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15 Válvulas

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técnico de 
perfuração 
e poços
VÁLVULAS
Material elaborado em parceria PrOMinP e Petrobras.
Autor: Eduardo Gagliuffi Peralta
técnico de 
perfuração 
e poços
VÁLVULAS
programa alta competência
Este material é resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção, da Universidade Petrobras e 
representantes do PrOMinP (Programa de Mobilização da indústria 
nacional de Petróleo e gás natural). Ele se estende para além dessas 
páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência 
de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades 
profissionais da Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
nesse contexto, o E&P através do Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P. 
realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como 
premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e 
detalhamento das competências necessárias para explorar e 
produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação e reciclagem dos 
empregados. 
A concepção pedagógica dos cursos, além de contemplar os 
aspectos tecnológicos tem uma preocupação constante com os 
aspectos relacionados à preservação da Saúde, Meio Ambiente e 
Segurança de todos os envolvidos em seus processos produtivos. 
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
sumáriosumário
Capítulo 1. Apresentação 
1.1. Definição 13
Capítulo 2. Classificação das válvulas 
2. Classificação das válvulas 17
2.1. Componentes de uma válvula 17
2.2. Corpo da válvula 18
2.3. Castelo da válvula 19
2.4. Atuador da válvula 19
2.5. internos da válvula 20
2.6. Obturador 20
2.7. Anel de sede 21
Capítulo 3. Tipos de válvulas 
3.1. introdução 25
3.2. Válvulas de deslocamento linear 25
3.2.1. Válvulas globo 25
3.2.2. Válvulas gaveta 26
3.2.3. Válvula tipo diafragma ou saunders 27
3.2.4. Válvula tipo guilhotina 28
3.3. Válvulas de deslocamento rotativo da haste 29
3.3.1. Válvula tipo borboleta 30
3.3.2. Válvula tipo esfera 31
3.4. Válvula de controle 33
3.4.1. Partes principais de uma válvula de controle 34
3.5. Válvula de retenção 36
3.5.1. Válvula de retenção tipo portinhola 36
3.5.2. Válvula de retenção tipo disco integral 37
3.5.3. Válvula de retenção tipo globo 37
3.5.4. Válvula de retenção tipo esfera 38
3.6. Válvula de segurança e alívio (PSV) 39
3.7. Classes de vazamentos 39
3.7.1. Manuseio, armazenamento e transporte de válvulas 41
Exercícios 51
Bibliografia 55
Gabarito 56
Figura 2.1 - Partes principais de uma válvula 17
Figura 2.2. - internos das válvulas 20
Figura 2.3. - (a) Anel sede da válvula globo, (b) Anel sede da válvula gaiola 21
Figura 3.1 - (a) Válvula globo sede simples, (b) Válvula globo sede dupla 26
Figura 3.2. - Válvula de gaveta 27
Figura 3.3 - Válvula tipo diafragma 28
Figura 3.4 - Válvula tipo guilhotina 29
Figura 3.5 - Válvulas borboleta 30
Figura 3.6 - instalação de uma válvula borboleta 31
Figura 3.7 - Válvula esfera 32
Figura 3.8 - Tipos de guia do obturador na válvula esfera 32
Figura 3.9 - instalação de uma válvula esfera 33
Figura 3.10 - Partes principais de uma válvula de controle 34
Figura 3.11 - Atuador tipo mola-diafragma de câmara bipartida 35
Figura 3.12 - Atuador de ação direta e ação inversa 35
Figura 3.13 - Válvula de retenção tipo portinhola 36
Figura 3.14 - Válvula de retenção tipo disco integral 37
Figura 3.15 - Válvula de retenção tipo globo 38
Figura 3.16 - Válvula de retenção tipo esfera 38
Figura 3.17 - Válvula de segurança e alívio 39
Figura 3.18 - Classes de vazamento 40
Figura 3.19 - Alinhamento da válvula na tubulação 42
Figura 3.20 - Posição de abertura e fechamento da válvula 43
Figura 3.21 - Válvulas bipartidas 44
Figura 3.22 - Volantes de válvulas 45
Figura 3.23 - Manobras seguras em válvulas 45
Figura 3.24 - Sentido de fluxo da válvula de retenção 46
Figura 3.25 - Válvula de retenção de pistão e esfera 
(para tubulação horizontal) 47
Figura 3.26 - Válvulas tamponadas com disco de papelão 47
Figura 3.27 - Válvula borboleta mantida em posição fechada 48
Figura 3.28 - Válvulas diafragmas 48
Figura 3.29 - Válvula com volante, haste e bucha 49
Figura 3.30 - Válvula de segurança 50
Lista de figuras
C
ap
ít
u
lo
 1
Apresentação
12
Alta Competência
13
Capítulo 1. Apresentação
1. Apresentação
1.1. Definição
Válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar e 
interromper o fluxo em uma determinada tubulação. Além de 
tubulações, são também utilizadas em entradas e saídas de tanques, 
em aplicações distintas, tais como: serviços de liga-desliga, serviço de 
controle proporcional, prevenção de vazão reversa e controle e alívio 
de pressão. Os processos industriais exigem sistemas de controle na 
fabricação de seus produtos. Esses processos são muito variados e 
abrangem muitos tipos de produtos como, por exemplo, a fabricação 
dos derivados do petróleo, os produtos alimentícios, a indústria de 
papel e celulose, entre outros.
Em todos esses processos, é absolutamente necessário controlar 
e manter constantes algumas variáveis, tais como pressão, vazão, 
temperatura, nível, pH, condutividade, velocidade, umidade etc. 
Os instrumentos de medição e controle são os elementos que permitem 
manter controladas as variáveis do processo com os objetivos de 
melhorar a qualidade do produto, aumentar a quantidade produzida, 
manter a segurança e melhorar o meio ambiente.
no princípio da era industrial, o operário atingia os objetivos citados 
através do controle manual dessas variáveis utilizando somente 
instrumentos simples, como manômetros, termômetros e válvulas 
manuais, o que já era suficiente, porque os processos eram simples. 
Com o passar do tempo, os processos foram se sofisticando e 
exigindo automação cada vez maior dos instrumentos de medição 
e controle. Os operadores foram liberados de sua atuação física 
direta no processo e, ao mesmo tempo, ocorreu um movimento de 
centralização do monitoramento das variáveis em uma única sala. 
Devido à centralização das variáveis do processo, podem ser fabricados 
produtos cuja fabricação seria impossível através do controle manual. 
Para atingir os atuais níveis de produção, os sistemas de controle 
sofreram grandes transformações tecnológicas, passando do controle 
manual para o mecânico e hidráulico, o pneumático, o elétrico, o 
eletrônico e, atualmente, o digital.
C
ap
ít
u
lo
 2
Classificação 
das válvulas
16
Alta Competência
Capítulo 2. Classificação das válvulas
17
2. Classificação das válvulas
As válvulas se classificam conforme funções e características específicas, porém seus objetivos principais são controlar a pressão e regular a vazão. Podem operar nas posições aberta, 
semiaberta ou fechada. São utilizadas para controlar fluidos líquidos 
e gasosos, garantindo o controle dos processos, a integridade de 
equipamentos e a segurança dos operadores. 
2.1. Componentes de uma válvula
Os principais componentes de uma válvula são:
Corpo; •	
Castelo;•	
Atuador;•	
internos.•	
Além dos componentes acima, outras partes compõem a válvula, 
como o obturador, a haste, os anéis, os selos etc. 
Figura 2.1 - Partes principais de uma válvula
18
Alta Competência
2.2. Corpo da válvula
O corpoé a parte da válvula que se conecta fisicamente à tubulação 
e que contém o orifício para a passagem do fluido. O formato da 
válvula determina a forma de passagem dos fluidos por ela.
As válvulas são peças sujeitas à manutenção e, por isso, devem ser, 
em princípio, desmontáveis. Tanto as válvulas rosqueadas quanto 
as flangeadas obedecem a esse conceito. no entanto, com o 
desenvolvimento dos processos de soldagem, passaram também a 
ser empregadas as válvulas com extremidade para solda de soquete e 
para solda de topo. A desmontagem dessas válvulas é bem mais difícil; 
em contrapartida, não há riscos de vazamentos nas instalações.
Os principais tipos de extremidades utilizadas em válvulas são:
Extremidades flangeadas: sistema utilizado em quase todas •	
as válvulas, em qualquer material e empregado em tubulações 
industriais de mais de 2” de diâmetro; 
Extremidades para solda de soquete: sistema utilizado •	
principalmente em válvulas de aço, menores que 2” de 
diâmetro;
Extremidades rosqueadas: sistema usado em válvulas de até •	
3” de diâmetro, em tubulações que não conduzem fluidos 
corrosivos ou venenosos;
Extremidade para solda de topo: sistema utilizado em válvulas •	
de aço, com mais de 2” de diâmetro, em serviços com pressões 
muito altas ou com fluidos em que se exija eliminação absoluta 
do risco de vazamento.
Capítulo 2. Classificação das válvulas
19
2.3. Castelo da válvula
O castelo é a parte da válvula que suporta e contém as peças 
móveis de controle do fluxo. O castelo - geralmente uma parte 
separada do corpo da válvula, que pode ser removida para dar 
acesso às partes internas das válvulas -, é definido como “um 
conjunto que inclui a parte através da qual a haste do obturador 
da válvula move-se, em um meio para produzir selagem contra 
vazamento através da haste”. Ele proporciona também um meio 
para montagem do atuador.
normalmente, o castelo é preso ao corpo por meio de conexões 
flangeadas e, no caso de válvulas globo de pequeno porte, por 
questão de economia, convenciona-se a utilização de castelo 
rosqueado em aplicações de utilidades gerais como ar, água 
etc., como é o caso das denominadas válvulas de controle globo 
miniaturas.
Os principais tipos de castelo são:
normal;•	
Aletado;•	
Alongado;•	
Com foles.•	
2.4. Atuador da válvula
Constitui o elemento responsável por proporcionar a força 
motriz necessária ao funcionamento da válvula. Como é parte 
integrante do sistema de controle (válvulas de controle), quando 
corretamente selecionado, deve proporcionar à válvula meios 
estáveis e suaves de operacionalidade contra a ação variável das 
forças dinâmicas e estáticas originadas na válvula, através da 
ação do fluido de processo.
20
Alta Competência
Dependendo basicamente do meio de produção da força motriz, o 
atuador utilizado em aplicações de controle classifica-se em manual, 
pneumático, elétrico e hidráulico.
2.5. Internos da válvula
normalmente, costuma-se definir os internos da válvula de controle 
como o coração desta ou representá-los por ele. Se considerarmos a 
função a qual se destina essa válvula, realmente as partes denominadas 
de internos representam o papel principal dela, ou seja, produzir 
uma restrição variável à passagem do fluido conforme a necessidade 
imposta pela ação corretiva do controlador, produzindo, assim, uma 
relação entre a vazão que passa e a abertura da válvula. A Figura 2.2. 
apresenta os internos das válvulas.
Volante
Bucha de movimento
Jugo
Arruela do tirante
Haste
Castelo
Prisioneiro do corpo
Junta
Cunha
Bucha de movimento
Trava da bucha de movimento
Porca do tirante
Preme gaxeta
Tirante
Gaxeta
Bucha
Porca do prisioneiro
Corpo
Figura 2.2. - internos das válvulas
2.6. Obturador 
Elemento vedante, com formato de disco, cilíndrico ou com 
contorno caracterizado, que se move linearmente no interior do 
corpo, obturando o orifício de passagem de modo a formar restrição 
variável ao fluxo.
Capítulo 2. Classificação das válvulas
21
2.7. Anel de sede
Anel circular montado no interior do corpo formando o orifício de 
passagem do fluxo, conforme mostrado nas Figuras 2.3 (a) e (b): 
(a) (b)
Figura 2.3. - (a) Anel sede da válvula globo, (b) Anel sede da válvula gaiola
C
ap
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lo
 3
Tipos de 
válvulas
24
Alta Competência
Capítulo 3. Tipos de válvulas
25
3.1. Introdução
As válvulas classificam-se em função dos tipos de corpos, e, portanto, 
quando se fala em tipos de válvulas subentendem-se tipos de 
corpos.
Os principais tipos de válvulas podem ser reunidos em dois grupos:
• De deslocamento linear:
Globo;•	
Gaveta;•	
Diafragma;•	
Bipartido;•	
Guilhotina.•	
De deslocamento rotativo:
Borboleta;•	
Esfera;•	
Obturador excêntrico.•	
3.2. Válvulas de deslocamento linear
3.2.1. Válvulas globo
A válvula de deslocamento linear, com corpo de duas vias, formato 
globular de passagem reta, internos de sede simples ou de sede 
dupla (conforme a Figura 3.1) é a que tem maior uso na indústria e o 
termo globo é oriundo de sua forma, aproximadamente esférica.
26
Alta Competência
Funcionam pelo movimento de um disco ou de uma cunha redonda, 
fechando um orifício para bloquear o fluxo do fluido. O movimento 
do disco é feito no sentido vertical ao eixo da válvula. O fluxo muda 
de direção duas vezes por 90o, causando alta turbulência do fluido e 
perda de carga ou energia.
São do tipo de deslocamento de haste, e a sua conexão com a linha 
pode ser feita através de flanges, rosca ou solda. Elas podem ser de 
sede simples ou dupla, de acordo com o número de orifícios que 
possuam para a passagem do fluido.
(a) (b)
Figura 3.1 - (a) Válvula globo sede simples, (b) Válvula globo sede dupla
São empregadas para regulagem de fluxo e para melhor vedação 
com fluidos que contenham partículas sólidas em suspensão.
3.2.2. Válvulas gaveta
Constitui um tipo de válvula amplamente utilizada na indústria, 
principalmente em serviços de bloqueio nas linhas de água, óleos e 
líquidos em geral (desde que não sejam muito corrosivos e voláteis), 
para quaisquer diâmetros, e também para bloqueio de vapor e ar em 
linhas de diâmetros acima de 8”.
O fechamento dessas válvulas é feito pelo movimento de uma peça 
chamada gaveta ou cunha, que se desloca paralelamente ao orifício 
da válvula e perpendicularmente ao sentido de escoamento do 
fluido. Quando completamente abertas, a perda de carga causada é 
praticamente desprezível.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
27
Essas válvulas só devem trabalhar completamente abertas ou 
fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio e não de controle de fluxo. 
Quando parcialmente abertas, causam laminagem da veia fluida 
acompanhadas de cavitação e violenta erosão.
Observa-se que as válvulas de gaveta são sempre de fechamento lento, 
não sendo possível fechá-las instantaneamente: o tempo necessário 
para fechamento será tanto maior quanto maior for a válvula. Essa 
é uma das suas grandes vantagens, porque, dessa maneira, pode-se 
controlar o efeito dos golpes de aríete.
As válvulas de gaveta dificilmente dão um fechamento absolutamente 
estanque. A Figura 3.2 apresenta uma válvula de gaveta.
Volante
Bucha de movimento
Jugo
Arruela do tirante
Haste
Castelo
Prisioneiro do corpo
Junta
Cunha
Bucha de movimento
Trava da bucha de movimento
Porça do tirante
Preme gaxeta
Tirante
Gaxeta
Bucha
Porca do prisioneiro
Corpo
Figura 3.2. - Válvula de gaveta
3.2.3. Válvula tipo diafragma ou saunders
É utilizada no controle de fluidos corrosivos, líquidos altamente 
viscosos e líquidos com sólidos em suspensão. Consiste em um corpo em 
cuja parte central apresenta um encosto sobre o qual um diafragma 
móvel, preso entre o corpoe o castelo, se desloca para provocar o 
fechamento (Figura 3.3). Possui como vantagens baixo custo, total 
estanqueidade quando fechada – já que o assento é composto por 
um diafragma de borracha – e facilidade de manutenção.
28
Alta Competência
Como desvantagens, não apresenta uma boa característica de 
vazão para controle, além de uma alta e desuniforme força de 
atuação, o que faz com que praticamente esse tipo de válvula seja 
limitada a diâmetros de até 6” para efeito de aplicação em controle 
modelado.
Outra desvantagem é que, devido ao material do seu obturador 
(diafragma de neoprene ou teflon), a sua utilização é limitada pela 
temperatura do fluido em função do material do diafragma. 
As válvulas tipo diafragma têm sua maior aplicação na indústria 
química, devido aos fluidos que são manipulados nessas indústrias, 
tais como ácidos e hidróxidos muito corrosivos e fluidos passíveis de 
cristalização e que contém sólidos em suspensão. 
DIAFRAGMA
(a) (b)
Figura 3.3 - Válvula tipo diafragma
3.2.4. Válvula tipo guilhotina
Trata-se de uma válvula originalmente projetada para a indústria de 
papel e celulose. Porém, hoje em dia, também tem sido utilizada em 
indústrias químicas, petroquímicas, açucareiras, de abastecimentos 
de água etc.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
29
Contudo, a sua principal aplicação continua sendo em controle 
biestável com fluidos pastosos, como, por exemplo, massa de papel. 
É fabricada em diâmetros de 2” até 24” com conexões sem flanges 
para ser instalada entre o par de flanges da tubulação, conforme 
mostra a Figura 3.4.
Figura 3.4 - Válvula tipo guilhotina
3.3. Válvulas de deslocamento rotativo da haste
nos últimos anos, tem-se notado um substancial aumento no uso 
das válvulas denominadas de rotativas. Basicamente, esses tipos de 
válvulas apresentam vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens, 
podemos considerar: baixo peso em relação aos outros tipos de válvula, 
desenho simples, maior capacidade relativa de fluxo, custo inicial 
mais baixo etc. Dentre as desvantagens, constatam-se: limitações 
em diâmetros inferiores a 1” ou 2” e quedas de pressão limitadas, 
principalmente em grandes diâmetros.
30
Alta Competência
3.3.1. Válvula tipo borboleta
É uma válvula de deslocamento rotativo, corpo de duas vias de 
passagem retas, com internos de sede simples e elemento vedante 
constituídos por um disco ou lâmina de formato circular acionados 
por eixo de rotação axial. A válvula borboleta é constituída de 
um corpo cilíndrico com um disco solidário a um eixo instalado 
perpendicularmente ao eixo do cilindro. O corpo cilíndrico pode ser 
flangeado em ambas as extremidades ou fabricado na forma de um 
anel sólido, conforme mostra a Figura 3.5. Este último tipo é instalado 
em uma tubulação entre dois flanges.
Quando as válvulas borboletas são acionadas por atuadores 
convencionais pneumáticos, o movimento alternativo da haste é 
usualmente transformado em movimento rotativo através de um 
simples jogo de alavancas. A Figura 3.6 apresenta a instalação de 
uma válvula borboleta.
Válvulas borboletas têm grande capacidade, pois o diâmetro do 
furo do cilindro é usualmente o diâmetro interno da tubulação na 
qual estão instaladas, e a única obstrução é o disco. Em tamanhos 
grandes, são mais econômicas do que as válvulas globo. Sua aplicação, 
entretanto, é limitada pelo fato de requerer força considerável para 
sua operação em altas pressões diferenciais. Sua característica de 
vazão não é adequada para algumas aplicações.
As forças de torção no eixo de uma válvula borboleta aumentam 
com a abertura da válvula, atingindo um valor máximo em um ponto 
entre 70 a 75 graus, a partir de uma perpendicular à linha de centro 
do corpo, após a qual tende a diminuir.
Figura 3.5 - Válvulas borboleta
Capítulo 3. Tipos de válvulas
31
Figura 3.6 - instalação de uma válvula borboleta
3.3.2. Válvula tipo esfera
inicialmente, a válvula de controle tipo esfera foi aplicada 
principalmente na indústria de papel e celulose, face às características 
fibrosas de determinados fluidos nesse tipo de processo industrial. 
Porém, constata-se sua utilização crescente em outros tipos de 
processos. Tanto é assim que é recomendada para trabalhar com 
líquidos viscosos, corrosivos e abrasivos, além de gases e vapores.
Devido ao seu sistema de assentamento, proporciona uma vedação 
estanque, constituindo uma das poucas válvulas que, além de 
apresentar ótimas condições de desempenho de sua principal função 
(isto é, prover uma adequada ação de controle modulado), permite, 
ainda, uma total estanqueidade quando totalmente fechada. 
A Figura 3.7 apresenta a válvula esfera.
32
Alta Competência
Body Stem
Ball Seal
Figura 3.7 - Válvula esfera
O corpo da válvula é do tipo bipartido (para possibilitar a montagem 
dos internos), e a esfera gira em torno de dois anéis de teflon 
(construção padrão), alojados no corpo e que fazem a função de 
sede, conforme ilustra a Figura 3.8. Possibilita a passagem do fluido 
em qualquer direção sem problemas dinâmicos e possui um curso 
total de 90 graus.
Figura 3.8 - Tipos de guia do obturador na válvula esfera
Esse tipo de válvula apresenta (assim como a válvula borboleta), 
em função da característica geométrica dos seus internos, uma alta 
tendência a cavitar e a atingir condições de fluxo crítico a diferenças de 
pressão relativamente menores do que os outros tipos de válvulas.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
33
Observação: Cavitação é a transformação de parte do líquido em 
vapor durante uma rápida aceleração desse líquido através do 
orifício da válvula e o subsequente retorno das bolhas de vapor à 
condição líquida.
Dinamicamente, as forças provenientes do fluido tendem sempre 
a fechar a válvula e, portanto, é uma válvula não balanceada, da 
mesma forma que acontece com a válvula borboleta. A Figura 3.9 
apresenta a instalação de uma válvula esfera.
Figura 3.9 - instalação de uma válvula esfera
3.4. Válvula de controle
A válvula de controle desempenha um papel muito importante 
no controle automático de modernas indústrias, que dependem 
da correta distribuição e do controle de fluidos líquidos e gasosos. 
Tais controles, sejam para trocas de energia, redução de pressão ou 
simplesmente para encher um reservatório, dependem de algum tipo 
de elemento final de controle para fazer esse serviço.
Os elementos finais de controle podem ser considerados como o 
“músculo” do controle automático. Eles fornecem a necessária 
amplificação de forças entre os baixos níveis de energia, fornecidos 
pelos controladores, e os maiores níveis de energia necessários para 
desempenho de suas funções de fluidos.
34
Alta Competência
A válvula de controle é o elemento final de controle mais utilizado. 
Outros tipos de elementos finais de controle podem ser bombas 
dosadoras, dampers e louvers (variação de válvula borboleta), 
hélice de passo variável, motores elétricos para posicionamento de 
equipamentos que não sejam válvulas etc.
Apesar de largamente utilizada, provavelmente não existe outro 
elemento qualquer no sistema de controle que receba menor 
parcela de atenção. Em muitos sistemas, a válvula de controle 
é mais sujeita a severas condições de pressão, temperatura, 
corrosão e contaminação do que qualquer outro componente e, 
ainda assim, deve trabalhar satisfatoriamente com um mínimo de 
atenção. Uma válvula de controle funciona como uma resistência 
variável na tubulação e é definida por alguns autores como sendo 
um orifício de dimensões variáveis.
3.4.1. Partes principais de uma válvula de controle
Atuador
Corpo
Figura 3.10 - Partes principais de uma válvula 
O atuador mais utilizado no acionamento de válvulas de controle 
é o do tipo mola-diafragma de câmara bipartida. numa das partes 
dessa câmara,o atuador recebe o sinal de controle e, na outra parte, 
o diafragma é fixado a um prato no qual se apóiam uma haste e uma 
mola. O atuador geralmente recebe seu sinal de um posicionador 
eletropneumático, que converte o sinal de corrente enviado pelo 
controlador em um sinal pneumático.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
35
Figura 3.11 - Atuador tipo mola-diafragma de câmara bipartida
Os atuadores, quanto à ação, podem ser do tipo ação direta ou 
inversa.
AR
AR
Figura 3.12 - Atuador de ação direta e ação inversa
Os demais componentes da válvula de controle (corpo, castelo e 
internos) são os mesmos que os das válvulas comuns.
36
Alta Competência
3.5. Válvula de retenção
Essas válvulas permitem a passagem de fluido apenas em um sentido, 
fechando-se automaticamente, por diferença de pressões exercidas 
pelo próprio fluido, se houver tendência à inversão no sentido de 
escoamento. São, por isso, definidas como válvulas de operação 
automática.
Um caso típico do uso de válvulas de retenção se dá na linha de 
recalque das bombas em paralelo para evitar o retorno do fluido 
através das bombas paradas. Outro caso de aplicação dessas válvulas 
ocorre nas linhas de carregamento de um tanque para evitar um 
possível esvaziamento. Os principais tipos de válvulas de retenção 
são: portinhola, disco, globo e esfera.
3.5.1. Válvula de retenção tipo portinhola
Consiste em um corpo e um disco ou portinhola na entrada para 
obstruir o fluxo. A portinhola é fixada ao corpo por um pino, em 
volta da qual pode pivotar para cima, saindo do fluxo do fluido. 
na ausência de fluxo ou no retorno deste, a portinhola desce para 
fechar a válvula. O corpo da válvula é fechado na parte superior 
por uma tampa que pode ser flangeada, roscada ou do tipo união. 
É excelente para líquidos, gases e vapores que não possuam alta 
velocidade de fluxo.
Junta
Eixo
Anel do corpo
Portinhola
Tampa
Porca do prisioneiro
Alavanca
Porca da portinhola
Corpo
Figura 3.13 - Válvula de retenção tipo portinhola
Capítulo 3. Tipos de válvulas
37
3.5.2. Válvula de retenção tipo disco integral
O corpo é um anel do mesmo diâmetro da linha. Dentro desse anel, 
fica um disco que é pressionado por mola contra um assento. Esse 
disco tem o mesmo diâmetro da parte interna do anel e, quando o 
fluxo tenta retornar, o disco obstrui a passagem do fluxo. A mola 
mantém o disco fechado na ausência de fluxo e permite que a válvula 
seja utilizada tanto na posição horizontal quanto na vertical. não é 
recomendada para serviços de fluxo pulsante.
DN
D
7
Figura 3.14 - Válvula de retenção tipo disco integral
3.5.3. Válvula de retenção tipo globo
Possui construção similar à de uma válvula tipo globo, porém sem 
castelo, haste e volante. O disco da válvula que serve como obturador 
tem um pino ou uma pequena haste que, quando a válvula abre, 
sobe na tampa entre guias. A força da gravidade ou o contrafluxo do 
fluido provoca a descida do disco, fechando a válvula. Tem aplicação 
somente na posição horizontal, com fluidos que não contém alto 
índice de sólidos em suspensão.
38
Alta Competência
Disco
Junta
Pistão
Anel do corpo
Corpo
Porca do prisioneiro
Figura 3.15 - Válvula de retenção tipo globo
3.5.4. Válvula de retenção tipo esfera
É o tipo de retenção cujo fechamento é mais rápido. Essas válvulas, 
utilizadas em fluidos de alta viscosidade, são fabricadas e usadas 
apenas para pequenos diâmetros.
L
1,6
Ǿ
K
Ǿ
G
Ǿ
D
B
D
N
U
 X
 P
Figura 3.16 - Válvula de retenção tipo esfera
Capítulo 3. Tipos de válvulas
39
3.6. Válvula de segurança e alívio (PSV)
São válvulas que controlam a pressão a montante, abrindo-se 
automaticamente quando essa pressão ultrapassa um determinado 
valor para o qual aquela foi ajustada (set point). 
A construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas globo 
angulares. O tampão é mantido fechado contra a sede pela ação de 
uma mola, com parafuso de regulagem, ou de um contrapeso externo 
de posição ajustável.
regula-se a tensão ou a posição do contrapeso, de maneira a se ter 
a desejada pressão de abertura da válvula. A Figura 3.17 mostra uma 
PSV típica. 
Castelo deve
ser aberto para
o vent
Figura 3.17 - Válvula de segurança e alívio
3.7. Classes de vazamentos
Existem normas internacionais que determinam qual o máximo 
vazamento permitido quando a válvula estiver totalmente fechada. 
A tabela a seguir apresenta essas classes.
40
Alta Competência
Classe de 
vazamento
Definição da classe Tipos de válvulas
Classe I
Qualquer válvula pertencente as 
classes II, III ou VI, porém mediante 
acerto entre fabricante e usuário não 
há necessidade de teste
Válvulas listadas nas classes 
II, III, e IV
Classe II
Vazamento de até 0,5% da capacidade 
máxima de vazão
Válvulas Globo Sede Dupla, 
Válvula Globo Gaiola 
balanceadas. Superfície de 
assentamento metal-metal
Classe III
Vazamento de até 0,1% da capacidade 
máxima de vazão
Válvulas listadas como 
pertencentes a classe II, 
porém possuindo uma maior 
força de assentamento
Classe IV
Vazamento de até 0,01% da 
capacidade máxima de vazão
Válvulas Globo Sede Simples 
com assentamento metal - 
metal. Válvulas de Obturador 
Rotativo Excêntrico
Classe V
Vazamento de até 5 x 10-4 cm3 por 
minuto de água, por polegada de 
diâmetro de orifício, por psi de pressão 
diferencial ou 5 x 10-12 m3 por segundo 
de água, por mm de diâmetro do 
orifício por bar de pressão diferencial
Válvulas instaladas 
na classe IV, porém 
utilizadas com atuadores 
superdimensionado para 
aumentar a força de 
assentamento
Classe VI
Diâmetro nominal 
do orifício de 
passagem em "
Vazamento 
máximo 
permissível
Válvulas Globo com 
assentamento composto (soft 
seat). Válvulas borboletas 
revestidas com sedes de 
elastômeros ou com anéis 
de vedação. Válvulas esferas 
com anéis de TFE. Válvulas 
diafragmas. Válvulas de 
obturador rotativo excêntrico 
com assentamento composto
cm3 / 
min
Bolhas
/ min
1 0,15 1
1 ½ 0,30 2
2 0,45 3
2 ½ 0,50 4
3 0,90 5
4 1,70 11
6 4,00 27
8 6,75 45
Figura 3.18 - Classes de vazamento
Capítulo 3. Tipos de válvulas
41
3.7.1. Manuseio, armazenamento e transporte de válvulas
Gaveta
Esfera
Macho
retenção
Globo
Para o sucesso na execução das instalações de válvulas em tubulações 
e evitar ocorrência de problemas durante a instalação, operação e 
transporte, é necessário observar as seguintes instruções:
No manuseio• 
Usar corretamente o padrão das extremidades da válvula. Desta 
forma, uma válvula com extremidades com flanges de 2” somente 
pode ser acoplada a um elemento de tubulação com flange de 
2”, pois, caso contrário, pode representar muitas vezes danos 
à integridade da mesma, tais como deformações nas sedes e 
consequente vazamento de passagem de fluido pela válvula. 
Também é valido para roscas, ou seja, utilizar com mesmo padrão 
de rosca, caso não, poderá danificá-la.
Deve ser evitada a montagem de uma válvula de bronze a um 
elemento de tubulação com flanges dotados de ressalto, pois este, 
após o aperto nos parafusos, poderá ocasionar esforços suficientes 
para deformar permanentemente os flanges e, em consequência, 
também as sedes de uma válvula de gaveta, de forma que a cunha 
nunca mais irá se alojar às mesmas.
42
Alta Competência
Manter a limpeza da tubulação, para eliminar respingos de solda, 
ferrugem e outros sedimentos; deve ser feita antes de instalar a 
válvula.
Verifique se a válvula é adequada às condições de pressão e 
temperatura do fluido.
A válvula deve ser instalada com a seta indicadora no corpo 
apontando na direção do fluxo.
Verifique se o obturador está livre e desimpedido.
Verificar ocorreto alinhamento da tubulação e da furação dos 
flanges. não corrija o alinhamento da tubulação usando a instalação 
da válvula, vide Figura 3.19 – Alinhamento da válvula na tubulação.
2.1/2’PP
CI. 150 WCB
Figura 3.19 - Alinhamento da válvula na tubulação
O paralelismo e o desalinhamento axial da superfície do flange 
devem estar dentro de faixas pré-determinadas, com intuito de se 
evitar danos à válvula.
Apertar os parafusos da válvula ou estojos alternadamente (cruzado), 
em lados diametralmente opostos, evitando o aperto excessivo.
Se for necessário abrir a válvula para trocar os componentes internos 
(veja na Figura 3.20 – Posição de abertura e fechamento da válvula), 
certifique-se que a mesma esteja sem pressão.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
43
Fechada
Aberta
Figura 3.20 - Posição de abertura e fechamento da válvula
não pise na válvula, nem aplique força excessiva sobre ela (pode 
danificá-la). 
não exerça força excessiva ao fechar as válvulas. Encoste o volante 
até o fim de curso (quando o elemento de vedação encostar-se à sede 
da válvula) e retorne 1/4 de volta do volante, pois é o suficiente para 
manter a vedação do conjunto.
Deixe espaço suficiente para manutenção e inspeção.
Mantenha a válvula protegida de incidência de luz solar direta, água 
e pó. Use uma capa para proteger a válvula (a válvula não poderá 
funcionar corretamente).
Mantenha a válvula longe de calor excessivo ou fogo (ela pode 
deformar ou ser destruída. Além de causar dilatação na parte metálica 
e danificar os elementos internos (vai destruir a junta de vedação, 
pois é de material frágil como borracha, teflon etc.).
Em caso de troca de uma peça funcional ou substituição de peças, 
drene completamente o fluido da tubulação/válvula (a haste 
será empurrada para fora pela pressão do fluido ou pode ocorrer 
vazamento do fluido).
não golpeie a válvula nem a deixe cair (pode danificá-la).
Evite arranhar a válvula com qualquer objeto cortante (principalmente 
na região de vedação).
44
Alta Competência
As válvulas tripartidas com encaixe para solda deverão ser 
desmontadas para a soldagem na tubulação, pois o calor gerado 
pela solda poderá danificar sua vedação.
As válvulas bipartidas (esferas) devem ter um cuidado maior no 
manuseio, pois durante a desmontagem, se o colaborador não tiver 
ciência da sua construção poderá retirar os parafusos de fixação 
da esfera (interna) e provocar um risco significante ao indivíduo, 
vide Figura 3.21 – Válvula bipartida. Esse tipo de válvula tem um 
acionamento realizado através de adaptador e tubo alavanca 
por apenas 1/4 de volta (90º), reduzindo o tempo de abertura 
e fechamento. Verificar, também, que na montagem deste tipo 
de válvula deve-se instalar na posição de menor diâmetro (na 
redução), a jusante da direção do fluido, caso não, poderá com o 
esforço que o fluido faz na esfera, empurrá-la e deslocá-la da sede 
e vedar o trecho.
Figura 3.21 - Válvulas bipartidas
Durante a operação das válvulas bloqueio “on/off”, isto é, 
trabalham somente em duas posições - ou totalmente abertas ou 
totalmente fechadas - não utilizar para regular a vazão do fluido, 
pois irá danificar a “haste”.
Opere sempre a válvula com acionador adequado. não exerça força 
excessiva ao fechar ou abrir a válvula. não improvise ferramentas de 
torque. Uma vez emperrada, faça a substituição. Pode estar ocorrendo 
o desassentamento de uma parte interna e, a depender do torque 
dado, inutilizará este componente. Também pode assentar na sede 
um corpo estranho e com este esforço excessivo pode danificar a sede 
da válvula, inutilizando-a.
Capítulo 3. Tipos de válvulas
45
Mantenha sempre a válvula lubrificada nas partes onde contém 
roscas.
Para abrir a válvula, gire o volante no sentido anti-horário e, para 
fechar, gire o volante no sentido horário. Veja a figura a seguir:
Figura 3.22 - Volantes de válvulas
Ao manipular uma válvula sempre se mantenha na posição segura, 
nunca fique exposto a um futuro projétil de partes internas da 
válvula (veja Figura 3.23 – Manobras seguras em válvulas).
a) válvula acima do operador
Volante
para corrente
Volante
Piso de
operação
Haste de extensão
b) válvula abaixo do operador
Figura 3.23 - Manobras seguras em válvulas
Esteja certo que o material da válvula, principalmente os internos, 
seja compatível com o índice de corrosão do fluido utilizado.
não instale a válvula no final da linha, principalmente em tubulações 
em declive, para evitar o aumento brusco da pressão ou choques 
(golpe de aríete).
46
Alta Competência
Verifique se há uma junta entre flanges da válvula e da tubulação, 
para não provocar vazamento indesejado e danificar a região de 
vedação entre eles, pois haverá contato metal / metal.
recomenda-se o uso de filtros na tubulação antes da válvula, para 
evitar que sujeiras se acumulem na vedação e a danifiquem.
É proibido o jateamento sem as devidas proteções nos internos.
Quando a válvula for descartada, contate um especialista em SMS (a 
válvula poderá gerar gás tóxico).
Ao retirar uma válvula de pé, retenção em trecho vertical, é preciso 
drenar a coluna antes da retirada da mesma, para não tomar um 
banho ao desconectar a válvula.
As válvulas de retenção têm que ser montadas com sua tampa 
para cima, senão deixará seu dispositivo de retenção deslocado 
à sede. Siga o sentido de fluxo, Figura 3.24 – Sentido de fluxo 
da válvula de retenção. Pode ser instalada na posição vertical ou 
horizontal (vide Figura 3.25 – Válvula de retenção de pistão e 
esfera – para tubulação horizontal.
Figura 3.24 - Sentido de fluxo da válvula de retenção
Capítulo 3. Tipos de válvulas
47
Entrada
Esfera
Saída
Figura 3.25 - Válvula de retenção de pistão e esfera 
(para tubulação horizontal)
No armazenamento• 
Durante o recebimento (qualitativo) garantir que as válvulas 
vieram conforme os especificados e comprados, e iniciar a rotina de 
preservação, cuja atividade é garantir a integridade e funcionabilidade 
dos mesmos. Consiste em armazená-lo adequadamente, proteção 
contra danos mecânicos no local de montagem, proteção contra 
maresia e oxidação, engraxamento e lubrificação, enfim, tudo 
necessário para garantir a sua integridade.
Mantenha a válvula em sua embalagem original até a instalação.
Manter as válvulas tamponadas (protetores das extremidades – 
batotes em local limpo e seco (para evitar que sujeiras possam entrar 
na válvula, danificando a vedação), enquanto não forem instaladas, 
além de manter livre de esforços adicionais, tais como: impactos e 
sobrecargas que possam danificar a válvula. Vide Figura 3.26 - Válvulas 
tamponadas com disco de papelão. 
Figura 3.26 - Válvulas tamponadas com disco de papelão
48
Alta Competência
Exceto as válvulas macho e esfera, que devem ser mantidas abertas 
para preservação da graxa e das sedes de teflon, respectivamente, 
todos os demais tipos de válvulas em estoque devem ser mantidas na 
posição fechada para proteger os componentes internos de sujidades. 
Veja a Figura .3.27 - Válvula borboleta mantida em posição fechada.
Figura 3.27 - Válvula borboleta mantida em posição fechada
As válvulas devem estar dispostas em locais de forma a evitar 
amassaduras, principalmente nas roscas das extremidades ou nas 
faces dos flanges.
Evite armazenar peças de inox com peças em aço carbono, pois poderá 
haver contaminação.
Os diafragmas destas válvulas (Figura 3.28 – Válvulas diafragmas) 
podem se soltar após longo tempo de armazenamento ou período 
sem uso, ou pela mudança de temperatura durante a operação, logo, 
é importante verificar e reapertar o parafuso diagonalmente. Essas 
válvulas devem ser instaladas somente no plano horizontal.
Figura 3.28 - Válvulas diafragmas
Capítulo 3. Tipos de válvulas
49
O piso do armazémdeverá ser constituído de material não 
escorregadio, sem aspereza, e mantido em perfeito estado de 
conservação.
As válvulas devem ser armazenadas e dispostas de forma a evitar 
a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de 
emergência etc.
No transporte• 
Cuidado ao levantar peso. Para transportar as válvulas acima de 2”, 
faça-o sem levantar pela alavanca ou atuador. Levante as válvulas 
mais pesadas somente com equipamento apropriado. retenção 
dupla portinhola, a partir de 8”, possui olhal específico para 
levantamento.
não carregue a válvula pelo volante, pois poderá danificar a rosca da 
haste e bucha de movimento, veja válvula com volante na Figura 3.29 – 
Válvula com volante, haste e bucha.
Figura 3.29 - Válvula com 
volante, haste e bucha
50
Alta Competência
no transporte de válvulas, que também deve ser feito em caixas 
container de papelão apropriado, devem igualmente ser observadas 
as condições previstas para umidade, posicionamento da caixa e 
empilhamento máximo, conforme impresso nas caixas.
As válvulas deverão sempre ser protegidas, nunca as deixe soltas 
no transporte para não causar danos tanto na vedação quanto no 
mecanismo.
Durante o transporte (manuseio e armazenamento) das válvulas 
de segurança e alívio, conhecidos como PSV, deverá ser realizado 
na posição vertical, senão poderá poderá deslocar a vedação/mola 
do sistema interno, conforme Figura 3.30 – Válvula de segurança, 
inutilizando a mesma.
Porca de
regulagem
Mola
Bocal de 
saída
Bocal de entrada
Tampão
Sede
Figura 3.30 - Válvula de segurança
Os carros manuais para transporte de válvulas devem possuir 
protetores das mãos.
51
exercícios
Exercícios
1) Localize na figura os principais componentes de uma válvula:
2) Com relação ao corpo da válvula, é correta a afirmativa:
( ) É a parte da válvula que suporta e contém as peças móveis 
de controle do fluxo.
( ) É o elemento responsável por proporcionar a força motriz 
necessária ao funcionamento da válvula.
( ) Elemento vedante, com formato de disco, cilíndrico ou com 
contorno caracterizado, que se move linearmente no inte-
rior do corpo.
( ) É a parte da válvula que se conecta fisicamente à tubulação 
e que contém o orifício para a passagem do fluido.
52
Alta Competência
3) Os principais tipos de válvulas podem ser reunidos em dois grupos: 
de deslocamento linear e de deslocamento rotativo. Agrupe os tipos 
de válvulas no quadro a seguir:
Válvula de deslocamento linear Válvula de deslocamento positivo
Borboleta - Globo - Esfera - Guilhotina - Bipartido - Obturador 
excêntrico - Gaveta - Diafragma 
4) Cite uma das vantagens da válvula de gaveta:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
53
5) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso para as afirmativas a seguir:
( ) As válvulas do tipo diafragama ou saunders são utilizadas 
no controle de fluidos corrosivos, líquidos altamente visco-
sos e líquidos com sólidos em suspensão.
( ) As válvulas tipo guilhotina têm sua maior aplicação na in-
dústria química, devido aos fluidos que são manipulados 
nessas indústrias, tais como ácidos e hidróxidos muito cor-
rosivos e fluidos passíveis de cristalização e que contém só-
lidos em suspensão. 
( ) A principal utilização das válvulas tipo guilhotina continua 
sendo em controle biestável com fluidos pastosos, como, 
por exemplo, massa de papel.
( ) A válvula de deslocamento linear do tipo gaveta é a que 
tem maior uso na indústria.
6) Houve um aumento substancial no uso das válvulas rotativas. Cite 
vantagens e desvantagens da utilização desse tipo de válvula.
Vantagens:
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
Desvantagens:
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
7) É uma válvula de deslocamento rotativo, corpo de duas vias de 
passagem retas, com internos de sede simples e elemento vedante 
constituídos por um disco ou lâmina de formato circular acionados 
por eixo de rotação axial:
( ) Válvula tipo esfera
( ) Válvula tipo borboleta 
( ) Válvula tipo globo
( ) Válvula tipo guilhotina
Exercícios
54
Alta Competência
8) Com relação à válvula de segurança e alívio (PSV), marque a única 
opção incorreta:
( ) O tampão da PSV é mantido fechado contra a sede pela 
ação de uma mola, com parafuso de regulagem, ou de um 
contrapeso externo de posição ajustável.
( ) São válvulas que controlam a pressão a montante, abrin-
do-se automaticamente quando essa pressão ultrapassa 
um determinado valor para o qual aquela foi ajustada (set 
point). 
( ) São válvulas utilizadas em fluidos de alta viscosidade, fabri-
cadas e usadas apenas para pequenos diâmetros
( ) A construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas 
globo angulares.
9) Explique o que é cavitação:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
10) O que é o castelo? Explique e cite quais os seus principais tipos:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
Bibliografia
ASSOCiAÇÃO BrASiLEirA DE nOrMAS TÉCniCAS. NBR 8190 - Simbologia de 
instrumentação. rio de Janeiro, 1983.
BEGA, Egidio A. Instrumentação aplicada a controle de caldeiras. rio de Janeiro: 
interciência, 2003.
BEGA, Egidio A. Instrumentação Industrial. rio de Janeiro: interciência, 2003.
COOLEY, David Charles. Válvulas industriais. rio de Janeiro: interciência, 1986.
FiALHO, Arivelto Bustamante. Instrumentação Industrial. São Paulo: Érica, 2002.
inMETrO. Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de 
Metrologia. 1995.
Manuais de fabricantes de válvulas: niAGArA, COnESTEEL, WALWOrTH, CrOSBY, 
ASAHi AV, MGA.
riBEirO, Marcos A. Instrumentação e medição. TEK Consultoria ,2003.
riBEirO, Marcos A. Válvula de controle. TEK Consultoria, 2003.
SErViÇO nACiOnAL DE APrEnDiZAGEM inDUSTriAL (SEnAi). Lauro de Freitas, 
1999. Apostila.
TELLES, Pedro C. da Silva. Tubulações industriais. 7. ed. rio de Janeiro: Livros 
Técnicos e Científicos, 1987.
55
Bibliografia
56
Alta Competência
Gabarito
1) Localize na figura os principais componentes de uma válvula:
Atuador
Haste da
válvula
Castelo
Flange
Selo
Corpo da
válvula
Obturador
2) Com relação ao corpo da válvula, é correta a afirmativa:
( ) É a parte da válvula que suporta e contém as peças móveis de controle 
do fluxo.
( ) É o elemento responsável por proporcionar a força motriz necessária 
ao funcionamento da válvula.
( ) Elemento vedante, com formato de disco, cilíndrico ou com contorno 
caracterizado, que se move linearmente no interior do corpo.
( X ) É a parte da válvula que se conecta fisicamente à tubulação e que con-
tém o orifício para a passagem do fluido.
57
Gabarito
3) Os principais tipos de válvulas podem ser reunidos em dois grupos: de 
deslocamento linear e de deslocamento rotativo. Agrupe os tipos de válvulas no 
quadro a seguir:
Válvula de deslocamento linear Válvula de deslocamento positivo
• Globo
• Gaveta
• Diafragma
• Bipartido• Guilhotina
• Borboleta
• Esfera
• Obturador excêntrico
4) Cite uma das vantagens da válvula de gaveta:
As válvulas de gaveta são sempre de fechamento lento, não sendo possível fechá-
las instantaneamente: o tempo necessário para fechamento será tanto maior 
quanto maior for a válvula.
5) Coloque (V) verdadeiro ou (F) falso para as afirmativas a seguir:
( V ) As válvulas do tipo diafragama ou saunders são utilizadas no controle 
de fluidos corrosivos, líquidos altamente viscosos e líquidos com sólidos 
em suspensão.
( F ) As válvulas tipo guilhotina têm sua maior aplicação na indústria quími-
ca, devido aos fluidos que são manipulados nessas indústrias, tais como 
ácidos e hidróxidos muito corrosivos e fluidos passíveis de cristalização 
e que contém sólidos em suspensão. 
Justificativa: essa é uma característica das válvulas do tipo diafragma 
ou saunders.
( V ) A principal utilização das válvulas tipo guilhotina continua sendo em 
controle biestável com fluidos pastosos, como, por exemplo, massa de 
papel.
( F ) A válvula de deslocamento linear do tipo gaveta é a que tem maior uso 
na indústria.
Justificativa: A válvula de deslocamento do tipo globo é a que tem 
maior uso na indústria.
6) Houve um aumento substancial no uso das válvulas rotativas. Cite vantagens e 
desvantagens da utilização desse tipo de válvula.
Vantagens:
Baixo peso em relação aos outros tipos de válvula, desenho simples, maior 
capacidade relativa de fluxo e custo inicial mais baixo.
Desvantagens:
Limitações em diâmetros inferiores a 1” ou 2” e quedas de pressão limitadas, 
principalmente em grandes diâmetros.
58
Alta Competência
7) É uma válvula de deslocamento rotativo, corpo de duas vias de passagem retas, 
com internos de sede simples e elemento vedante constituídos por um disco ou 
lâmina de formato circular acionados por eixo de rotação axial:
( ) Válvula tipo esfera
( X ) Válvula tipo borboleta 
( ) Válvula tipo globo
( ) Válvula tipo guilhotina
8) Com relação à válvula de segurança e alívio (PSV), marque a única opção incorreta:
( ) O tampão da PSV é mantido fechado contra a sede pela ação de uma 
mola, com parafuso de regulagem, ou de um contrapeso externo de 
posição ajustável.
( ) São válvulas que controlam a pressão a montante, abrindo-se 
automaticamente quando essa pressão ultrapassa um determinado 
valor para o qual aquela foi ajustada (set point). 
( X ) São válvulas utilizadas em fluidos de alta viscosidade, fabricadas e 
usadas apenas para pequenos diâmetros
( ) A construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas globo 
angulares.
9) Explique o que é cavitação:
Cavitação é a transformação de parte do líquido em vapor durante uma rápida 
aceleração desse líquido através do orifício da válvula e o subsequente retorno 
das bolhas de vapor à condição líquida.
10) O que é o castelo? Explique e cite quais os seus principais tipos:
O castelo é a parte da válvula que suporta e contém as peças móveis de controle 
do fluxo. Os principais tipos de castelo são: 
• Normal;
• Aletado;
• Alongado;
• Com foles.

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