Buscar

Inflação e seus Impactos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFLAÇÃO 
Conceito: perda do poder de compra da moeda. Desvalorização; não é a causa, mas o reflexo 
da desvalorização da moeda. 
Banco Central é o principal fator para controlar a inflação. Ele pode ser independente ou não 
independente do Governo. 
BC não independente: fraco para combater a inflação, pois, por ser não independente, os 
cargos não estão assegurados, podendo haver demissões a qualquer hora. Dessa forma, gera 
um medo ao banco por conta das altas críticas que acarretaria e isso geraria a demissão dos 
cargos diretivos. Com isso, o banco pega mais leve no combate à inflação. 
BC independente: praticamente tudo igual ao banco não independente, com apenas uma 
diferença: há uma lei que diz que os diretores e cargos altos têm um mandato e não pode ser 
demitido durante o exercício desse mandato. Dessa forma, não há o medo de “jogar duro” no 
combate à inflação, pois os cargos estão assegurados por lei, independente das críticas a que 
venha ocorrer. 
Verdades e mentiras sobre essa polêmica 
BC do Brasil: não é independente, pois não tem a lei. Entretanto, no período Lula, todo mundo 
achava que o BC era independente, pois o então presidente “blindou” Henrique Meireles no 
combate à inflação, dando independência ao Ministro mesmo sem haver a lei. Ou seja, é 
possível haver um BC independente mesmo em uma política não independente, de forma 
informal. 
BC Americano (FED): Independente. Entretanto, quando há uma crise forte, o BC tende a 
“colar” no governo e deixam a independência um pouco para trás. Ex: na crise de 2008. 
BC Europeu: independência real. Sofre muita pressão política, pois cuida da moeda de vários 
países (euro). 
IMPACTOS DA INFLAÇÃO 
Concentra a renda. Ou seja, ricos ficam mais ricos, pobre ficam mais pobres. 
Obs: os ricos não ficam mais ricos em termos de aumento da sua riqueza propriamente dita, 
mas empobrecem muito mais lentamente em comparação aos pobres, que perdem seu poder 
aquisitivo de forma muito rápida. 
Relaciona-se à rigidez dos salários perante a subida de preço. Ou seja, a inflação afeta mais 
quem tem rigidez de salário, pois há a dificuldade de acompanhar a inflação, visto que o salário 
é corrigido anualmente, entretanto, em tempos de alta inflação, os preços sobem diariamente. 
De toda forma, há os casos de rigidez de salário de uma elite, no caso de cargos altos de 
governo, como juízes, desembargadores, procuradores, etc., que não sofrem tanto com a 
inflação, porém essa classe se restringe a uma minoria. 
Outra razão para a concentração de renda é a bancarização, que consiste na capacidade da 
sociedade de se relacionar com os sistemas bancários (o Brasil é um país bancarizado). Com a 
inflação, aplica-se o dinheiro nos bancos surgindo o que chama-se de “ilusão monetária”. Ex: 
você ganha 10% de juros colocando o seu dinheiro no banco, porém a inflação está a 12%, 
dessa forma você perdeu 2%, entretanto se não tivesse aplicado, perderia os 12% em sua 
totalidade. 
Seguindo por esse raciocínio, quem não é bancarizado – ou seja, a população mais pobre – 
sofre muito, pois não consegue acompanhar a inflação. Dessa forma, perde muito mais rápido 
que os bancarizados. 
Em regra, a inflação é um fenômeno problemático que, normalmente, ocorre em um 
momento economicamente bom. 
TIPOS DE INFLAÇÃO 
- Inflação de demanda: mais comum. É a que ocorre em um momento economicamente bom. 
É a curva de Philips. Quanto maior inflação, menor o desemprego, pois a inflação se dá pelo 
alto poder de compra que a sociedade adquire e esse alto poder de compra é resultado de um 
alto índice de pessoas empregadas. 
Na curva de Philips há o desemprego médio histórico. É o NAIRU, a taxa de desemprego que 
não estimula a inflação. 
A partir daí analisa-se as regiões do gráfico: em uma região atrás do desemprego médio, quer 
dizer que o nível de emprego está acima da média, ou seja, o PIB está crescendo acima da 
média, acarretando em alta demanda, fazendo com que os preços tendam a subir. Para conter 
essa inflação, há a política de contensão de demanda que é um disfarce para a política de 
desemprego. 
Há três formas de exercer essa política: 
- Via política monetária: aumento da taxa de juros. 
- Via política fiscal: aumento dos impostos e redução da demanda. 
- Via política cambial: valorização da taxa de câmbio. 
E em uma região à frente do desemprego médio, quer dizer que há uma baixa demanda, ou 
seja, o desemprego está maior que a média. Dessa forma, a tendência é que os preços fiquem 
instáveis e, então, há a política de estimulo a demanda que é exatamente o oposto das 
políticas acima. 
- Inflação de custos: relativamente comum 
- Inflação inercial: rara.

Outros materiais