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Eduarda Isabelle Ribeiro de Oliveira 3MB
Teorias da Conduta
O que é conduta?
O Código Penal Brasileiro não conceitua de maneira explícita o que é ação e omissão, deixando essa tarefa para a doutrina. Podemos adiantar que se tratam de duas modalidades da conduta em sentido estrito, sendo ação, se tem uma norma proibitiva violada, se tratando de omissão, se tem o descumprimento de uma ordem. 
Segundo Cezar R Bitencourt: “ação é o comportamento humano voluntário conscientemente dirigido a um fim”. O autor ainda pontua quesitos como a exterioridade, o teor psicológico, a escolha dos meios, a consideração dos efeitos e o movimento corporal dirigido a um fim.
Hoje, há certo consenso de que a conduta é um elemento estruturante do crime quando típica, antijurídica e culpável, ocorre uma valoração de certas condutas por parte do Direito Penal para torna-las puníveis ou não. 
Entretanto, essa conclusão acerca do conceito de conduta passou por três principais teorias, as quais proporcionaram a ela uma evolução dogmática antes de se consolidar, que veremos adiante. 
Para que servem as teorias da conduta?
As teorias da conduta tentam conceituar de maneira detalhada o que é conduta para limitar a punição por parte do Estado contra aquilo que não se encaixa na sua concepção. Por isso, a importância da conformidade sobre o que é conduta, pois ao estabelece-la é dada permissão ao Estado para agir diante de um comportamento que corresponda aos quesitos que compõem a conduta punível. 
As teorias da conduta:
Teoria causal (naturalista): esse movimento foi influenciado pelo pensamento científico natural do século XIX. Ele se baseia na relação entre causa e efeito, esvaziando o conteúdo da vontade, movendo-o para a culpabilidade. 
Fran Von Liszt e Beling foram os principais nomes dessa teoria. Liszt conceituou ação como “modificação causal do mundo exterior, perceptível aos sentidos, e produzida por uma manifestação de vontade”. Os elementos dessa teoria são a manifestação de vontade, o resultado e a causalidade. Nesse conceito não se leva em conta o conteúdo da vontade. 
Por volta de 1900, existia o sistema clássico, a teoria causal foi um motivo para o seu declínio, uma vez que se tornou insuficiente para explicar a existência de elementos subjetivos na antijuridicidade. 
A teoria naturalista dividia a ação em objetiva/externa (ação e resultado) e subjetiva – vontade. Cada uma compunha respectivamente, o campo da antijuridicidade e o da culpabilidade. Com o reconhecimento de que na tentativa o dolo é um elemento subjetivo do injusto, esse sistema começa a decair. Ele ainda se torna obsoleto por não poder ser aplicado sobre a omissão. 
Teoria finalista: foi criada por Hans Welzel, em oposição à teoria causal, no século XX. Nas palavras de Welzel, “ação humana é exercício de atividade final. Ação é, portanto, um acontecer ‘final’ e não puramente ‘causal’. A ‘finalidade’ ou o caráter final da ação baseia-se em que o homem, graças a seu saber causal, pode prever, dentro de certos limites, as consequências possíveis de sua conduta. Em razão de seu saber prévio pode dirigir os diferentes atos de sua atividade de tal forma que oriente o acontecer causal exterior a um fim e assim o determine finalmente”. Para ele, a vontade é o ponto principal que sustenta a ação – é dizer que existe dolo na ação. A finalidade é vidente e a causalidade é cega. 
O final da ação tem duas fases: a subjetiva, que acontece no intelecto e tem fim, meio e consequência, e a objetiva, que ocorre no mundo real. Ela ainda é exterior, psicológica e antecipada, compreende o fim e as consequências. 
A teoria finalista contribuiu com a inserção do dolo e da culpa, com a elaboração do conceito pessoal de injusto e a culpabilidade normativa. Teve diversas críticas, principalmente as que versavam sobre os crimes culposos, uma vez que eles não visam um fim ilícito. 
Teoria social da ação: surgiu na década de 1930 buscando “a relação entre o comportamento humano e o mundo circundante, sendo ação todo comportamento socialmente relevante”. Essa teoria buscar afastar o conceito causal. 
Seu autor de destaque foi Eb. Schmidt. Para ele importa o sentido social da ação, e o conceito final determina o sentido sob o ponto de vista social (resultado e vontade).
Dentro dessa própria teoria, o conceito de ação passou por várias mudanças, ora tendendo à teoria causal, ora à teoria finalista. Seu diferencial é inserir a ação num contexto social.
Referências bibliográficas: 
https://canalcienciascriminais.com.br/por-que-estudar-as-teorias-da-conduta-em-direito-penal/
https://www.passeidireto.com/disciplina/direito-penal/aulas-e-resumos/conduta-e-exclusao-da-conduta/teorias-da-acao
https://eudesquintino.jusbrasil.com.br/artigos/121823111/como-caracterizar-o-elemento-subjetivo-do-injusto
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/631/r148-05.pdf?sequence=4
Manual de Direito Penal – Cezar Roberto Bitencourt

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