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Glossário Básico de Teoria Evolutiva

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Glossário Básico de Teoria Evolutiva:
 SELEÇÃO NATURAL: É o motor da mudança evolutiva, sendo definida como sucesso reprodutivo diferencial, ou seja, “as espécies mais aptas deixam maior descendência ao longo da vida”. A seleção natural depende de três pressupostos: a) os membros de uma espécie são diferentes entre si e a variabilidade é hereditária; b) todos os organismos geram mais descendentes que podem sobreviver, pois os recursos são finitos; e c) os descendentes que sobrevivem tendem a ter fisiologia e comportamento melhor adaptados às demandas do ambiente. Assim, o sucesso reprodutivo diferencial constitui-se na maior possibilidade de sobrevivência da descendência que acumulou mudanças frente a variações ecossistêmicas. A seleção natural positiva gera adaptação a mudanças no meio a cada nova geração. A extinção, por sua vez, seria o produto de uma seleção natural negativa frente às mudanças do meio.
 MICRO-EVOLUÇÃO: É o grau de variação intra-específica, através de seleção natural, baseada em pequenas transformações acumuladas ao longo do tempo. É resultado de adaptação ou isolamento geográfico, mas não quebra a unidade reprodutiva de uma espécie.
MACRO-EVOLUÇÃO: É o acúmulo de processos micro-evolutivos que gera uma nova espécie por quebra da unidade reprodutiva anterior.
ESPÉCIE: O conceito biológico de espécie foi definido por Ernest Mayr, em 1942, como “grupos de populações, real ou potencialmente intercruzáveis, que são reprodutivamente isoladas de grupos semelhantes”. Uma espécie, portanto, forma uma comunidade reprodutiva que produz descendência fértil. No entanto, os membros de uma mesma espécie não apresentam necessariamente homogeneidade física. Devido a estas questões, em 1983, Joel Cracraft define o conceito filogenético de espécie, como “menor agrupamento identificável de organismos individuais em um padrão parental de descendência e ancestralidade”, frisando a relação evolutiva entre os membros de uma mesma espécie.
 COMO SURGEM NOVAS ESPÉCIES? Novas espécies surgem a partir do acúmulo de diferenças micro-evolutivas ao longo do tempo, produzindo isolamento reprodutivo através de dois processos: a) anagênese ou transformação = quando uma espécie descendente evolui de outra ancestral; e b) cladogênese ou especiação = quando duas ou mais espécies descendentes evoluem a partir de uma população ancestral.
RADIAÇÃO ADAPTATIVA: É o resultado de cladogênese ou especiação gerada por um padrão de inovação adaptativa que produz vantagens reprodutivas às condições imediatas do meio (favorece a seleção natural). Ex.: penas para locomoção aérea das aves, gestação plancetária para os mamíferos, locomoção bípede para os hominídeos. A radiação adaptativa aumenta o número de espécies que passam a co-existir e competir ao longo do tempo, porém ocorre por um processo oportunístico, sendo provável acontecer em casos de exploração de novos nichos ecológicos (mudanças ambientais bruscas) ou depois de episódios de extinção em massa, que abrem novas possibilidades de exploração do ambiente para espécies periféricas. Ex: extinção dos grandes répteis que marcam o fim do Mesozóico gerou as condições para a radiação adaptativa das aves e mamíferos no Cenozóico. No processo evolutivo, através de especiação surgem novas espécies e em função da seleção natural (sucesso reprodutivo diferencial) a radiação adaptativa multiplica as novas tendências adaptativas.
QUAIS MECANISMOS CONDUZEM AO SURGIMENTO DE NOVAS ESPÉCIES? O isolamento reprodutivo pode ser gerado por dois processos: a) especiação alopátrica (“em outro lugar”) = quando a radiação adaptativa está relacionada à ocupação de novos nichos ecológicos ou espaços geográficos, distintos daqueles explorados pela espécie ancestral. Ocorre em pequenas populações isoladas ou periféricas, onde a variabilidade genética é menor, originando novas comunidades reprodutivas em relação à população original. Ex: Radiação adaptativa dos Australopitecus relacionada à exploração dos ambientes em mosaico do leste da África no Mioceno. b) especiação simpática (“no mesmo local”) = quando a radiação adaptativa está relacionada à exploração diferencial do mesmo nicho ecológico ocupado pela população ancestral. Ex: Radiação adaptativa do gênero Homo a partir da incorporação de carne à dieta, através da tecnologia lítica.
MUTAÇÃO = De acordo com a premissa definida por Gregor Mendel, “as características físicas são determinadas por fatores estáveis de herança” (os genes paternos e maternos). Os alelos são as variantes de cada gene, podendo ser dominantes ou recessivos. Uma mutação é definida como uma “mudança na freqüência de certos alelos em uma dada população”. Portanto, não há relação direta entre mutação e mudança fenotípica pré-determinada, já que o processo de mutações é regido pelo acaso (deriva genética) e a seleção natural determina a exclusão ou potencialização de novos padrões mutacionais. Desta forma, populações com alto fluxo gênico (intercruzamento) têm perfil genético mais homogênio, já populações com distribuição geográfica mais limitada tendem a ter um perfil genético próprio (populações politípicas), estando mais sujeitas a processos micro-evolutivos.
FONTE: LEWIN, Roger. Evolução Humana. São Paulo: Atheneu Editora, 1999.

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