigilante, após o advento da Lei nº 9.032, de 28.04.1995.2. Esta Turma Nacional, através do enunciado nº 26 de sua súmula de jurisprudência, sedimentou o entendimento de que “A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de guarda, elencada no item 2.5.7. do Anexo III do Decreto n. 53.831/64”. Mediante leitura do precedente desta TNU que deu origem à súmula (Incidente no Processo nº 2002.83.20.00.2734-4/PE), observa-se que o mesmo envolvia situação na qual o trabalho de vigilante fora desempenhado entre 04.07.1976 e 30.09.1980. 3. O entendimento sedimentado na súmula desta TNU somente deve se estender até a data em que deixaram de viger as tabelas anexas ao Decreto nº 53.831, de 1964, é dizer, até o advento do Decreto nº 2.172, de 05.03.1997. 4. A despeito de haver a Lei nº 9.032, de 28.04.1995, estabelecido que o reconhecimento de determinado tempo de serviço como especial dependeria da comprovação da exposição a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, não veio acompanhada da regulamentação pertinente, o que somente veio a ocorrer com o Decreto nº 2.172, de 05.03.1997. Até então, estavam a ser utilizadas as tabelas anexas aos Decretos 53.831, de 1964, e 83.080, de 1979. A utilização das tabelas de tais regulamentos, entretanto, não subtraía do trabalhador a obrigação de, após o advento da citada Lei nº 9.032, comprovar o exercício de atividade sob condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. 5. Com o Decreto nº 2.172, de 05.03.1997, deixou de haver a enumeração de ocupações. Passaram a ser listados apenas os agentes considerados nocivos ao trabalhador, e os agentes assim considerados seriam, tão-somente, aqueles classificados como químicos, físicos ou biológics. Não havia no Decreto nenhuma menção ao item periculosidade e, menos ainda, ao uso de arma de fogo. 6. Compreende-se que o intuito do legislador – com as Leis nº 9.032, de 1995, e 9.528, de 1997 – e, por extensão, do Poder Executivo – com o Decreto mencionado – tenha sido o de limitar e reduzir as hipóteses que acarretam contagem especial do tempo de serviço. Ainda que, consoante vários precedentes jurisprudenciais, se autorize estender tal contagem a atividades ali não previstas (o próprio Decreto adverte que “A relação