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Autores: Ronaldo Ferreira Ribeiro Silvio Leandro Corrêa da Purificação TÉCNICO DE PERFURAÇÃO E POÇOS PROGRAMA DO POÇO PROGRAMA DO POÇO Autores: Ronaldo Ferreira Ribeiro Silvio Leandro Corrêa da Purificação PROGRAMA DO POÇO Programa Alta Competência Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. ATERRAMENTO DE SEGURANÇA Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1.4. Exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. Gabarito Objetivo Específi co Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel,precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. 3.4. Glossário Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1.6. Bibliografi a É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VOCÊ SABIA?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! IMPORTANTE! ATENÇÃO É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas RESUMINDO... SumárioSumário Introdução 15 Capítulo 1. Programa do Poço 1. Programa do Poço 19 1.1. Localização do projeto – coordenadas da locação e do objetivo 19 1.2. Noções do modelo de gestão aplicado ao Programa do Poço (Alocação de Recursos) 20 1.3. Fundamentos de engenharia aplicados ao Programa do Poço 20 1.3.1. Definição dos diâmetros e profundidade das fases 21 1.3.2. Parâmetros mecânicos, PSB e rotações da mesa rotativa, top drive ou motor de fundo 24 1.3.3. Fundamentos do Programa de Fluido de Perfuração 25 1.3.4. Propriedades dos fluidos de perfuração 26 1.4. Correlação com poços vizinhos, importância da prática nas definições de contorno de possíveis problemas28 1.5. Teste de pressão do ESCP 28 1.6. Leitura e interpretação de um Programa do Poço 31 1.7. Livro de Tubos 35 Exercícios 37 Glossário 40 Bibliografia 41 Gabarito 42 Introdução O processo de perfuração de um poço tem por objetivo chegar a uma zona com potencial para produção de hidrocarbonetos, seja óleo ou gás, de maneira segura e controlada. Para isso, é importante durante toda a vida operacional seguir todos os procedimentos e padrões estabelecidos para tal operação. Desta forma, algumas atividades inerentes à função do sondador devem ser realizadas a fim de manter a organização e o planejamento do processo de perfuração e produção de um poço de petróleo e/ou gás. Dentre elas, destaca-se a correta leitura e interpretação das operações e equipamentos constantes no Programa do Poço, o devido preenchimento dos Livros de Tubos de perfuração, a realização dos testes do ESCP (Equipamentos de Segurança de Controle de Poço) todas as vezes que for necessário ou estabelecido, além da correta transcrição e coesão nas atividades realizadas e descritas no Boletim do Sondador. Durante as 24 horas de operação de qualquer sonda de perfuração e/ou completação, as operações executadas devem ser registradas devidamente no Boletim do Sondador e, além disso, todas as vezes que alguma operação de risco tiver de ser realizada, é de responsabilidade do supervisor da turma reunir e realizar uma reunião de segurança com toda a equipe de operação e pessoal envolvido na operação descriminada. Ainda assim, deve-se ter atenção a correta leitura e interpretação das informações prestadas no Programa do Poço, além de se certificar no correto preenchimento do Livro dos Tubos e dados relativos ao teste dos ESCP relatados no Boletim. Conforme Norma 2753 – Equipamentos do Sistema de Controle de Poço das Sondas de Perfuração, Completação e Intervenção em Poços de Petróleo – o sistema ESCP deve ser testado, pelo menos, nas seguintes ocasiões: 15 16 • Na instalação do BOP; • Antes do início de uma nova fase de perfuração; • Antes de teste de formação com coluna, em poço aberto e/ou em poço exploratório; • Se transcorridos 21 dias a partir do último teste; • A critério do projeto e acompanhamento do poço, testes adicionais devem ser realizados em situações especiais, como: perfuração de zonas de alta pressão ou portadoras de gases tóxicos, após circulação de kick. Para um ótimo prosseguimento das operações, salienta-se que o Programa do Poço deve ser seguido corretamente e, caso haja alguma alteração durante a execução de qualquer operação no poço, o mesmo deve ser informado rapidamente. C ap ít u lo 1 Programa do Poço 18 Alta Competência 19 Capítulo 1. Programa do Poço 1. Programa do Poço Existe uma programação para cada poço de petróleo que é perfurado, sendo listados e detalhados a configuração da coluna a ser utilizada, os dados de poços direcionais de correlação, o teste de pressão e de funcionamento do BOP instalado, dentre outros. Dessa forma, cabe ao sondador ler, interpretar e executar as operações, descrevendo-as no Boletim do Sondador. A seguir são listados alguns pontos a serem dados maior ênfase durante a leitura do Programa do Poço. 1.1. Localização do projeto – coordenadas da locação e do objetivo Ao iniciar a leitura do Programa do Poço, um dos primeiros dados a ser lido é a localização do poço, referente à região em que está sendo perfurado e as coordenadas geográficas da base, além das coordenadas do objetivo final. A localização de um poço a ser perfurado pode ser feita a partir de mapas de projeção. O mais comum é denominado Transversa Mercator (TM) e foi desenvolvido por Johann Heinrich Lambert em 1772. Nesse tipo de projeção, o globo terrestre é envolvido em um cilindro para realizar a projeção e é dividido em dois tipos: padrão e transverso. • Projeção Mecartor Padrão Neste método um cilindro envolve o globo na linha do Equador, o que ocasiona distorções nos pólos. Não é usado na indústria do petróleo. • Projeção Mecartor Transverso (UTM Universal Transverse Mercator) Mais conhecido como UTM, neste método há um cilindro que envolve o globo nos meridianos, minimizando assim, as distorções nos pólos. Esse método irá gerar as coordenadas UTM que são amplamente utilizadas na perfuração de poços. 20 Alta Competência Além disso, destaca-se que na própria nomenclatura destinada ao poço consegue-se designar, ao menos, em que estado do território está ocorrendo a perfuração. No final da identificação do poço, tem- se a unidade da federação onde o poço está localizado. 1.2. Noções do modelo de gestão aplicado ao Programa do Poço (Alocação de Recursos) No Programa do Poço constam informações respectivas ao tempo considerado máximo de operação da sonda na confecção de todo o poço e também de cada fase, sendo listados seus respectivos custos. Desta forma, é necessário que a perfuração do poço seja realizada de maneira programada e dentro dos padrões e procedimentos, enfatizando a segurança pessoal e operacional, além do prazo considerado máximo, evitando custos maiores à operação da sonda. Assim, sempre todo o pessoal de operação e manutenção deve estar atento a esses prazos, uma vez que, excedendo o prazo estabelecido, impactará no custo final do projeto do poço, que já é calculado previamente levando-se em consideração o prazo máximo estipulado no Programa do Poço. 1.3. Fundamentos de engenharia aplicados ao Programa do Poço Durante a montagem do ESCP, é importante verificar a altura da mesa rotativa e a boca do antipoço (let down). Este é a distancia entre a base do antepoço e a mesa rotativa. Por isso é importante levar em consideração a distancia entre esses equipamentos, na instalação do ESCP. A altura, já conhecida, influenciará na altura do conjunto cabeçal e, consequentemente, também na altura da linha de retorno e das gavetas e no BOP anular – refletindo diretamente na correta vedação mediante o acionamento da gaveta vazada ou BOP anular. 21 Capítulo 1. Programa do Poço 1.3.1. Definição dos diâmetros e profundidade das fases O número de fases a ser perfurado, o diâmetro de cada fase, os revestimentos a serem descidos (diâmetro externo, peso unitário, grau do aço e tipo de rosca), a profundidade das sapatas, o tipo e o peso de fluido a ser utilizado em cada fase são descritos na configuração do poço. a) Profundidade do poço (vertical e medida) Saber informações sobre a profundidade do poço é importante uma vez que aí se dá o final da perfuração do poço. Além disso, deve- se saber quando, ao ser confeccionado o poço, existe uma etapa de trecho direcional, pois a profundidade vertical do poço já não será a mesma profundidade medida (trecho realmente perfurado). A profundidade vertical do poço influenciará diretamente na configuração da coluna a ser utilizada, nos parâmetros de perfuração estabelecidos, dentre outros. b) Profundidade da zona de interesse (objetivo – principal e secundário) Na profundidade da zona de interesse, deve-se redobrar a atenção principalmente em zonas com gradiente de pressão anormal, baixa ou alta. Isso porque se for uma zona de pressão anormalmente baixa, corre-se o risco de se utilizar um fluido muito pesado para aquela zona, podendo levar a perda de fluido para formação ou até matar o poço. E, no caso de haver pressão anormalmente alta, tem-se o risco de perder o over balance (fluido de perfuração com pressão maior do que a pressão da formação) podendo levar a um kick. Dessa forma, ao realizar manobras de descida e retirada da coluna, deve-se atentar à velocidade das mesmas neste trecho, de modo a manter a segurança do poço utilizando apenas a primeira barreira de proteção, que é o próprio fluido de perfuração.22 Alta Competência c) Configuração do poço Nessa configuração, leva-se em conta, também, a utilização de revestimentos com grau de aço diferente, na mesma coluna. Isso acontece devido, também, à alta pressão de colapso encontrada no fundo do poço. Dessa forma, os primeiros revestimentos descidos devem ser mais resistentes quanto ao colapso do que os últimos. Além disso, os revestimentos superficiais sofrem maior tencionamento quando comparados com os revestimentos de fundo do poço, por causa do próprio peso da coluna. Por isso, a resistência à tração dos revestimentos de superfície devem ser maiores do que os revestimentos encontrados mais abaixo. d) Configuração da coluna A cada fase utiliza-se uma configuração de coluna diferente. Além disso, com o aumento dos riscos de prisão da coluna, geralmente, faz-se necessária a inclusão de equipamentos de percussão (Exemplo: drilling jar), que dá uma segurança a mais durante a perfuração do poço. Ainda assim, com a confecção do build up (trecho de ganho de ângulo) ou drop off (trecho onde ocorre declínio/perda de ângulo), faz-se necessária a utilização de algumas ferramentas direcionais e registro, que também passam a fazer parte da coluna de perfuração. Segue um exemplo de coluna de perfuração: BR 17 ½”/ MF 9 5/8”/ STB/ DC 9 ½”/ STB/ 2 DCs 9 ½”/ XO/ 09 DCs 7 ¾”/ D. JAR 8”/ 02 DCs 7 ¾”/ XO/ 3 DCs 6 ¾”/ 9 HWs 5”/ DP 5”. A partir dessas informações, pode-se afirmar que o poço é de 17 ½” , uma vez que esse é o diâmetro da broca. São utilizados 3 tipos de comandos sendo que entre eles é usado um substituto que funciona como uma redução de diâmetro de roscas, além do tipo de rosca, pois os mesmos não podem ser conectados diretamente. É utilizado também, neste exemplo, um drilling jar (D. JAR 8”), equipamento de percussão destinado a liberar coluna numa eventual prisão. 23 Capítulo 1. Programa do Poço e) Pontos para amostragem de calha Nos Programas dos Poços vêm descritos de quantos em quantos metros devem ser retiradas as amostras de calha, geralmente de 9 em 9 metros em poços de desenvolvimento e início de perfuração, e de 3 em 3 metros em poços pioneiros e em fases de perfuração mais profundas. Ainda assim, salienta-se que o fato de retirar, em intervalos, não quer dizer que a amostra corresponde a apenas aquele momento no qual retorna o cascalho. Na verdade a amostra deve equivaler ao intervalo, que começa após a retirada da amostra anterior (3 ou 9 metros antes), até o momento da retirada da nova amostra. Por exemplo, se em um poço for realizada a amostragem a cada 9 metros e a última amostra a ser retirada for em um raio de 27 metros, quer dizer que a próxima equivalerá ao trecho de 27 metros até 36 metros. Com isso, enfatiza-se a importância da instalação de aparadores nas peneiras para retenção do cascalho proveniente do poço, além da imediata limpeza dos mesmos ao término da retirada de cada amostra. f) Registro Direcional Deve-se atentar à forma como serão realizados os registros direcionais, uma vez que, se o mesmo for realizado com o inclinômetro, por exemplo, deverá se fazer a inspeção e a arrumação das ferramentas antes da operação de descida deste equipamento, para não atrasar a execução da operação. Quando for utilizada uma ferramenta de registro direcional, junto à coluna de perfuração, já não se terá a mesma preocupação. g) ESCP Em relação ao Equipamento de Segurança e Controle de Poço, deve- se atentar para a configuração do mesmo (tipo, diâmetro e pressão de trabalho da cabeça de revestimento, carretel de ancoragem, carretel de perfuração, conjunto de gavetas, BOP anular, linhas do kill e choke, choke manifold e unidade de acumulação e acionamento do BOP). Deve-se dar ênfase aos testes de funcionamento e vedação, com baixa e alta pressão, respeitando os tempos mínimo e máximo estabelecidos na norma e descritos no Programa do Poço. 24 Alta Competência h) Perfilagem e teste de formação a cabo Deve-se atentar em que estágios do poço têm de ser realizadas algumas destas operações (perfilagem e teste de formação a cabo), uma vez que nem sempre estas são realizadas apenas ao término do poço, podendo ser feitas também após a perfuração de alguma fase intermediária. 1.3.2. Parâmetros mecânicos, PSB e rotações da mesa rotativa, top drive ou motor de fundo Os parâmetros de perfuração designam os parâmetros que deverão ser utilizados para a perfuração do poço, principalmente tratando- se de poço pioneiro. Assim, alguns dados como tempo designado para perfurar 1 metro (taxa de penetração), vazão e pressão de bombeio – considerando que nas fases iniciais necessita-se de maior vazão e a partir das intermediárias, maior pressão, utilização de kelly ou top drive – salienta-se que nas fases iniciais a rotação é extremamente alta. Dessa forma, convenciona-se a utilização de kelly uma vez que a vibração dos equipamentos de rotação poderia trazer problemas mecânicos na possível utilização de top drive, rotação utilizada para perfurar, levando-se em conta a utilização do motor de fundo, quando este estiver presente na configuração da coluna. Salienta-se que parâmetros de peso sobre broca, vazão e pressão de bombeio e rotação são previamente calculados buscando o aumento na eficiência da perfuração e redução de custos em manobras para retirada de broca por desgaste, ocorrendo, algumas vezes, antes do seu tempo máximo de utilização. Leva-se em conta, também, a experiência do sondador, já que o mesmo está em contato direto com o poço e deve saber avaliar a condição da broca perfurando. 25 Capítulo 1. Programa do Poço 1.3.3. Fundamentos do Programa de Fluido de Perfuração No módulo Programa de Fluido de Perfuração do Programa de Poço são listados os parâmetros – peso, viscosidade – e tipos de fluido a serem utilizados em cada fase, além dos aditivos químicos que serão inseridos buscando a maior estabilidade do poço. Ainda assim, são trazidas algumas recomendações quanto à confecção do poço, enfatizando alguns problemas que podem ser evitados, como: perda de circulação, perda de pressão no fundo etc. Também são relatadas algumas recomendações quanto a questões de SMS, como descarte de fluidos e limpeza dos tanques, destinação final de embalagens contaminadas, além do registro de volume de fluido no sistema. O fluido de perfuração é injetado na coluna através da cabeça de injeção ou swivel, que separa os elementos rotativos daqueles estacionários, na sonda de perfuração. Os fluidos de perfuração ou lama removem os fragmentos da rocha continuamente. Eles são injetados por bombas para o interior da coluna de perfuração, por meio da cabeça de injeção (swivel) e retorna à superfície pelo espaço anular, formado pelas paredes do poço e pela coluna. Ao atingir determinada profundidade, a coluna de perfuração é retirada do poço e uma coluna de revestimento de aço, de diâmetro inferior ao da broca, é descida. O anular entre os tubos do revestimento e as paredes do poço é cimentado, com a finalidade de isolar as rochas atravessadas, permitindo então, com segurança, o avanço da perfuração. Após a operação de cimentação, a coluna de perfuração é novamente descida no poço, tendo – na sua extremidade – uma nova broca, de diâmetro menor do que a do revestimento para o prosseguimento da perfuração. Vale ressaltar que os poços são perfurados em diversas fases, caracterizadas pelos diferentes diâmetros de brocas. 26 Alta Competência 1.3.4. Propriedades dos fluidos de perfuração A principal função dos fluidos de perfuração é controlar as pressões de subsuperfície, exercendo pressão hidrostática suficiente para evitar influxo de fluidos da formação para o poço e também desmoronamento das paredes do poço, porém existem outras funções, tais quais: • Carrearos cascalhos gerados pela broca até a superfície; • Manter os sólidos em suspensão durante as paradas de circulação; • Manter o poço aberto estável para permitir o prosseguimento das operações de perfuração; • Transmitir potência hidráulica, resfriar e lubrificar a broca; • Reduzir o atrito entre a coluna e as paredes do poço; • Minimizar a corrosão da coluna de perfuração, revestimento e equipamentos de superfície. Alguns de seus requisitos básicos consistem em propiciar a coleta de informações geológicas do poço através das análises dos cascalhos, testemunhos e perfis, e em possuir custos compatíveis com o empreendimento e em facilitar a separação dos sólidos perfurados (cascalhos) na superfície. Do ponto de vista do controle de poço, podemos citar as principais propriedades do fluido de perfuração: • Massa específica: é a massa por unidade de volume, sendo expressa em ppg ou lb/gal e simbolizada pela letra grega “ρ”. É esta propriedade que define o “peso” da coluna hidrostática exercida pelo fluido de perfuração dentro do poço, o qual é medido por uma balança densimétrica, conforme imagem a seguir. O seu valor ideal faz com que a pressão exercida pela 27 Capítulo 1. Programa do Poço coluna hidrostática supere o valor da pressão de poros da formação em 0,3 ppg até 0,5 ppg. Valores inferiores podem permitir um kick e superiores podem danificar a formação, reduzir a taxa de perfuração, prender a coluna por pressão diferencial ou ocasionar perda de circulação. É também através de seu monitoramento que identificamos corte do fluido de perfuração por outro de menor densidade (gás, água ou óleo). Balança Densimétrica • Parâmetros reológicos: são propriedades que definem as características de movimentação do fluxo dentro do sistema de circulação, sendo responsáveis pela perda de carga por fricção. Os mais comuns são viscosidade plástica, expressa em centipoise, e limite de escoamento, expresso em lb/100 pé². Através dessas características podemos determinar a pressão de bombeio e a pressão em um determinado ponto do poço durante a circulação. Viscosímetro Fann 35A 28 Alta Competência • Força gel: representa a resistência ao movimento do fluido de perfuração a partir do repouso. É expressa em lb/100 pé² e medida através de viscosímetros rotativos. Se muito alta, resulta em pistoneio elevado, dificuldade na separação do gás na superfície, redução na velocidade de migração do gás e dificuldade na transmissão de pressão através do fluido de perfuração. • Salinidade: é uma propriedade química que representa o teor de sais dissolvidos no fluido de perfuração. Alterações podem indicar um kick de água. 1.4. Correlação com poços vizinhos, importância da prática nas definições de contorno de possíveis problemas No Programa do Poço são descritas informações de poços que já foram perfurados na mesma região, levando-se em conta alguns fatores, sendo os principais: existência de zonas de perda de circulação, zonas com pressão de poros anormal (alta ou baixa), zonas com possíveis existências de bolhas de gás, prisão de coluna, trecho em que alguma ferramenta topou. Ainda assim, são trazidas as profundidades em que ocorreu o problema e também como o mesmo foi combatido em situação anterior. Em campos já conhecidos, adotam-se informações dos poços vizinhos de correlação como lições aprendidas, uma vez que a perfuração é feita nas mesmas zonas e intervalos de poço anteriores. 1.5. Teste de pressão do ESCP Testes de pressão são de suma importância para o sondador. Na Petrobras existem planilhas de acompanhamento e registro de testes do ESCP, o que garante a segurança do poço e das pessoas envolvidas na operação. 29 Capítulo 1. Programa do Poço Após montagem do ESCP ou abertura do BOP para execução de qualquer serviço (substituição de gavetas, manutenção nas portas das gavetas etc.) deve ser realizado o teste de pressão e vedação de seus componentes. O teste do conjunto do BOP tem de ser completo, incluindo a estanqueidade dos elementos de vedação submetidos à baixa e à alta pressão. Além disso, após troca, manutenção ou reinstalação de qualquer componente do BOP, este deve ser testado. Dessa forma, para teste de ESCP, deve-se atentar inicialmente para as seguintes questões: • Inspeção do tampão de teste (teste plug): verificar as condições do mesmo para que não ocorra vazamento por danos na estrutura do material. Se o mesmo estiver danificado, providenciar com antecedência outro teste plug. • Inspeção das chaves flutuantes e contrapinos dos mordentes das chaves: isso deve ser feito quando for descer o teste plug com calda, uma vez que necessita torquear o tubo de perfuração que será enroscado na parte inferior do tampão de teste. • Verificar com antecedência se a unidade de teste do BOP apresenta um manômetro de teste para baixa pressão e outro manômetro de teste para alta pressão. Isso se deve ao fato de que não se pode utilizar manômetros com escalas de pressão alta para teste de baixa pressão, uma vez que a sensibilidade do mesmo irá interferir no resultado obtido, até porque o teste de baixa pressão é realizado com no máximo 300 psi, valor que seria mascarado utilizando-se manômetros com range muito elevado. • Verificar com o torrista previamente a disponibilidade de água industrial no tanque reserva, uma vez que será necessário encher todo o BOP e as linhas com água para execução do teste. 30 Alta Competência • Após pressurização dos componentes do ESCP, verificar a taxa da queda de pressão (se ocorrer) durante os tempos pré- estabelecidos de teste, que é de 3 e 5 minutos. Se a variação de pressão ao longo do tempo for muito brusca, deve-se verificar onde ocorre vazamento e providenciar manutenção ou substituição do componente. • Salienta-se que, juntamente com o teste do BOP, deve ser realizado o teste da válvula de passagem plena e inside do BOP. Dessa forma instalam-se as mesmas no tubo de perfuração, fecha- se o BOP anular e se pressuriza o interior do tubo, testando-se as válvulas citadas. Assim, destaca-se que, por testar a válvula com alta pressão, os membros que estiverem na plataforma/ área de perfuração, devem se manter afastados da área, sendo verificada a existência de algum vazamento através da queda de pressão visualizada no manômetro da unidade de teste. • Caso ocorra vazamento na válvula de passagem plena ou inside BOP, deve ser providenciada a manutenção ou substituição das mesmas por equipamentos com pressão de trabalho similar. • Todos os resultados obtidos após os testes devem ser registrados na folha de acompanhamento de testes e o teste deve ser descrito no Boletim do Sondador, com registro e contagem do tempo utilizado para realização do mesmo. BOP durante o bombeio de água 31 Capítulo 1. Programa do Poço 1.6. Leitura e interpretação de um Programa do Poço Na leitura e interpretação de um Programa de Poço vale ressaltar a importância do Boletim do Sondador, que reporta as operações realizadas diariamente. Durante a elaboração do Boletim do Sondador deve-se dar ênfase aos seguintes quesitos: • Nome do poço (Exemplo: 5-JND-50D-BA): neste exemplo, o número 5 significa que este poço é classificado como exploratório e perfurado em jazidas mais rasas de um campo delimitado. As iniciais JND são relativas ao nome do local onde está sendo perfurado o poço, neste caso Jardim Nova Esperança. O número 50 é a quantidade de poços já perfurados naquele campo e a letra D indica que o mesmo estabelece uma trajetória direcional. Por último, tem-se a identificação do estado, neste caso Bahia. • Localização do poço. • Identificação da própria sonda que está executando a operação no Poço. Ex.: SC-108. • Número do Boletim: quantifica os dias em que a sonda estáem operação ou em DTM. Por exemplo, no primeiro dia de DTM é aberto o Boletim DTM 01. Até o final do DTM, todos os Boletins abertos são descritos como DTM e o número respectivo de dias. Dessa forma tem-se a quantidade total de dias em que a sonda permaneceu realizando tal operação. • Data de abertura do Boletim. Após o preenchimento desses dados, pode-se iniciar a descrição dos equipamentos presentes na sonda, além do último revestimento descido e da profundidade da sapata deste revestimento e também os dados do ESCP, se o mesmo já estiver montado, e os dados do cabo de perfuração. 32 Alta Competência • Último revestimento descido: dá-se ênfase ao grau do revestimento e diâmetro externo do mesmo, além da profundidade da sapata. Caso ainda não se tenha descido o revestimento de superfície, descreve-se, então, o revestimento condutor e seu diâmetro externo. • Cabo de perfuração: descreve-se o diâmetro externo do cabo utilizado, além do número de voltas do cabo no sistema Bloco de coroamento - Catarina. • Quantidade de Comandos (DC), Heavy Weigth (HW) e Tubos de Perfuração (DP): nesse caso preenche-se, além da quantidade destes elementos presente na sonda, o diâmetro externo, o grau do aço, classificação quanto ao uso (novo, Premium, classe 2 etc.), peso unitário em libra/pé. Deve-se atentar às inspeções feitas nestes componentes, principalmente nas roscas dos mesmos. Caso algum apresente avaria, o mesmo deve ser encaminhado para reparo e o encarregado da sonda deve ser informado, retirando o componente da contagem descrita acima. • Dados do Equipamento de Segurança e Controle de Poço (ESCP) que está sendo utilizado, caso o mesmo já tenha sido montado após descida à cimentação do revestimento de superfície no poço. Deve-se atentar aos dados relativos ao diâmetro interno, externo e de passagem dos mesmos, ao diâmetro dos flanges inferior e superior, além da pressão de trabalho dos componentes do ESCP. • Quantidade de fluido de perfuração nos tanques e peso do mesmo: para isso, deve-se contar com o auxílio do torrista. • Volume de óleo diesel e água industrial: para isso, deve-se contar com o auxílio do mecânico. • Dados da bomba: fabricante da bomba, tipo da bomba, capacidade teórica, eficiência real. 33 Capítulo 1. Programa do Poço Após preenchimento dos dados acima, pode-se dar início à confecção da parte diretamente ligada à operação que está sendo executada, a configuração da coluna que está no poço com respectivas metragens, o BHA utilizado para perfuração, a descrição das operações e o tempo utilizado, dentre outros que serão descritos abaixo. Deve-se atentar que está nesta parte a maioria dos erros de preenchimento de Boletins. Por isso, aconselha-se a, antes de preencher o Boletim do Sondador, fazer um rascunho à parte e consultar o outro sondador da turma, avaliando todas as operações descritas e o tempo de realização das mesmas. Salienta-se que, para a descrição das operações, o Boletim seja dividido em duas partes, cada uma correspondendo a um período de 12 horas de trabalho. Geralmente divide-se das 24h às 12h e vice-versa. • Em toda abertura de Boletim ou início de turno, deve-se registrar a pressão reduzida naquele momento, atentando-se que isso só é feito após montagem do BOP, para preenchimento da planilha de Informações prévias de controle de kick. Geralmente é utilizada uma vazão e pressão respectiva a 30 strokes e 40 strokes por minuto. Dessa forma, no campo observações, deve ser informada a bomba utilizada e a profundidade no momento de medição da pressão reduzida, além das pressões equivalentes a cada medição. Como segurança, se o bengala for dotado de um manômetro tipo burdon, além do sensor que envia sinal para o indicador do Martin Decker, deve-se verificar a pressão indicada neste manômetro, uma vez que, às vezes, pode ocorrer falha no sistema de transmissão de sinal para o Martin Decker (geralmente vazamento de óleo de instrumentação) ocasionando uma leitura errada da pressão. • Coluna no poço e/ou coluna fora do poço: deve-se preencher de forma combinada os componentes da coluna de perfuração e a metragem dos mesmos, e o número de secções de DPs, HWs e DCs. Salienta-se que esse campo apresenta seis linhas para preenchimento dos dados. Dessa forma, sugere-se o preenchimento de baixo para cima e a separação das três primeiras linhas para DP, HW e DC. Os outros equipamentos e acessórios presentes na coluna podem ser agrupados no restante das linhas abaixo e, também, com os DCs e HWs. Isso porque 34 Alta Competência são, geralmente, componentes fixos da coluna. A primeira linha deve ser destinada apenas para os tubos de perfuração, já que a metragem dos mesmos muda a cada conexão realizada. Assim, ao organizar os componentes nessa tabela, executa a soma da metragem de cada um e o total da coluna. Se a perfuração for feita com kelly, registra-se o seu comprimento. Ao término do poço ou da fase, ou ainda, do turno, fecha-se a metragem do poço e o total perfurado naquele turno. Se houver coluna fora do poço, registra-se também o número de seções e o comprimento destas no campo respectivo a este item. • Abaixo dos dados da coluna de perfuração, tem-se um campo para preenchimento do peso total da coluna de perfuração em suspensão e sem girar. • Ao lado do campo observações, deve-se descrever o BHA que está sendo utilizado, além das ferramentas de direcional, se for o caso, com as respectivas metragens individuais e soma total do BHA. • Dados da broca: neste campo dá-se ênfase ao fabricante da mesma, o tipo da broca e número de série que devem ser visualizados no espelho da broca. Adverte-se que nunca se deve apenas olhar o que vem escrito na caixa da broca e anotar no Boletim, pois pode ser que os dados que contenham na caixa estejam diferentes dos dados reais da broca. Além desses, deve- se atentar e anotar no Boletim o número da broca (quantas brocas já desceram no poço e se é broca reutilizada, indicada pela letra R após o número), quantidade e diâmetro dos jatos (estes devem ser medidos com a régua apropriada), profundidade de entrada quando da descida de uma nova broca e profundidade de saída, quando acontecer a sua retirada. Além disso, deve- se inspecionar a mesma antes de descer no poço a após a sua retirada, pois mesmo sendo nova, pode vir com algum defeito de fábrica, que não deve passar despercebido. Após análise da broca retirada no poço, os dados devem ser anotados no Boletim, no campo observações. 35 Capítulo 1. Programa do Poço • Descrição das operações e respectivos tempos: neste campo deve-se descrever de maneira objetiva todas as operações realizadas no turno de 12 horas e o tempo gasto para tal. Ao término das 12 horas, mesmo que ainda esteja ocorrendo a mesma operação, deve-se encerrar este campo e iniciar o preenchimento do campo abaixo ou abertura de outro Boletim. Deve-se atentar que nas operações de perfuração, orientação do poço (trecho de ganho ou perda de ângulo) e circulação, deve- se anotar ao lado da descrição, em seus campos respectivos, os parâmetros utilizados para tal operação (pressão de bombeio, rotação e peso sobre broca). Deve-se atentar também que, em colunas com utilização de motor de fundo, deve-se fazer referência ao mesmo no campo rotação, sendo então contada a rotação da mesa mais o motor de fundo (exemplo: 60+MF). Ainda assim, salienta-se a importância de se ter um rascunho antes do preenchimento destes campos já que são operações que mudam constantemente, e também os parâmetros utilizados. 1.7. Livro de Tubos Para garantir a quantidade correta de tubos na locação dentro e fora do poço, utiliza-se o Livro de Registro de Tubos. Nele, registram-se diariamente as operações de locação de tubos. O Livro de Tubos é utilizadopara registro de todos os tubos de perfuração descidos no poço, número total de secções e a metragem da coluna de tubos após cada conexão. Salienta-se que o registro de tubos neste livro deve ser realizado somente quando o mesmo for inserido na coluna, pois se evita problemas futuros se o mesmo for registrado e por ventura não descer no poço. Um exemplo prático ocorre quando os tubos são colocados na rampa e seus comprimentos são anotados na tabela de tubo. Se em ocasião de perfuração ocorrer algum problema no poço, como kick ou perda de fluido para formação, ou qualquer outro problema que ocasione a parada da perfuração, e numa eventual passagem de turno o sondador esquecer-se de retirar as medidas dos tubos que não foram descidos no poço do livro, o sondador do turno oposto não estará ciente do fato e, ao verificar a metragem da coluna, a mesma não coincidirá com o valor real. Dessa forma, sugere-se que as medidas destes tubos sejam anotadas em um papel rascunho para posterior passagem ao Livro de Tubos. 36 Alta Competência No Livro de Tubos tem-se uma coluna para anotação do comprimento do tubo, outra coluna ao lado indicando o total de secções formadas por esses tubos e uma terceira relacionada à soma dos tubos e ao valor total do comprimento da coluna de DP. Assim, ao inserir o valor de um tubo, deve-se somar este valor com a soma total anterior indicando uma nova metragem de coluna. Além disso, ao adicionar três tubos, deve-se anotar o número da secção respectiva, ou seja, no terceiro tubo, por exemplo, descreve-se na coluna referente ao número de secções o valor 1, afirmando que esta é a primeira seção. No sexto tubo, registra-se o valor 2, informando que seria a segunda secção, e assim por diante. N° de tubos Tubos Secção Comprimento coluna de DP N° de tubos Tubos Secção Comprimento coluna de DP 01 8,73 1/3 8,73 10 1/3 02 9,54 2/3 (8,73 + 9,54) 18,27 11 2/3 03 9,65 1 (18,27 + 9,65) 27,92 12 04 9,65 1/3 (27,92 + 9,65) 37,57 13 1/3 05 9,81 2/3 (37,57 + 9,81) 47,38 14 2/3 06 8,98 2 (47,38 + 8,98) 57,19 15 07 ... 1/3 ... 16 1/3 08 2/3 17 2/3 09 18 Livro de Tubos Recomenda-se sempre na chegada à sonda, após passagem de turno, verificar o comprimento da coluna e o somatório de todas as medidas realizadas pelo sondador da turma que estava no turno oposto, pois, caso ocorra algum problema, o mesmo deve ser verificado o quanto antes de forma a não prejudicar a continuação do processo de perfuração. Exercicios 37 1) Qual é um dos primeiros dados a ser lido ao iniciar a leitura de Programa do Poço? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 2) Diferencie projeção Mecartor Padrão de projeção Mecartor Trans- verso. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 3) Por que é importante verificar a altura da mesa rotativa e a boca do antipoço durante a montagem do ESCP? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4) Complete as lacunas com os termos disponíveis. profundidade do poço - configuração do poço - profundidade da zona de interesse - configuração de coluna - amostras de calha - registros direcionais a) Nos Programas do Poços vêm descritos de quantos em quantos metros devem ser retiradas as____________________________, ge- ralmente de 9 em 9 metros em poços de desenvolvimento e início de perfuração, e de 3 em 3 metros em poços pioneiros e em fases de perfuração mais profundas. b) Na _____________________________________ deve-se redobrar a atenção, principalmente em zonas com gradiente de pressão anormal, baixa ou alta. Exercícios 38 Alta Competência c) Saber informações sobre a _________________________________ é importante uma vez que aí se dá o final da perfuração do poço. d) Deve-se atentar à forma como serão realizados os ___________ _________________________, uma vez que, se o mesmo for realiza- do com o inclinômetro, por exemplo, deve-se fazer a inspeção e a arrumação das ferramentas antes da operação de descida deste equipamento, para não atrasar a execução da operação. e) Na _________________________________ deve-se levar em conta, também, a utilização de revestimentos com grau de aço diferen- te, na mesma coluna. Isso acontece devido, também, à alta pres- são de colapso encontrada no fundo do poço. f) Em cada fase de perfuração do poço utiliza-se uma __________ ____________________________ diferente. 5) O que são parâmetros de perfuração? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 6) Quais são os parâmetros listados no Programa de Fluido de Perfuração? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 7) Qual é a principal função dos fluidos de perfuração? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ Exercicios 39 8) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com as principais propriedades do fluido de perfuração listadas na segun- da coluna: ( 1 ) Através de seu monitoramento é identificado corte do fluido de per- furação por outro de menor densi- dade (gás, água ou óleo). ( ) Força gel ( 2 ) Definem as características de movi- mentação do fluxo dentro do siste- ma de circulação, sendo responsá- veis pela perda de carga por fricção. ( ) Salinidade ( 3 ) Representa a resistência ao movi- mento do fluido de perfuração a partir do repouso. ( ) Parâmetros reológicos ( 4 ) Propriedade química que represen- ta o teor de sais dissolvidos no flui- do de perfuração. ( ) Massa específica 9) Quais são os principais fatores a serem levados em consideração no Programa do Poço? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 10) Diferencie Boletim do Sondador de Livro de Tubos. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 40 Alta Competência Topar - profundidade máxima atingida pela extremidade da coluna em um poço. Por exemplo, um trecho do poço já perfurado (2.500 metros)tem sua coluna retirada para substituir a broca e, na descida, a coluna não atinge a profundidade, topando antes de 2.500 metros. Glossário Bibliografia 41 Boletins do Sondador Norma 2753 – Equipamentos do Sistema de Controle de Poço das Sondas de Perfuração, Completação e Intervenção em Poços de Petróleo, 2008. PIRES, Wagner Rubens Pinto; SANTOS, Otto Luiz Alcântara. Segurança e Controle de Poço de Petróleo. Petrobras: 2010. Programas do Poço ROCHA, Luiz Alberto et alii. Perfuração direcional. 2º Edição. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. Bibliografia 42 Alta Competência 1) Qual é um dos primeiros dados a ser lido ao iniciar a leitura de Programa do Poço? É a localização do poço, referente à região em que está sendo perfurado e as coordenadas geográficas da base, além das coordenadas do objetivo final. 2) Diferencie projeção Mecartor Padrão de projeção Mecartor Transverso. Na projeção Mecartor Padrão um cilindro envolve o globo na linha do Equador, o que ocasiona distorções nos pólos. Já na projeção de Mecartor Transverso há um cilindro que envolve o globo nos meridianos minimizando assim as distorções nos pólos. Este método irá gerar as coordenadas UTM que são amplamente utilizadas na perfuração de poços. 3) Por que é importante verificar a altura da mesa rotativa e a boca do antipoço durante a montagem do ESCP? Porque a altura influenciará na altura do conjunto cabeçal e, consequentemente, também na altura da linha de retorno e das gavetas e no BOP anular – refletindo diretamente na correta vedação mediante o acionamento da gaveta vazada ou BOP anular. 4) Complete as lacunas com os termos disponíveis. profundidade do poço - configuração do poço - profundidade da zona de interesse - configuração de coluna - amostras de calha - registros direcionais a) Nos Programas dos Poços vêm descritos de quantos em quantos metros devem ser retiradas as amostras de calha, geralmente de 9 em 9 metros em poços de desenvolvimento e início de perfuração, e de 3 em 3 metros em poços pioneiros e em fases de perfuração mais profundas. b) Na profundidade da zona de interesse deve-se redobrar a atenção, principalmente em zonas com gradiente de pressão anormal, baixa ou alta. c) Saber informações sobre a profundidade do poço é importante uma vez que aí se dá o final da perfuração do poço. d) Deve-se atentar à forma como serão realizados os registros direcionais, uma vez que, se o mesmo for realizado com o inclinômetro, por exemplo, deve-se fazer a inspeção e a arrumação das ferramentas antes da operação de descida deste equipamento, para não atrasar a execução da operação. e) Na configuração do poço deve-se levar em conta, também, a utilização de revestimentos com grau de aço diferente, na mesma coluna. Isso acontece devido, também, à alta pressão de colapso encontrada no fundo do poço. f) Em cada fase de perfuração do poço utiliza-se uma configuração de coluna diferente. Gabarito Gabarito 43 5) O que são parâmetros de perfuração? Os parâmetros de perfuração designam os parâmetros que deverão ser utilizados para a perfuração do poço, principalmente tratando-se de poço pioneiro. 6) Quais são os parâmetros listados no Programa de Fluido de Perfuração? No Programa de Fluido de Perfuração do Programa de Poço são listados os parâmetros – peso, viscosidade – e tipos de fluido a serem utilizados em cada fase, além dos aditivos químicos que serão inseridos buscando a maior estabilidade do poço. 7) Qual é a principal função dos fluidos de perfuração? A principal função dos fluidos de perfuração é controlar as pressões de subsuperfície, exercendo pressão hidrostática suficiente para evitar influxo de fluidos da formação para o poço e também desmoronamento das paredes do poço. 8) Relacione as características apresentadas na primeira coluna com as principais propriedades do fluido de perfuração listadas na segunda coluna: ( 1 ) Através de seu monitoramento é identificado corte do fluido de perfuração por outro de menor densidade (gás, água ou óleo). ( 3 ) Força gel ( 2 ) Definem as características de movimentação do fluxo dentro do sistema de circulação, sendo responsáveis pela perda de carga por fricção. ( 4 ) Salinidade ( 3 ) Representa a resistência ao movimento do fluido de perfuração a partir do repouso. ( 2 ) Parâmetros reológicos ( 4 ) Propriedade química que representa o teor de sais dissolvidos no fluido de perfuração. ( 1 ) Massa específica 9) Quais são os principais fatores a serem levados em consideração no Programa do Poço? No Programa do Poço os principais fatores a serem levados em consideração são: existência de zonas de perda de circulação, zonas com pressão de poros anormal (alta ou baixa), zonas com possíveis existências de bolhas de gás, prisão de coluna, trecho em que alguma ferramenta topou. 10) Diferencie Boletim do Sondador de Livro de Tubos. O Boletim reporta as operações realizadas diariamente pelo sondador. Já o Livro de Tubos garante a quantidade correta de tubos na locação dentro e fora do poço.
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