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15 ESCP

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Prévia do material em texto

EQUIPAMENTOS 
DO SISTEMA 
E CONTROLE 
DE POÇO
Autores: Joaquim Leite Pereira Ibiapina
 Márcio Koki de Carvalho Watanabe
 Ronaldo Ferreira Ribeiro
EQUIPAMENTOS 
DO SISTEMA 
E CONTROLE 
DE POÇO
Programa Alta Competência
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATERRAMENTO 
DE SEGURANÇA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito
Objetivo Específi co
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
sermantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
3.4. Glossário
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1.6. Bibliografi a
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
IMPORTANTE!
ATENÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
RESUMINDO...
SumárioSumário
Introdução 17
Capítulo 1. Finalidades dos ESCPs 
1. Finalidades dos ESCPs 21
Capítulo 2. Constituição dos ESCPs 
2. Constituição dos ESCPs 25
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs 
3. Instalação e Operação dos ESCPs 31
3.1. Cabeçal 31
3.1.1. Cabeça de Revestimento 34
3.1.2. Parafusos de Trava (Lockdown Screws) 37
3.1.3. Conexão entre os elementos do cabeçal 41
3.1.4. Carretéis de Ancoragem (Casing Head Spool) 48
3.1.5. Suspensores de Revestimento (Casing Hanger) 50
3.1.6. Adaptadores de Flanges 54
3.1.7. Carretel de Perfuração (Drilling Spool ou Mud Cross) 55
3.1.8. Equipamento OBS de superfície 56
3.1.9. Preventores de gavetas 57
3.2. Considerações Gerais sobre BOP de Gavetas 643.2.1. Vedações 65
3.2.2. Sistema de travamento 69
3.2.3. BOP da Hydril 70
3.2.4. BOP Shaffer 71
3.2.5. BOP Cameron e suas gavetas 73
3.2.6. Transporte de preventores de gaveta 78
3.2.7. Razões de operação 79
3.2.8. Preventor anular 82
3.2.9. Diverter 98
3.2.10. Linha de matar (KiII Une) 100
3.2.11. Linha de estrangulamento (Choke Fine) 101
Capítulo 4. Conjunto de válvulas de estrangulamento 
(choke manifold) 
4. Conjunto de válvulas de estrangulamento (choke manifold) 105
4.1. Operação 105
4.2. Recomendações 105
4.3. Identificação do fluxo e áreas de alta e baixa pressão 108
4.3.1. Em condições normais 108
4.3.2. Em condições de controle de poço 108
Capítulo 5. Válvulas e estranguladores de fluxo 
5. Válvulas e estranguladores de fluxo 111
5.1. Válvulas de gaveta tipo - FMC 111
5.2. Tipo M-20 – 3,000/5,000 psi 111
5.2.1. Funcionamento 112
5.2.2. Direção de bloqueio 112
5.3. Tipo M-30 – 10,000 /15,000 psi 113
5.3.1. Funcionamento 114
5.3.2. Direção de bloqueio 115
5.4. Tipo M-40 – 20,000 psi 115
5.5. Válvulas da série 100 115
5.5.1. Válvula M-120-2,000/3,000 e 5,000 psi 115
5.5.2. Válvula M-130 -10,000/15,000 psi 117
5.5.3. Válvula M-140 – 20,000 psi 118
5.5.4. Válvula Cameron Tipo - F 118
5.5.5. Válvula de gaveta Shaffer 120
5.5.6. Válvula de gaveta com atuador hidráulico 121
5.5.7. Válvula de retenção 126
5.5.8. Float valve 127
Capítulo 6. Estranguladores de Fluxo 
6. Estranguladores de Fluxo 131
6.1. Manuais 131
6.2. Hidráulicos 132
6.2.1. Cameron 133
6.2.2. Swaco 134
Capítulo 7. Unidade de Acionamento 
7. Unidade de Acionamento 143
7.1. Procedimentos operacionais 147
7.2. Componentes de uma unidade de acionamento 149
7.2.1. Bomba hidráulica de acionamento pneumático 149
7.2.2. Bomba hidráulica de acionamento elétrico 152
7.2.3. Acumuladores 155
7.2.4. Manifold de operação 156
7.2.5. Interface do controle remoto 160
7.2.6. Dimensionamento dos acumuladores 162
Capítulo 8. Painel remoto do sondador 
8. Painel remoto do sondador 169
8.1. Recomendações 170
Capítulo 9. Instrumentos de controle de poço 
9. Instrumentos de controle de poço 173
9.1. Indicador de nível de lama nos tanques - PIT LEVEL 173
9.2. Indicador de retorno de lama 174
9.3. Totalizador de volume nos tanques 174
9.4. Registradores 175
9.4.1. Registrador convencional de profundidade 175
9.4.2. Spectrum 1,000 177
9.4.3. Mud watch (relógio de lama) 177
9.4.4. Drill watch 178
9.5. Manômetros 178
9.5.1. Manômetro do standpipe 178
9.5.2. Manômetro do drill pipe 178
9.5.3. Manômetro da bomba de lama 179
9.5.4. Manômetro do anular 179
9.5.5. Range e precisão dos manômetros 179
9.6. Bomba de lama 180
9.6.1. Balança de lama 180
9.7. Equipamento de detecção de gás 181
9.7.1. Detector de H2S 182
9.7.2. Detector de gás 182
Capítulo 10. Equipamentos auxiliares de controle de poço 
10. Equipamentos auxiliares de controle de poço 185
10.1. Inside BOP 185
10.2. Válvulas do kelly 186
10.2.1. Operação 188
10.2.2. Desgaseificadores 189
10.2.3. Tanques de lama 195
10.2.4. Válvulas do Top-Drive 197
10.2.5. Queimador 200
Capítulo 11. Manutenção e teste dos ESCPs 
11. Manutenção e teste dos ESCPs 205
11.1. Comentários sobre instalação e manutenção 205
11.2. Teste dos ESCPs 206
Exercícios 214
Glossário 224
Bibliografia 225
Gabarito 226
Anexo 234
ANEXO 01 - Tabelas de Dimensão dos Flanges 234
ANEXO 02 - Cabeças de revestimento 236
ANEXO 03 - Carretéis de Revestimento 239
ANEXO 04 - Tabela de Dados do PE e HPE Pack-Off 241
ANEXO 05 - Cunhas de Ancoragem 242
ANEXO 06 - Tabela de Torque 247
ANEXO 07 - Tampão de Teste 247
ANEXO 08 - Cup-Tester tipo "F" da Cameron 249
ANEXO 09 - Sistema Convencional e Sistema com 
Equipamento Fabricado pela TESCO para Operações de Snubbing 249
Introdução
Inicialmente tivemos o cuidado de definir a finalidade dos ESCPs, Equipamentos do Sistema de Controle de Poço, identificando a composição dos mesmos e sua localização no contexto de uma 
sonda terrestre. Quando se utiliza a sigla ESCP trata-se de um termo 
muito abrangente, visto que muitos equipamentos que não estão 
diretamente na cabeça do poço, mas por se relacionarem com a 
segurança do mesmo, é parte do sistema. Podemos citar como 
exemplo a unidade acumuladora e acionadora do BOP, o inside BOP, 
o choke manifold etc. 
Quando houver necessidade de descrever os equipamentos que 
compõem o cabeçal, tais como um carretel espaçador, um carretel 
de perfuração, os próprios elementos que compõem o BOP stack 
etc., podemos fazê-Io usando uma nomenclatura simples como será 
esboçada nesta apostila. Esse procedimento pode corretamente ser 
posto em prática pelo pessoal de operação. 
Diante dos arranjos requeridos de preventores para a devida classe 
de pressão, que quantidade de acumuladores mínima deve conter a 
unidade de acionamento do BOP? Havendo necessidade de posicionar 
uma coluna de perfuração, sustentada pelas gavetas vazadas, pode-
se fazer tal operação com segurança? Atuando na cabeça do poço 
uma determinada pressão, uma mínima pressão de acionamento 
será necessária para se fechar um BOP de gaveta? Deve-se abrir um 
BOP com o poço pressurizado? Teoricamente qual seria a menor 
pressão necessária para se fazê-Io, quando se trata de um BOP de 
gaveta? Com a utilização do cup test, pode-se testar todos os BOPs? 
Questões como estas e muitas outras que podem surgir relacionadas 
às operações serão abordadas nesta apostila. 
Os anexos contêm informações importantes sobre equipamentos, 
especificações dos flanges, tipos de anéis, carretéis, cabeça de 
revestimento, segundo as recomendações do AR, parafusos e seus 
respectivos torques e dados dos fabricantes. Todas estas informações 
são necessárias nas unidades de perfuração.
17
C
ap
ít
u
lo
 1
Finalidades 
dos ESCPs
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Finalidades dos ESCPs
1. Finalidades dos ESCPs 
A finalidade dos ESCPs é de permitir o controle do poço quando o controle primário for perdido, como ocorre durante os cabeceios (kicks). 
Para a obtenção efetiva desse controle, o ESCP deve permitir: 
• O fechamento do poço; 
• A liberação controlada dos fluidos contidos no poço; 
• O bombeio de fluido de perfuração para o interior do poço;
• A descida ou retirada da coluna de perfuração do poço estando 
este pressurizado;
• A sustentação, o seccionamento e o abandono de emergência 
da coluna de perfuração em operações com sondas flutuantes. 
Para que o ESCP possa cumprir efetivamente suas funções, são 
necessárias as seguintes condições:
• Um revestimento devidamente dimensionado, cimentado 
e testado de forma que as pressões encontradas durante a 
perfuração possam ser contidas sem que ocorram vazamentos 
na superfície e com a sapata do revestimento assentada abaixo 
de uma formação capeadora que tenha capacidade para resistir 
à fratura em função dessas pressões. 
• Um conjunto de preventores devidamente dimensionado, 
conectado ao revestimento e capaz de fechar o poço com ou 
sem coluna em seu interior. 
• Um sistema de acionamento bem dimensionado, para operar 
tanto em situações normais como nas de emergência, nas quais 
não seja possível a utilização de energia elétrica. 
22
Alta Competência
• Um sistema de linhas que tenha a flexibilidade necessária para 
permitir o bombeamento tanto pelo anular como pelo interior 
da coluna (linhas de matar). 
• Outro sistema de linhas que seja capaz de drenar em condições 
controladas os fluidos contidos no poço e conduzi-Ios para o 
queimador ou separador, conforme as necessidades da operação 
(linhas de estrangulamento). 
• Facilidades que permitam instalação de linhas para o aIívio do 
poço em caso de erupção descontrolada (blowout).
C
ap
ít
u
lo
 2Constituição 
dos ESCPs
24
Alta Competência
Capítulo 2. Constituição dos ESCPs
25
2. Constituição dos ESCPs 
Os Equipamentos do Sistema de Controle de Poço (ESCPs) são constituídos por diversos componentes:
a) Componentes básicos: 
• Unidade acumuladora acionadora e linhas de acionamento; 
• Conjunto de preventores; 
• Sistema de estrangulamento (linhas e conjunto de válvulas de 
estrangulamento); 
• Linhas de matar; 
• Válvulas da haste quadrada (válvulas do kelly). 
b) Componentes complementares: 
• Sistema de ataque ao poço; 
• Sistema de monitoração de volumes em fluxo; 
• Válvulas de coluna; 
• Desgaseificadores; 
• Queimador; 
• Unidade de controle remoto. 
26
Alta Competência
A imagem a seguir apresenta os componentes dos ESCPs.
Componentes dos ESCPs
Essa imagem também apresenta os elementos do sistema de 
segurança de cabeça de poço, localizando-os no contexto de uma 
sonda. O sistema de segurança de cabeça de poço é composto por: 
Unidade acumuladora 
/ acionadora
Sistema acumulador de energia hidráulica com capacidade 
de fornecer o volume e a pressão necessária para o rápido 
acionamento dos componentes ESCP.
Linhas de 
acionamento
Mangueiras em diâmetros de 1" e alta pressão, 6, 000 psi, 
com uniões tipo asa, também de 1"- 6,000 psi.
Conjunto de dutos 
pneumáticos do 
painel remoto do 
sondador
Conjunto de dutos que transmite os valores das pressões 
que estão sendo registradas na unidade acumuladora/
acionadora para o painel remoto do sondador, assim como 
pneumaticamente ou eletricamente, transmitem a abertura 
ou fechamento das válvulas que acionam os preventores e as 
válvulas hidráulicas.
Painel de comando 
remoto
Painel pneumático ou elétrico, com válvulas para acionamento 
a distância dos preventores de gaveta, anular e válvulas 
hidráulicas e com manômetros da unidade de acionamento. 
Normalmente um é instalado próximo ao sondador e outro na 
rota de fuga.
Capítulo 2. Constituição dos ESCPs
27
Cabeçal
Conjunto de equipamentos que compõe a cabeça do poço, 
ou seja, cabeça de revestimento, carretéis, adaptadores 
e preventores com seus respectivos acessórios que são: 
válvulas, niples, bujões etc.
Válvula da linha de 
estrangulamento
Válvulas do tipo gaveta, em número de duas em cada linha, 
e com a mesma pressão de trabalho do conjunto do ESCP, 
conectadas diretamente ao cabeçal.
Linha principal de 
estrangulamento
Linha com diâmetro mínimo de 3" e pressão de trabalho 
compatível com ESCP, que se inicia no cabeçal e termina no 
conjunto de válvulas de estrangulamento. Tem como função 
direcionar o fluxo proveniente do poço para esse conjunto.
Linha secundária de 
estrangulamento
Linha com diâmetro mínimo de 2" e de trabalho compatível 
com o ESCP, que se inicia no cabeçal do poço, abaixo do 
proventor de gavetas vazadas inferior, e termina no conjunto 
de válvulas de estrangulamento. Com a mesma função da 
linha principal é uma linha de reserva e só é usada se houver 
necessidade de isolamento daquela.
Conjunto de válvulas 
de estrangulamento 
(choke manifold)
Conjunto de válvulas que permite controlar a intensidade e 
a direção do fluxo proveniente do poço. Possui pressão de 
trabalho compatível com o ESCP.
Linha de retorno
Linha com diâmetro mínimo de 3" que liga a câmara de 
expansão, do conjunto de válvulas de estrangulamento, ao 
desgaseificador atmosférico. Essa linha pode ter pressão de 
trabalho inferior a do conjunto.
Linha de retorno 
de gás
Linha com diâmetro mínimo de 3", de baixa pressão 
(+/- 100 psi). que conduz o gás separado pelos 
desgaseificadores para o queimador. É conectada à linha 
de alívio após a saída desta do conjunto de válvulas de 
estrangulamento.
Desgaseificador 
centrífugo
Desgaseificador atmosférico instalado no tanque de lama 
junto ao tanque de decantação da peneira e que opera por 
processo mecânico de separação.
Desgaseificador 
atmosférico não 
rotativo
Desgaseificador confeccionado em tubo de 20", que está 
instalado lateralmente à peneira de lama, com a descarga de 
lama para esta e descarga de gás para linha de retorno de 
gás e que opera com gravidade.
28
Alta Competência
Inside BOP
Válvula de retenção com conectores compatíveis com a 
coluna de perfuração utilizada e com pressão de trabalho 
compatível com o ESCP.
Válvula de segurança 
de coluna (kelly cock)
Válvula tipo kelly cock que fica de stand by na plataforma na 
posição aberta. O diâmetro e rosca devem ser compatíveis 
com a coluna em operação. Em atividades de manobras, caso 
haja presença de kick, a válvula (por ter passagem plena) 
deve ser instalada de imediata na coluna. 
Tanque de manobra 
(Trip - Tanque)
Tanque que possibilita, através de escala, conctada a uma 
bóia, medir o volume de lama injetado ou retornado de um 
poço em manobra. Pode operar com um conjunto moto-
bomba centrífuga ou por gravidade.
Linha de surgência
Linha com diâmetro mínimo de 2" e pressão de trabalho 
compatível com a do ESCP, que liga a plataforma de 
perfuração à câmara de expansão do conjunto de válvulas de 
estrangulamento, utilizada para os testes de formação.
Linha de matar
Linha com diâmetro mínimo de 2"e pressão de trabalho 
compatível com a do ESCP, que liga o manifold das bombas 
de lama ao carretel de perfuração.
Painel de controle 
remoto do 
estrangulador de fluxo
Painel dotado de manômetros (indicadores de pressões do 
tubo bengala e do anular), totalizador de cursos da bomba 
de lama e dispositivo para acionamento hidráulico do choke 
ajustável. Sua finalidade é de monitorar as operações de 
controle de kicks.
Válvulas da haste 
quadrada (válvulas 
do kelly)
Duas válvulas de esfera de passagem plena, operadas por 
chave Allen, localizadas na parte superior e inferior do kelly.
Linha de alívio
Continuação da linha principal de estrangulamento no 
conjunto de válvulas de estrangulamento, ou seja, o seu ramo 
central, vai diretamente para o queimador. É composta de: 
a. Linha central do conjunto de válvulas de estrangulamento com 
diâmetro mínimo de 3", também nominada de linha plena. 
b. Linha para o queimador com diâmetro mínimo de 3", 
com derivação para receber linha de retorno de gás dos 
desgasieificadores e desvio para o tanque de surgência.
C
ap
ít
u
lo
 3
Instalação e 
Operação 
dos ESCPs
30
Alta Competência
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
31
3. Instalação e Operação dos 
ESCPs 
A sofisticação ou a simplicidade do sistema de prevenção de uma sonda é função das condições peculiares das áreas onde a mesma vai operar e da consideração de ordem econômica. 
A instalação de qualquer um dos componentes do ESCP deve ser 
efetuada sob rigoroso critério, não sendo permitido qualquer tipo 
de improvisação, devendo-se obedecer estritamente às normas de 
segurança operacional. 
Assim, na escolha dos componentes dos ESCPs e da maneira pela 
qual eles devem ser instalados, os principais fatores a serem 
considerados são: 
• Segurança do pessoal; 
• Segurança da sonda; 
• Segurança do poço. 
3.1. Cabeçal 
A montagem do cabeçal varia em função do tipo de poço a ser 
perfurado e da fase de perfuração, assim como da pressão a que 
estarão submetidos a certa altura da subestrutura da sonda e de 
vários outros fatores. 
O arranjo escolhido deve manter sempre um elemento inferior 
como reserva para ser usado em caso de falha de outro elemento do 
conjunto, como por exemplo, da gaveta inferior e da linha secundária 
de estrangulamento e de matar. 
32
Alta Competência
Durante um cabeceio (kick) o primeiro elemento a ser fechado deve 
ser o preventor anular. Caso no decorrer da operação de controle de 
poço este preventor comece a vazar ou a pressão atingir 70% de sua 
pressãode trabalho, a gaveta de tubo imediatamente abaixo deve 
ser fechada, o que vai permitir não só dar continuidade ao combate 
do cabeceio, como também a substituição do elemento de vedação 
do preventor anular, se este estiver danificado. 
A gaveta vazada localizada na posição mais baixa e as linhas 
secundárias somente devem ser usadas em situações de emergência, 
e apenas em tempo suficiente para reparar os equipamentos situados 
acima delas. 
A gaveta cega, que é posicionada acima de uma gaveta vazada, 
também poderá ser substituída por outra gaveta vazada (quando em 
kick com a coluna no interior), caso seja necessário. 
Para a identificação dos elementos que compõem um cabeçal, deve-
se utilizar a seguinte nomenclatura: 
A = preventor anular; 
G = preventor de gaveta simples Gd = preventor de gaveta dupla / 
Gt = preventor de gaveta tripla / Cp = carretel de perfuração; 
C = cabeça de revestimento; 
Ca = carretel de ancoragem; 
A3 = carretel adaptador; 
A4 = adaptador estojado; 
Ce = carretel espaçador; 
M = classe de pressão de trabalho expressa em 1,000 psi. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
33
Os componentes do cabeçal do poço devem ser listados obedecendo 
à sequência de baixo para cima, especificando os topos dos elementos 
e acrescentando entre parênteses o tipo de cabeça utilizada e o 
arranjo das gavetas. Exemplo: 
3M - 135/8 (Flange) - C(C22) - 5M - 11 -Ca (C22) - 3M - 135/8 (Flange) 
- A4 - Cp - Gd (5, cega) - A. 
Onde:
3M = pressão de trabalho 3,000 psi; 
13 5/8" = diâmetro nominal; 
C(C22) = cabeça de revestimento C22; 
Ca = carretel de ancoragem C22; 
5M = pressão de trabalho de 5,000 psi; 
11" = diâmtro nominal; 
A4 = adaptador estojado; 
Cp = carretel de perfuração; 
Gd = preventor de gaveta dupla; 
(5, cega) = indica que a gaveta inferior é de tubos de 5" e a superior 
é a cega; 
A = preventor anular. 
34
Alta Competência
3.1.1. Cabeça de Revestimento 
É a base para a instalação do ESCP. Ela é instalada no revestimento 
de superfície e tem ainda como funções sustentar os revestimentos 
intermediários e de produção e de permitir a vedação e o acesso 
ao anular formado pelo revestimento de superfície e o primeiro 
revestimento intermediário. 
Deverá ser instalada cuidadosamente para que fique completamente 
nivelada e alinhada com a mesa rotativa, evitando-se assim esforços 
laterais no cabeçal e na coluna de perfuração. 
As cabeças mais utilizadas pela Petrobras serão descritas a seguir. 
a) Cabeça tipo C-22 e C-22-BP 
Possui alojamento interno cilíndrico para instalação de tampões de 
testes (test plug) e suspensores de revestimentos (casing hangers). 
As saídas laterais quando com roscas são de 2" LP, onde devem ser 
instaladas válvulas gavetas de 2 1/16". São fornecidas também com 
saídas flangeadas ou estojadas. Instalar - após a perfuração da fase e 
ancoragem do revestimento, em uma das saídas laterais - uma válvula 
esfera de 2" e na outra, adaptar uma válvula agulha (kero test) de 
Y2". Em válvulas laterais rosqueadas usar niples novos, de pressão de 
trabalho compatível com a válvula que vai ser conectada, verificando 
as condições das roscas de ambas as partes. 
Cabeça de revestimento tipo C-22 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
35
As cabeças tipo C-22-BP tem dois parafusos no flange para travamento 
do bowl protector. 
Cabeça de revestimento C22 BP
b) Cabeça tipo CR 
Possui pressão de trabalho de 2,000 psi alojamento cônico para 
suspensor, e o flange é enroscado com rosca ANSI ACME pino. A 
rosca inferior é Buttres. A vedação com o flange é feita através de 
um o-ring na parte inferior do flange. Verificar sempre as condições 
desse o-ring, que deve estar completamente limpo e seco. Não se 
deve usar graxa. 
O flange é sempre recuperado após a ancoragem do revestimento 
de produção e a vedação do espaço anular é feita através de um 
anel de borracha colocado após a retirada do flange, o qual é 
pressionado por uma tampa rosqueada. As saídas laterais são em 
rosca de 2" LP. Instalar válvulas gavetas para a perfuração e após 
a ancoragem do revestimento instalar em uma delas uma válvula 
esfera de 2 1/16" e 2000 psi e na outra adaptar uma válvula Y2" NPT 
por 2.000 psi (kero test). 
ATENÇÃO
No Anexo 2 desta apostila, você encontrará 
as especificações e dimensões das cabeças de 
revestimento.
36
Alta Competência
Cabeça de revestimento tipo CR
c) Cabeça tipo C-29 e C-29L 
Essas cabeças possuem comprimento maior do que a C-22 para 
aceitar o suspensor de revestimento tipo C-29, que é projetado para 
um mínimo de deflexão do revestimento suportando cargas maiores. 
As características de operação e instalação são idênticas às da 
cabeça C-22. 
A cabeça de 21 ¼ “ é soldada. Essa cabeça possui, em sua parte 
inferior, um encaixe para o revestimento, onde deve receber cordões 
de solda nos pontos 1 e 2 e, após essa soldagem, a mesma deve ser 
testada pelo ponto 3 com uma pressão compatível com a de colapso 
do revestimento. Algumas dessas cabeças possuem uma base de 
assentamento para nivelar com o condutor de 30”, conforme mostra 
a figura a seguir. 
Cabeça de revestimento tipo C-29
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
37
A cabeça C-29 pode possuir os parafusos de trava no flange, neste 
caso é denominada C-29L. Esta cabeça pode ser soldada, com rosca e 
com base de assentamento, ou sem. 
Cabeça de revestimento tipo C-29 Cabeça de revestimento tipo C-29L
Cabeça de revestimento tipo C-29L com base de assentamento
3.1.2. Parafusos de Trava (Lockdown Screws) 
São parafusos localizados nos flanges de cabeças de poços (TIPO L), 
cabeça de revestimento e nos flanges superiores dos carretéis de 
ancoragem. Tem as seguintes funções: 
• Travar o suspensor de revestimento e a bucha de proteção 
(bowl protector), por seus topos;
• Prevenir possíveis movimentos do suspensor de revestimento, 
que possam ser causados por expansão térmica ou pressão no 
anular;
• Auxiliar na compressão do elemento de vedação no suspensor 
de revestimento.
38
Alta Competência
Existem três tipos de parafuso de trava, como veremos a seguir. 
Parafusos de trava (Lockdown Screws) 
Parafuso de trava tipo standard 
Anel 
de isolamento
Anel 
de isolamento
Porca do 
engaxetamento
Porca do 
enroscar
Exgaxetamento
Composto por duas partes: 
a parte externa onde está 
localizado o engaxetamento, 
o qual é energizado pela porca 
de vedação, e a parte interna 
com a porca de acionamento 
que é usada para enroscar o 
parafuso. O engaxetamento é 
em asbesto impregnado com 
grafite.
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
39
Parafuso de trava tipo IP 
Porca de enroscar
Parafuso injetor
Reservatório de plastico
Anel de trava
Válvula de 
retenção
Anel 
anti-extrusão
Desenhado para aplicação onde 
se requer frequentes operações 
de travamento dos elementos 
na cabeça do poço. Ele possui 
uma vedação dupla no corpo, a 
qual pode ser energizada pela 
injeção de plástico (TEFLON). 
A porca de enroscamento é 
usada tanto para enroscar o 
parafuso como para comprimir 
o engaxetamento.
Parafuso de trava tipo ET
Porca de enroscar
Porca do 
engaxetamento
Anel de isolamento
Anel de isolamento
Anel limpador
Engaxetamento
O-ring
Usado em cabeças e carretéis de 
alta pressão. Algumas de suas 
características são as seguintes: 
• Grande diâmetro na 
extremidade de contato com 
o elemento a ser travado para 
um maior esforço quando for 
parafusado; 
• Um anel plástico na 
extremidade e um anel "O" 
no engaxetamento isolam 
as roscas da ação de fluidos 
corrosivos; 
• A haste, com a porca de 
enroscar, sai da parte com 
engaxetamento de 1%", 
quando o parafuso é todo 
desenroscado e apertado.40
Alta Competência
Alguns problemas ocorrem com a utilização desses parafusos de 
trava. A maioria deles pode ser eliminado tomando-se os cuidados 
mencionados a seguir.
• Antes da instalação da cabeça ou do carretel que possui o 
parafuso standard, lubrificar a rosca da extremidade com graxa;
• Certificar-se de que todo o parafuso está contraído antes 
da instalação de qualquer elemento na cabeça do poço ou 
no carretel. A extremidade do parafuso de trava deverá estar 
no mesmo plano com o “O” da parte superior do elemento 
do cabeçal;
• Todos os parafusos de trava devem ser acionados aos pares 
em 1800. Acionar o primeiro parafuso até contactá-Io com o 
equipamento na cabeça do poço. Não apertá-Io. Agora acionar 
o parafuso de trava localizado no meio entre os dois originais 
já acionados. Então, acionar o oposto a esse. Continuar com os 
demais parafusos da mesma maneira, mantendo o equipamento 
alinhado na cabeça do poço. Apertar os parafusos de trava 
usando a sequência descrita a seguir.
1
2
34
5
6
8
7
Sequência de aperto dos parafusos de trava
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
41
Os parafusos de trava standard não possuem um anel 
de vedação na extremidade. A rosca nessa extremi-
dade deve ser engraxada para prevenir a formação 
de lama em torno dela durante a perfuração.
IMPORTANTE!
3.1.3. Conexão entre os elementos do cabeçal
A seguir, serão apresentados os elementos que fazem a conexão com 
o cabeçal.
a) Flange
É um sistema de ligação entre dois equipamentos que retém pressão, 
em forma de anel, fundido externamente a esses equipamentos, 
com orifícios para parafusos e com um mecanismo de vedação. Para 
cada diâmetro de passagem e pressão de trabalho existe um flange 
normalizado pelo API (ver Anexo 01). Essas conexões devem ser 
executadas da seguinte maneira: 
• Limpar e verificar as sedes dos anéis (groove), sem a colocação 
de graxa;
• Não usar escova de aço;
• Instalar o anel de vedação, que deve ser sempre novo;
• Instalar o outro flange correspondente;
• Lubrificar as roscas dos prisioneiros e as faces das porcas com a 
graxa apropriada; 
• Instalar os prisioneiros e/ou porcas. Apertar todas as porcas 
uniformemente em uma configuração, conforme figura seguinte. 
Ver no (Anexo 06) a especificação do torque recomendado;
42
Alta Competência
• Após a aplicação do torque recomendado haverá um 
espaçamento entre os flanges (standoff) que permite a 
visibilidade do anel. Para os flanges 6B, consultar o (Anexo 01). 
Para os flanges 6BX, existe um espaçamento de 1/4" após suas 
faces se unirem, devido um rebaixo de 1/8" em cada uma delas. 
Neste caso o anel BX não é visível. Nos flanges estojados 6BX, 
esse rebaixo de 1/8" pode ser omitido, assim o espaçamento 
nesse caso será de 1/8".
Groove
Início
1 16
11
3
13
10
5
215
12
7
4
9
6
8
14
Configuração de aperto das porcas do flange
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
43
ATENÇÃO
Deve-se ter um cuidado especial durante a remoção 
e instalação de prisioneiros e porcas. Inspecionar 
as roscas dos prisioneiros e os orifícios dos mesmos 
quanto a danos, tais como: deformação, espanamento 
ou abrasamento. Não aplicar torque demasiado 
aos prisioneiros. Não engraxar nem encher furos 
rosqueados com lubrificantes de roscas. Esta prática 
resultará em apertos inexatos nos prisioneiros. 
b) Cubos Com Grampos (Clamp Hub) 
O cubo (hub) é um sistema de ligação entre dois equipamentos que 
retém pressão, em forma de anel, forjado externamente a esses 
equipamentos, com um mecanismo de vedação que é energizado 
pelo aperto de grampos (c1Amp). O anel a ser utilizado deve ser 
o especificado nas tabelas dos fabricantes. As pressões de trabalho 
dessas conexões acompanham a normalização do API. O grampo, 
conforme figura a seguir, consiste em duas partes iguais que podem 
ser unidas por parafusos com porcas dos dois lados ou com porca de 
um lado e fixo do outro por um pino que gira. 
Cubos com grampo 
44
Alta Competência
Essas conexões devem ser executadas da seguinte maneira: 
• Limpar e verificar as sedes dos anéis (groove), sem a colocação 
de graxa; 
• Instalar o anel de vedação, que deve ser sempre novo; 
• Instalar o outro cubo (hub) correspondente; 
• Instalar o grampo (c1 Amp). 
Observações: 
• Lubrificar sua parte interna com pouca graxa; 
• Para facilidade de aperto, instalar o grampo com as porcas no 
sentido de "apertar para cima", o que facilita o uso do cat-Iine, 
se necessário; 
• Conectar primeiro o parafuso de um lado, o que facilitará a 
conexão do parafuso do outro lado; 
• Apertar o grampo deixando o espaço entre as suas extremidades 
de igual tamanho, cuidando para que uma parte não fique mais 
apertada do que a outra. 
c) Estojo 
Também é um sistema de ligação entre dois equipamentos que 
retêm pressão, semelhante à do flange, mas forjado no próprio 
equipamento. Todas as suas características de instalação são idênticas 
às descritas para os flanges. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
45
d) Anéis de Vedação 
São elementos de vedação utilizados entre as partes do cabeçal. 
São feitos de material mais mole do que o dos equipamentos a 
serem conectados para, quando apertados, se deformarem o 
necessário para vedar. 
Pelo fato de sempre haver deformação resiliente no anel é que não 
se deve reutilizar anéis. 
A vedação é do tipo metal-metal, por isso não se deve fazer a 
montagem do anel na sede utilizando graxa, que devido à vibração 
do equipamento durante as operações, pode se deslocar provocando 
folga da vedação. 
O anel deve ser assentado a seco e limpo. Deve-se também evitar 
pancadas na montagem do equipamento, o que poderá amassá-Io e 
comprometer a vedação. Do mesmo modo não se deve usar "teflon" 
para auxílio da vedação.
Existem tabelas para a especificação do anel conforme 
o flange utilizado. Consulte o (Anexo 01) e verifique.
IMPORTANTE!
 
A seguir serão apresentados alguns tipos de anéis de vedação. 
Anel tipo "R" 
É usado em flanges API tipo 6B, ou seja, com pressão de trabalho 
de 2,000 psi, 3,000 psi e 5,000 psi. Lembrando que 5,000 psi é até o 
tamanho nominal de 11". 
Neste tipo de anel, a vedação é realizada pela deformação do anel 
contra os grooves dos flanges nos quatro flancos do anel, conforme 
imagem seguinte.
46
Alta Competência
A A
S
ANEL R
A A
23º
23º
GROOVEOVALOCTAGONAL
Anel API tipo R 
No anel tipo R sempre haverá um espaço (s-standoft) entre os flanges 
fazendo com que ele atue como elemento estrutural do conjunto. 
Ver o valor do standoff no (Anexo 01). 
Anel tipo "RX" 
É usado em flanges API tipo 6B, ou seja, com pressão de trabalho de 
2,000 psi e 3,000 psi.
A vedação é realizada pela deformação do anel contra os grooves 
dos flanges, em suas faces externas (A), e pela pressão do poço (8) 
que o energiza, também contra o groove, conforme figura a seguir.
ANEL RX
S
C
C
A
A
B
D
23º
23º
Anel API tipo RX
Neste anel, sempre haverá um espaço (s-standoff) entre os flanges 
fazendo com que o anel atue como elemento estrutural do conjunto 
(C). Ver o valor do standoff no (Anexo 01). 
Segundo as recomendações do API existe um orifício “O”, nos anéis 
RX-82 a RX-91, com função de equalizar as pressões, superior e 
inferior agindo no anel, durante o aperto do mesmo, e que serve 
também como rota de escoamento de graxa ou qualquer elemento 
sólido que possa ter ficado no groove, durante o aperto. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
47
Anel tipo "BX" 
É usado em flanges API tipo 6BX, com pressão de trabalho de 5,000 
psi, 10,000 psi, 15,000 psi e 20,000 psi e flanges especiais de 2,000 
e 3,000 de 26 1/2" e 30". Lembrando que 5,000 psi éa partir do 
tamanho nominal de 135/8". 
A vedação é realizada pela deformação do anel contra grooves dos 
flanges, em suas faces externas (A), e pela pressão do poço (B), que o 
energiza, também contra o groove, conforme figura seguinte.
23º
23º
S
ANEL BX
A
C
B
D
A
C
BREAK SHARP CORNER
Anel API tipo BX
Esse tipo de anel não possui standoff entre os flanges. Assim ele não 
atua como um elemento estrutural do conjunto. A continuidade 
estrutural é conseguida pelo contato entre os flanges (C). 
Após esse contato, existe um espaçamento entre os flanges de 1/8" 
a 1/4", dependendo de qual seja o elemento estrutural (No tipo 
estojado pode não haver rebaixo de 1/8"). 
48
Alta Competência
Possui um orifício “O”, com a função de equalizar as pressões, 
superior e inferior, agindo no anel durante o aperto caso a superfície 
do mesmo venha a vedar contra o lado interno do groove, devido à 
extrusão do anel neste sentido. 
3.1.4. Carretéis de Ancoragem (Casing Head Spool) 
Os carretéis distinguem-se da cabeça de revestimento por possuírem 
dois flanges, superior e inferior, que são de características diferentes 
(diâmetro e/ou pressão de trabalho), conforme imagens a seguir.
Carretel ancoragem tipo C 22
Carretel ancoragem tipo C 29 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
49
Carretel ancoragem tipo C 29L 
Os carretéis de ancoragem são utilizados para sustentação de 
revestimentos intermediários ou de produção através de suspensores 
de revestimento idênticos aos usados nas cabeças de revestimento. 
Também fornece vedação e permite acesso ao anular dos dois últimos 
revestimentos descidos. Em seu interior, na parte inferior, possui 
engaxetamentos (pack-offs) que irão fornecer a vedação secundária 
e, na parte superior, possui um ressalto para apoiar o suspensor de 
revestimento, o test-plug ou o bowl protector (bucha de desgaste 
utilizada para evitar danos ao carretel na movimentação da 
ferramenta de perfuração e que deve ser retirada antes da descida 
do revestimento seguinte). 
Possui alojamento cilíndrico para suspensor de revestimento, saídas 
laterais flangeadas, com roscas ou estojadas nas quais devem ser 
instaladas válvulas de gaveta. 
No final do poço uma delas deverá ser substituída por um flange 
companheiro e uma válvula agulha. 
Certa atenção deve ser dada à instalação do engaxetamento interno, 
que não deve ter nenhum de seus elementos danificados, o que pode 
provocar vazamentos durante os testes do cabeçal. 
50
Alta Competência
Cuidado especial deve-se ter ao cortar o revestimento após 
seu ancoramento. A superfície cortada deverá ser biselada e as 
rebarbas removidas para que não venham a cortar os elementos do 
engaxetamento. A principal função deste engaxetamento é proteger 
a ponta do revestimento cortado e promover isolamento da parte 
inferior do carretel, quando for o caso, permitindo que se trabalhe a 
uma pressão superior ao do flange inferior. Sua montagem, na parte 
inferior do carretel, deve ser conforme a figura seguinte. 
1
2
1 - Gaxeta
2 - Anel anti-extrusão
Montagem do engaxetamento no carretel de ancoragem
É recomendado, antes do corte do revestimento, me-
dir a altura necessária para que o engaxetamento no 
interior do carretel seja coberto pelo revestimento. 
Essa medida normalmente é da ordem de 6,5 polega-
das. Consulte os (Anexos 03 e 04) ao final da apostila.
IMPORTANTE!
3.1.5. Suspensores de Revestimento (Casing Hanger) 
São cunhas com engaxetamento para vedação que ancoram os 
revestimentos nas cabeças ou nos carretéis de ancoragem. 
Nas cabeças C-22 utiliza-se o suspensor C-22 e na C-29, o suspensor 
C-29. São do tipo envolvente, isto é, que podem ser descidos através 
do BOP.
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
51
No C-22 o engaxetamento se expande e veda contra o tubo de 
revestimento e contra a cabeça de revestimento, quando o peso da 
coluna de revestimento é transferido para as cunhas, obtendo-se 
assim a vedação do espaço anular entre os revestimentos, conforme 
imagem a seguir.
Suspensor de revestimento C-22
No C-29 o peso do revestimento é transferido primeiramente para 
as garras superiores que se movem para baixo energizando o 
engaxetamento. Posteriormente é transferindo o esforço para as 
garras inferiores, de paredes paralelas, até que essas se ajustem ao 
revestimento e passem a absorver o restante da carga, evitando assim 
a compressão excessiva no elemento de vedação. Consulte o (Anexo 
05), que apresenta informações sobre as cunhas. 
Suspensor de revestimento C-29
52
Alta Competência
O suspensor utilizado nas cabeças tipo CR, ver imagem seguinte, não 
veda o espaço anular. É necessário o emprego de um anel superior de 
borracha, colocado após a recuperação do flange superior da cabeça. 
Suspensor de cabeça tipo "CR"
Procedimento para instalação de suspensores de revestimento: 
• Soltar o ferrolho abrindo o suspensor em duas partes; 
• Colocar duas tábuas na cabeça de revestimento, em torno do 
revestimento;
• Posicionar o suspensor sobre as tábuas, fechando-o ao redor 
do tubo, como mostrado a seguir.
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
53
BOP
Latch srews
Casing head
Casing spool
Casing
Boards
Esquema de instalação de suspensores de revestimento
• Prender o ferrolho e engraxar o lado externo do suspensor;
• Aplicar a tração especificada ao revestimento: mínimo de 
40,000 Ibs;
• Centralizar o revestimento; 
• Remover os parafusos retentores no suspensor; 
• Remover as tábuas, deixando o suspensor cair para dentro da 
cabeça do revestimento;
• Verificar se está devidamente assentado com leves pancadas 
na sua parte superior e nas cunhas, de maneira a assentá-Ias 
uniformemente em torno do revestimento;
• Transferir lentamente a tração do revestimento para o 
suspensor.
54
Alta Competência
3.1.6. Adaptadores de Flanges 
São utilizados para conectar dois equipamentos com flanges 
diferentes e/ou para incrementar a altura na instalação do ESCP. Não 
possuem saídas laterais. 
a) Adaptador A3 
É um carretel sem saídas laterais cuja função é permitir a conexão 
de flanges de dimensões diferentes, diâmetro ou pressão, ou ambas. 
Neste caso o flange inferior é obrigatoriamente diferente do flange 
superior. Serve também para dar altura no cabeçal, se for o caso. 
Carretel adaptador A3
b) Adaptador A4 
Tem a mesma função do A3. Devido a sua altura ser reduzida não 
serve para ser utilizado quando se deseja maior espaçamento entre 
os equipamentos. É estojado, não tem o formato de um carretel. 
Adaptador A4
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
55
c) Adaptador de flanges iguais 
É um carretel espaçador, o que indica que serve apenas para se 
ganhar altura no cabeçal. Não permite a conexão de equipamentos 
com flanges diferentes. Assim como o A3 não tem saídas laterais, por 
isso comumente é chamado de cego.
Carretel espaçador
3.1.7. Carretel de Perfuração (Drilling Spool ou Mud Cross)
É um carretel constituído por dois flanges e duas saídas laterais, 
também flangeadas, que permitem acesso ao poço. Nele são instaladas 
as linhas de matar e de estrangulamento. A parte interna é um 
cilindro de mesmo diâmetro, não existe ressalto para posicionamento 
de algum equipamento. O diâmetro de passagem deve ser o mesmo 
do BOP conectado ao seu flange superior. 
Carretel de perfuração
56
Alta Competência
3.1.8. Equipamento OBS de superfície 
É o equipamento de superfície usado com o sistema OBS de suspensão 
de revestimento em plataformas fixas, apoiado no fundo do mar. 
O sistema OBS sustenta o peso do revestimento no nível do fundo do 
mar para melhorar a estabilidade da sonda, permitindo o abandono 
ou a reentrada em um poço temporariamente abandonado.O equipamento de superfície do sistema OBS é constituído por 
carretéis de passagem plena. Depois que a primeira cabeça for 
montada no revestimento, uma bucha suporte é instalada para 
proporcionar a vedação secundária do espaço anular, e receber o 
próximo suspensor de revestimento. Então o carretel é colocado 
sobre essa bucha, encostando-a contra a cabeça de revestimento. Isso 
é feito sucessivamente até ocorrer o engajamento com o conjunto de 
preventores. Conforme imagem a seguir.
Equipamento OBS de superfície
No abandono do poço, todos os suspensores acima da cabeça de 
revestimento são liberados com a remoção dos carretéis, permitindo 
assim sucessivos acessos aos suspensores, buchas suporte e 
revestimentos internos. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
57
O suspensor de revestimento utilizado nos carretéis é o C-29. O 
formato da bucha suporte é ilustrado na figura seguinte. 
Formato da bucha suporte
3.1.9. Preventores de gavetas 
É um equipamento com a função de vedar o espaço anular entre a 
ferramenta e o poço, ou fechar um poço sem coluna no seu interior. 
Seu funcionamento consiste na movimentação de um pistão, pela 
aplicação de pressão hidráulica ou de força mecânica, acoplado a um 
conjunto de hastes e gaveta, a qual fechará o poço.
EixoGaxeta
Selos de pistão
Cilindro
Dreno da
gaxeta
Cabeçote
do bloco
Gaveta
Cabeçote 
do cilindro
Conjunto 
do pistão Retentor
da gaxeta
Selo secundário
Anéis
BOP de gavetas triplo
58
Alta Competência
a) Inspeção 
Ao receber um conjunto de preventores no campo, verificar os 
seguintes itens: 
• Realizar uma inspeção visual e um engraxamento total da 
parte interna do mesmo;
• Limpar inteiramente o preventor antes da instalação;
• Limpar e inspecionar a superfície de vedação do sulco dos anéis 
quanto a pequenos pontos de oxidação e arranhões. Removê-
Ios com folha de lixa;
• Limpar e inspecionar os prisioneiros e as porcas quanto a sua 
adequação, diâmetro e condições. Substituir os que estiverem 
danificados;
• Assegurar-se de que as gavetas de tamanho correto estejam 
instaladas;
• Limpar o interior do preventor. 
ATENÇÃO
A limpeza e a inspeção, realizadas imediatamente 
após o término das operações de perfuração, reduzem 
o tempo de instalação no poço seguinte. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
59
b) Instruções para a instalação 
A seguir serão descritas algumas instruções para a instalação de 
preventores.
Na montagem 
Primeiramente, deve assegurar-se de que o preventor esteja instalado 
com o lado correto para cima, caso contrário não conterá a pressão 
do poço. Observar os seguintes detalhes: 
• Alguns modelos têm a inscrição "TOP" ou "THIS SIDE UP" 
fundida no corpo, indicando a parte que deve ficar para cima; 
• Alguns modelos têm orelhas de içamento acima das saídas das 
linhas de estrangulamento e de matar;
• Em todos os modelos, externamente, as saídas laterais 
estão localizadas abaixo da linha de centro das gavetas e, 
internamente, os deslizadores estão localizados no fundo da 
cavidade das gavetas, sendo as sedes de vedação das gavetas 
localizadas no topo da cavidade das mesmas. 
Sistema hidráulico
• Ligar as linhas hidráulicas da unidade de acionamento nos 
orifícios “OPEN" e “CLOSE” do preventor. Assegurar-se de que 
todas as conexões estejam limpas e apertadas. Antes da conexão 
é aconselhável dar uma descarga na linha de acionamento para 
limpeza de possíveis detritos que tenham se acumulado em seu 
interior, durante o transporte. 
• Aplicada a pressão hidráulica de fechamento ou de abertura, 
o fluido percorre passagens perfuradas no corpo do preventor, 
passando através da dobradiça da porta para chegar ao cilindro 
e ao pistão de movimentação da gaveta. 
60
Alta Competência
• As câmaras hidráulicas e as vedações são construídas para 
pressão nominal de 1,500 psi, embora a pressão normal de 
operação possa ser inferior a esse valor. Os cilindros podem ser 
operados com 3,000 psi, se houver necessidade. Eles são testados 
com 4,500 psi. 
• Nunca utilizar óleos combustíveis (óleo diesel, querosene) 
como fluido hidráulico. Estes fluidos dilatarão as borrachas que 
se deteriorarão, assim como lama de perfuração, que com seus 
sólidos, fará os pistões e cilindros se desgastarem rapidamente 
pelo atrito. 
• O fluido hidráulico recomendado é o óleo hidráulico com 
viscosidade entre 200 e 300 SSU a 100 °F, porém óleo solúvel 
adicionado à água pode ser utilizado. Em temperaturas baixas 
recomenda-se o uso de um anticoagulante (etileno-glicol). 
• Em situações de emergência pode-se usar óleo de motor SAE 
10W ou água potável, mas após a emergência o sistema deve ser 
lavado e reenchido com óleo hidráulico. 
ATENÇÃO
Plugar os orifícios de entrada e saída do fluido 
hidráulico sempre que quebrar as linhas com plugs 
adequados, evitando o uso de trapos, estopas etc. 
Os volumes de fechamento e abertura dos BOPs de 
gavetas encontram - se no Anexo 10 desta apostila. 
IMPORTANTE!
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
61
c) Gavetas Shaffer e Hydril 
As gavetas Shaffer e Hydril possuem diferentes tipos, como veremos 
a seguir.
Gavetas de tubo de diâmetro fixo 
Têm uma abertura semicircular, projetada para fechar contra a 
tubulação que esteja em uso. Não devem ser fechadas sem tubulação 
no poço, pois podem danificar o elemento vedante devido a sua 
expansão excessiva.
Shaffer Hydril
Gavetas de tubo de diâmetro variável 
Apresenta a vantagem de poder ser acionada e vedar ao redor de 
diâmetros variáveis. A Shaffer Multi - Ram pode ser utilizada em 
tubos de 3 1/2" a 5" OD.
Gavetas de tubo de diâmetro variáveis
62
Alta Competência
Gaveta cega 
Usadas para fechar o poço sem coluna em seu interior. Recomenda-se 
seu fechamento toda vez que se retirar a coluna. Se fechadas contra 
um tubo, podem amassá-Io, dependendo da pressão de acionamento.
Gaveta cega
Gaveta cisalhante 
A gaveta cisalhante é desenhada para servir tanto como uma gaveta 
cega como para cortar a coluna de tubos. Ela fornece vedação à 
pressão do poço após o corte da coluna, conforme figura seguinte.
Horizontal seal Semicircular seal
Semicircular seal
Shear rams open
Shear rams open
Shear rams open
Support plate
Horizontal seal
Support plate
Gaveta cisalhante cega
Quando cortando, a lâmina passa abaixo da aresta pontiaguda 
inferior do bloco superior, seccionando o tubo. A seção inferior do 
tubo cortado é acomodada no espaço entre a lâmina e o suporte 
superior. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
63
A seção superior do tubo cortado é acomodada no recesso, no topo 
do bloco inferior. 
Este tipo de gaveta corta o tubo e promove a vedação. Tem a função 
também de fechar o poço sem tubo no seu interior (CSQ-complete 
shut- off), nas operações normais, funcionando neste caso, como 
uma gaveta cega.
Para garantir uma força de corte adequada, pistões de 14" devem 
ser utilizados quando operando com gavetas cisalhantes tipo 72. 
Todos os BQPs com pressão de trabalho igual e superior a 10,000 psi 
possuem estes pistões. A Shaffer Casing Shear Ram é apropriada para 
cortar revestimentos de até 13 3/8". 
Gaveta cisalhante para revestimento (Hydril)
Continuando o movimento de fechamento, os suportes pressionam o 
elemento de vedação superior ao encontro da superfície do corpo do 
preventor, fornecendo vedação e, ao mesmo tempo, energizando a 
vedação horizontal. O movimento de fechamento do suporte superior 
empurra a vedação horizontal para frente e para baixo contra a parte 
superior da lâmina, resultando em contato firme e estanque. Essa 
vedação horizontal está moldada em uma placa de sustentação, a 
qual a mantém em seu lugar quando a gaveta está aberta. 
Quando o BOP tem pressãode trabalho inferior a 10,000 psi é 
opcional a utilização de pistões de 14", podendo os mesmos serem 
substituídos pelos pistões standard de 10". Quando cortando tubos 
em BOPs submarinos, deve -se usar uma pressão de fechamento de 
3,000 psi. Antes do acionamento da cisalhante, deve-se fechar a 
vazada inferior sustentando a ferramenta que permanecerá no poço. 
64
Alta Competência
Para poços de alta temperatura e pressão acima 
de 15,000 psi e 350 °F(177 °C) existem gavetas 
apropriadas, tais como as da Shaffer (Shaffer 
Ultra Temp Rams) que podem trabalhar por um 
prolongado período. 
IMPORTANTE!
3.2. Considerações Gerais sobre BOP de Gavetas 
Os blocos de gavetas são feitos de aço especial e, no caso da gaveta 
de tubos, podem suportar o peso da coluna de perfuração, se houver 
necessidade de mantê-Ia suspensa pelo tool joint apoiado nas 
gavetas. Esta operação é conhecida como hang off. Se não houver 
essa necessidade, não se deve apoiar a coluna nas gavetas, mas sim 
mantê-Ia suspensa pelo gancho. 
As borrachas de vedação são instaladas na parte frontal e superior das 
gavetas e são resistentes para prevenir contra a deterioração rápida.
As partes móveis principais de um sistema de gavetas são: pistão, 
eixo e gaveta. O fluido hidráulico é injetado sob pressão e, agindo 
no pistão, movimenta o eixo e a gaveta. Em alguns modelos a gaveta 
pode ser acionada e travada manualmente. Quando se for fazer o 
fechamento manual, a linha de abertura deve ser ventilada. 
Para ser fechada hidraulicamente cada gaveta exige um volume 
específico de fluido para seu acionamento, o qual varia conforme 
o modelo utilizado. Se houver necessidade, pode-se travar a gaveta 
na posição fechada, no caso dos BOPs de travamento manual. 
Os BOPs travados com o sistema hidráulico, a trava é efetuada 
automaticamente após o fechamento. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
65
Todas as peças de borracha devem ser armazenadas em sua forma 
natural, em local escuro (fechado e isolado da luz solar e da 
iluminação artificial) e fresco para evitar que o calor provoque um 
endurecimento gradativo da borracha. Não armazenar próximo a 
equipamentos elétricos (devido à ocorrência de ozônio que reage 
com a borracha apresentando a sua deterioração) e também onde 
haja a presença de óleos, graxas e outros derivados do petróleo, 
evitando-se assim inchamento ou contração devido ao contato 
com esses produtos. É costume armazenar estes sobressalentes em 
ambiente com ar condicionado. 
Quando houver vazamento de fluido através do orifício de dreno 
da gaxeta da haste do pistão, é porque a vedação principal desta 
não está atuando. Existe uma vedação secundária da haste do 
pistão que pode ser acionada quando houver falhas nos seus selos 
principais de vedação. 
De maneira geral, a pressão do poço auxilia na manutenção da gaveta, 
na posição fechada. Para cada preventor de gaveta existem relações 
entre a pressão do poço e a pressão necessária para seu fechamento 
ou abertura. Assim a razão de fechamento é a relação existente 
entre a pressão do poço e a pressão necessária para acionamento 
da gaveta no sentido de fechar. Já a razão de abertura é a relação 
entre a pressão do poço e a pressão necessária para acionamento da 
gaveta no sentido de abrir. 
Em todo preventor com travamento manual das gavetas, as mesmas 
podem ser fechadas manualmente se o sistema hidráulico falhar. Nesse 
tipo de preventor, o fechamento das gavetas pode ser monitorado 
pela posição externa das hastes de travamento. 
3.2.1. Vedações 
Nos preventores de gaveta existem diferentes vedações responsáveis 
pelo fechamento completo do poço, como veremos a seguir. 
66
Alta Competência
a) Vedação do interior do poço 
Esta vedação é fornecida pela gaveta, contra a tubulação no poço 
e, contra a superfície superior da cavidade da gaveta, no corpo do 
preventor. 
Vedação frontal e superior
b) Vedação da porta da gaveta
É conseguida através do uso de um anel especialmente configurado 
para o alojamento existente na face da porta. Esse anel previne que 
fluidos do poço escapem entre o corpo do preventor e a porta da 
gaveta. A integridade desse anel é tão importante quanto a vedação 
da gaveta para a segurança da operação de controle de influxo 
(kick). Sua substituição consiste na abertura da porta e retirada do 
anel danificado com a substituição por outro. Nas figuras seguintes, 
observam-se os tipos de vedação. 
Vedação da porta da gaveta
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
67
Vedação da haste do pistão
c) Vedação da haste do pistão 
É conseguida através do uso de um anel tipo "lip" (formato dos 
lábios), localizado interiormente na porta da gaveta. Sua função 
é prevenir que fluidos do poço entrem na câmara de abertura 
do cilindro. Sua substituição se faz removendo a gaveta, os anéis 
de retenção e o espaçador que retém o anel de vedação. O novo 
anel deve ser colocado em sua posição com os lábios no sentido 
do poço, como mostrado na imagem a seguir. O anel espaçador é 
colocado próximo ao anel de vedação e a seguir o anel de retenção 
que se expande para dentro de seu alojamento. Esse anel pode ser 
substituído sem a remoção do conjunto do cilindro. 
Vedação da haste do pistão
68
Alta Competência
d) Vedação secundária da haste da gaveta 
A vedação secundária é feita em situações de emergência. 
Normalmente utilizada em equipamentos de superfície, para vedar 
a passagem de fluidos do poço para a câmara de abertura, quando 
a vedação principal é falha. Está localizada logo após a vedação 
principal, conforme imagem seguinte.
EixoGaxeta
Selos de pistão
Cilindro
Dreno da
gaxeta
Cabeçote
do bloco
Gaveta
Cabeçote 
do cilindro
Conjunto 
do pistão Retentor
da gaxeta
Selo secundário
Anéis
Vedação da porta e vedação secundária da haste da gaveta
É uma vedação ativada manualmente e é energizada enquanto o 
vedador plástico (teflon), injetado através do aperto de um parafuso 
(9/16") localizado na porta da gaveta, atua sobre o anel de vedação. 
Esse parafuso é visto após ser removido um plug tampão hexagonal 
(1 5/16"), localizado externamente na porta da gaveta. 
Localizado após vedação secundária, e no lado oposto da porta, há um 
furo sangrador para a detecção de vazamentos de fluidos. Quando 
há vazamento pelo furo de aviso ou sangrador é um indicativo de 
que o selo primário está apresentando vazamento e de que o selo 
secundário deve ser energizado.
ATENÇÃO
A vedação secundária somente deve ser usada em 
situação de controle de poço. É uma vedação estática 
e após a emergência deve-se reparar o sistema. 
 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
69
3.2.2. Sistema de travamento 
Os tipos de sistemas de travamento serão descritos a seguir. 
a) Travamento manual 
Após o acionamento hidráulico, usar os volantes de acionamento 
manual girando-os à direita para que as hastes recuem até que o 
ressalto ou ombro tope na cabeça do cilindro. Cada haste de trava 
possui um ombro interno e a cabeça do cilindro possui um encaixe 
para esse ombro. O travamento se completa quando o ombro 
penetra e topa nesse encaixe. Este é o sistema Hydril que é similar 
ao do Shaffer. 
Cylinder head
Locking shaft
Manual-lock piston in closed and locked position
Travamento manual BOP Hydril e Shaffer
No caso do BOP de gaveta da Cameron, após o acionamento 
hidráulico, o travamento consiste no avanço da haste de travar até 
topar no pistão. Após o travamento, a gaveta não abre em caso de 
pane no sistema hidráulico. 
Travamento manual BOP Cameron
70
Alta Competência
b) Travamento automático
A seguir serão descritos os sistemas de travamento e destravamento 
automático em gavetas Hydril, Shaffer, e BOP Cameron.
3.2.3. BOP da Hydril 
O preventor de gaveta Hydrilequipado com o sistema automático, 
MPL (Multiple position Lock) permite que o travamento se efetue 
após o fechamento. O travamento continua enquanto a câmara 
de abertura permanece despressurizada. Caso ocorra uma pane no 
sistema hidráulico que despressurize a câmara de fechamento, a 
gaveta permanecerá fechada e travada.
Sistema MPL Hydril (Multiple Position Lock)
O travamento e o destravamento do MPL são controlados por um 
mecanismo de engrenagem unidirecional e uma porca de trava.
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
71
Componentes do MPL Hydril (Multiple Position Lock)
A engrenagem unidirecional mantém a porca e a gaveta na posição 
travada até que o mecanismo é desacoplado pela aplicação de pressão 
hidráulica de abertura da gaveta. Essa pressão desacopla as placas 
frontal (1) e posterior (2) e a engrenagem para permitir que a porca 
de trava (3) gire e a gaveta abra. Como a gaveta e o pistão movem-
se para a posição de abertura, a porca de trava e a placa frontal da 
engrenagem giram livremente. 
3.2.4. BOP Shaffer 
a) Sistema (Poslock) 
•	Travamento
Uma baixa pressão de fechamento fechará as gavetas até que as 
borrachas das mesmas se encontrem. Neste ponto os segmentos 
de trava se encontram próximo aos ressaltos de trava na parede do 
cilindro. Com a continuidade da aplicação da pressão (até 1,500 psi), a 
borracha é comprimida e os segmentos de trava se movimentam para 
o ressalto de trava e se expandem radialmente para fora do pistão 
devido à força exercida pelo cone- trava, que avança forçado pela 
pressão hidráulica de fechamento, bloqueando qualquer retração dos 
segmentos de trava, travando assim as gavetas na posição fechada. A 
mola atrás dos cones-trava evitará que os mesmos possam se deslocar 
para fora da posição travada, se a pressão hidráulica for removida.
72
Alta Competência
Poslock adjustment thead
Piston
Ram shaft
Locking segment
Locking shoulder
Spring Locking cone
Ram
Poslock piston in open position
Poslock piston in closed position
Travamento Automático (Shaffer) 
• Destravamento
Aplicando uma pressão hidráulica de 1,500 psi de abertura, obriga os 
cones -trava a retrocederem, o que faz com que os segmentos de trava 
se movimentem radialmente para dentro, destravando as gavetas. 
b) Sistema Multilock e Utralock 
O sistema poslock tem apenas um conjunto de segmentos que provê 
a trava para uma posição que é a máxima requerida para o pistão de 
uma determinada gaveta de tubo. Observe a imagem a seguir. 
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
73
Ultralock 
Locking Rod Locking 
Segment
Piston
Locking 
Piston
Sistema de travamento Ultralock
Já o sistema multilock tem dois conjuntos de segmentos de trava 
permitindo um range de posição de travamento que é requerido 
quando gavetas variáveis são utilizadas. 
Atualmente a Shaffer já fabrica o BOP de gavetas com o sistema 
ultralock, que incorpora o mecanismo de travamento mecânico na 
operação dos pistões nos cilindros. Este sistema de travamento não 
depende de pressão de fechamento para mantê-Io. Mais informações 
podem ser encontradas no manual do fabricante.
ATENÇÃO
Existem procedimentos corretos para se testar tanto 
o travamento como o destravamento automático. 
Recomenda-se, para isso, a utilização do manual do 
fabricante. 
3.2.5. BOP Cameron e suas gavetas 
a) BOP tipo U, 13 5/8" - 5.000/10.000 psi
São fornecidos apenas com trava manual. A pressão de acionamento 
recomendada é de 1,500 psi, para as gavetas de tubo e cega. Na 
utilização da cisalhante a pressão deve ser de 3,000 psi. 
74
Alta Competência
A rosca do parafuso de trava é do lado oposto quando comparado 
com os BOPs de gaveta Hydril e Shaffer. Estando o BOP de gaveta 
Cameron fechado, não ocorre o recolhimento da haste como no 
Hydril e Shaffer. No travamento do BOP Cameron, o parafuso de trava 
avança até topar numa haste na parte anterior do pistão.
BOP de gaveta Cameron tipo U, de trava manual
b) BOP tipo T e TL 
Possuem trava automática. O tipo TL é o resultado de uma evolução 
dos BOPs tipo U, U-II e T. Quando a gaveta é fechada hidraulicamente 
o fluido pressurizado atuando no Lock Port do ST Locks acunha o 
conjunto do pistão na posição de fechamento da gaveta, travando-a. 
Na abertura da gaveta, o fluido pressurizado atua na Unlock Port do 
ST Locks desacunhando automaticamente o conjunto e destravando 
a gaveta, conforme imagens seguintes.
BOP de gaveta Cameron tipo T, de trava automática
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
75
BOP de gaveta Cameron tipo TL, de trava automática 
c) Gavetas do BOP Cameron 
•	Gavetas variáveis 
O tipo VSR II (Variável Sore Ram ) tem a capacidade de fechar e vedar 
ao redor de vários diâmetros de tubos ou kelly hexagonal, eliminando 
a necessidade de um conjunto de gaveta para cada diâmetro de tubo. 
As partes metálicas provêm o suporte para a borracha selar contra o 
tubo Consulte a API 16A para maiores informações. 
Tamanho disponível: 
BOP de: 11": 3 1/2" a 5"; 13 5/8": 2 7/8" a 5";13 5/8": 4 1/2" a 6 7/8"; 
18 3/4": 3 1/2" a 7 5/8". 
Gaveta tipo VBR-II
76
Alta Competência
Os tipos FlexParcker, FlexParcker-NR e Dual Sore FlexParcker (ilustrados 
a seguir) possuem um conjunto de insertos de metal unidos na parte 
interna da borracha que se movem radialmente quando a gaveta do 
SOP está sendo fechada. Quando a gaveta energiza, o apropriado 
inserto é forçado contra o tubo. O tipo Dual Sore FlexParcker é 
projetado para selar ao redor de três diferentes diâmetros de tubos 
em dois diferentes furos. Cada furo pode ajustar e vedar nos seguintes 
diâmetros: 23/8",27/8" e 3 1/2". Observe as imagens seguintes. 
Tipo FlexParcker
Tipo FlexParcker-NR
Tipo Dual Bore FlexParcker
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
77
•	Gavetas de tubo de diâmetro fixo 
Possuem o selo superior separado do selo frontal como no BOP Hydril. 
Veja a imagem seguinte. 
Gaveta de tubo de diâmetro fixo do BOP Cameron
•	Gaveta cisalhante 
A pressão requerida para o corte é de 3,000 psi e funciona como 
gaveta cega, no entanto, para sua utilização, é necessário que o 
preventor tenha um cilindro de grande diâmetro. 
Gaveta cisalhante do BOP Cameron
78
Alta Competência
•	Gaveta cega 
Também possuem características semelhantes a da Hydril, conforme 
a imagem seguinte.
Gaveta cega
3.2.6. Transporte de preventores de gaveta 
Os preventores com orelhas de içamento fundidas no corpo devem 
ser içados enrolando-se uma corrente ou um cabo, de resistência 
suficiente, ao redor da orelha. 
Nos preventores sem orelha de içamento, colocar uma correia ou 
corrente ao redor da porta plana tão próximo do corpo quanto possível. 
Elevar o preventor, fixando essa corrente ao cabo de içamento. 
Nunca levantar o· preventor pelos cilindros. Estes não foram projetados 
para suportar os esforços na suspensão do BOP. Isso danificará os 
cilindros, o conjunto pistão e/ou haste de gaveta e impedirá sua 
operação correta. 
Durante o manuseio ou transporte dos ESCPs os flanges devem ficar 
devidamente protegidos por uma chapa de aço ou madeira. Essa 
proteção evita danos na sede do anel de vedação.
Capítulo 3. Instalação e Operação dos ESCPs
79
Transporte do BOP de gaveta
3.2.7. Razões de operação 
a) Razão de fechamento
Denomina-se Razão de Fechamento (RFE) a relação entre a área de 
fechamento e a área da haste do pistão. 
• AFEC = Área de Fechamento 
• AHP = Área da Haste do Pistão 
RFE = AFEC / AHP
A pressão requerida para fechamento de um preventor de gaveta 
com a máxima pressão de trabalho no poço é a razão entre a pressão 
máxima de trabalho e a razão de fechamento (RFE). 
• PRF = Pressão Requerida para o Fechamento 
• PTBOP = Pressão de Trabalho do BOP

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