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TGE. Controle de constitucionalidade

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Gabriel Henrique Ribeiro Gonçalves – Direito - 1º Termo (2014) - FIATEPP
Controle de constitucionalidade
Baseando-se na obra: Curso de Direito Constitucional de Manoel Gonçalves Ferreira Filho, podemos definir controle de constitucionalidade como a “verificação da adequação de um ato jurídico (parcialmente da lei) à Constituição.” Com esta definição fica claro que Controle de Constitucionalidade é a regulamentação de normas (leis) que supostamente se encontram contrárias, ou até mesmo omissas, ao texto Constitucional, em nosso caso o brasileiro. Porém, o que deveria nos chamar a atenção a respeito do assunto seria a pergunta: Quem julga determinada lei ou caso, inconstitucional? Quem propõe as ações de constitucionalidade? É nessa linha de raciocínio que conduziremos nosso estudo a seguir.
Quando tratamos de tão peculiar tema, à luz da doutrina previamente mencionada, dividimos esse controle em duas vertentes ou partes distintas: Controle Judiciário e Controle Político.
Partindo da área do controle judiciário temos algumas subdivisões que trataremos logo mais. O controle político por sua vez, está relacionado com tudo o que não faz parte do judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, podendo estar relacionado ao Poder Legislativo ou pelo Poder Executivo, por meio do veto a projeto de lei entendido como inconstitucional pelo Presidente da República por exemplo.
Em relação ao controle judiciário, podemos dividi-lo em: Controle Judiciário Difuso e Controle Judiciário Concentrado.
No controle difuso, basicamente, qualquer membro do Poder Judiciário é competente para julgar ações de constitucionalidade. Ou seja, remetendo ao princípio da supremacia da Constituição, qualquer juiz ou tribunal é capaz para proceder ao julgamento das ações propostas no controle difuso. Além disso, qualquer um de nós pode acionar o Judiciário (Juízes e Tribunais no caso) sobre a constitucionalidade em relação a determinadas normas (claramente uma consequência da legitimidade, por esse conceito estar diretamente ligado ao povo que é fonte legítima primária e, portanto, responsável por dar legitimidade às leis). O fato de a legitimidade ser ampla no controle difuso acarreta na igual distribuição de sua competência. Veremos que no controle concentrado, devido à legitimidade ser menos divergente, teremos, igualmente, uma competência mais restrita.
Para falarmos a respeito do controle concentrado, devemos primeiramente ter como base a informação de que quem exclusivamente julga as ações desse controle, na tutela da CF, é o Supremo Tribunal Federal. Podendo essas ações dividirem-se em: Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Já no âmbito estadual, a autoridade competente para julgar suas ações serão seus respectivos TJs (Tribunais de Justiça). Os legitimados à propositura das ações em âmbito estadual não estão especificados na CF, onde apenas observamos, no art. 125 § 2º a proibição da entrega da legitimação a apenas um órgão. Por isso, os legitimados serão nomeados pela respectiva Constituição estadual.
No controle concentrado, na tutela da CF, os responsáveis por propor os quatro tipos de ações mencionadas anteriormente são encontrados no art. 103 da CF. Podemos dividi-los em: quatro autoridades, quatro mesas e quatro instituições. Sendo elas, respectivamente: o Presidente da República, o Governador de estado, o Governador do Distrito Federal e o Procurador Geral da República; o Senado Federal, a Câmara dos Deputados (Federais), a Assembleia Legislativa estadual e a Câmara Legislativa do DF; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasileiros, a Confederação Sindical, Partido Político (com representação no Conselho Nacional) e uma Entidade de Classe de âmbito Nacional.
Todos esses grupos representados, de acordo com a CF, podem propor a ADI e a ADC, assim como a ADO e a ADPF, mesmo a legitimação da ADO e da ADPF não estarem tipificadas na CF (entende-se que são os mesmos legitimados que poderão propor essas ações).
De acordo com a jurisprudência do STF (não está tipificado em lei ou constituição alguma), podemos fracionar em dois grupos os legitimados pelo art. 103. Um deles seriam os legitimados Universais ou Neutros e o outro, legitimados Especiais ou Interessados.
Os universais diferenciariam-se dos interessados pelo fato de não terem que demonstrar Pertinência Temática (demonstrar vínculo com a norma que pretendem impugnar), enquanto que estes sim.
Outro importante ponto a se destacar é o de que os legitimados presentes nos incisos I ao VII possuem capacidade postulatória (não necessitam de representantes legais – advogado – para proporem as ações), enquanto que aqueles presentes nos incisos VIII e IX não a possuem. Esta também é uma decisão jurisprudencial do STF.
Temos também a visão pelo aspecto do momento de intervenção do controle. A partir desta visão teremos dois tipos de controle: o Controle Preventivo, representado, por exemplo, pelo veto do Presidente da República; e o Repressivo, confiado ao Judiciário.
Para concluirmos nosso estudo, façamos uma breve recapitulação do que nos foi apresentado acima.
O Controle de Constitucionalidade pode ser divido em dois segmentos: Controle Judiciário e Controle Político. Este, não relacionado ao Poder Judiciário e aquele, subdividido em Controle de Constitucionalidade Difuso e Concentrado: O primeiro, englobando membros do Judiciário em geral (Juízes e Tribunais) no julgamento das ações e cabendo à Constituição do respectivo estado definir quem as propõe; e o segundo, envolvendo o STF no julgamento, e na proposta das ações, temos os legitimados representados pelas chamadas Quatro Autoridades, Quatro Mesas e Quatro Instituições. Todos esses poderão apresentar proposta de ADI, ADC, ADO e ADPF.
Bibliografia:
Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988;
Constitucionalidade, Controle de – Programa Televisivo – TV Justiça- 01 de Maio de 2012;
Controle de constitucionalidade - [online] – disponível - http://pt.wikipedia.org/wiki/Controle_de_constitucionalidade - Wikipédia, a enciclopédia livre - 09 de Janeiro de 2014;
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves - Curso de Direito Constitucional – São Paulo, SP – Editora Saraiva - 38ª Edição - Ano 2012;
LANZA, Pedro- Direito Constitucional Esquematizado – São Paulo, SP – Editora Saraiva - 16ª Edição revista, atualizada e ampliada – 2012;
TELLES JR., Goffredo da Silva – Carta aos Brasileiros – Faculdade de Direito da universidade de São Paulo – São Paulo, SP - 08 de Agosto de 1977.

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