Manual de Boas práticas de bezerros

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BOAS PRÁTICAS NO MANEJO DEBOAS PRÁTICAS NO MANEJO DE
BEZERROS DE CORTEBEZERROS DE CORTE
 Visando uma alta eficiência na produção, as vacas presentes na propriedade
devem parir um bezerro todo ano e o mesmo se desenvolver, para assim render bons
lucros. Um bezerro que nasce e não sobrevive resulta em saldo negativo, decorrente do
alto investimento em toda a fase da vaca desde emprenhar até a parto,
proporcionando para ela dietas balanceados, pasto muitas vezes da melhor qualidade,
dentre outros insumos ofertados no decorrer dos 9 meses, destacando que o custo de
uma vaca cujo bezerro morreu é bastante superior ao daquela que não concebeu. 
 Ao nascer o bezerro necessita de cuidados que colaboram para seu
desenvolvimento e sobrevivência, sendo eles compreendidos como o comportamento
materno-filial, assim sendo os cuidados com a cria após o nascimento, incluindo todas
as atividades da mãe em relação à cria a fim de aumentar as chances de
sobrevivência, tais manejos contribuem para o resultado positivo , trazendo
efetivamente lucros para propriedade.
Escore de condição corporal das matrizes 
 O peso da vaca influência no seu potencial reprodutivo o que afeta
diretamente se irá emprenhar e segurar a prenhez. Segundo Machado et.al (2008) , a
estimativa do estado nutricional dos ruminantes de interesse zootécnico por meio da
avaliação da condição corporal é uma medida subjetiva baseada na classificação dos
animais em função da cobertura muscular e da massa de gordura, ou seja, estima por
meio de avaliação visual e/ou tátil, com o objetivo de controlar ou disponibilizar
alimentação e suplementação, incluindo nos períodos pré e pós parto, garantindo uma
boa gestação e desenvolvimento do feto. O ECC pode ser classificado da seguinte
forma:
ECC = 1 – Debilitada
A vaca está extremamente magra, sem
nenhuma gordura detectável sobre os processos
vertebrais espinhosos e os processos
transversos, e sobre os ossos da bacia e as
costelas. A inserção da cauda e as costelas
estão bastante proeminentes. A seleção de
matrizes bovinas nesse caso é inviável.
ECC = 2 – Pobre
A vaca ainda está muito magra, mas a inserção
da cauda e as costelas estão menos projetadas.
Os processos espinhosos continuam
proeminentes, mas nota-se alguma cobertura
de tecido sobre a coluna vertebral. A seleção de
matrizes bovinas nesse caso ainda é inviável
ECC = 3. Magra
As costelas ainda estão individualmente
perceptíveis, mas não tão agudas ao toque.
Existe gordura palpável sobre a espinha, sobre a
inserção da cauda e alguma cobertura sobre os
ossos da bacia.
 
ECC = 4 – Limite
A individualização das costelas é menos óbvia.
Os processos espinhosos podem ser
identificados com o toque, mas percebe-se que
estão mais arredondados. Existe um pouco de
gordura sobre as costelas, sobre os processos
transversos e sobre os ossos da bacia.
ECC = 5 – Moderada
O animal possui boa aparência geral. A gordura
sobre as costelas parece esponjosa à palpação
e as áreas nos dois lados da inserção da cauda
apresentam gordura palpável.
ECC = 6 – Moderada boa.
É preciso aplicar pressão firme sobre a espinha
para sentir os processos espinhosos. Há
bastante gordura palpável sobre as costelas e
ao redor da inserção da cauda.
ECC = 7 – Boa.
A vaca tem aparência gorda e claramente
carrega grande quantidade de gordura. Sobre
as costelas sente-se uma cobertura esponjosa
evidente e também ao redor da inserção da
cauda. Começam a aparecer “cintos” e “bolas”
de gordura. Nota-se alguma gordura ao redor
da vulva e na virilha.
ECC = 8 – Gorda
A vaca está muito gorda. É quase impossível
palpar os processos espinhosos. O animal
possui grandes depósitos de gordura sobre as
costelas, na inserção de cauda e abaixo da
vulva. Os “cintos” e as “bolas” de gordura são
evidentes.
Cuidados ao nascimento
Definir pessoas para os partos1.
Horas iniciais a mãe da assistência ( lambendo para retirar as membranas fetais e
massageando-o )
2.
Observar os comportamentos da mãe pré-parto 3.
Em alerta pelo parto, tempo, tipo e se a vaca precisará de ajuda 
Se ela já se Isolamento do rebanho, comportamento natural de vacas que irão
parir
Parar de comer 
Andar mais ( ao romper a bolsa ela para e escolhe o local para o parto)
 A primeira mamada deve ocorrer após o nascimento até 3h e no máximo 6h - 
sendo ela a ingestão do COLOSTRO, portanto o mesmo é constituído por vitaminas (A, E
e B12), minerais (como cálcio, fósforo, magnésio e sódio), proteínas e imunoglobulinas,
que são anticorpos que compõem o sistema de defesa do organismo do neonato. Por
conseguinte, o colostro deve ser ingerido nas primeiras horas de vida, pois mesmo
sendo produzido por 3 dias o seus nutrientes com o passar dos dias irão diminuindo,
decorrente do processo de produção de leite. 
Observações:
Próprio da mãe 
Em caso de necessidade ofertar colostro, fazer em mamadeira ou balde com
bico
Importância : Transferência de imunoglobulinas para os bezerros com função
de estabelecer imunidade passiva, principal barreira do sistema imune.
Primeiros cuidados ao nascimento
ECC = 9 – Extremamente gorda
A vaca está nitidamente obesa, com a
aparência de um bloco. Os “cintos” e as “bolas”
de gordura estão projetados. A estrutura óssea
não está muito aparente e é difícil de senti-la. A
mobilidade do animal está comprometida pelo
excesso de gordura.
Fornecimento de Colostro
Pelo menos 3 dias 
Nunca diluir colostro em agua ou misturar com
sucedâneo
http://blog.prodap.com.br/conceitos-para-formulacao-de-dietas-bovinos-leiteiros
http://blog.prodap.com.br/conceitos-para-formulacao-de-dietas-bovinos-leiteiros
Cuidados ao nascimento
 A cura do umbigo é imprescindível, deve ser realizada obrigatoriamente, visto
que ele "exposto" é porta de entrada para microorganismos patogênicos, assim sendo
o bezerro pode contrair enfermidades podendo ser fatal ou não. Vale salientar que a
uma cura do umbigo realizada de forma inadequada também traz complicações ao
animal, o manejo deve ser realizado na primeira mamada e obrigatoriamente no
primeiro dia de vida.
Instruções: 
Iodo diluído a 10% em álcool 
Apenas cortar se for acima de 15cm
Umbigo de 8 a 10 cm de comprimento equivalente a 4-5 dedos
Sinais que o bezerro NÃO mamou
Tetos cheios e brilhantes
Bezerros com abdômen fundo (vazio)
Desmama
A desmama é o período em que aparta de forma definitiva o bezerro da vaca, para
bovinos de corte é ideal determinar idade e apartar, inicialmente pode ser mais
complicado para o animal mas após 5 ou 6 dias se recupera e acostuma com a nova
rotina, também pode ser desmamado aos poucos., entretanto requer uma maior mão
de obra consequentemente aumenta os custos.
Desmama Tradicional
Ocorre o desmame aos 6-7 meses de idade 
Geralmente não tem suplementação
Desmama Precoce
Ocorre com 5 meses ( 90 aa 120 dias)
Reduz o estresse da amamentação, permite que a vaca manifeste estro
mais cedo
Oferta de suplementação
Desmamar com peso superior a 90kg1.
Desmamar em época adequada, com boa disponibilidade de pasto2.
Desmama Super-precoce
Ocorre com 45 dias
Problema: Fisiologia do bezerro
Tipos de desmama
RECOMENDAÇÃO
Qualidade do pasto
Bons pasto com elevado valor nutricional
Pastos de desmamas devem ser distantes dos pastos das mães ( evita contato)
Período seco = Suplementação alimentar ( sempre e intenso neste período)
Pequena e média dimensão - água e mineralização
 Dessa forma é notória a importância dos manejos de bezerro desde a escolha
da vaca, pré e pós parto até os cuidados propriamente ditos com o bezerro, ao realizar
lós damos o primeiro passa para alcançar o sucesso na produção e economicamente
chegar no saldo positivo para propriedade. A saúde do bezerro é delicada nos
primeiros dias de vida e com isso devemos ofertar a ele os cuidados necessários e
exigidos para seu efetivo desenvolvimento, diminuindo assim as taxas de morbidade e
mortalidade.