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* * TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM BOVINOS DE CORTE UNIVERSIDADE DE RIO VERDE – FESURV FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA * * HISTÓRICO Essa biotécnica começou a ser utilizada no mundo em 1974 e no Brasil no final da década de 70 e início dos anos 80. Na década de 80 o maior volume de trabalho era em gado de leite e na década de 90 em animais europeus e zebuínos de corte. * * INTRODUÇÃO A Transferência de Embriões (TE) é uma técnica que consiste na estimulação hormonal dos ovários de uma fêmea de alto valor genético (doadora), seguida da inseminação artificial, para a obtenção de vários embriões, que serão coletados e transferidos para fêmeas receptoras. Desta forma, uma fêmea que naturalmente produziria apenas um bezerro por ano tem a possibilidade de produzir de 10 a 20 produtos anuais, sem a necessidade de gestação e parto. * * TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES A TE é empregada com sucesso como uma importante ferramenta para o melhoramento genético, pois permite a multiplicação do material genético de fêmeas de alto valor, de forma rápida, além de facilitar o transporte e a comercialização de material genético por meio de embriões congelados. * * TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES Apesar de sua importância, esta técnica ainda é pouco difundida, e poucos profissionais encontram-se atuando de forma bem sucedida, em relação à demanda potencial do Brasil. * * PERFIL DA DOADORA Podem ser superovuladas novilhas a partir do primeiro ano de idade, vacas acima de 60 dias pós-parto e vacas solteiras. Deve-se tomar cuidado com a dosagem hormonal utilizada em novilhas, para que não haja reação exagerada. * * PERFIL DA DOADORA Vacas entre a segunda cria e 8 anos de idade costumam dar as melhores respostas e vacas mais velhas apresentam uma média inferior de produção embrionária . Existem exemplos de vacas com 18 anos de idade que produziram embriões satisfatoriamente, evidenciando longevidade reprodutiva em certos indivíduos ou famílias. * * TÉCNICA A recuperação dos embriões se dá através da lavagem uterina com meios próprios, através de uma sonda acoplada a um equipo, que é conectado a um filtro onde são retidos os embriões. * * RESPOSTA A produção de embriões depende de fatores como: Se a doadora é vaca ou novilha. Vacas costumam produzir, em média 6-7 embriões viáveis por coleta e novilhas entre 4-5. Escore corporal – deve ficar entre 2,5 e 3,5 em uma escala de zero a 5. Evitar animais excessivamente magros ou obesos. Raça. Produção. Seleção através da população de folículos primários. * * CUIDADOS Emprenhar a doadora após 2 ou 3 superovulações. Acompanhar a doadora para que sejam tratados eventuais quadros císticos. Lavar o útero de forma que todas as estruturas sejam recuperadas. Aplicar prostaglândina após a colheita para acelerar a involução dos corpos lúteos. * * VANTAGENS Obtenção de 1 cria por mês, em média, ao invés de uma cria por ano como acontece com a IA ou a monta natural. Possibilidade de congelar os embriões fazendo um banco genético que pode ser utilizados em diferentes locais e épocas do ano. * * VANTAGENS Possibilidade de bipartir os embriões e fazer com que das metades implantadas obtenha-se 50% de gestação ou 100% dos embriões originais. O embrião é uma maneira bastante segura para se comercializar genética entre diferente países ou regiões, desde que se obedeça as normas sanitárias preconizadas pela IETS (International Embryo Transfer Society). * * DESVANTAGENS Depender da utilização de hormônios que alteram os ovários morfologicamente e fisiologicamente. Necessidade de um elevado número de aplicações hormonais em momentos pré-estabelecidos. Não há um controle das reações de cada animal à superovulação podendo haver crescimento exagerado dos ovários, bem como ausência de resposta. * * DESVANTAGENS Não podem ser trabalhados animais pré-púberes por essa técnica, ao contrário da PIVE (Produção In Vitro de Embriões). Dificuldade ou até mesmo ausência de captação dos oócitos ovulados pelas fímbrias, principalmente em reações exageradas. * * CUSTO O custo final do embrião bem produzido dependerá do valor do sêmen e do número de doses utilizadas. Atualmente, temos protocolos que permitem utilizar ½ dose de sêmen por doadora ou 1 dose para cada 2 doadoras. Excetuando o sêmen, o custo do embrião viável produzido está ao redor de R$500,00, somando –se os custos com hormônios. * * DESAFIOS Reduzir a quantidade de sêmen necessária para obtenção dos embriões viáveis. Melhorar o aproveitamento do sêmen sexado. Descobrir marcadores genéticos que possam identificar através do DNA as matrizes capazes de responder satisfatoriamente mesmo antes de serem superovuladas. * * DESAFIOS Descobrir protocolos mais simples onde não haja necessidade de conter a doadora tantas vezes para as aplicações hormonais. Obter um maior percentual de embriões viáveis em relação ao total de estruturas recuperadas no lavado que, hoje, está ao redor de 60%. Utilizar de forma mais eficiente o grande número de folículos primários presentes nos ovários das doadoras.Existem muitas matrizes, principalmente zebuínas, que não exteriorizam adequadamente seu potencial para produção de embriões.
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