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QUEM_É_CRIMINOSO

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QUEM É CRIMINOSO? 
 Teoria de alguns psicanalistas e psicólogos
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Para Adler – O delito tem relação com a extinção ou o debilitamento do sentimento de comunidade e também com o sentimento de superioridade, no qual o delinqüente crê que a vítima é inferior. Tudo isto tem us origem na infância, como por exemplo, uma inferioridade faz que o sujeito busque uma compensação sentindo-se superior, o que se realiza em um deficiente sentimento de comunidade.
Adler classifica as crianças difíceis em passivas (perigosos, indolentes, etc) e crianças ativas (hostis, impacientes, desejosas de poder). Desde a infância pensam que a vida é hostil e buscam satisfazer seus desejos delinqüindo. A superioridade do delinqüente provém também de acreditar que jamais será descoberto. 
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 O ato criminal é a expressão de uma tensão da vida mental, e deve satisfazer necessidades psicológicas, mas também inconscientemente o delinqüente comete erros porque quer comete-los, como auto-traição, já que tem tendências opostas: quer ocultar seu delito, mas também quer mostrá-lo. 
Theodor Reik
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 Alexander e Staub: O homem é inatamente um criminoso. Até o período de latência o homem são e o criminoso seguem o mesmo desenvolvimento, com a diferença que o são, durante a latência, consegue reprimir as tendências criminais, dirigindo-as para um sentido social visando sua adaptação. Ambos autores classificam os criminosos em dois grupos: os neuróticos, cuja etiologia é psicológica e provem de conflitos psíquicos similares às neuroses, e os criminosos normais, de etiologia sociológica, educados através de modelos criminais. Também há um terceiro grupo que é o criminoso de origem orgânica (etiologia biológica) .Para o diagnóstico de criminalidade deve considerar-se a participação do eu consciente e do eu inconsciente no feito delituoso. Assim, teríamos dois tipos de ações criminais: a criminalidade crônica, própria de sujeitos com tendência a delinqüir pela estrutura de seu aparato psíquico, e b) criminalidade acidental: ações realizadas por indivíduos não criminosos em situações extremas ou especiais. 
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Estudou anarquistas famosos, criminosos, e viu que em todos o complexo de Édipo estava ainda em plena evolução, ou seja, delinqüiam como vingança contra a tirania de um progenitor opressor. O delinqüente tende a racionalizar, a atribuir sua ação a causas externas, quando, na realidade, são internas, intrapsíquicas.
Nos delinqüentes genuínos predomina o eu instintivo (id) , no delinqüente neurótico encontramos o eu real fragilizado, e quando a debilidade está no eu social (superego) encontramos um terceiro tipo de delinqüentes: o superego pode criar um sentimento de culpabilidade que o leva a delinqüir como meio de auto-castigar-se por suas tendências incestuosas infantis. 
Sandor Ferenczi
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Para Karl Abraham, os delinqüentes encontram-se fixados na etapa sádico-oral, indivíduos com traços agressivos regidos pelo princípio do prazer, no qual predomina a inveja e a ambivalência. 
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O delinqüente é para Otto Rank, um indivíduo neurótico, uma personalidade dividida, com idéias opostas – o que cria um sentimento de culpa. O delinqüente não pode identificar-se positivamente nem tão pouco permanecer sozinho e separado, porque isto lhe produz um sentimento de inferioridade e culpa. 
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Para Anna Freud, a ausência do pai é fator determinante de certos comportamentos de tendência anti-social da juventude. Muitos adolescentes tornam-se delinqüentes logo depois da morte do pai, As pessoas tendem a repetir o amor e o ódio, a rebeldia e a submissão que experimentaram em sua infância. 
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 Melanie Klein afirma através dos dados obtidos em sua clínica que as crianças que mostram tendências associais e criminosos eram aqueles que mais temiam a vingança de seus pais como castigo por suas fantasias agressivas dirigida a eles. Para estas crianças, comportar-se mal produz um castigo real ao qual, por mais severo que seja, é um reasseguramento em comparação com os ataques assassinos que esperam continuamente de seus pais cruéis. 
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Kate Friedlander estudou a delinqüencia juvenil e classifica as perturbações em três grupos, segundo se devam a um desenvolvimento caracteriológico anti-social, a uma enfermidade orgânica ou a uma psicose. 
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Jacques Lacan considera que as tendências agressivas dos criminosos, seguindo Freud, são verdadeiras fixações sob a pressão de tendências sociais. .É uma fixação narcisista já que o objeto é mais parecido com o próprio sujeito (delinqüente) .
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Vida em sociedade – constrição dos instintos e sua possível realização segundo o Princípio da Realidade 
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Todos os indivíduos trazem, desde o nascimento, tendências e impulsos criminais e anti-sociais que, posteriormente, pela educação são reprimidos ou orientados para outros fins para lograr uma adaptação social (sublimação). Sem dúvida, os impulsos criminais tendem a manifestar-se se há uma debilitação das instâncias inibidoras.

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