Buscar

RESUMO DE IMUNOLOGIA BÁSICA - VOL 2

Prévia do material em texto

O complexo principal de 
h is tocompat ib i l idade 
(MHC) tem como princi-
pal função processar os 
antígenos transformando 
estes em peptídeos anti-
gênicos e apresentar na 
superfície celular, permi-
tindo o reconhecimento 
dos Linfócitos T, resultan-
do na ativação da respos-
ta imune adaptativa. 
O MHC de classe I está 
presente em todas as 
células nucleadas e pro-
cessa antígenos intrace-
lulares, apresentando o 
peptídeo para os linfóci-
tos T CD8+ , que tem a 
função de induzir a apop-
tose dessas células alvo. 
O MHC de classe II, por 
sua vez, está presente 
nas células apresentado-
ras de antígenos e pro-
cessa antígenos extrace-
lulares, apresentando o 
peptídeo para os linfócitos 
T CD4+, que tem a função 
de induzir uma resposta 
imune em outras células 
efetoras, como por exem-
plo, ativar os linfócitos B a 
produzirem anticorpos, 
dentre outras funções 
essências para o funcio-
namento adequado do 
sistema imunológico. 
Na figura ao lado pode-
mos observar: 
a) P r o c e s s a m e n t o 
antigênico pelo 
MHC de classe I. 
b) P r o c e s s a m e n t o 
antigênico pelo 
MHC de classe II. 
 
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE 
RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
A resposta imune humoral 
é baseada nas funções 
efetoras dos anticorpos 
livres, ou seja, os anticor-
pos produzidos e secreta-
dos pelos plasmócitos 
(célula que se diferencia 
de um Linfócito B ativo). 
Conta com 3 mecanismos 
de ação: 
1. Neutralização: em que 
o anticorpo se liga ao antí-
geno impedindo que este 
infecte uma célula ou até 
mesmo, impedindo a dis-
seminação da infecção 
após a morte de uma cé-
lula infectada. O processo 
de neutralização é válido 
também para toxinas. 
2. Opsonização: processo 
em que os anticorpos se 
ligam aos receptores da 
porção Fc dos fagócitos, 
enviando sinais que libe-
ram a capacidade fagocíti-
ca destes leucócitos, ace-
lerando e melhorando a 
fagocitose do antígeno. 
3. Citotoxicidade Celular 
Dependente de Anticorpo 
(ADCC): reconhecimento 
do alvo pelo anticorpo 
(porção Fab) e posterior 
ligação da porção Fc ao 
receptor das células efe-
toras (macrófagos, eosi-
nófilos e células NK), que 
ao serem ativadas, libe-
ram grânulos com subs-
tâ n c i a s c i to t ó x i c a s 
(enzimas, EROs, perfori-
nas, citocinas e etc), que 
vão destruir o alvo por 
citotoxicidade. 
VOLUME 02 BIOMEDICINA 
IMUNOLOGIA 
CONTEÚDO ESPECIAL: 
• COMPLEXO PRINCIPAL DE 
 HISTOCOMPATIBILIDADE 
• RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
• RESPOSTA IMUNE CELULAR 
• VACINAS 
• TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• DOENÇA AUTOIMUNE 
• IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES 
• REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
 ANO 2017 
Página 1 
A resposta imune celular é 
mediada pelos Linfócitos T, 
após o reconhecimento 
antigênico através do MHC. 
Os linfócitos T CD4+ ao 
serem ativados se diferen-
ciam em Th1 ou Th2 de-
pendendo da citocina en-
volvida neste processo. 
Os Th1 trabalham em favor 
da fagocitose e tem como 
principal função ativar ma-
crófagos, neutrófilos e esti-
mular os Linfócitos B a 
produzirem anticorpos op-
sonizantes. 
Os Th2 trabalham de forma 
contrária ao Th1, portanto, 
podem inibir a atividade 
dos macrófagos, ativar os 
eosinófilos e estimulam os 
Linfócitos B a produzirem 
anticorpos neutralizantes e 
também anticorpos da 
classe IgE. 
Em contra partida, os Lin-
fócitos T CD8+ (CTL) tem 
uma função muito específi-
ca dentro da resposta imu-
ne, que é induzir a apopto-
se das células-alvos 
(células infectadas). 
Para isso, conta com eta-
pas importantes, que po-
dem ser visualizadas na 
imagem ao lado. 
1.Reconhecimento antigê-
nico e ativação do CTL 
2.Migração dos grânulos 
(Perforinas e Granzimas) 
3.Exocitose dos grânulos, 
no qual as granzimas 
entram na célula-alvo 
pelos canais feitos pelas 
perforinas e ativam as 
capazes que induzem a 
apoptose. 
4. Desprendimento do 
CTL 
5. Apoptose da célula-
alvo. 
rância Central e Tolerância 
Periférica. 
A tolerância central, é reali-
zada durante o processo de 
maturação nos órgãos pri-
mários (Medula óssea para 
os Linfócitos B e Timo para 
os Linfócitos T), utiliza os 
mecanismos de Edição, 
Anergia e Deleção. 
A tolerância periférica, que 
é realizada nos órgãos se-
cundários, utiliza mecanis-
A tolerância imunológica 
pode ser considerada como 
um processo de “controle 
de qualidade”, em que os 
Linfócitos B e T são subme-
tidos. Tem a finalidade de 
evitar que estes se tornem 
autorreativos e reconheçam 
componentes do próprio 
organismo como um agen-
tes es t ranho (auto -
antígenos). 
Pode ser dividida em Tole-
mos de anergia e deleção 
para os linfócitos B, en-
quanto, utiliza de anergia, 
deleção e supressão 
(mediada pelos Linfócitos T 
reg) para os linfócitos T. 
Edição é o processo no qual 
os receptores autorreativos 
são editados e corrigidos. 
Anergia é quando as células 
se mantém aptas a reco-
nhecer autoantígenos, no 
entanto, não tem a capaci-
RESPOSTA IMUNE CELULAR 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
VACINAS 
um resposta imune protetora 
de longa duração. 
As vacinas da imunização 
ativa podem ser produzidas 
utilizando: 
1. Organismos vivos 
atenuados, ou seja, o 
antígeno é um micror-
ganismo vivo, porém, 
sem a capacidade de 
induzir a patologia. 
Induzem uma alta 
imunidade e de longa 
duração 
2. Organismos mortos, 
ou seja, o antígeno é 
um microrganismo 
morto através de 
agentes químicos 
ou físicos, porém 
sem que haja alte-
rações na sua es-
trutura. 
3. Macromoléculas, 
que são vacinas 
produzidas com 
toxóides, polissa-
carídeos da capa 
bacteriana ou por 
proteínas recombi-
nantes dos antíge-
nos. 
 
As vacinas tem como 
finalidade induzir uma 
resposta imunológica pa-
ra prevenir ou limitar in-
fecções. Utiliza tanto os 
componentes da resposta 
imune humoral, quanto da 
resposta imune celular. 
Pode ser classificada em 
imunização passiva, que 
promove uma resistência 
temporária promovida 
pela transferência de anti-
corpos e imunização ati-
va, em que é administra-
do antígenos ao indivíduo 
com o objetivo de induzir 
“ A vacina tem 
como finalidade 
induzir uma 
resposta 
imunológica para 
prevenir ou 
limitar infecções” 
Página 2 
dade de desenvolver a 
reposta imune por falta de 
co-estimuladores. 
Deleção é a indução da 
apoptose das células au-
torreativas. 
Supressão é quando as 
células T reguladoras con-
trolam a ação dos linfóci-
tos T autorreativos, inibin-
do assim a resposta imu-
nológicas destas células. 
Apesar de não serem completa-
mente conhecidos, acredita-se 
que a autoimunidade é conse-
quência de uma junção de fato-
res, entre eles: fatores genéti-
cos, associados à fatores exter-
nos (ambientais e infecciosos) e 
somados com uma falha na tole-
rância imunológica. 
As doenças autoimunes podem 
ser classificadas em localizadas, 
quando apenas um tecido 
(órgão) é afetado e sistêmicas, 
quando mais de um tecido pode 
ser afetado. 
A resposta autoimune é a mes-
ma utilizada na reposta imune 
contra os demais antígenos. 
Tem a participação ativa da res-
posta imune adaptativa, utilizan-
do anticorpos, linfócitos B, linfó-
citos T CD4+ e linfócitos T CD8+ 
e dependendo da doença autoi-
mune um ou mais desses com-
ponentes imunológicospodem 
estar ativos. 
E essas respostas podem ser 
melhor divididas em: 
1. Autoanticorpos séricos. 
2. Deposição de autoanti-
corpos e sistema comple-
mento nos tecidos afeta-
dos. 
3. Infiltrados de células nos 
tecidos afetados. 
DOENÇAS AUTO-IMUNES 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES 
B) Aguda: ocorre em 
dias ou semanas 
após o transplante e 
é o tipo de reação 
mais comum nos 
transplantes, media-
da principalmente 
pelas células T (CTL) 
que levam a lesão 
vascular 
C) Crônica: ocorre em 
meses ou anos após 
o transplante e leva a 
perda progressiva da 
função do enxerto. 
Nos transplantes, pode ocor-
rer rejeição ao enxerto e este 
fenômeno é considerado imu-
nológico porque apresenta 
especificidade, memória e é 
mediada pelos linfócitos. 
 A rejeição do enxerto pode 
ser classificada em: 
A) Hiperaguda: ocorre 
minutos após o trans-
plante e tem como 
característica trombo-
se nos vasos do en-
xerto e necrose isquê-
mica. 
Página 3 
Fonte: Livro - Imunologia: Volume 2 - 2a Edição - Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010. 
Fonte: Borges-Osório, Robinson, 2002 
“De gênio e louco todo mundo tem um pouco” 
Trata-se de uma afirmação conhecida e bem propagada, mas também do título de um dos livros mais 
famosos do escritor Augusto Cury e no decorrer dos capítulos, pode-se observar diversas frases de efeito, 
que trazem uma reflexão sobre o quanto a vida pode ser vista por diversas maneiras e para enxergamos o 
belo, basta a mudança de perspectiva. 
É tudo muito maior e mais complexo do que podemos compreender, tudo mais belo e extraordinário do que 
podemos ver com nossa visão limitada por preconceitos, ignorância e individualismo. Existem regras, leis e 
julgamento para tudo, somos condicionados a viver para nos enquadrar em padrões pouco realísticos, para 
nos adequar a regras e exigências de uma sociedade cada vez menos humanitária. Vivemos sobre o peso 
constante de “agradar o outro” e esquecemos que o principal é estar bem. 
Estar bem consigo, com sua forma de pensar e agir, seu corpo, suas roupas e coisas, feliz com os 
relacionamentos que você tem, sem ultrapassar o limite da outra parte. Com a consciência tranquila de que 
você fez e procura sempre fazer o bem, impactar as pessoas com seu amor e sua atenção. E caso haja algo 
em você que te deixa insatisfeito, corra atrás da mudança, mas não para se encaixar ou agradar terceiros, 
mas porque o processo de mudança vai gerar em você força e habilidades que te tornarão uma pessoa 
mais completa e satisfeita. 
Porque no fim das contas, quando você finge ser o que não é, está apenas enganando e machucando a si 
mesmo, está perdendo a oportunidade de fazer da sua vida uma coleção de momentos memoráveis e 
felizes, afinal, acredito que a felicidade está dentro de nós e só extraímos ela quando entendemos que ela 
não está condicionada a padrões e circunstâncias. 
 
“Você acorda, levanta, reclama e faz tudo igual 
Luta para ser aceito, notado e sair no jornal 
Corre atrás do vento como uma maquina imortal 
Morre sem curtir a vida e jura ser uma pessoa normal 
 
Olha pra mim e me diz com ironia social 
Eis aí um maluco, um sujeito anormal 
Sim, mas não vivo como você em liberdade condicional 
Sou o que sou, uma mente livre, um louco genial”. 
 
Trecho do livro: De gênio e louco todo mundo tem um pouco - Augusto Cury 
 
CONVERSA FRANCA 
Página 4 
Adriana Carolina Rodrigues Almeida Silva 
acr_almeida@hotmail.com

Continue navegando