Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
FILOSOFIA GREGA Profa. Ms. Viviane Ribeiro Marques Filosofia 1º e 2º Contábeis CADUCEU Mito Não transformação; Sugere que tudo está bem, que tudo funciona e por esta razão não precisamos mudar. Esta crença nos aprisiona e nos paralisa. História da Grécia Grécia Homérica – 400 anos narrados na Ilíada e Odisséia 4 2. Grécia Arcaica (século VII ao V a. C.) – criação das cidades de Atenas, Esparta, Tebas, etc. – economia urbana (artesanato e comércio) 3. Grécia Clássica (séculos V e IV a. C.) – desenvolvimento da democracia, apogeu da vida intelectual e artística. Atenas domina a Grécia até a Guerra do Peloponeso. 4. Época Helenística (a partir de meados do século III a. C.) - Grécia passa para poderio de Alexandre da Macedônia e depois para as mãos do Império Romano. Períodos da Filosofia Grega 1. Período Pré-Socrático ou Cosmológico (Final do século VII ao final do século V A. C.) Filosofia – origem do mundo e as causas das transformações da natureza. 2. Período Socrático ou Antropológico (final do século V e todo o século IV a. C.) Filosofia investiga as questões humanas e busca compreender qual o lugar do homem no mundo. 3. Período Sistemático (do final do século IV ao final do século III a. C.) Sistematização Tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico Critérios da verdade e da ciência (leis do pensamento) Encontrar o fundamento último de todas as coisas e da realidade (metafísica) 4. Período Helenístico ou Greco-Romano (final do século III a. C. até o século VI d. C) Filosofia – questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza e de ambos com Deus. 1. Período Pré-Socrático ou Cosmológico (Final do século VII ao final do século V A. C.) Características da Cosmologia: Explicação racional e sistemática sobre a origem ordem e transformação da natureza e dos seres humanos; Características da Cosmologia: Busca o princípio natural, eterno, imperecível e imortal gerador de todos os seres – physis. A physis não pode ser conhecida pela percepção sensorial, mas apenas pelo pensamento: qual é a causa da existência e da transformação de todos os seres? Características da Cosmologia: A physis = é a natureza entendida como princípio e causa primordial da existência e das transformações das coisas naturais. É entendida como o conjunto ordenado e organizado de todos os seres naturais ou físicos. Características da Cosmologia: A physis (imperecível) dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes no mundo, seres que, por sua vez são perecíveis ou mortais. Características da Cosmologia: Embora a physis seja imutável, os seres físicos ou naturais gerados por ela, além de serem mortais, são mutáveis ou seres em contínua transformação, mudando de qualidade ou de quantidade. Características da Cosmologia: O mundo está em mudança contínua, sem perder sua forma, sua ordem e sua estabilidade. Mudança se diz em grego kínesis – palavra que significa movimento. Todos os seres existentes se movem ou são movidos por outros seres e o mundo está em movimento e transformação permanente – devir. Características da Cosmologia: O devir segue leis rigorosas – toda mudança é a passagem de um estado ao seu contrário. Essa passagem não é caótica, mas obedece a leis determinadas pela physis (princípio fundamental do mundo). Cada filósofo encontrou motivos e razões para determinar qual era o princípio eterno e imutável que está na origem da natureza e de suas transformações: Tales de Mileto Amaximandro Anaxímenes Pitágoras Heráclito Empédocles Leucipo e Demócrito Tales de Mileto (624 a.C. – 548 a.C.) Turquia Cientista Matemático Buscava o “elemento fundamental de todas as coisas” – Filosofia da Natureza Água (origem e motriz) – fluxo permanente de todas as coisas Características: teísmo (origem das coisas), sem fabulação, pensamento “tudo é um”. Heráclito de Éfeso (540 a.C. – 475 a.C.) Turquia Livro: Sobre a Natureza Fogo – origem fundamental de todas as coisas Universo – devir constante (transformação) Ninguém se banha no mesmo rio por duas vezes. Ninguém se banha no mesmo rio por duas vezes. Vir a ser – mundo uno e múltiplo / Somos e não somos!!! Interesse pelo Oráculo de Delfos – “Conhece-te a ti mesmo” Dialética – arte de debater (os argumentos são defendidos e contraditos em seguida) (tese / antítese / síntese) Parmênides de Elea (530 a.C. - ?) Grécia Preocupa-se com o ser em si (não com a origem das coisas) Fundador da ontologia Lógica / metafísica (pensamento abstrato) Caminhos do pensamento: Da razão rumo a verdade (episteme) Dos sentidos rumo ao erro (opinião, ilusão) O ser é uno! (eterno, imóvel, imutável) O ser é! (nada muda / repouso universal) Pitágoras de Samos (570 a.C. - 496 a.C) Grécia Obras espúrias / referência aos pitagóricos Fundou escola mística na Itália Matemática, Geometria e Música Interpretou o cosmos a partir das relações matemáticas (ordem e harmonia universal) Metempsicose (o corpo é túmulo da alma imortal / reencarnação) Tudo é número – o número é a essência das coisas Investigação científica Anaxágoras (500 a.C. – 428 a.C.) Turquia Professor de Filosofia de Sócrates (escolas) O espírito (nous) como explicação causal externa do universo (deus): O pensamento governa o universo Conhece tudo de todas as coisas Os sentidos nos impede de ver a verdade A verdade é inatingível!!! Protágoras de Abdera (486 a.C. - 411 a.C.) Condenado ao exílio acusado de ateísmo Sofista (cobrava pelo trabalho de professor) - Educação, virtude e conhecimentos para a vida prática Oratória (eloquência / retórica) Preocupação com a forma de manifestação e não com a ideia (ceticismo / crise do conhecimento). 2. Período Socrático ou Antropológico (final do século V e todo o século IV a. C.) Sócrates (469 a.C. 399 a. C.) Estudou música e literatura Professor – gostava do diálogo com os jovens (não queria ensinar, mas aprender junto com os outros) Protestava contra a decadência moral Diálogos: valores (belo, justo, verdade, amor, virtude) Buscava os universais ou conceitos (essência) Condenava sofistas Sócrates (469 a.C. 399 a. C.) Maiêutica (parir as ideias) – as ideias já estavam na alma imortal “Aprender é recordar” Conhece-te a ti mesmo (buscar a verdade) Ironia (só sei que nada sei) – tomar consciência da própria ignorância Ética (virtude e saber – ninguém comete injustiça intencionalmente) Sócrates Atenas – centro social, político e cultural DEMOCRACIA – igualdade de todos os homens perante as leis e o direito de participação direta no governo da pólis. Participação de todos no governo – discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. CIDADÃO (saber falar e persuadir) Sócrates Educação grega: Ideal do guerreiro belo e bom Coragem e virtude X Formação do cidadão Virtude Cívica – Arete Oratória e Retórica (Sofistas) Sócrates X Sofistas Não eram filósofos Não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade Buscavam vantagens Corrompiam o espírito dos jovens Faziam valer a mentira Sócrates Antes de tudo: conhecer-se a si mesmo; Autoconhecimento – condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros Voltado para o conhecimento do próprio homem – de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade Quem foi Sócrates? (Platão) Sócrates Questionava ideias e valores que os gregos julgavam conhecer Mas, não sabiam responder e esperavam que ele respondesse por eles: “Eu também não sei, por isso estou perguntando.” Procurava a essência, o conceito (verdade intemporal, universal e necessária) e não a mera opinião (doxa) Sócrates Por tentar fazer a juventude pensar Sócrates tornou-se uma ameaça Foi condenado e obrigado a suicidar-se Não se defendeu contra as acusações!!! Características – p. 38 Platão (427 a.C. – 348 a.C.) Família aristocrata Estudou ciências, pintura e poesia Academia de Atenas – preparar jovens para reforma social Muitas obras – diálogo (conhecimento humano, virtudes, valores ) Platão (427 a.C. – 348 a.C.) Política – estado perfeito / ação do filósofo Democracia X monarquia Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria). Mundo da Coisas Sensível X Mundo da Ideias Inteligível Mundo das ideias O pensamento platônico é representado pelo mundo das ideias e especialmente pela ideia do Bem, que está no vértice. Mito da Caverna . 3. Período Sistemático (do final do século IV ao final do século III a. C.) Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) Entrou aos 18 anos para a Academia Depois da morte de Platão foi tutor de Alexandre (13 anos) 335 a.C. – fundou o Liceu ou escola peripatética Obras = lógica, natureza, metafísica, física, ética, teologia, estética Deus – motor imóvel, causa das causas (vivo, eterno, perfeito) Homem = naturalmente político Gênese das ideias (dedução / indução) Aristóteles Apresenta uma verdadeira enciclopédia de todo o saber que foi produzido e acumulado pelos gregos em todos os ramos do pensamento e da prática FILOSOFIA = forma de conhecer todas as coisas, possuindo procedimentos diferentes para cada campo de coisas que conhece. Organiza os conhecimentos dos mais simples e inferiores aos mais complexos e superiores. Aristóteles Cada saber, no campo que lhe é próprio, possui seu objeto específico, procedimentos específicos para sua aquisição e exposição, formas próprias de demonstração e prova. Cada campo do conhecimento é uma ciência (ciência, em grego, é episteme). Aristóteles Analítica = LÓGICA – instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber. Os campos do conhecimento filosófico Ação e contemplação Ciências Produtivas Ciências que estudam as práticas produtivas ou as técnicas, isto é, as ações humanas cuja finalidade está para além da própria ação, pois a finalidade é a produção de um objeto, de uma obra. São elas: arquitetura (cujo fim é a edificação de alguma coisa), economia (cujo fim é a produção agrícola, o artesanato e o comércio, isto é, produtos para a sobrevivência e para o acúmulo de riquezas), medicina (cujo fim é produzir a saúde ou a cura), pintura, escultura, poesia, teatro, oratória, arte da guerra, da caça, da navegação, etc. Em suma, todas as atividades humanas técnicas e artísticas que resultam num produto ou numa obra. Ciências práticas Ciências que estudam as práticas humanas enquanto ações que têm nelas mesmas seu próprio fim, isto é, a finalidade da ação se realiza nela mesma, é o próprio ato realizado. São elas: ética, em que a ação é realizada pela vontade guiada pela razão para alcançar o bem do indivíduo, sendo este bem as virtudes morais (coragem, generosidade, fidelidade, lealdade, clemência, prudência, amizade, justiça, modéstia, honradez, temperança, etc.); e política, em que a ação é realizada pela vontade guiada pela razão para ter como fim o bem da comunidade ou o bem comum. Ciências Teoréticas ou Contemplativas Estudam coisas que existem independentemente dos homens e de suas ações, mas que só podem ser contempladas por eles. Theoria – contemplação da verdade. São as coisas da natureza e as coisas divinas. Ciências Teoréticas ou Contemplativas 1. Ciência das coisas naturais submetidas à mudança ou ao devir: física, biologia, meteorologia, psicologia (pois a alma, que em grego se diz psychê, é um ser natural, existindo de formas variadas em todos os seres vivos, plantas, animais e homens); Ciências Teoréticas ou Contemplativas 2. ciência das coisas naturais que não estão submetidas à mudança ou ao devir: as matemáticas e a astronomia (os gregos julgavam que os astros eram eternos e imutáveis); Ciências Teoréticas ou Contemplativas 3. Ciência da realidade pura, que não é nem natural mutável, nem natural imutável, nem resultado da ação humana, nem resultado da fabricação humana. É o que Aristóteles chama de ser ou substância de tudo o que existe. A ciência teórica que estuda o puro ser chama-se metafísica (Filosofia Primeira). Metafísica = depois de/além / natureza ou físico É um ramo da filosofia que estuda o mundo como ele é. É o estudo do ser ou da realidade. Se ocupa em procurar responder perguntas tais como: O que é real O que é natural? O que é sobrenatural? Ciências Teoréticas ou Contemplativas 4. Ciência teórica das coisas divinas que são a causa e a finalidade de tudo o que existe na Natureza e no homem. Vimos que as coisas divinas são chamadas de theion e, por isso, esta última ciência chama-se teologia. A Filosofia, para Aristóteles, encontra seu ponto mais alto na metafísica e na teologia, de onde derivam todos os outros conhecimentos. Campos de investigação da Filosofia: Ontologia (conhecimento do ser) Ética e Política Lógica e epistemologia (teoria do conhecimento) 4. Período Helenístico ou Greco-Romano (final do século III a. C. até o século VI d. C) Características A pólis grega desapareceu como centro político; Poderio do Império Romano; Filosofia Cosmopolita (cidadão do mundo); Filosofia passa a ser constituída por grandes sistemas ou doutrinas Características Essa época da Filosofia é constituída por grandes sistemas ou doutrinas, isto é, explicações totalizantes sobre a Natureza, o homem, as relações entre ambos e deles com a divindade (esta, em geral, pensada como Providência divina que instaura e conserva a ordem universal). Predominam preocupações com a física e a ética - pois os filósofos já não podem ocupar-se diretamente com a política – e a teologia.
Compartilhar