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RESUMO - Processo Civil I - Prof. Henry Kaminski - 2º BI

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RESUMO PROCESSO CIVIL I – 2º BIMESTRE
JURISDIÇÃO:poder do Estado de dizer o Direito. A atuação Jurisdicional é monopólio do Estado, sendo esse o único que pode solucionar uma lide(conflito de interesses).
O Estado realiza-se por meio do processo e pelo direito de ação, sendo ele meramente o aplicador da lei no caso concreto.
1. Quem exercita?O Estado, ele substitui os titulares daquela ação que estão em conflito, devendo o Estadoser imparcial na resolução dos conflitos.
2. Características:
a) SUBTUTITIVIDADE – O Estado assume o monopólio da resolução dos conflitos.
A jurisdição é substitutiva da vontade das partes litigantes. Prevalece a vontade funcional do Estado, ou seja, ela está sobre a vontade das partes, ou seja, se perde a autotutela.
b) ATUAÇÃO IMPARCIAL – juiz deve ser imparcial (art. 95, CF)
> Inamovibilidade
> Irredutibilidade de subsídio
> Vitaliciedade
c) IMPERATIVIDADE – as decisões proferidas pelo juiz independem daconcordância das partes (art. 77, IV, NCPC)
d) ESCOPO JURÍDICO DE ATUAÇÃO DO DIREITO – ao criar a jurisdição, o Estado visou garantir que as normas de direito material contidas no ordenamento jurídico efetivamente conduzam os resultados enunciados.
e) LIDE – conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
f) INÉRCIA – o Estado só pode exercer a atividade jurisdicional quando provocado, nunca poderá atuar de ofício ou por vontade própria, assegurando-se a imparcialidade do juiz.
g) DEFINITIVIDADE (IMUTABILIDADE) – somente os atos jurisdicionais são suscetíveis de se tornarem imutáveis. Não podendo serrevistos e nem modificados por outros poderes.
3. Princípios:
a) INVESTIDURA – somente pode ser exercida por aquela pessoa que tenha sido investida na pessoa de Juiz.
b) TERRITORIALIDADE – autoridade do Juiz se restringe ao território de sua atuação.
	Ex: um Juiz que pertence a Comarca de Curitiba não pode exigir que seus autos sejam respeitados em demais territórios fora de Curitiba.
Caso oJuiz precise da ajuda de outra Comarca, háquatromecanismos (art. 237, NCPC):
			Carta Precatória: mesmo país e mesma hierarquia
	Carta Rogatória: países distintos
	Carta de Ordem: o Tribunal encaminha para os juízes que estão subordinados a ele (MAIS CÉLERE EECONÔMICA)
	Carta Rescisória: proposta diretamente no Tribunal. (Ex: TJPR x J. Estadual)
c) INDELEGABILIDADE – não pode ser transferida para outro órgão jurisdicional ou Juiz. A CF estabelece previamente as divisões de trabalho, impedindo um Juiz de transmitir a outro as competências que lhe foram atribuídas.
	Quando há conflito de competências quem resolve é o TRF.
d) INEVITABILIDADE – ambas as partes estão sujeitas ao Juiz (independente de sua vontade), portanto não há possibilidade de evitar que sobre elas, e sobre a esfera de direito, se exerça a autoridade estatal.
e) INAFASTABILIDADE – prevista no art. 5º, XXXV, CF e art. 3º, NCPC
	Uma vez que o Estado é provocado, ele não pode negar a resolução do conflito, devendo atender, se posicionar e julgar a procedência do caso.
	Pode decorrer de AMEAÇA (tutela preventiva) ou de LESÃO (tutela reparatória).
f) JUIZ NATURAL – ninguém pode ser privado de julgamento por um Juiz imparcial e independente, indicado pelas normas constitucionais e legais. Vedação da criação de tribunais de exceção. (art. 5º, XXXVII e LIII, CF)
4. Poderes inerentes à Jurisdição:
a) PODER JURISDICIONAL – o Estado-Juiz, através da provocação do interessado, afirma a existência ou não de uma vontade concreta da lei, por dois modos e com diferentes efeitos.
b) PODER DE POLÍCIA - concedido para que o Juiz possa exercer com autoridade e eficiência o poder jurisdicional (art. 360, NCPC)
5. Classificação da Jurisdição:
a) QUANTO A JUSTIÇA COMPETENTE E MATÉRIA PROCESSUAL:
			Comum: Estatual (Comarcas)e Federal (Seção/Subseção)
> Penal – punitiva
> Civil – demais (exceto dívida de alimentos)
			Especial:
> Militar
> Eleitoral
>Trabalho
b) QUANTO A FONTE DO DIREITO COM BASE NA QUAL É PROFERIDO O JULGAMENTO:
			Equidade: o Juiz não fica limitado/condicionado pela letra da lei.
	Direito:
		> Interna: Nacional – exclusiva (art. 23)
		> Externa: Internacional – concorrente (art. 21)
c)QUANTO A POSIÇÃO HIERÁRQUICA DOS ÓRGÃOS
			Inferior: exercida pelos juízes que ordinariamente conhecem o processo desde seu início (competência originária)
	Superior: exercida pelos órgãos a que cabem os recursos contra as decisões proferidas na jurisdição inferior (STF é órgão máximo)
d) QUANTO AO COMPORTAMENTO DO JUIZ DIANTE DO CONFLITO: art. 719 a 770
			Contenciosa – existe uma lide e as partes (autor/réu) e o Estado toma decisão pelos litigantes. Há caráter substitutivo e não há consonância entre as partes.
	Voluntária – não existe conflito entre as partes, mas sim interesse. Sendo assim, não cabe ao Estado-Juiz tomar a decisão. É administração pública de interesses privados. Não há propriamente caráter substitutivo.
6. Estrutura do Poder Judiciário:
a) GARANTIAS:
			Institucional (art. 99, CF) – autonomia administrativa e financeira. Tem por objetivo evitar o enfraquecimento de sua atuação pelo Legislativo e Executivo.
	Funcional (art. 95, CF) – inamovibilidade; vitaliciedade (depois de 2 anos); irredutibilidade de subsídios
b) ORGANIZAÇÃO: art. 92, CF) – normatização da estrutura, constituição e funcionamento dos órgãos judiciários.
	STF – Superior Tribunal Federal – representa o ápice da Estrutura Jurisdicional; com sede em Brasília, é composto por 11 Ministros, com idade entre 35 a 65 anos e de notável saber jurídico e reputação ilibada.
> Competência (art. 102, CF): Guarda da CF e também a última palavra para recursos extraordinários, conflitos de competências entre Tribunais, conflito entre Estado Estrangeiro eUnião, a revisão criminal de seus julgados, dentro outras matérias nos quais o foco não é o julgamento apenas de ordem constitucionalista.
	CNJ – Conselho Nacional de Justiça (art. 103, CF) – não exerce jurisdição, mas faz parte do Poder Judiciário. Composto por 15 membros entre 35 a 65 anos, com mandato de 2 anos e uma possível recondução. Os membros são indicados pelo MP, OAB e dois indicados pelo Poder Legislativo.
>Competência: controle de atuação administrativa e financeira do poder Judiciário, e também fiscalização do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
	STJ – Supremo Tribunal de Justiça (art. 104, CF) – Surge na CF/88 como um recurso especial. Compostopor 33 Ministros, de 35 a 65 anos, escolhidos pelo Presidente da República, mas com aprovação do Senado Federal por maioria absoluta.
>11 Ministros são escolhidos entre Desembargadores Federais dos TRF
> 11 Ministros são escolhidos entre Desembargadores dos Tribunais Estaduais
> 11 Ministros são escolhidos entre advogados ou membros do MP
> Competência: controle da legislação infraconstitucional e defesa da uniformização da interpretação da lei federal (art. 105, CF)
	TRF E JUSTIÇA FEDERAL (art. 160, CF) – compostos por 5 Juízes Federais, recrutados na região do Tribunal. São nomeados pelo Presidente da República e devem ter entre 35 e 65anos, sendo que 1/5 deve ser de advogado com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPF com mais de 10 anos de carreira. Os demais membros são escolhidos mediante promoção de juízes federais com mais de 5 anos de exercício, promovidos por antiguidade ou merecimento.
> São 5 Tribunais:
					Norte, centro oeste (sem MS), MA, PI, MG e BA
	RJ e ES
	SP e MS
	PR, SC e RS
	Nordeste (sem BA, MA e PI)
> Competências: processar e julgar ações que envolvem as pessoas jurídicas de direito público federal.
	TST – JUSTIÇA DO TRABALHO (art. 11, CF) – sede em Brasília
> PR – TRT 9º Região: composto por 27 Ministros, entre 35 e 65 anos, nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado. Deve conter 1/5 de membros entre advogados com mais de 10 anosde efetividade profissionale membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. Os demais membros devem ser indicados através de promoção entre juízes dos TRTs oriundos da Magistratura.
> Competência (art. 114, CF): as ações oriundas darelação de trabalho, abrangendo os entes de direito público externo e da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados e do DF.
	JUSTIÇA ELEITORAL (art. 118 a 121) – não tem concurso, comporto por juízes estaduais e federais, recebendo um adicional por essa atividade extra.
> Composição: TSE, STF, STJ, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais
> O TSE é composto por, no mínimo, 7 membros, dentre eles, 3 juízes entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 2 juízes entre os Ministros do Supremo Tribunal de Justiça. Os demais membros são escolhidos pelo Presidente da República, devendo ser advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral.
> Os TREs são compostos por 7 juízes, eleitos por voto secreto, sendo eles 2 Desembargadores da Justiça e 2 juízes de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça.
	STM – SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR – composto por 15 membros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Na composição deve conter 3 oficiais da Marinha, 4 do Exército e 3 da Aeronáutica. Já os Ministros civis, dentre 35 e 65 anos, devem ser 3 advogados (com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional) e dois juízes auditores e membros do MP da Justiça Militar.
>Competência: processar e julgar os crimes militares definidos em lei (art. 124, CF)
	JUSTIÇA ESTATUAL (art. 125, CF) – Está presente em todas as capitais, sendo que cada uma possui a sua lei de organização judiciária. A competência da Justiça Estadual é residual e se chega a ela por exclusão.
> Juiz de Direito Estadual
> Competência residual
> Justiça comum
	MP – MINISTÉRIO PÚBLICO – voltado para a preservação de valores fundamentais ao Estado enquanto comunidade. Trata-se de um órgão autônomo, que não integra o Poder Judiciário, o Executivo e nem o Legislativo, embora desenvolva suas funções essenciais no processo e perante juízes e tribunais.
> Garantias:
1. Institucional – auto governo, independência administrativa e financeira
2. Funcional – vitaliciedade (após 2 anos de posse)
3. Irredutibilidade dos subsídios
4. Inamovibilidade (art. 128, §5º, CF)
> Fiscalizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), criado na Emenda Constitucional nº 45/2004.
1. Parte (autor) – MP pode tomar como parte(art. 177)
2. Fiscaliza a lei “custos legis”
3. art. 176 a 181, NCPC
> Ação rescisória: remédio jurídico utilizado para impugnar sentença transitada em julgado, que tem caráter desconstrutivo, pois visa o desfazimento de uma decisão que já transitou em julgado. As possibilidades de rescisão da sentença estão elencadas taxativamente no art. 485, NCPC.
> Fiscalização de mandado de segurança
> MP da União compete: O MP Federal, o MP que atua na Jurisdição Especial (Trabalhista, Eleitoral, Militar) e também oDF e territórios. Procurador da República.
> MP Estado: MP Estadual, Comarca, Promotor de Justiça e Jurisdição Inferior (1º grau) e Procurador do Estado.
> MP Eleitoral: não tem estrutura própria, é composto por membros do MP Federal e Estadual. O Procurador da República exerce a função de Procurador Geral Eleitoral perante ao TSE e TRE.
7. Advocacia:
a) QUEM É O ADVOGADO? É o bacharel em Direito regularmente inscrito na OAB (art. 103, NCPC)
>Estatuto da OAB Lei nº 8.906/94
Atua judicial e extrajudicialmente, por procuração ou mandato, sendo que os poderes estão limitados nessa procuração.
b) CAPACIDADE POSTULATÓRIA (art. 133): Atividade privada; postular em juízo;
>Código de Ética e Estatutos da OAB regulam as atividades dos advogados.
c) AUXILIARES DA JUSTIÇA (art. 149 até 175, NCPC): podem ser permanentes ou eventuais.
> Escrivão, chefe de Secretarias, Oficial de Justiça (art.150 a 155), perito judicial, depositário, administrador (art. 159 a 161), intérprete, tradutor (art. 162 a 164), conciliadores, mediadores judiciais (art. 165 a 175)
> Permanentes – diretamente ligados ao juízo. Ex: Escrivão oficial
> Eventuais – atuação somente em situações de necessidade, em alguns casos específicos. Ex: perito, intérprete, tradutor.
8. Impedimento e Suspeição:quando o Juiz se declara impedido ou suspeito ele está provocando o princípio da imparcialidade do julgador. O impedimento é um critério objetivo, quando há razões subjetivas que possam comprometer a parcialidade do Juiz ele deve se declarar suspeito.
> Objetivo – impedido (art. 144, NCPC); presunção absoluta sobre a imparcialidade do Juiz; menos grave.
> Subjetivo – suspeição (art. 145, NCPC); presunção relativa; menos grave
O magistrado pode alegar ainda a causa de seu impedimento motivo de foro intimo sendo suspeito em atuar em determinado caso.
9. Ação:a ação provoca a jurisdição, que é exercida através de um complexo de atos (processos)
a) CONCEITO: o direito deação é direito público, subjetivo e abstrato de natureza constitucional regulado pelo CPC.
b) DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO: contra o Estado, essa ideia de contra é no sentido de PROVOCAR.
> art. 2º – o processo começa por iniciativa da parte (Princípio do Dispositivo), se materializa nos autos e se desenvolve por impulso oficial.
c) CONDIÇÕES DA AÇÃO: interesse processual e legitimidade;
	1.O interesse processual está presente sempre que a parte tenha necessidade de exercer o direito de ação e, consequentemente, instaurar o processo para alcançar o resultado que pretende, relativamente a sua pretensão e, além disso, sempre que aquilo que se pede no processoforútil sobre o aspecto prático.Origina-se da necessidade de obter por meio	do processo a proteção ao interesse substancial.
	O interesse processual deve se traduzir numa relação denecessidade e de adequação doprovimento postulado, diante do conflito de direito material trazido àsolução judicial. Mesmo que a parte esteja na iminência de sofrer um dano em seu interesse material, não se pode dizer que existe	o interesse processual, se aquilo que se reclama do órgão jurisdicional não será útil juridicamente	para evitar a temida lesão.
O interesse processual exige a conjugação de necessidade e adequação. Ointeresse tutelável, por outro lado, pode se referir a qualquer prestação que se possa exigir do réu(juridicamente).
	2. LEGITIMIDADE DE PARTE (Legitimatio ad causam): é a titularidade ativa e passiva da ação.
		Segundo Arruda Alvim, “estará legitimado o autor quando for o possível titular do direito	pretendido, ao passo que a legitimidade do réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em	sendo procedente a ação, a suportar os efeitos oriundos da sentença”.
		A legitimação ativa caberá ao titular do interesse afirmado na pretensão e a passiva ao	titular do interesse que se opõe ou resiste à pretensão. Essa legitimação recebe a denominação de	legitimação ordinária e sua característica básica é a coincidência da titularidade processual com a	titularidade hipotética dos direitos e das obrigações em disputa no plano do direito material.
	3. LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA:
		Consiste em permitir, em determinadas ocasiões, que a parte demande em nome próprio,	mas na defesa de interesse alheio. Entretanto, as exceções devem ser expressamente autorizadas	no ordenamento jurídico, caso contrário, a ninguém é dado pleitear, em nome próprio, interesse	alheio (art. 18, NCPC).
		O novo CPC entende que a legitimação extraordinária pode ser atribuída sem previsão	expressa de lei em sentido estrito, desde que seja possível identifica-la no ordenamento.
d) ELEMENTOS IDENTIFICADORES DA AÇÃO (art. 55 e 56, NCPC): servem para evitar que as ações sejam julgadas em diferentes Estados, partindo do pressuposto em que a causa do motivo e a matéria processualsão as mesmas.
I.Partes – participam do contraditório perante o Estado-juiz.
	>AUTOR: aquele que em nome próprio, ou através de representante, vem a juízo para expor sua	pretensão e formular pedido dianteda jurisdição.
	> RÉU: aquele que em direção a quem o autor formulou o pedido de tutela jurisdicional, ou seja,	aquele que sevê envolvido pelo pedido do autor.
		LITISCONSÓRCIO: ativo (mais de um autor); passivo (mais de um réu); misto (mais de um		de cada simultaneamente)
II. Causa de pedir (causa petendi): art. 319, II, III, IV, NCPC – a doutrina adota a substanciação. Apresentação dos fatos e do fundamento jurídico.
			FATOS + FUNDAMENTOS JURÍDICOS
	> Fundamento de Direito (causa de pedir remota) – é aquela que gerou o direito, é a base sem a	qual não haveria o direito. Ex: contrato de locação.
	> Fundamento de Fato (causa da pedir próxima) – é o próprio direito. Após a descrição fática e feita aplicação do direito a retirada da norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor.
III. Pedido: não se justifica o ingresso de alguém em juízo se não for parapedir dos órgãos jurisdicionai uma medida ou provimento. O pedido serve de parâmetro para a atuação do Magistrado.
	> IMEDIATO: providencia jurisdicional solicitada ao Estado-juiz (ex: condenação, declaração e mandamental)
	> MEDIATO: é o bem da vida queo autor pretende conseguir por meio dessa ação.
e) CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES: feita com base em seu elemento
I. Ação de Conhecimento: visa obter sentença ou provimento de mérito. Além de avaliar a existência ou não do direito das partes ameaçado ou violado.
II. Ação de Execução: visa provimento satisfativo dequem está executando;
III. Ação Condenatória: o autor visa, além da declaração, uma condenação do réu ao cumprimento de uma obrigação ou prestação.
*****Além dessa divisão trinária, Pontes de Miranda propõe mais dois tipos*****
IV. Ação mandamental: tem por objetivo a obtenção de uma sentença em que o juiz emite uma ordem, cujo descumprimento, por quem a receba, caracteriza desobediência (ex: mandado de segurança)
V. Ação executivalato sensu:são ações que trazem embutidas no processo de conhecimento uma capacidade executória (ex: despejo)
10. Processo e Procedimento
a) PROCESSO:
	> Conhecimento/cumprimento da sentença – RECONHECIMENTO; se tem uma incerteza de quem	é o culpado;aprofundada produção de provas.
	> Execução (título executivo extrajudicial) – REALIZAÇÃO ou SATISFAÇÃO;
b) PROCEDIMENTO:
	> Comum: é o rito padrão eleito pelo legislativo e se aplica de forma residual (o que não for especial	é comum)
		I. Postulatória: postular em juízo
		II. Saneamento: analisar/sanear o processo
		III. Instrutório: instrução/provas
		IV. Decisório
	> Especial: a critério do legislativo foram estabelecidas regras especificas para tratar de situações	peculiares. O procedimento especialpode ser contencioso ou voluntário.
11. Relação Jurídica Processual:se dá com a composição de três partes, sendo elas o AUTOR, o RÉU e o JUIZ, sendo o último equidistante das partes.
	O NCPC coloca que será considerada a proposta da ação quando apetição inicial for protocolada e o réu notificado do litígio.
12. Pressupostos Processuais:São requisitos para que a prestação jurisdicional seja posta à disposição da parte. São requisitos jurídicos para a validade da relação processual, ou seja, requisitos de validade do processo.
a) PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA (pressupostos de constituição válida) – requisitos para que a relação processual se constitua validamente;
	> Petição inicial – exercício do direito de ação e invocação da prestação da tutelajurisdicional
	> Jurisdição – formulação do pedido para um órgão competente
	> Citação – informação ao réu sobre a ação em trâmite
	> Capacidade Postulatória – aptidão para praticar atos técnicos dentro do processo. Capacidade	que o advogado regulamentado pode atuar.
b) PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO – aqueles a serem atendidos, após o estabelecimento regular do processo, a fim de que se possa ter um curso também regular até a sentença de mérito ou a providência jurisdicional definitiva.
	> Petição inicial apta – deve preencher requisitos que a lei considera indispensáveis para a	produção dos efeitos regulares na petição
	> Órgão jurisdicional competente – existem órgãos competentes para cada assunto, então, deve-se	postular a ação no órgão que écompetente para determinada matéria.
	> Juiz imparcial – juiz deve tutelar o processo de forma equidistante das partes.	
	> Citação valida – réu recebeu a intimação e tomou conhecimento sobre o litígio.
	> Capacidade de agir – capacidade de ser parte eassumir direitos.
	> Capacidade processual – capacidade de estar em juízo e fazer valer os direitos.
c) PRESSUPOSTOS NEGATIVOS: impedem a resolução de mérito
	> Litispendência – ocorre uma mesma situação, com as mesmas partes, mesma causa de pedir e	mesmo pedido.
	> Coisa julgada – é a litispendência como parte firme e imutável na sentença
	> Perempção – o autor propõe a ação por três vezes e em todas ele abandona. Na quarta vez	estará caracterizada a perempção.
	> Arbitragem – se duas pessoas se dispuserem sobre a arbitragem, a parte não pode buscar o	judiciário, entretanto, é necessário que a parte provoque o juiz para que o processo possa ser	extinto.
Os pressupostos de existência válida ou de desenvolvimento regular do processo são subjetivose objetivos.
1. SUBJETIVOS: relacionam-se com os sujeitos do processo (juiz e partes). Compreendem:
	a. A competência do juiz para a causa
	b. A capacidade civil das partes
	c. Sua representação por advogado
Além de competente, o juiz não pode ter nenhum fato que o torne impedido ou suspeito (art. 144 e 148, NCPC).
2. OBJETIVOS: relacionam-se com a forma procedimental e com a ausência de fatos que impeçam a regular constituição do processo. Compreendem:
	a. A demanda do autor e a citação do réu(art. 2º e 239, NCPC)
	b. Observância de forma processual adequada à pretensão (art. 16 e 318, NCPC)
	c. Existência nos autos dos instrumentos de mandato conferido a advogado (art. 103, NCPC)
	d. Inexistência de litispendência, coisa julgada, convençãode arbitragem, ou de inépcia da petição	inicial (art. 485, V e VII e 330 I, NCPC)
	e. Inexistência de qualquer das nulidades previstas na legislação processual (arts. 276 a 283,	NCPC)

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