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3 Introdução a Perfuração de Poços de Petróleo

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Prévia do material em texto

Perfuração 
de Poços de 
Petróleo
Material elaborado em parceria PrOMinP e Petrobras.
Autores: José Ivismário de Jesus
 Ronaldo Ferreira Ribeiro 
 
Perfuração 
de Poços de 
Petróleo
Este material é resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção, da Universidade Petrobras e 
representantes do PrOMinP (Programa de Mobilização da indústria 
nacional de Petróleo e gás natural). Ele se estende para além dessas 
páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência 
de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades 
profissionais da Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
nesse contexto, o E&P através do Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P. 
realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como 
premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e 
detalhamento das competências necessárias para explorar e 
produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação e reciclagem dos 
empregados. 
A concepção pedagógica dos cursos, além de contemplar os 
aspectos tecnológicos tem uma preocupação constante com os 
aspectos relacionados à preservação da Saúde, Meio Ambiente e 
Segurança de todos os envolvidos em seus processos produtivos. 
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa alta Competência
sumáriosumário
Capítulo 1 - Perfuração de poços de petróleo 
1. Perfuração de poços de petróleo 13
1.1. Tipos de sondas plataformas 14
1.2. Perfuração com equipamento de superfície 14
1.2.1. Características da operação 14
1.2.2. início de poço 14
1.2.3. Perfuração com sondas terrestres 15
1.2.4. Sequência da perfuração de um poço com sonda terrestre 16
1.2.5. Programa de perfuração de poço com sonda terrestre 19
1.3. Plataformas fixas - SM e autoelevatórias - PA 22
1.3.1. Plataformas fixas - SM (sondas moduladas) 22
1.3.1.1. Características da operação 23
1.3.2. Plataformas autoelevatórias - PA (JACK UP) 26
1.3.2.1. Características da operação 27
1.3.2.2. Projeto de perfuração de poço com sonda JACK-UP (PA) 28
1.4. Perfuração com equipamentos submarinos 
(plataformas flutuantes) 30
1.4.1. Cabeça de poço em sondas flutuantes 32
1.4.2. início do poço para plataformas flutuantes 33
1.4.2.1. Sistema com cabo-guia (passo-a-passo) 33
1.4.2.2. Sistema sem cabo-guia 37
1.5. Classificação dos poços de petróleo 41
1.5.1. Quanto à finalidade 41
1.5.2. Quanto à profundidade 42
1.5.3. Quanto ao percurso 42
1.6. Operações normais de perfuração 43
1.6.1. Perfuração 43
1.6.2. Manobra 44
1.6.3. Conexão 45
1.6.4. Circulação 46
1.6.5. Descida do revestimento 46
1.6.6. Cimentação 47
1.6.7. Perfilagem 47
1.6.8. Testemunhagem 47
1.7. Exercícios 48
1.8. Bibliografia 52
1.9. Gabarito 53
lista de figuras
Figura 1 - retirada do Livro: Fundamentos de Engenharia de Petróleo
Organizador: José Eduardo Thomas Figura 4.51 pág. 114 14
Figura 2 - retirada da apresentação do curso: Equipamentos de 
Poço instrutores: Carlos Francisco,Gurgel de Castro e Wallace Lima 15
Figura 3 - retirada da apresentação do curso: Equipamentos de Poço 
instrutores: Carlos Francisco, Gurgel de Castro e Wallace Lima 16
Figura 4 16
Figura 5 17
Figura 6 17
Figura 7 18
Figura 8 18
Figura 9 23
Figura 10 24
Figura 11 26
Figura 12 - retirada da coluna de assentamento da BGT 33
Figura 13 - Perfuração da fase 1 (36”) 33
Figura 14 - Descida do revestimentode 30” e BGP 34
Figura 15 - Descida do revestimento de 30” e BGP 34
Figura 16 - Perfuração da fase 26” 35
Figura 17 -Perfuração da fase de 26” sem retorno para a superfície 35
Figura 18 - Cabeça de poço GL antes da descida do BOP 36
Figura 19 - BOP é descido e encaixado no housing de alta pressão 36
Figura 20 - Baja/condutor 30" E BHA de jateamento 37
Figura 21 - Descida da baja/condutor 30” e BHA de jateamento 37
Figura 22 - Jateamento do revestimento de 30” até assentamento 
da baja no fundo do mar 38
Figura 23 - Perfuração da fase de 26” sem retorno para a superfície 38
Figura 24 - retirada da coluna de jateamento 39
Figura 25 39
Figura 26 - Cabeça de poço GLL antes da descida do BOP 40
Figura 27 - BOP é descido e assentado no housing de alta pressão 40
Figura 28 - Após a descida do BOP, a plataforma fica conectada 
ao poço através da coluna de riser 41
Figura 29 - Tipos de poços no que se refere à tragetória 42
Figura 30 - Tipos de poços direcionais 43
Figura 31 44
Figura 32 45
Figura 33 46
C
ap
ít
u
lo
 1
Perfuração de 
poços de 
petróleo
12
Alta Competência
13
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1. Perfuração de poços de 
petróleo
A elaboração de um projeto de poço é uma das etapas de planejamento para sua construção, na qual é realizado o detalhamento das fases de perfuração e completação. 
independentemente do tipo de poço a ser perfurado, o detalhamento 
dessas etapas é de grande importância para a determinação do tempo 
e do custo de poço e, consequentemente, para a avaliação de sua 
viabilidade técnica e econômica.
Quanto melhor o planejamento de um poço, maiores serão as 
chances de se obter sucesso. nesse contexto, sucesso significa atingir 
os objetivos do projeto, respeitando as normas de segurança e meio 
ambiente vigentes e os prazos a custos compatíveis com o mercado. 
Um poço é dividido em fases, sendo cada fase determinada pelo 
diâmetro da broca utilizada na perfuração. Tipicamente, o poço é 
composto pelas fases de 36” (perfurada com broca de 26” e alargador 
de 36” ),26”, 17 ½”,12 ¼” e 8 ½”, eventualmente serão perfurados 
poços Slim Hole. Em geral, após cada fase ser finalizada, é descida 
uma coluna de revestimento para proteger as formações e permitir 
que um peso adequado de fluido de perfuração seja utilizado na 
fase seguinte. 
14
Alta Competência
1.1. Tipos de sondas plataformas
Figura 1 - retirada do Livro: Fundamentos de Engenharia de Petróleo. 
Organizador: José Eduardo Thomas Figura 4.51 pág. 114
1.2. Perfuração com equipamento de superfície
1.2.1. Características da operação
Para a realização de perfuração de poços terrestres ou marítimos com 
equipamento de superfície, é necessária a utilização de unidades de 
perfuração fixadas em cima de uma subestrutura, montada em uma 
locação terrestre ou apoiadas no fundo do mar.
1.2.2. Início de poço
O início de poço depende do tipo de equipamento a ser •	
utilizado;
Em SS (semissubmersível) e nS (navio-sonda) o início é igual;•	
Em SM (sondas moduladas) e PA (plataforma autoelevável) o •	
início é semelhante;
Em sonda terrestre, o início é diferente de SS, nS, SM e PA.•	
15
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1.2.3. Perfuração com sondas terrestres
Início do poço•	
Para a realização de perfuração de poços com sondas terrestres são 
necessários alguns procedimentos operacionais, tais como:
a) Uma vez determinada pela geologia a locação onde será efetuada 
a perfuração do poço, uma equipe se deslocará para o local, onde 
será iniciado a preparação da locação, através de trabalhos de 
terraplanagem e nivelamento do solo.
b) Preparação do antepoço: escavação de um buraco em formato 
quadrado, medindo três metros x três metros, com profundidade de 
aproximadamente dois metros. 
Figura 2 - retirada da apresentação do curso: Equipamentosde Poço. 
instrutores: Carlos Francisco,Gurgel de Castro e Wallace Lima 
c) Cravação do condutor; o tubo condutor utilizado na perfuração 
com sondas terrestres, geralmente é o tubo condutor de 20”, cravado 
com bate estacas, até atingir o ponto de nega.
16
Alta Competência
Figura 3 - retirada da apresentação do curso: Equipamentos de Poço. 
instrutores: Carlos Francisco, Gurgel de Castro e Wallace Lima
d) Montagem da sonda de perfuração, instalação dos equipamentos 
do sistema de circulação, almoxarifado de material químico, casa 
de força, oficinas de solda, elétrica e mecânica, containeres com 
escritórios e alojamento para o pessoal, instalação da unidade de 
acionamento do BOP etc.
1.2.4. Sequência da perfuração de um poço com sonda terrestre
FASE-01: Antepoço cavado para início da perfuração do poço, com 
base para assentamento da sonda que pode ser concretada ou não. 
Condutor de 20” cravado. O condutor atinge uma profundidade de 
aproximadamente 20m ,o ponto de nega.
Figura 4
17
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
FASE-02: Perfuração da fase de 17.1/2”, e a descida do revestimento 
de 13 3/8”. Chamado de revestimento de superfície, essa fase do poço 
atinge no máximo 400 m.
Figura 5
FASE-02: Cimentação do revestimento de 13 3/8”, e a instalação da 
cabeça de revestimento. O objetivo dessa cimentação é dar suporte 
mecânico aos equipamentos de superfície que serão assentados 
nesse revestimento, ancorar os próximos revestimentos e também 
proteger o lençol freático de possíveis contaminações pelo fluido de 
perfuração.
Figura 6
18
Alta Competência
FASE-03: Perfuração com broca 12 1/4” e a descida do revestimento 
de 9 5/8”, seguida da perfuração da fase de 8 ½”.
Figura 7
FASE-04: Descida e cimentação do revestimento de 7”, a perfuração 
do poço está concluída. Próxima etapa é a completação do poço. A 
cimentação nessa fase é necessária para isolar as zona produtoras e 
produzir seletivamente. 
Figura 8
19
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1.2.5. Programa de perfuração de poço com sonda terrestre
O programa do poço contém informações importantes para o 
operador - executor do poço. Veja abaixo algumas informações 
contidas nesse programa:
Perfil litológico – descreve as formações esperadas de serem •	
atravessadas durante a perfuração e seus topos e bases;
Pressões das formações a serem perfuradas;•	
Profundidades de assentamento das sapatas;•	
Programa de brocas a serem utilizadas durante a perfuração;•	
Parâmetros a serem utilizados durante a perfuração;•	
Tipos de fluidos utilizados durante a execução do poço;•	
informa prováveis problemas que podem ocorrer durante os •	
trabalhos de perfuração;
informa os poços de correlação e problemas ocorridos neles;•	
Descreve as composições de coluna para as diversas fases do •	
poço;
Determina as pressões de teste de BOP e procedimento para •	
testes de absorção;
informa o programa de revestimento e cimentação das diversas •	
fases do poço;
raio de tolerância de afastamento máximo do objetivo;•	
Objetivos da perfuração.•	
20
Alta Competência
Exemplo de programa de poço:
Projeto de perfuração do poço:
7-MGP-77D-BA
Sonda: SC-105 - MOD: nATiOnAL 110 EU
Locação: MGP-701 - 8637-587 
Área: Miranga Profundo - Campo: Miranga 
Profundidade: 2.761m 34 dias de perfuração (10dias DMM)
Mesa rotativa: Altura: 9,40m Altitude: 105,58m BAP: 96,18m
Coordenadas UTM (MC=39ºW) 
Base: n=8.637.238,82m E=587.340,90m
Alvo: n=8.637.040,00m E=587.130,00m
Objetivos: Formação Maracangalha (Mb. Caruaçu )
Finalidade: Produção de gás. Otimização da drenagem dos 
reservatórios pertencentes ao Mb. Caruaçu da Fm. Maracangalha. 
21
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Fases da Perfuração:
Fase - 0: cravação.
Cravar tubo condutor de 20” OD x 5/8”. 
Fase - i: da superfície até 400 metros.
Perfurar com broca de 17.1/2”, até a profundidade de 400m, com a 
seguinte composição de perfuração:
Br/XO/DC9.1/2”/STB17.1/2”/DC9.1/2”/STB17.1/2”/DC9.1/2”/XO/
MOnEL8”/5DC7.3/4”/XO/3DC6.3/4”/6HW5”/DP5”
OBS: atingida a profundidade final da fase, condicionar o poço para 
descida do revestimento de 13.3/8” OD, e cimentá-lo, conforme 
programa de revestimento e cimentação anexo.
Fase - ii: de 400 até 1400 metros.
Descer coluna com broca de 12.1/4” até o topo do cimento e testar 
o revestimento.
Prosseguir a perfuração com a composição das colunas definidas 
pelo técnico de direcional. 
Fase - iii: de 1.400 Até 2.761 Metros.
Descer coluna com broca de 8.1/2” até o topo do cimento e testar o 
revestimento.
Prosseguir a perfuração com a composição das colunas definidas 
pelo técnico de direcional. 
OBS: Atingida a profundidade final do poço, condicionar o poço 
para a perfilagem final: Perfis; indução/Gr/Caliper, em todo o poço 
aberto. Perfis; Densidade e neutrão nas zonas de interesse com 
hidrocarbonetos. Após a perfilagem final, condicionar o poço para 
a descida do revestimento de 7” e cimentá-lo conforme o programa 
de revestimento e cimentação do poço. 
22
Alta Competência
1.3. Plataformas fixas - SM e autoelevatórias - PA
Em plataformas apoiadas no fundo do mar (plataformas fixas e 
autoelevatórias) o revestimento condutor pode ser cravado com 
o auxílio de um bate-estacas ou pode ser cimentado num poço 
perfurado com broca e alargador, sendo que, nesse caso, o retorno 
do cascalho se dá para o fundo do mar. A partir da instalação do 
condutor, que se estende até a plataforma, a perfuração da próxima 
fase é feita com retorno de fluido de perfuração para a superfície, 
mais especificamente para o flowline.
O sistema de cabeça de poço no mudline (fundo do mar) permite 
ancorar os revestimentos após a cimentação, abandonar o poço e 
retornar a ele (tie-back) quando necessário. Em todo caso, mesmo 
com os revestimentos ancorados no fundo do mar, há a necessidade 
de um cabeçal de superfície, que tem a função de vedação secundária 
e de sustentação do peso dos revestimentos que se encontram acima 
do fundo do mar.
Se o poço não for completado para produção logo após a perfuração, 
ele será tamponado e abandonado temporariamente.
1.3.1. Plataformas fixas - SM (sondas moduladas)
Características:
L.a. rasas - aproximadamente 200m;•	
A jaqueta é lançada e encaixada em estacas no fundo do mar; •	
Em seguida, os módulos são colocados sobre a jaqueta; •	
Os poços podem ser perfurados antes ou depois da instalação da •	
jaqueta; 
não é necessário compensador de movimentos.•	
23
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Figura 9
1.3.1.1. Características da operação
As plataformas marítimas utilizadas para perfuração de poços com 
equipamento de superfície operam com algumas restrições em 
relação à lâmina d’água. Devido às características dessas plataformas, 
as mesmas são limitadas a aproximadamente 150 metros de 
profundidade, por não haver movimentos da plataforma em relação 
ao fundo do mar, as operações de perfuração são semelhantes às 
perfurações realizadas por unidades de perfuração terrestre. 
A coluna de revestimento em cada poço se estende até a superfície, 
onde fica instalado o conjunto BOP (ESCP – Equipamentos de 
Segurança de Cabeça de Poço).
As plataformas fixas instaladas sobre jaquetas foram as primeiras 
unidades de perfuração marítimas utilizadas para a perfuração de 
poços. São estruturas moduladas instaladas no local de operação, com 
estacas cravadas no fundo do mar. Dessas plataformas são perfurados 
24
Alta Competência
vários poços, sendo um vertical e os demais direcionais, de modo 
a atingir, em diferentes pontos, a zona de interesse, ou diferentes 
zonas de interesse.
na Bacia de Campos, as Sondas Moduladas utilizam um template em 
sua subestrutura, o que permite a perfuraçãode vários poços na 
mesma plataforma.
Módulos
Convés
Estacas
Jaqueta
Lâ
m
in
a 
d
´á
g
u
a
Figura 10
25
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
As cabeças de revestimento e os carretéis utilizados no mar, quanto 
ao aspecto e funcionamento, são idênticos aos equipamentos 
utilizados em terra. 
Os sistemas de cabeça de poço que não necessitam de qualquer 
tipo de desconexão ao nível do mudline são aqueles utilizados na 
perfuração de poços após o lançamento da jaqueta. Esse tipo de 
perfuração traz dois grandes inconvenientes:
1 - É necessário aguardar a fabricação da jaqueta para perfuração 
dos poços; 
2 - A estrutura deve ser robusta o suficiente para suportar a sonda 
especificada para a perfuração (Sonda Modulada). Para executar 
essas operações (basicamente, o ponto mais crítico é o manuseio das 
colunas de revestimentos) e o peso acumulado de todos os trechos 
não cimentados dessas colunas. 
Para se desenvolver um campo offshore com a utilização de uma 
Sonda Modulada são necessários tempo e estudos detalhados de 
engenharia, para se chegar à construção da jaqueta. Esse tipo de 
desenvolvimento, com base em plataformas fixas, pode levar quatro 
ou cinco anos: estudo, instalação, perfuração, completação, conexão 
e produção.
Geralmente os estudos de viabilidade técnica e econômica (EVTE) 
sugerem a explotação de um campo offshore com a instalação de 
jaqueta em águas consideradas rasas, já que o aumento da lâmina 
d’água eleva exponencialmente o custo de aquisição e instalação da 
plataforma. O custo de manutenção da produção é sempre inferior 
para plataformas fixas (e completações secas), quando comparadas 
com completações com árvore de natal molhada (AnM).
26
Alta Competência
1.3.2. Plataformas autoelevatórias - PA (JACK UP)
Figura 11
Características:
• Fornece uma plataforma de perfuração fixa não afetada pelas 
condições de tempo; 
•	 Permite	 posicionamento	 em	 áreas	 com	 restrições	 no	 fundo	 do	
mar; 
•	Baixo	custo	comparadas	a	NS	e	SS;
•	Perfura	em	lâmina	d´água	de	até	120m;
•	Não	é	necessário	compensador	de	movimentos;
•	Tem	como	desvantagem	pouco	espaço	e	capacidade	de	estocagem	
e carregamento;
•	 Tem	 o	 inconveniente	 de	 depender	 das	 condições	 de	mar	 para	
posicionamento e saída dos poços.
27
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1.3.2.1. Características da operação
As plataformas autoeleváveis (PAs) são constituídas basicamente de 
uma balsa equipada com estruturas de apoio ou pernas, que acionadas 
mecânica ou hidraulicamente movimentam-se para baixo, até atingir 
o fundo do mar. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima 
do nível da água, a uma altura segura e fora da ação das ondas.
São plataformas móveis, sendo transportadas por rebocadores ou com 
propulsão própria, destinadas à perfuração de poços exploratórios 
na	plataforma	continental,	em	lâminas	d´água	que	variam	de	5	a	130	
metros.
Devido à estabilidade dessa unidade, as operações de perfuração são 
semelhantes às realizadas em terra. Os revestimentos são assentados 
no fundo do mar e estendidos até a superfície, abaixo da subestrutura, 
onde é conectado o equipamento de segurança e controle de poço 
(ESCP), similar ao utilizado em terra.
Estatisticamente, esse é o tipo de unidade de perfuração marítima que 
tem sofrido o maior número de acidentes. As operações de elevação 
e abaixamento são críticas e sofrem bastante influência das condições 
de tempo e mar. nos deslocamentos, apresentam dificuldades quanto 
ao reboque e, para grandes movimentações, devem ser retiradas 
seções das pernas para melhorar a estabilidade.
Em poços perfurados com plataformas autoelevatórias, os sistemas de 
suspensão de fundo de mar nos permitem ancorar os revestimentos 
logo após a cimentação, abandonar o poço e retornar a ele quando 
necessário. Essa operação de retorno é denominada tie-back. 
Apesar dos revestimentos estarem ancorados no fundo do mar, isso 
não significa, contudo, que não haverá um cabeçal de superfície. Esse 
porém, terá apenas a função de vedação secundária e de sustentação 
do peso dos tubos de revestimentos que se encontram acima do fundo 
do mar (riser), além de apoiar o BOP durante a perfuração do poço. 
Excetuando-se a operação de assentamento dos revestimentos ao 
nível do mudline, o restante das operações de execução do poço é 
bastante semelhante à perfuração terrestre.
28
Alta Competência
Com as colunas de revestimentos sendo ancoradas no fundo do mar, 
isso evita sobre carregamento da estrutura da plataforma, visando 
garantir sua estabilidade e facilidade de abandono dos poços.
As cabeças de revestimento e os carretéis utilizados no mar, quanto ao 
aspecto e funcionamento, são idênticos aos equipamentos utilizados 
em terra. 
1.3.2.2. Projeto de perfuração de poço com sonda JACK-UP (PA)
Projeto de perfuração do poço:
7-MnT-1-BAS
Sonda: PA-29 nOrTH STAr i Mod:national 1320 DE
Locação: MnT-749-8510-519 (LOC 2C) 
Área: Camamu Município: Cairú 
Profundidade: 1676m 48 dias de perfuração (8 dias DMM)
Mesa rotativa: Altura 22 m, Lâmina d’água = 40m
Coordenadas UTM (MC=39ºW) BASE: n=8.510.445m E=519.970m
Coordenadas geográficas: 
Base: Lat 13°28’29.612” S - Long: 38°48’49.770” W
Objetivos: Principal: Arenitos da formação Sergi, Secundário: 
Arenitos das formações rio de Contas, Morro do Barro e itaípe.
Finalidade: Produção de gás não associado.
Afastamento máximo: 100m em todas as direções, no cilindro do 
topo da Fm. Sergi ao contato Gás/Água.
29
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Fases da perfuração:
Fase - i Þ DA SUPErFÍCiE ATÉ 156 M
Perfurar com broca de 26” até atingir 156m de prof. Com esta 
coluna de perfuração: Br 26”/XO/DC9.1/2”/STB25.1/2”/2DC9.1/2”/
XO/3DC7.3/4/XO/3DC6.3/4/HW5”.
Condicionar o poço e alargar para 36” até 70 m, (8 m abaixo do fundo 
do mar) com hole opener de 36”, utilizando a seguinte coluna: Br26”/
XO/DC9.1/2”/XO/HO36”/2DC9.1/2”/XO/3DC7.3/4”/XO3DC6.3/4”/
HW5”.
Após o alargamento, descer a mesma coluna (coluna - 1), sem hole 
opener de 36” e condicionar o poço.
Observações:
recomenda-se ajustar a profundidade final da fase em 156 m, com 
a medida dos tubos e acessórios de cimentação de 20”, e tal modo 
que a sapata flutuante de 20” fique posicionada 10m acima do 
fundo do poço, e o conector tipo Quick Stab de 30” do sistema de 
cabeça de poço do tipo Mud Line para plataformas autoelevatórias 
fique 1,7m acima da mudline.
nesta fase, perfurar com água do mar (conforme programa anexo), 
taxa de penetração entre 6 e 10 m/h e vazão entre 150 e 250 GPM. 
Antes de retirar a coluna para descida do revestimento de 20" OD, 
deslocar um tampão viscoso de 1,5 a 2 vezes o volume do poço, para 
limpeza do poço.
30
Alta Competência
1.4. Perfuração com equipamentos submarinos (plataformas 
flutuantes)
numa plataforma flutuante todo o sistema de cabeça de poço fica 
localizado no fundo do mar. Dessa forma, as cargas provenientes 
da ancoragem dos revestimentos intermediários e de produção são 
absorvidos pelo condutor e revestimento de superfície que, por sua 
vez, pode descarregar parte dessa carga sobre bases especiais que 
trabalham como fundação submarina para o poço.
O mesmo ocorre com as cargas provenientes dos equipamentos 
de segurança e controle do poço durante a perfuração e com os 
equipamentos de controle da produção, após a completação do 
poço.
Os sistemas de cabeça de poço submarino para unidades de 
perfuração flutuantes podem ser de dois tipos: sistema com cabos 
guias (Guideline System) e sistema sem cabos-guias (Guidelineless 
System). 
O sistema com cabos guias é mais utilizado para perfuração de poços 
em	lâminas	d´água	até	cerca	de	400	m.
O primeiro equipamento a ser descido ao fundo do mar é a BGT 
(baseguia temporária), cuja função é ancorar quatro cabos de aço 
para prover um guia primário efetivo para o início da perfuração 
do poço 
Após o assentamento da BGT, é descida a coluna de perfuração, 
constituída de broca de 26” e alargador de 36” para perfuração da 
primeira fase do poço. A fase é perfurada com água do mar e retorno 
dos cascalhos diretamente para o fundo do mar.
Após a perfuração do poço de 36", é descido o condutor de 30”, 
juntamente com a BGP (base guia permanente).
O conjunto BGP, alojador e condutor de 30”, é montado na superfície 
e descido simultaneamente no poço de 36”. Em seguida, é cimentado 
o condutor de 30” em toda a sua extensão. Logo após, tem início a 
perfuração da fase seguinte, com broca de 26”, utilizando também 
água do mar e com retorno dos cascalhos para o fundo do mar.
31
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Após a perfuração do poço de 26”, é descido e cimentado o 
revestimento de 20”, que recebe na extremidade superior um alojador 
de alta pressão.
Esse alojador tem como funções promover a integração do 
revestimento de superfície com os demais componentes, permitir 
a conexão dos equipamentos de segurança e controle de poço, 
servir de sede para os suspensores dos revestimentos intermediários 
e de produção e conectar os equipamentos de produção na fase 
de produção do poço. O alojador de alta pressão é usualmente 
especificado com diâmetro interno nominal de 18 ¾” e pressão de 
trabalho de 10.000 psi. Em geral, é dimensionado para receber três 
suspensores com diâmetros nominais internos de 13 ⅜”, 9 ⅝” e 7”. 
Após a cimentação do revestimento de superfície, descem e são 
conectados o BOP e o riser, que permitirão a perfuração das fases 
seguintes até a conclusão do poço.
nem sempre a completação e produção do poço ocorrem ao final 
de sua perfuração. Assim, para possibilitar a saída da plataforma de 
perfuração e manter a cabeça de poço em condição de reutilização, 
uma capa de abandono é instalada. A capa de abandono reveste o 
topo do alojador de alta pressão, protegendo as áreas de vedação 
contra a ação do meio ambiente e quedas de equipamento ou material 
durante a movimentação da plataforma. Essa capa pode ser instalada 
por mergulhadores ou com ferramentas próprias, utilizando-se de 
cabos guias para facilidade de assentamento.
O sistema sem cabos guias é utilizado para operações em lâminas 
d’água profundas com unidades flutuantes dotadas de sistema de 
posicionamentto dinâmico.
O solo marinho em lâminas d’água profundas apresenta-se, em 
geral, pouco consolidado e sem estabilidade para a BGT e para o 
poço, durante a perfuração da primeira fase. O sistema desenvolvido 
pela Petrobras acrescenta um tubulão, usualmente com 46” ou 42” 
de diâmetro externo, que desce conectado à BGT. Esse conjunto BGT/ 
tubulão é descido até o fundo do mar, onde o tubulão é assentado 
com 12 a 14 metros de profundidade, utilizando-se um processo de 
jateamento da área interna inferior do mesmo.
32
Alta Competência
A ferramenta de assentamento da BGT foi desenvolvida de modo 
a permitir a perfuração do poço de 36” após o assentamento do 
tubulão, sem a necessidade de retirada da coluna.
As principais diferenças implementadas nas BGP guidelineless são 
na forma e tamanho. Essas são maiores e mais altas, para facilitar 
a sua localização, e possuem estrutura guia em forma de funil. não 
possuem os postes guias que compõem as BGP guideline e são mais 
resistentes, como consequência dos maiores esforços impostos pela 
longa coluna de riser.
Os alojadores de alta pressão utilizados em sistemas para águas 
profundas diferem dos similares convencionais apenas na 
especificação do diâmetro nominal interno. na medida em que cresce 
a lâmina d’água aumentam os esforços atuantes sobre a coluna de 
riser. Para solucionar esse problema, são empregadas colunas de 
menor diâmetro, possibilitando a redução do diâmetro nominal do 
alojador de alta pressão para 16 ¾”.
A diminuição do diâmetro nominal do alojador ocorreu em grande 
parte porque as primeiras unidades flutuantes com posicionamento 
dinâmico eram navios-sonda e possuíam capacidade reduzida de 
carga.
Os demais equipamentos e componentes empregados nos sistemas 
guidelineless, tais como suspensores, elementos de vedação e capa de 
abandono são estruturais e conceitualmente idênticos aos usados nos 
sistemas guideline.
1.4.1. Cabeça de poço em sondas flutuantes
nas plataformas flutuantes, conforme já mencionado, os 
equipamentos que compõem a cabeça do poço ficam instalados no 
fundo do mar, distantes da plataforma.
Essa maior distância e a impossibilidade de abandono do local em 
curto espaço de tempo conduziram a uma série de modificações 
33
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
nesses equipamentos , tornando-os mais seguros e confiáveis.
Para fazer face aos esforços extras a que estão submetidos, os 
conjuntos BOP submarinos têm seus componentes integrados em 
uma estrutura que apresenta maior resistência e confiabilidade, 
compondo o BOP stack. 
1.4.2. Início do poço para plataformas flutuantes 
1.4.2.1. Sistema com cabo-guia (passo-a-passo)
2
Figura 12 - retirada da coluna de 
assentamento da BGT
3
Figura 13 - Perfuração da fase 1 (36”)
34
Alta Competência
4
rev.30”
Figura 14 - Descida do revestimento de 
30” e BGP
Figura 15 - Descida do revestimento 
de 30” e BGP
35
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
5
rev.30”
BGP
Figura 16 - Perfuração da fase 26”
BGP
BUT
Figura 17 - Perfuração da fase de 26” 
sem retorno para a superfície
36
Alta Competência
Figura 18 - Cabeça de poço GL antes da descida do BOP
7
Rev.30”
Rev.30”
BOP
Riser
Figura 19 - BOP é descido e 
encaixado no housing de alta pressão
37
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1.4.2.2. Sistema sem cabo-guia
corpo da base
Figura 20 - Baja/condutor 30" E BHA de jateamento
2
Baja
rev. 30”
Motor de fundo
Broca 26”
Figura 21 - Descida da baja/condutor 30” 
e BHA de jateamento
38
Alta Competência
3
Baja
rev. 30”
Figura 22 - Jateamento do revestimento 
de 30” até assentamento da baja no 
fundo do mar
4
Poço
26”
rev. 30”
Figura 23 - Perfuração da fase de 26” sem 
retorno para a superfície
39
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
5
Poço 26”
rev. 30”
Figura 24 - retirada da coluna de jateamento
Figura 25 - Assentamento e cimentação do 
revestimento de 20”
HSG 16 3/4”
Rev. 30”
Rev. 20”
6
40
Alta Competência
Figura 26 - Cabeça de poço GLL antes da descida do BOP
Riser
BOP
Rev. 30”
Rev. 20”
7
Figura 27 - BOP é descido e assentado no 
housing de alta pressão
41
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Track
Swivel
Derrick
Kelly
Rotary table
BOP control nose 
reels
Telescopic joint
Riser pipe
Ball joint
Diverter
Derrick floor
Choke and kill lines
Annular preventer
Guide frame
Ram type preventers
 Control Par (S)
Conector
Guide line
Riser tensioning
lines
Guide line tensioners
Riser tensioners
Shear type preventer
Wellnead conector
Permanent guide structure
Hook
Drill string compensation
Figura 28 - Após a descida do BOP, a plataforma fica conectada
ao poço através da coluna de riser
1.5. Classificação dos poços de petróleo
1.5.1. Quanto à finalidade
na Petrobras, os poços são classificados de acordo com a sua finalidade. 
Assim, temos:
Tipos de poços Características / finalidades
Exploratórios (wildcat)
Poço para pesquisar um possível reservatório, mas não 
se tem a certeza da existência de hidrocarbonetos no 
seu objetivo.
Estratigráficos ou estruturais
Avaliar as litologias na subsuperfície e realizar o 
conhecimento geológico da área.42
Alta Competência
Tipos de poços Características / finalidades
Extensão
Exploratório de delimitação de reservatório. Podem 
também explorar jazidas adjacentes ao reservatório 
conhecido.
Desenvolvimento
Quando se encontra petróleo, são perfurados para 
produção do campo.
Injeção
Aumentar a produtividade e longevidade dos campos 
de petróleo. Injeta-se nos reservatórios fluidos diversos 
(água, gás, vapor de água, outros).
Especiais
Possuem outra finalidade, diferente das anteriores. 
Por exemplo, os poços-piloto, poços que vão permitir 
a perfuração dos poços de desenvolvimento ou de 
injeção.
1.5.2. Quanto à profundidade
raso - Poço com a Profundidade final menor que 1.500 m;•	
Médio - Poço com Profundidade final entre 1.500 a 2.500 m;•	
Profundos - Poço com a Profundidade final maior que 2.500 m.•	
1.5.3. Quanto ao percurso
Horizontal
DirecionalVertical
Figura 29 - Tipos de poços no que se refere à 
trajetória
43
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Vertical - quando a sonda e o objetivo se encontram sob a •	
mesma reta vertical;
Direcional - quando a sonda não está na mesma reta vertical •	
do objetivo;
1º KOP
2º KOP
KOP
KOP
KOP
Afastamento Comprimento
Entrada do obj. do trecho horizontal
Raio longo com
dois trechos de
ganho de inclinação
Raio longo com
um trechos de
ganho de inclinação Raio médio Raio curto
Figura 30 - Tipos de poços direcionais
Horizontal - caso particular de poço direcional é aquele que •	
permanece um longo trecho na horizontal ou muito próximo da 
horizontal. A parte horizontal desse poço fica dentro da zona 
produtora.
1.6. Operações normais de perfuração
Durante a perfuração de um poço de petróleo, são realizadas 
atividades diversas, conforme descrito anteriormente. Essas atividades 
são consideradas normais. Entretanto, ocorrem somente em alguns 
momentos da perfuração. Dentre essas atividades, podemos destacar 
as seguintes: 
1.6.1. Perfuração
A perfuração é a etapa na qual ocorre um aumento na profundidade 
do poço.
Se caracteriza pela aplicação de peso e rotação sobre a broca e pela 
circulação de fluido.
44
Alta Competência
O peso e a rotação sobre a broca tem a função de destruir as rochas, 
já o fluido retira os cascalhos gerados pela broca e o transporta para 
a superfície.
Figura 31
1.6.2. Manobra
Operação composta pela retirada ou descida de tubos, por seção, 
para realizar determinada tarefa. É chamada de manobra completa 
ou simplesmente de manobra, quando toda a coluna é retirada e em 
seguida reposta no poço. Situação rotineira que exige uma manobra 
completa é a troca da broca ou reconfiguração do BHA. Quando 
só se retira a coluna ou só se desce esta, a operação é chamada 
de meia manobra. Quando se retira a coluna de perfuração só até 
determinado trecho, normalmente até a sapata do revestimento ou 
onde a broca atual iniciou a perfuração, para checar as condições do 
poço, a operação é denominada manobra curta.
45
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
Figura 32
1.6.3. Conexão
Quando o topo do kelly (ou o motor, no caso de top drive) atinge a 
mesa rotativa, é necessário acrescentar um novo tubo de perfuração 
à coluna. Essa operação é chamada conexão e, no caso de perfuração 
normal, se realiza do seguinte modo:
O tubo a ser acrescentado é colocado em local apropriado •	
junto à mesa rotativa (vide próxima Figura A). Eleva-se o kelly 
até o primeiro tubo de perfuração aparecer e coloca-se a cunha 
na coluna para que o seu peso fique sustentado pela mesa 
rotativa. Desconecta-se o kelly da coluna, conectando-o ao tubo 
de perfuração a ser adicionado (vide próxima Figura B). Eleva-se 
o conjunto kelly - tubo de perfuração, conectando-o novamente 
à coluna (vide próxima Figura C). retira-se a cunha e desce-se 
a coluna até o kelly encaixar-se na mesa rotativa e volta-se a 
perfurar (vide próxima Figura D) no caso de perfuração com top 
drive a operação é semelhante.
46
Alta Competência
Figura 33 - na perfuração convencional o poço é perfurado de tubo em tubo, 
aproximadamente, (9 metros) já na perfuração com top-drive a perfuração é 
feita de seção em seção (28 metros).
1.6.4. Circulação
Consiste na injeção do fluido de perfuração com o auxílio da bomba 
de lama para deslocá-lo através das linhas de superfície, tubo bengala, 
“swivel” e interior da coluna até a broca, retornando pelo anular até 
o “flowline” e as peneiras de lama. Essa operação ocorre de forma 
simultânea à perfuração do poço.
normalmente, ao término da perfuração de uma fase do poço, é 
feita uma circulação de fluido com o objetivo de garantir a limpeza 
do poço, facilitando a execução das etapas seguintes, que podem ser 
perfilagem ou descida do revestimento do poço. 
1.6.5. Descida do revestimento
Após a perfuração do poço de petróleo, é necessário revestir o 
poço para permitir o controle da produção de hidrocarbonetos e o 
isolamento de zonas com diferentes fluidos. Para isso, são introduzidos 
no poço tubos de aço, chamados de revestimento, podendo ser da 
superfície até o fundo do poço ou em fases isoladas - liners.
47
Capítulo 1. Perfuração de poços de petróleo
1.6.6. Cimentação
Após a descida do revestimento, é realizada a cimentação do poço, 
que consiste em bombear um volume calculado de pasta de cimento 
pelo interior do revestimento até chegar ao final do poço e posicioná-
la no espaço anular entre o poço e o revestimento. O objetivo da 
cimentação é garantir maior estabilidade do revestimento, isolar 
zonas com diferentes fluidos e permitir colocar o poço em produção 
de forma controlada.
1.6.7. Perfilagem
É uma operação realizada ao término da perfuração do poço ou 
de determinada fase na qual descem ferramentas específicas para 
obtenção de informações adicionais sobre as características da 
formação perfurada. Analisando essas informações, é possível 
compreender melhor o reservatório e traçar um melhor plano de 
desenvolvimento do campo. A perfilagem normalmente é realizada 
em poços exploratórios. 
1.6.8. Testemunhagem
É outra operação realizada para trazer maiores subsídios para a 
geologia. É realizada quando se deseja obter uma amostra preservada 
da formação. Usa-se uma broca especial, chamada coroa, que perfura 
a formação, preservando um cilindro que é trazido até a superfície 
para ensaios de permeabilidade, porosidade e análise de fluidos 
presentes na rocha etc. 
48
Alta Competência
1.7. exercícios
1) Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas 
falsas.
( ) Uma das etapas de planejamento para a construção é a ela-
boração de um projeto de poço, no qual é realizado o deta-
lhamento das fases de perfuração e completação.
( ) Sucesso no planejamento significa atingir os objetivos do 
projeto, respeitando as normas de segurança e meio am-
biente vigentes e os prazos e custos compatíveis com o 
mercado.
( ) As fases de um poço são determinadas pelo diâmetro da 
broca utilizada na perfuração.
( ) Tipicamente, o poço é composto pelas fases de 36” (perfu-
rado com broca de 36” e alargador de 26”).
( ) Para a realização de perfuração de um poço com sonda 
terrestre ou marítimos com equipamento de superfície, é 
necessária a utilização de unidades de perfuração fixadas 
em cima de uma subestrutura, montada em uma locação 
terrestre ou apoiadas no fundo do mar.
2) relacione as fases de perfuração de um poço com sonda terrestre 
na primeira coluna com suas características na segunda:
Fases Características
( A ) Fase – “0“ Condutor ( ) Chamada de revestimento de su-
perfície, essa fase do poço atinge 
no máximo 400m.
( B ) 1ª Fase superfície ( ) Perfuração com broca 12 1/4” e 
a descida do revestimento de 9 
5/8”, seguida da perfuração da 
fase 8 1/2”.
( C ) 2ªFase intermediário ( ) O condutor atinge uma profundi-
dade de aproximadamente 20m, 
o ponto de nega.
( D ) 3ª Fase produção ( ) A cimentação nessa fase é neces-
sária para isolar as zonas produ-
toras e produzir seletivamente.
3. O que é perfil litológico?
Exercício
49
3) O que é perfil litológico?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
4) Complete as lacunas com os termos em negrito no que diz respeito 
às características das plataformas fixas – SM e autoelevatórias – PA.
Plataformas fixas – SM Auto-elevatórias – PA.
•	Permitem	posicionamento	em	áreas	 com	 restrições	no	 fundo	do	
mar;
•	A	jaqueta	é	lançada	e	encaixada	em	estacas	no	fundo	do	mar;
•	Os	poços	podem	ser	perfurados	antes	ou	depois	da	instalação	da	
jaqueta;
•	Perfuram	uma	lâmina	d’água	de	até	120m;
•	Têm	como	desvantagem	pouco	espaço	e	capacidade	de	estocagem	
e carregamento;
•	L.a.	Rasas	–	aproximadamente	200m.
50
Alta Competência
5) Quais são os sistemas de cabeça de poço submarinos para unidades 
de perfuração flutuantes e qual o mais utilizado para perfuração de 
poços de lâmina d’água de até 400m?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
6) Coloque em ordem cronológica os procedimentos de perfuração 
com equipamentos submarinos.
1º ( ) Após a perfuração do poço de 36”, é descido o condu-
tor de 30”, juntamente com a BGP;
2º ( ) Após a cimentação de revestimento de superfície, des-
cem e são conectados o BOP e o riser, que permitirão a 
perfuração das fases; 
3º ( ) Descida ao fundo do mar do BGT, cuja função é ancorar 
quatro cabos de aço para prover um guia primário efe-
tivo para o início da perfuração do poço;
4º ( ) Após a perfuração de 26”, é descido e cimentado o re-
vestimento de 20”, que recebe na extremidade superior 
um alojador de alta pressão.
7) relacione a primeira coluna de acordo com as características da 
segunda:
Tipos de poços Características e finalidades
( A ) Exploratórios ( ) Aumentar a produtividade e lon-
gevidade dos campos de petróleo. 
injeta-se nas reservatórias fluidos 
diversos.
( B ) Estratigráficos ( ) Avaliar as litografias na superfície e 
realizar o conhecimento geológico 
da área.
( C ) Desenvolvimento ( ) Poço para pesquisar um reserva-
tório, mas não se tem a certeza da 
existência de hidrocarbonetos no 
seu objetivo.
( D ) injeção ( ) Quando se encontra petróleo, são per-
furados para a produção do campo.
Exercício
51
8) Complete as características a seguir com suas respectivas etapas em 
negrito.
a) Operação composta pela retirada ou descida de tubos, por se-
ção, para realizar cada tarefa. __________________________
b) Operação de acréscimo de um novo tubo de perfuração à co-
luna, quando o topo do Kelly (ou o motor, no caso do top drive) 
atinge a mesa rotativa. _________________________ 
c) É a etapa na qual ocorre um aumento na produtividade (Pro-
fundidade) do poço. _______________________
d) Operação que ocorre simultaneamente à perfuração do poço. 
_______________________
e) Consiste em bombear um volume calculado de pasta de ci-
mento pelo interior do revestimento até chegar ao final do poço 
e posicioná-la no espaço anular entre o poço e o revestimento. 
______________________
Perfuração - Manobra - Conexão - Circulação - Cimentação
52
Alta Competência
Equipamentos de Poço: Apresentação Microsoft Power Point - Autores: Carlos 
Francisco, Gurgel de Castro e Wallace Lima.
Fundamentos de Engenharia de Petróleo - Organizador: José Eduardo Thomas - 
Editora interciência.
Fundamentos de Perfuração: Apresentação Microsoft Power Point - Autores: 
roberto Vinicius Barragan e rubens Junior.
Noções de Perfuração e Completação - Apostila do Alta Competência - Autor: 
Alfonso Humberto Célia Silva e João Carlos neves Calmeto. 
Projetos de Poços de Petróleo: Geopressões e assentamento de Colunas de 
revestimentos - Autores: Luiz Alberto Santos rocha e Cecília Toledo de Azevedo 
- Editora interciência.
1.8. Bibliografia
Gabarito
53
1.9. Gabarito
1) Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
( V ) Uma das etapas de planejamento para a construção é a elaboração de 
um projeto de poço, no qual é realizado o detalhamento das fases de 
perfuração e completação.
( V ) Sucesso no planejamento significa atingir os objetivos do projeto, 
respeitando as normas de segurança e meio ambiente vigentes e os prazos 
e custos compatíveis com o mercado.
( V ) As fases de um poço são determinadas pelo diâmetro da broca utilizada na 
perfuração.
( F ) Tipicamente, o poço é composto pelas fases de 36” (perfurado com broca 
de 36” e alargador de 26”). 
Justificativa: perfurada com broca de 26” e alargador de 36”.
( V ) Para a realização de perfuração de um poço com sonda terrestre ou 
marítimos com equipamento de superfície, é necessária a utilização de 
unidades de perfuração fixadas em cima de uma subestrutura, montada 
em uma locação terrestre ou apoiadas no fundo do mar.
2) relacione as fases de perfuração de um poço com sonda terrestre na primeira 
coluna com suas características na segunda:
Fases Características
( A ) Fase – “0“ Condutor ( B ) Chamada de revestimento de superfície, essa 
fase do poço atinge no máximo 400m.
( B ) 1ª Fase superfície ( C ) Perfuração com broca 12 1/4” e a descida do 
revestimento de 9 5/8”, seguida da perfuração 
da fase 8 1/2”.
( C ) 2ª Fase intermediário ( A ) O condutor atinge uma profundidade de apro-
ximadamente 20m, o ponto de nega.
( D ) 3ª Fase produção ( D ) A cimentação nessa fase é necessária para isolar 
as zonas produtoras e produzir seletivamente.
3) O que é perfil litológico?
O perfil litológico descreve formações esperadas de serem atravessadas durante 
a	perfuração	e	seus	topos	e	bases.	Ele	é	uma	informação	para	o	executor	do	oco,	
contida no programa de perfuração de poços com sonda terrestre.
54
Alta Competência
4) Complete as lacunas com os termos em negrito no que diz respeito às 
características das plataformas fixas – SM e autoelevatórias – PA.
Plataformas fixas – SM Auto-elevatórias – PA.
•	A	 jaqueta	é	 lançada	e	encaixada	
em estacas no fundo do mar;
•	 Os	 poços	 podem	 ser	 perfurados	
antes ou depois da instalação da 
jaqueta;
•	 L.a.	 Rasas	 –	 aproximadamente	
200m. 
•	 Permitem	 posicionamento	 em	 áreas	
com restrições no fundo do mar;
•	 Perfuram	 uma	 lâmina	 d’água	 de	 até	
120m;
•	Tem	como	desvantagem	pouco	espaço	
e capacidade de estocagem e carrega-
mento;
•	Permitem	posicionamento	em	áreas	com	restrições	no	fundo	do	mar;
•	A	jaqueta	é	lançada	e	encaixada	em	estacas	no	fundo	do	mar;
•	Os	poços	podem	ser	perfurados	antes	ou	depois	da	instalação	da	jaqueta;
•	Perfuram	uma	lâmina	d’água	de	até	120m;
•	 Têm	 como	 desvantagem	 pouco	 espaço	 e	 capacidade	 de	 estocagem	 e	
carregamento;
•	L.a.	Rasas	–	aproximadamente	200m.
5) Quais são os sistemas de cabeça de poço submarinos para unidades de perfuração 
flutuantes e qual o mais utilizado para perfuração de poços de lâmina d’água de 
até 400m?
São	dois	os	sistemas.	O	primeiro	é	o	sistema	de	cabos-guias	(Guideline System),	
que	é	o	mais	utilizado	para	perfuração	de	poços	em	lâmina	d’água	de	até	400m.	O	
segundo	é	o	sistema	sem	cabos-guias	(Guidelineless System).
6) Coloque em ordem cronológica os procedimentos de perfuração com 
equipamentos submarinos.
1º (2º ) Após a perfuração do poço de 36”, é descido o condutor de 30”, 
juntamente com a BGP;
2º ( 4º ) Após a cimentação de revestimento de superfície, descem e são 
conectados o BOP e o riser, que permitirão a perfuração das fases; 
3º ( 1º ) Descida ao fundo do mar do BGT, cuja função é ancorar quatro cabos 
de aço para prover um guia primário efetivo para o início da perfuração 
do poço;
4º ( 3º ) Após a perfuração de 26”, é descido e cimentado o revestimento de 
20”, que recebe na extremidade superior um alojador de alta pressão.
Gabarito
55
7) relacione a primeira coluna de acordo com as características da segunda:
Tipos de poços Características e finalidades
( A ) Exploratórios ( D ) Aumentar a produtividade e longevidade dos 
campos de petróleo. injeta-se nas reservatórias 
fluidos diversos.
( B ) Estratigráficos ( B ) Avaliar as litografias na superfície e realizar o 
conhecimento geológico da área.
( C ) Desenvolvimento ( A ) Poço para pesquisar um reservatório, mas não se 
tem a certeza da existência de hidrocarbonetos no 
seu objetivo.
( D ) injeção ( C ) Quando se encontra petróleo, são perfurados para 
a produção do campo.
8) Complete as características a seguir com suas respectivas etapas em negrito.
a) Operação composta pela retirada ou descida de tubos, por seção, para realizar 
cada tarefa. Manobra
b) Operação de acréscimo de um novo tubo de perfuração à coluna, quando o topo 
do Kelly (ou o motor, no caso do top drive) atinge a mesa rotativa. Conexão
c) É a etapa na qual ocorre um aumento na profundidade do poço. Perfuração
d) Operação que ocorre simultaneamente à perfuração do poço. Circulação
e) Consiste em bombear um volume calculado de pasta de cimento pelo interior do 
revestimento, até chegar ao final do poço e posicioná-la no espaço anular entre o 
poço e o revestimento. Cimentação
Perfuração - Manobra - Conexão - Circulação - Cimentação
56
Alta Competência

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