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Processo Civil I – 1º Bimestre Evolução Histórica do Processo Civil Surgimento da Jurisdição Apartir da sociedade primitiva (pré-legal) até o embrião do Estado → como todo processo histórico não é totalmente dividido Em todas essas fases havia a possibilidade da auto composição através da transação, da desistência ou da submissão Transação – fazer um acordo com consessões recíprocas Desistência – renúncia a pretensão deduzida por uma das partes Submissão – renúncia a resistência inicialmente ofertada a pretensão Evolução do processo a partir da sociedade romana (ou pós jurisdição) Período Romano 1ª fase – Legis Actiones Processo predominantemente oral criado pelos tribunais (pretoriano) Processo extremamente formal (ritos) 2ª fase – Período Formulário Ainda predominantemente oral Começo da base escrita Deisões particulares 3ª fase – Extraordinária Cognitia Processo escrito Surgimento dos princípios Processo público (jurisdição) – os romanos retomam a totalidade do processo para a esfera pública Período Medieval Pós queda do Império Romano pelas invasões bárbaras Choque cultural – os bárbaros aplicam a Prova Legal (matemática, as provas valiam pontos) e a Ordália (o resultado era avontade de Deus) Período do Processo Civil Moderno “Teoria dos Pressupostos Processuais e das Exceções Dilatórias”, 1868, Oskan V. Bullow – marco da autonomia do procsso que passa apartir dessa data a ser uma ciência autônoma Processo Civil Brasileiro Constituição de 1891 – códigos processuais estatais concorrentes ao da união Constituição de 1934 – códigos processuais voltam a ser competÊncia da união, porém sem revogar os estatais 1º Codigo de Processo Civil – “colcha de retalhos” Codigo de Processo Civil – inspirado no Enrico Tulio Liebman “Código do ministro Buzaid” Codigo de Processo Civil – novo CPC Classificação do Direito Processual Plano material e plano processual Normas do plano Material – tem o objetivo de regular as condutas da sociedade são espedidas pelo Estado e determinam aquilo que é lícito e pode ser praticado e aquilo que é ilícito e não deve ser praticado regula as relações interpartes e entre indivíduo e Estado Normas doplano Processual – regulam aquilo que deve ser feito quando as normas do plano material não forem cumpridas, ou ainda, quando seu cumprimento voluntário e estontâneo é ameassado a relaçãoetre o direito material e processual é de instrumentalidade do processo em relação ao direito material, contudosão ramos autônomos Direito privado e público Direito Privado – trata-se de norma de direito privado quando todos os participantes da relação jurídica forem particulares Ex. direito Civil CDC e CLT são considerados híbridos Direito Público – quando o Estado partcipa da relação jurídica sob qualquer de suas formas e nela veicular-se matéria de ordem pública (do interesse de uma coletividade) Ex. Direito Processual – é o Estado que vai regular a jurisdição, a ação e o processo A Constituição e o Direito Civil (direito contemporâneo) Fenômeno da constitucionalização do processo – uma nova visão sobre esseramo do direito Foi ocasionado pelo: Fato Histórico – em 1949 na Alemanha foi criada a Lei Fundamental de Bonn (pós 2ª gm), foi a primeira aparição das normas processuais como direitos e garantias fundamentais Acesso a justiça e juiz natural – art. 5º XXXV XXXVII LIII Influenciou o ordenamento brasileiro Aproximação dos constitucionalistas e dos processualistas – é preciso analizar o CPC à luz da constituição Art. 1º do novo CPC Normas Processuais e Direito Intertemporal ∟eficácia da lei processual no espaço e no tempo Espaço – lex fori → a lei processual do foro (unidade territorial) em que o processo está tranmitndo Tempo – problema com o avento do novo CPC Processos findos → indiferente pois o processo tem aplicação imediata Processos ajuizados → valerá o novo CPC Processos pendentes → Teoria dos Atos Isolados “Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.” Ato jurídico perfeito – art. 5º XXXVI CF Direitos Processuais – situação jurídica já consolidada Meios Alternativos de Pacificação Social Auto defesa – auto tutela Arts. 345 e 350 do CPC Autocomposição Desistência Transação Submição Heterocomposição Conciliação Mediação Arbitragem Jurisdição Processo Formal; moroso e de alto custo Eficácia Eficácia de Tutela Jurisdicional – Wambier, Luis Rodrigues “Meios alternativos são formas e métodos de solução de conflitos intersubjetivos que não envolvam, ou até mesmo que dispensem em maior ou menor grau a participação do poder judiciário e consequentemente o exercício da atividade jurisdicional.” Conciliação: método alternativo de pacificação social, em ultima análise representa a vontade dos próprios envolvidos no litígioConciliador: usa técnicas argumentativas para aproximar as partes e pode suerir maneiras de solucionar o conflito Terceiro Judicial Extrajudicial Ordenação Mediação: também é um método de solução de conflitos, se assemelha a conciliação porém tem um método diferenciadoMediador: faz perguntas e induz a conversa, porém não propõem soluções; as próprias partes solucionam o problema de forma autônoma Judicial Extrajudicial Sugerido para relações mais duradoras Arbitragem (lei nº 9307/1996): é justiça privada, um ou mais árbitros são escolhidos pelas partes (números ímpares)Árbitro: não exerce jurisdição estatal, mas a oriunda da vontade das partes, da sua decisão emana um Título Executivo Judicial que não possue força de coerção (em cas de descumprimento é feita uma carta arbitral ao judiciário para fins de efetividade ) Sentença arbitral (antigo laudo) Apenas para direitos patrimoniais disponíveis (não tutelados pelo Estado) Não pode ser recorrido Surge através da convenção de arbitragem, que pode se dar através: Da cláusula compromissória – é feita na comunhão do contrato uma cláusula estabelecendo que em caso de conflito será usada a arbitragem Do compromisso arbitral – as partes, depois da incidência do conflito, resolvem optar pela arbitragem Juizado (pequenas causas) Em 1982 no RS foi estabelecido um piloto copiando um modelo estadounidense Em 1984 surge a lei que criou o juizado de pequenas causas Em 1988 a Constituição Cidadã, em seus arts. 98 I e 24 X, determinou a criação dos juizados em todos os Estados A lei nº 9099/95 – cria dos juizados civis e criminais Valor da causa deve ser de até 40 salários mínimos federais Até 20 salários mínimos não é necessário auxílio de advogados Entre 20 e 40 salários mínimos é obrigatório auxílio de advogados A lei nº 10259/01 – cria o juizado na justiça federal Apesar do novo CPC estabelecer prazos em dias úteis para os juizados, o juizado estadual mantém dias corridos Valor da causa de até 60 salários mínimos Não é necessário auxílio de advogados A lei nº12153/09 – cria o juizado da fazenda publica estadual Valor da causa de até 60 salários mínimos Não é necessário auxílio de advogados até a fase recursal O art. 2º da lei 9099/95 prevê que o objetivo do juizado é a consiliação e a transação de acordo com os seguintes princípios Predominância da oralidade (somente atos essenciai são tomados a termo) Simplicdade Informalidade (o objetivo a ser alcançado será mais valorizado do eu os ritos) Economia Processual (procedimento enxuto) Celeridade (resposta mais agil) Princípios Constitucionais do Processo Contexto Histórico – metade do século XX Após o encerramento da 2ª guerra mundial Lei fundamental de Bonn (1949) – surgimento das normas processuais Juiz natural Acesso a justiça No Brasil – após o fim do regime militar com a Constituição Cidadã Aproximação dos processualistas e dos constitucionalistas Observar as normas processuais a luz da Constituição – artigo 1º do CPC Têm a intenção de limitar a ação opressora do Estado O processo é um instrumeno para a realização da justiça. Para isso ele deverá refletir as características do Estado Democrático de Direito Governantes e governados sob a égide da mesma lei Não exercício arbitrario do poder É metodologia → o processo passou a ser analizado sob o prisma constitucional Acesso a justiça ou Inafastabilidade da tutela jurisdicional Previsão jurídica – 5º XXXV, CF O objetivo da constituição é atingir um Estado Social e, nesse sentido, o dever do Estado de prestar tutela jurisdicional Lesão (caráter repressivo) ou ameaça o direito (caráter prevetivo) Dierito subjetivo individual (efeito inter partes) ou direitos coletivos (efeito erga omnes) Problema de entrada e saída do poder judiciário Kazuo Watanabi “ o princípio do acesso a justiça não se trata apenas de possibilitar o acesso a justiça enquanto instituição Esttal, e sim viabilizar o acesso a uma ordem jurídica justa Para isso o Estado se mune de ações afirmativas Art. 98 CPC – justiça gratuita; Defensoria pública da União e do Estado; Justiça itinerante Legitimidade ao Ministério Público, aos sindicatos, partidos políticos, etc; A doutrina, de forma efetiva, consagra uma revisitação conceitual das técnicas que estrangulam a efetivação e a realização da tutelaAs pessoas que vão se submeter a arbitragem devem ser pessoas capazes, além disso, a arbitragem serve para solucionar litígios sobre direitos patrimuniais disponíveis. O princípio do acesso a justiça, ademais, não é um princípio absoluto – art. 18 e 31 da lei nº 9307/96 Devido Processo Legal Aparece primordialmente (não da maneira como entendemos hoje) com o due process of law em 1215 na Inglaterra Previsão jurídica: art. 5º LIV Ninguém será privado dos bens ou de sua liberdade sem o devido processo legal Se aplica as funções: Legislativas – elaboração de leis que tenham razoabilidade em relação aos valores fundamentais do cidadão Administrativas – princípio da legalidade (o Estado só pode fazer o que é previsto em lei) Nas Relações Privadas – na forma da lealdade (não se admite contratação de má-fé) Possui dois aspectos O substantivo: razoabilidade e racionalidade na elaboraçãode leis → visando a justiça O processual: garante ao jurisdicionado o acesso a um procedimentos judicial justo É fonte primária de outros princípios Ex: Juiz Natural, Ampla Defesa, Contraditório, Inviolabilidade do domicílio, Sigílo da comunicação e dos dados, Isonomia, Motivação das decisões judiciais... Legitimam o exercício da função jurisdicional e asseguram o acesso a uma ordem jurídica justa
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