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Feridas x curativo

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Feridas x curativo 
JÚNIOR PEREIRA
ENFERMEIRO
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FERIDA
Representada pela interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão. 
Causada por trauma:
 físico (queimadura) 
 químicos 
 mecânico (incisão cirurgica)
 ou desencadeada por uma afecção clínica 
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Responsabilidades
Cabe ao enfermeiro avaliar a evolução e a determinação de uma conduta adequada no tratamento da ferida, bem como, a discussão desta conduta com os demais profissionais envolvidos no cuidado ao paciente com ferida.
 A educação no cuidado com feridas e orientação da equipe de enfermagem é importante para que os objetivos traçados em prol de uma evolução cicatricial adequada, em menor tempo possível com isenção ou o mínimo de sequelas, sejam alcançados.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS
Mantendo a metodologia de atendimento holístico do assistido não pensar simplesmente em sua lesão cutânea, mas sim nele como um todo.
A manifestação de uma ferida pode ter várias origens, podendo inclusive denotar o nível de desenvolvimento de uma população.
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS
A ferida é um problema sócio-econômico e educacional, pois para a cicatrização da lesão é importante a boa nutrição, assiduidade corporal e higiene da área afetada. 
Na condição de miséria e fome, que grande parte da população mundial está sujeita, o “viver da doença” passa a ser um aspecto comum.
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Importante… 
 Valorizar os aspectos psicológicos do portador de feridas, 
a abordagem interdisciplinar, 
 (em muitos casos da intervenção do psicólogo);
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Uma ferida é pele ou tecido danificado.
Ocorre em conseqüência de trauma, um termo genérico que se refere a lesão. 
As lesões podem ser classificadas em: intencionais ou não intencionais, abertas ou fechadas e agudas ou crônicas.
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Um trauma produz dois tipos de feridas: 
Aberta: superfície da pele ou mucosa é rompida. 
Fechada: não há abertura da pele ou mucosa, resulta de pancada, força ou esforço causado por trauma (queda, agressão) podendo ocorrer hemorragias internas.
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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
Quanto a causa:
Intencional ou cirúrgica (aberta ou fechada) – lesão programada e realizada em condições assépticas (cirurgias, terapia intravenosa, punção lombar). Sangramento costuma ser controlado.
Acidental ou traumática (aberta ou fechada) – lesão imprevista (acidentes, facada, tiro). A contaminação é provável, bordas costumam ser denteadas, traumas multiplos são comuns, e o sangramento não é controlado.
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 Nas feridas traumáticas ou cirúrgicas rompem-se vasos sanguíneos que resultam no sangramento e em seguida de formação de coágulo. 
 
Nas feridas causadas por isquemia ou
 pressão, o fornecimento de sangue é interrompido pela oclusão local da micro circulação, causando necrose de tecidos e formação de úlcera.
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TIPOS DE LESÕES
Quanto ao agente causador:
Incisa ou cortante 
 produzida por um objeto cortante, com bordos ajustáveis e passíveis de reconstituição. 
Ex: lamina de bisturi, faca
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 Laceração:
 Rompimento da pele e do tecido com instrumento sem fio ou irregular; tecido não alinhado, que provocam a separação de pele dos tecidos subjacentes.
 Margens denteadas, irregulares por excessiva força de estiramento, podendo lacerar músculos, tendões ou vísceras internas (arame farpado).
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Perfurante 
 
 Ocasionadas por agentes e pontiagudos como prego, alfinete. 
Pode ser transfixante quando atravessa um órgão, estando sua gravidade na importância deste órgão. 
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 Penetrante 
 Produzida normalmente por armas de fogo e cujas lesões variam de acordo com o tipo de arma, munição utilizada, velocidade e trajeto percorrido.
Possíveis fragmentos espalhados pelos tecidos.
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Contusa: produzida por um objeto rombo, sem fio (que não perfura) de modo que o impacto é transmitido através da pele aos tecidos subjacentes
Corto-contusa - agente não tem corte tão acentuado, sendo que a força do traumatismo é que causa a penetração do instrumento, tendo como exemplo o machado. 
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 Hematomas 
Há rompimento dos capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.
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Abrasivas/escoriação:
 Esfregar ou arranhar camadas epidérmicas da pele, camada superior da pele sofre abrasão.
Patológica:
 causada por fatores intrínsecos do paciente (úlceras venosas e arteriais, úlceras de pressão, úlceras crônicas por defeitos metabólicos ou neoplasias).
Iatrogênica :
 secundárias a procedimentos ou tratamentos como radioterapia.
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Amputação : produzida através da laceração ou separação forçada dos tecidos, afetando com maior frequente as extremidades.
Venenosa : causada por animais peçonhentos. 
Térmica ou Queimadura: causada pela exposição a temperaturas extremas de frio ou calor.
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 Outros termos
Cistos :É um trajeto sem saída que se abre em uma superfície epitelial e normalmente é indicativo da presença de um abscesso. Ex.: cisto pilonidal.
Fístulas :É um trajeto anormal de um orgão interno a outro ou superfícies epiteliais, podendo ser causada por infecção, traumas.
 
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 FERIDAS podem ser:
Feridas planas ou Superficiais: envolvem a epiderme, derme e tecido subcutâneo.
Feridas Profundas: envolvem tecidos moles profundos, tais como músculos e fáscia.
Feridas Cavitárias: caracterizam-se por perda de tecido e formação de uma cavidade com envolvimento de órgãos ou espaços. Podem ser traumáticas, infecciosas, por pressão ou complicações pós-cirúrgica.
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Feridas Infectadas: feridas invadidas por agentes microbianos, com intensa reação inflamatória e destruição dos tecidos. Podem ou não apresentar exsudato purulento.
Feridas com Crostas: feridas expostas ao ar com zona de células mortas por dissecação.A crosta é repleta de restos celulares e proteínas. 
O processo cicatricial é retardado, pois as células epiteliais necessitam de umidade para a sua proliferação
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Característica do leito da ferida: 
Necrótico 
Fibrinoso
Necrótico-fibrinoso,
Granulação e epitelização.
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COR DO TECIDO
Granulação:  Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo
Fibrina:  Amarelo 
Necrose:  Cinza, marrom, negra
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 Feridas necróticas 
 São tecidos com tecido não viável.
 indicativas de morte celular, podendo afetar grupos de células ou parte da estrutura ou de um órgão.
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Fibrina
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Granulação e epitelização
 cor avermelhada, indica tecido de granulação saudável e limpo. 
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Exsudato :É um material fluido composto de células que escapam de um vaso sanguíneo e se depositam nos tecidos usualmente como resultado do processo inflamatório
Pode ser:
Seroso: observado nas rações inflamatórias agudas
Hemorrágico: decorrente lesões de vasos ou diapedese de hemácias (migram por vasos íntegros)‏
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Purulento: processo inflamatório asséptico ou séptico, algumas bactérias piogênicas como estafilococo, pneumococos produzem supuração local (pus).
Fibrinoso: é o extravasamento de grande quantidade de proteínas plasmáticas incluindo fibrina.
Outras denominações: serosanguinolento, seropurulento,serosanguinopurulento.
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Fase cicatricial
 A reparação tecidual ocorre em três fases distintas, complexas, dinâmicas e sobrepostas. 
A liberação de mediadores ocorre em cascata, atraindo estruturas à periferia da região traumatizada.
 Define as três etapas
 Inflamatória;
 Proliferativa; 
 Maturação.
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Fase Inflamatória: (duração 48 a 72 h. 
 Imediatamente após a lesão, a primeira resposta tissular com objetivo de limitar o dano tissular e preparar para cicatrização. 
 Remove restos celulares e tecidos desvitalizados
 Células danificadas ficam mais permeáveis, liberam substâncias químicas internas que desencadeiam
múltiplas reações.
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Inicialmente ocorre vasoconstrição transitória para inibir a perda de sangue na área lesada
 
Simultaneamente desencadeia uma cascata de coagulação - plaquetas são ativadas formando coagulo.
 Logo após, mediadores químicos provocam vasodilatação, aumentando a permeabilidade vascular - permitindo a passagem dos elementos sanguíneos para a ferida; plasma, eritrócitos e leucócitos, formando o exsudato 
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Esta vasodilatação com extravasamento de elementos para o exterior do vaso forma um exsudato,
 traduzido clinicamente por tumor, calor, rubor e dor, cuja intensidade correlaciona-se com o tipo e grau de agressão.
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Células são importantes nesta fase: 
os neutrófilos -responsáveis pela digestão de bactérias e tecidos desvitalizados 
 os monócitos transformam-se em macrófagos e auxiliam na fagocitose de bactérias e restos celulares. 
Eles são essenciais pois ainda liberam fatores de crescimentos necessários ao crescimento de células epiteliais e novos vasos sanguíneos .
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FASE INFLAMATÓRIA
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Granulação ou fase proliferativa
 Começa em 2 a 3 dias de lesão, durando até 2 a 3 semanas que cicatrizam por intenção primária. 
 Caracteriza-se pela formação de tecido novo vermelho, brilhante, granuloso e sangra com facilidade.
 Fibroblastos multiplicam-se e formam uma rede para células migrantes;
As células epiteliais formam brotos nas margens da ferida e esses brotos desenvolvem-se para o interior. 
 Crescem capilares por toda lesão (fonte de nutrição para o novo tecido de granulação).‏
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Os fibroblastos sintetizam e secretam colágeno e elastina (substâncias que reconstroem o tecido conjuntivo)‏
tecido vascular novo é formado (angiogênese)‏
 
A medida que o tecido de granulação é formado, inicia-se o processo de epitelização. 
 
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Fase Reparadora ou maturação
Inicio na 3° semana após a lesão e pode se estender por dois anos.
As fibras de colageno se reorganizam, remodelam e amadurecem, ganhando força de tensão. 
A cicatriz inicial é de cor vermelha, brilhante e espessa,depois empalidece.
 Ocorre a diminuição da vascularização e reorganização do colágeno, que adquire maior força tênsil e empalidece.
 
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Inicialmente a lesão tem um aspecto plano, mas posteriormente se enrijece, endurece e sobreleva.
Posteriormente faz com que a cicatriz fique mais clara, menos rígida e mais plana.
A cicatriz assume a coloração semelhante à pele adjacente.
Esse processo continua até que o tecido tenha recuperado cerca de 80% da força da pele.
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EPITELIZADA
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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO 
 Fatores Locais:
 São fatores ligados a ferida, que podem interferir no processo cicatricial, tais como:
 Dimensão;
 Profundidade da lesão,
Grau de contaminação,
Presença de secreções, hematoma e corpo estranho,
 Vascularização; 
Necrose tecidual ;
Infecção local. 
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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO 
Fatores Sistêmicos
 
A) Faixa etária: 
 mudanças fisiológicas causadas pelo envelhecimento diminui a resposta inflamatória e resistência dos tecidos.
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B) Estado Nutricional: 
A cicatrização de lesões requer quantidades adequadas de vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras e minerais.
Calorias e proteínas são necessárias a reconstrução de células e tecidos.
Vitaminas A e C são essenciais a epitelização e a síntese de colágeno.
 O estado nutricional interfere em todas as fases da cicatrização. 
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C) Doenças Crônicas:
 Enfermidades metabólicas sistêmicas podem interferir no processo cicatricial.
D) Terapia Medicamentosa Associada: A associação medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo: - antiinflamatórios e antibióticos – podem mascarar a presença de infecção e diminuir a resposta inflamatória normal - agentes quimioterápicos -torna mais vulnerável a infecção – defesa diminuída
 - anticoagulantes – causar hemorragias
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E) Tratamento Tópico Inadequado
 *sabão tensoativo na lesão cutânea aberta pode ter ação citolítica, afetando a permeabilidade da membrana.
 *soluções anti-sépticas também podem ter ação citolítica. Quanto maior for à concentração do produto maior será a sua citotoxidade, afetando o processo cicatricial. 
F) Tabagismo 
Tabaco diminui a quantidade de hemoglobina funcional no sangue, reduzindo a oxigenação tecidual
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ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
IMPERÍCIA
 É execução de uma função sem a plena capacidade para tal. 
 E cometer um erro por falta de conhecimento ou habilidade.
 Ex: um acadêmico ou profissional não habilitado que realiza o procedimento do curativo de forma inadequada.
 
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ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
 
IMPRUDÊNCIA
 É o erro cometido com conhecimento das regras, porém não executado com as cautelas exigidas no tratamento da ferida. 
 Ex: o profissional preparado insistisse em realizar um curativo sem o diagnóstico ou material adequado, ou caso o acadêmico, desacompanhado de seu instrutor, executasse o curativo sem a plena convicção do diagnóstico e, ainda, sem solicitar auxílio. 
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ASPECTOS ÉTICOS NO TRATAMENTO DE FERIDAS
 
NEGLIGÊNCIA
 A negligência é considerada, no âmbito ético-profissional, a mais grave dos três. 
É o erro cometido com consciência de como deve ser feito o tratamento da ferida e sem a existência de algum fator de impedimento, porém, por mero desleixo, menosprezo não é realizado adequadamente.
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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO:
Cicatrização por primeira intenção:
 Quando não há perda de tecido e as extremidades da pele ficam justapostas uma à outra. Pode ser denominada ferida fechada.
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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Cicatrização por segunda intenção:
Houve perda de tecido e as extremidades da pele ficam distantes umas das outras. Pode ser ainda denominada ferida aberta.
Cicatrização por terceira intenção:
Caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente ou as suturas se rompem e a ferida tem que ser novamente suturada (grampos)‏
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CURATIVO
CURATIVO - FINALIDADE
Remover o acumulo de secreções e tecido morto da ferida ou da área de incisão;
Diminuir o crescimento de microrganismo na ferida ou na área da incisão;
Promover a cicatrização da ferida. 
Evitar a contaminação de feridas limpas; 
Promover conforto ao paciente.
Absorver secreções, 
Promover a hemostasia com os curativos compressivos, 
Facilitar a drenagem de secreções,
 Manter o contato de medicamentos junto à ferida e 
• Proporcionar conforto ao paciente
• Facilitar a cicatrização
• Proteger a ferida
• Prevenir a infecção
• Fazer compressão, absorver secreções
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PRINCÍPIOS PARA O CURATIVO IDEAL TURNER – 1982
Manter elevada umidade entre a ferida e o curativo
Remover excesso de exsudação 
Permitir troca gasosa 
Fornecer isolamento térmico 
Ser impermeável à bactérias 
Ser asséptico 
Permitir a remoção sem traumas 
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TIPOS DE CURATIVOS
HIDROCOLÓIDE 
Coberturas impermeáveis a água e as bactérias e isolam o leito da ferida ao meio externo. 
Indicação - lesões não infectadas com pouca ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões cirúrgicas
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Modo de usar :
 irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar hidrocolóide e fixar o curativo à pele.
Observações :
 não deve ser utilizado para feridas infectadas , podendo ficar até 7 dias.
Mecanismo de ação :
 promove barreira protetora, isolamento térmico, meio úmido, prevenindo o ressecamento, desbridamento autolítico, granulação e epitelização.
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HIDROGEL
Gel transparente, disponível em forma de placa e gel e requer a utilização de cobertura secundária.
Reduzem significativamente a dor, dando uma sensação refrescante, pela elevada umidade que evita a desidratação das terminações nervosas. 
Esse ambiente ajuda
na autólise, ou seja amolece e hidrata tecidos desvitalizados, facilitando sua remoção. 
Em feridas livres de tecidos desvitalizados, propicia o meio ideal para a reparação tecidual.
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São indicadas em feridas com perda tecidual parcial ou profunda, feridas com tecido necrótico, áreas doadoras de pele, queimaduras de primeiro e segundo grau, dermoabrasões e úlceras.
Devido a reduzida capacidade de absorção, é contra indicada em feridas exsudativas.
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ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO
Tipos de Curativo
Composição: 80 % íon cálcio + 20 % íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de algas marinhas)‏
As fibras de alginatos transformam em um gel suave e hidrófilo a medida que o curativo vai absorvendo a exsudação
Ação: Hemostasia, Debridamento, Grande absorção exsudato / Umidade formação de gel)‏
Indicado para feridas com alta ou moderada exsudação e necessita de cobertura secundaria com gaze e fita adesiva.
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FILMES TRANSPARENTES
Composição: Filme de Poliuretano, aderente (adesivo), transparente, elástico e semi-permeável
Ação: Umidade e impermeável a fluidos 
Observação: Pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias. Não deve ser utilizada em ferida infectada.
Tipos de Curativo
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CARVÃO ATIVADO E PRATA
Composição: Carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro bordas
Ação: Absorve exsudato / Absorve os micro- organismos / Filtra odor / Bactericida (prata)‏
Indicação: Feridas infectadas e exsudativas
Contra-indicação: Feridas limpas com baixo exsudato e em presença de osso e tendão
Observação: Não pode ser cortado.
Tipos de Curativo
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 ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL (AGE)‏
Composição: Óleo vegetal composto por ácidos linoleico, caprílico, cáprico, vitaminas A, E e lecitina de soja
Ação: promove regeneração dos tecidos, acelerando o processo de cicatrização 
Indicação: Prevenção e tratamento de úlceras / Tratamento de feridas abertas
Contra-indicação: Alergia
Observação: Pode ser associado a outras coberturas
Tipos de Curativo
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CURATIVO
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INVESTIGAÇÃO
A investigação deve enfocar os seguintes tópicos:
A prescrição médica e/ou de enfermagem;
O tipo e a localização da ferida;
O horário da última troca;
Alergias do paciente.
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CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
 Trocas de curativos são frequentemente dolorosas: 
avaliar a necessidade relativa à dor e medicar o paciente 30 minutos antes do início do procedimento;
	Os pacientes geriátrico e pediátrico são freqüentemente imunodeprimidos e têm uma baixa resistência, sendo necessária uma estrita assepsia para minimizar a exposição aos microrganismos.
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CURATIVO ÚMIDO
 Curativo úmido: - protege as terminações nervosas superficiais, reduzindo a dor, - acelera o processo cicatricial, - previne a desidratação tecidual e a morte celular, - promove necrólise e fibrinólise.
CURATIVO SECO:
O curativo seco é recomendado em feridas cirúrgicas limpas, com sutura direta. 
A troca é, geralmente, diária, até a retirada dos pontos.
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MATERIAL
Bandeja; 
Pacote de curativos contendo:
 uma pinça e duas pinçasanatômicas (uma com dentes e outra sem) ou luvas estéreis
Gazes ou compressas estéreis
Soro fisiológico (125ml)‏
Solução recomendada
ou cobertura indicada
Fita adesiva
Atadura se necessário
Bacia ou cuba rim esterilizada SN
Saco para lixo
Algodão embebido em álcool 70%;
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IMPLEMENTAÇÃO
 Lavar as mãos e organizar o material;
*Reduzir a transmissão de microrganismo.
 Explicar o procedimento ao paciente e dar assistência às suas necessidades;
*Diminuir a ansiedade;
*Promover a cooperação.
- Avaliar o nível de dor do paciente com uso de medicação e esperar que a medicação faça efeito antes de começar, quando necessário;
*Diminuir o desconforto da troca de curativos.
 
*
IMPLEMENTAÇÃO
 Colocar a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo;
*Facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis.
 Colocar o material na mesa ao lado da cama;
*Promover a rápida troca de curativo.
 Saco de lixo ao lado da cama;
*Facilitar a eliminação do material contaminado.
 
*
IMPLEMENTAÇÃO
 Abrir o pacote de curativo;
 Abrir mais pacotes de gazes;
*Se o curativo for muito grande.
Colocar a agulha no frasco de solução salina, previamente aquecida à temperatura corporal;
Calçar as luvas de procedimentos;
Retirar a fita adesiva, puxando em direção à ferida e remover o curativo sujo.
*Permite visualizar a área da ferida e do curativo e também a exposição para a limpeza. 
*
IMPLEMENTAÇÃO
 
MOLHAR O CURATIVO COM SOLUÇÃO SALINA, SE ESTIVER ADERIDO Á FERIDA, ENTÃO PUXAR SUAVEMENTE;
Colocar o curativo no saco de lixo;
Colocar a cuba rim abaixo da ferida;
Lavar a ferida com jato de soro morno;
*Para fazer a limpeza da ferida sem retirar áreas já regeneradas.
*
IMPLEMENTAÇÃO
Pegar a pinça e fazer uma torunda de gaze;
Passar a gaze, em áreas que não tenha tecido de granulação, trocando a gaze sempre que necessário;
*Prevenir a contaminação da ferida por microrganismos.
Usar medicação, pomada, óleo, recomendado pelo médico ou enfermeiro;
*Seguir a prescrição de enfermagem ou médica.
*
IMPLEMENTAÇÃO
- Colocar as gazes sobre a área da ferida ou incisão até que a área esteja completamente coberta;
*Prevenir a contaminação do curativo ou ferida.
Fixar o curativo com fita adesiva;
- Dispensar as luvas, os materiais e guardá-los apropriadamente;
*Manter o ambiente organizado.
*
IMPLEMENTAÇÃO
Posicionar o paciente com conforto;
- Lavar as mãos;
*Diminuir a expansão de microrganismos.
*
DOCUMENTAÇÃO 
Deve ser anotado no prontuário do paciente:
A localização e o tipo da ferida ou da incisão;
O estado do curativo anterior;
O estado da área da ferida/incisão;
A solução e os medicamentos aplicados na ferida;
As observações feitas pelo paciente;
A tolerância do paciente ao procedimento.
*
PROCEDIMENTO:
Lavar as mãos
Reunir o material e levá-lo ao leito do pte
Explicar ao paciente o que será feito
 Manter a privacidade do paciente, expondo apenas a área a ser tratada
 Abrir o pacote de curativo (técnica asséptica)‏
 Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo
Colocar gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril
Furar o SF 0,9% 125ml (morno) com agulha 40x12 (ferida aberta)
*
 Calçar luvas de procedimento se houver risco de contato com sangue e fluídos;
Remover o curativo utilizando a pinça com dentes, desprezando-a na borda do campo;
Limpar a ferida com jato de SF 0,9% morno;
Remover tecido desvitalizado, com o cuidado de não agredir o tecido de granulação;
*
Manter o leito da ferida úmido (ferida aberta) e secar a pele ao redor da mesma
Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem
 Lavar as mãos
 Anotar no prontuário as características da ferida (evolução de enfermagem)‏
 Tipos de CURATIVOS:
Ferida operatória fechada
Drenos (tórax, penrose, sucção, etc.)‏
 Cateteres (subclávia, flebotomia, etc)‏
 Colostomia
 Ocular
*
*
PROCEDIMENTOS PRÁTICOS
CURATIVO DE FERIDAS SIMPLES E LIMPAS
Lavar as mãos para evitar infecção
Explicar o procedimento ao paciente e familiares, para assegurar sua tranquilidade 
Reunir todo o material em uma bandeja auxiliar 
Fechar a porta para diminuir corrente de ar 
Colocar o paciente em posição adequada 
Manipulação do pacote de curativo com técnica asséptica, incluindo a utilização de luvas 
Remover o curativo antigo com pinça dente de rato 
*
Fazer a limpeza da incisão com pinça de Kelly com gaze umedecida em soro fisiológico, com movimentos semi-circulares, de dentro para fora, de cima para baixo, utilizando-se as duas faces da gaze, sem voltar ao início da incisão 
Secar a incisão de cima para baixo
Secar as laterais da incisão de cima para baixo 
Colocar medicamentos de cima para baixo, nunca voltando a gaze onde já passou 
Retirar o excesso de medicação 
Curativo quando necessário ou prescrito
Lavar as mãos 
Recolher o material 
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CURATIVO DE FERIDAS ABERTAS OU INFECTADAS
 As diferenças básicas, podem ser assim resumidas:
Os curativos de ferida aberta, independente do seu aspecto, serão sempre realizados conforme a técnica de curativo contaminado, ou seja, de fora para dentro.
Para curativos contaminados com secreção, principalmente em membros, colocar uma bacia na área a ser tratada, lavando-a com soro fisiológico a 0,9%. 
Quando houver necessidade de troca de vários curativos em um mesmo paciente, deverá iniciar pelos de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, depois os de ferida infectada, e por último as colostomias e fístulas em geral 
Utilizar máscaras, aventais e luvas esterilizadas. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atkinson L. D., Murray M. E.: Fundamentos de enfermagem: introdução ao processo de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
Candido L.C.: Tratamento Tópico e Cirúrgico de Úlcera Neuropática – “Pé Diabético” . In: Abstract Compact Disc do IV Congresso Brasileiro de Estomaterapia e I Congresso Brasileiro de Enfermagem em Dermatologia, São Paulo (SP), 2001.
Declair V.: Aplicação de Triglicérides de Cadeia Média (TCM) na Prevenção de Úlceras de Decúbito. Res.Bras.Enf, 8a:4-6, 1994-A. 
Smetzer S.C., Bare B.G.: Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
*
Responsabilidade de Todo Mundo,
Alguém deve se responsabilizar, Qualquer Um pode ser o responsável
Mas Ninguém trabalha sozinho !
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Drenos
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