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Resumo Area 1 Ciclos

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RESUMO DE PARASITOLOGIA BÁSICA – ÁREA 1
Ascaris lumbricoides
Filo Aschelminthes
É um nematódeo, considerado o mais "cosmopolita" dos parasitos humanos. É a décima sétima causa mundial de morte.											Uma vez fecundadas (1), as fêmeas produzem ovos que são liberados com as fezes para o ambiente (2). No ambiente, ocorre a maturação das larvas no interior do ovo. O desenvolvimento da larva completa-se em até três semanas, quando o ovo passa a ser infectante para o homem (3). Segue-se, então, a  ingestão dos ovos pelo hospedeiro (4). No interior do intestino, as larvas rompem os (5) e penetram na mucosa, seguindo dois caminhos: circulação sanguínea ou migração visceral, ambos até os pulmões (6). Nos pulmões provocam lesões que podem causar manifestações respiratórias, além de febre e eosinofilia (Síndrome de Loefller); dos pulmões, as larvas desenvolvidas migram até a orofaringe para a deglutição (7). Ciclo de LOSS obrigatoriamente passa pelo pulmão.								No trato gastrointestinal, localizam-se principalmente no jejuno, onde há acasalamento de adultos e ovipostura. O período pré-patente é de cinco a sete semanas. Nos pulmões, ocorre bronquite e pneumonite, acompanhada de infiltração eosinofílica, pela presença das larvas jovens em migração. No TGI, pode haver obstrução, torção intestinal e localizações erráticas, como no apêndice. Os sinais e sintomas incluem os da Síndrome de Loeffler, astenia, prurido e coriza nasal, emagrecimento, dor e aumento do volume abdominal.
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Trichuris trichiura
Filo Aschelminthes 
É um nematódeo geralmente associado a infecções pelo Ascaris lumbricoides. O verme adulto é facilmente identificado pela extremidade anterior afilada. Seu tamanho varia de três a cinco centímetros.	Ocorre ingestão dos ovos infectantes, que são larvados (4). Eclodem no intestino e as larvas se desenvolvem nas criptas cecais (5). Há acasalamento e liberação dos ovos (operculados) (6). 			Ingestão → Estômago e intestino delgado: digestão da casca larva, intestino delgado → Intestino grosso: larva evolui no intestino grosso e se instala no septo ou no apêndice (às veses) → Reto → Fezes. Não necessita de ciclo pulmonar. 										Eles ficam mergulhados na mucosa e podem causar reação inflamatória. O período pré-patente é de cinco a sete semanas (30 dias). Não é normal embrionar no intestino, e sim no meio ambiente. A pessoa tem uma infestação de vermes se ingerir mais (eles não se proliferam no intestino). Geo-helminto precisa da terra para embrionar.													Há ação tóxica/irritativa dos tecidos, podendo levar a necroses focais. Em geral a infecção é assintomática, mas pode haver febre, náuseas, dor abdominal e prolapso retal  (grave em crianças com grande número de parasitos).											Alta prevalência em locais quentes e peridomícilio.		
Enterobius vermicularis
Filo Aschelminthes
É um helminto nematódeo de 0,3 a 1,0 cm, conhecido como oxiúros (cauda afilada). Morfologicamente, apresenta como característica do verme adulto um par de asas cefálicas.			Após o acasalamento (4), o macho é eliminado com as fezes (1) e a fêmea adulta se dirige até o ânus para fazer a ovipostura, principalmente à noite (talvez pela temperatura). Com freqüência,  não consegue retornar para a ampola retal, morrendo nesse local. Os ovos maturam rapidamente na pele da região perianal ou no solo, apresentando larvas infectantes (2). Então, os ovos maduros devem ser ingeridos pelo hospedeiro para a continuidade do ciclo. Os ovos ingeridos eclodem no intestino delgado (3). As larvas migram pela mucosa intestinal até o ceco e intestino grosso, onde atingem a maturidade. O período pré-patente é de um a dois meses.										Provocam poucas lesões significativas na mucosa. Na região perianal e períneo, pode haver laceração da pele, com hemorragia, dermatite e infecções secundárias. Localizações ectópicas podem se manifestar como uretrite e vaginite. As manifestações incluem prurido anal intenso, especialmente à noite; náuseas, dor abdominal, emagrecimento, diarréia.			
Wuchereria bancrofti
Filo Aschelminthes
É um nematódeo causador da filariose linfática (elefantíase). O parasito adulto tem de dois a seis centímetros, enquanto as microfilárias possuem de 0,2 a 0,3 mm.						A fêmea do mosquito do gênero Culex ingere a forma microfilária durante a picada da pessoa infectada (4). As microfilárias, na cavidade geral do mosquito (sofrem mudas até larvas infectantes) (5,6,7), dirigem-se para a probóscide (8), rasgando-a e penetrando a pele do hospedeiro por alguma abrasão (1). Atingem a circulação, permanecendo aí até a fase de L5, quando dirigem-se para os linfáticos (2) e começa a liberação de microfilárias, se houver acasalamento (3). Se não, a forma adulta provoca obstrução linfática. O período pré-patente é de um ano.										Pode haver inflamação (linfangites e adenites), derramamento de linfa e hipersensibilidade. Há febre ao entardecer, com pico no início da madrugada. Edema de membros, com ou sem espessamento pronunciado da pele. A elefantíase consiste na obstrução linfática pela presença dos vermes adultos (irreversível) após 10-15 anos de infecção.	
		
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Ancylostoma duodenale 
Filo Aschelminthes
É um dos nematódeos causadores da ancilostomose no homem. Seu tamanho varia de 0,8 a 1,3 cm. Quando eliminados nas fezes são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrintestinal dos hospedeiros. O Ancylostoma duodenale tem bolsa copuladora e cápsula bucal com dois pares de dentes.												Os ovos são liberados no ambiente e tornam-se larvados (1). A larva rabditóide (2) leva por volta de uma semana para tornar-se larva filarióide (3). Esta penetra a pele do homem e o contamina (4). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss) ou por via oral: ingestão, esôfago, estômago e intestino delgado. O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto (5). O período pré-patente varia de cinco a sete semanas.						A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. Nos pulmões, pode haver bronquite/alveolite. O intestino é acometido pela histiofagia e hematofagia dos parasitos. Esta atividade dos vermes adultos pode provocar formação de úlceras intestinais, anemia microcítica e hipocrômica e até hipoproteinemia. 
Necator americanus 
Filo Aschelminthes
É um dos nematódeos causadores da ancilostomose. Seu tamanho adulto varia de 0,8 a 1,3 cm. O Necator americanus apresenta lâminas na cápsula bucal e o macho possui bolsa copuladora na região posterior. 													Quando eliminados nas fezes, são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrointestinal do hospedeiro. 										Ciclo biológico semelhante ao do Ancylostoma duodenale exceto por não apresentar infecção via oral.		 												Assim como o ciclo biológico (na realidade por causa dele), a sintomatologia também é semelhante.		
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Ancylostoma braziliensis / Ancylostoma caninum 
Filo Aschelminthes
Helminto nematódeo causador de ancilostomose animal e inflamação cutânea no homem (larva migrans); é próprio de felídeos e canídeos domésticos ou silvestres. Apresenta cápsula bucal que caracteriza-se por apresentar um par de dentes bem desenvolvidos. Os machos apresentam bolsa copuladora.  O adulto mede de 5 a 10 milímetros de comprimento.						Ao chegarem no ambiente através das fezes, os ovos tornam-se larvados e, após, liberam as larvas rabditóides. Uma vez no solo, a larva rabditóide leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide ou infectante. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente a pele do homem. 				No homem, entretanto, a infecçãofica limitada na maioria dos casos à inflamação da pele, chamada de "bicho-geográfico". Raramente ocorre alguma migração tecidual, não causando doença intestinal.		Nos animais, a infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. Após penetrar a pele dos animais, a  larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças), onde torna-se o verme adulto. O período pré-patente varia de cinco a sete semanas. Nos animais podem provocar bronquite/alveolite, nos pulmões; no intestino a  hisitiofagia e hematofagia provocam erosão da mucosa, levando a formação de úlceras intestinais, seguindo-se anemia microcítica hipocrômica e também hipoproteinemia.
Toxocara canis
Filo Aschelminthes
Helminto nematódeo, causador da toxocaríase (larva migrans visceral). O nematódeo Toxocara canis vive no intestino delgado do cão e de canídeos selvagens. O parasito adulto mede de 4 a 18 cm, e é caracterizado pela presença de asa cefálica.									Os ovos embrionados, quando ingeridos pelo homem, liberam no intestino delgado as larvas, que invadem a mucosa e ganham a circulação, sendo levadas ao fígado, coração e depois pulmões; lesam, além desses órgãos, cérebro, olhos e linfonodos. A lesão típica é o granuloma alérgico. A incubação dura de semanas a meses. Larvas migram pelos tecidos sem sofrer mudas.						Manifesta-se comumente em crianças por sintomas inespecíficos, podendo ocorrer febre, eosinofilia, leucocitose, manifestações pulmonares, cardíacas, hepatomegalia, lesões cerebrais, síndrome de Loeffler (tosse, febre, infiltrado pulmonar e eosinofilia). O diagnóstico é feito por dados laboratoriais e provas imunológicas (imunofluorescência, ELISA).									A prevenção consiste em tratar os animais domésticos, dar destino adequado às fezes desses, cuidados com crianças em bancos de areia que podem conter fezes de animais domésticos.
Strongyloides stercoralis
Filo Aschelminthes
É o menor dos nematódeos que parasitam o homem em nosso meio (2 a 3 mm, quando parasitando o intestino humano).												Os ovos são eliminados nas fezes da pessoa contaminada, mas a eclosão e liberação das larvas é muito rápida, podendo haver auto-infecção (10). As larvas liberadas são rabditóides (1), podendo tornar-se larvas filarióides (10) e fazer a penetração na mucosa intestinal, ainda no intestino do homem (7). Em seguida, iniciam o ciclo de Looss até o duodeno (ciclo direto por autoinfecção) onde a única forma adulta parasitária é a fêmea partenogenética (8). No entanto, as larvas rabditóides podem ser eliminadas com as fezes, transformarem-se em filarióides no ambiente e infectarem o homem por penetração cutânea e realizarem o ciclo de Loess (ciclo direto com infecção externa) (6). As larvas rabditóides no ambiente também podem transformar-se em machos ou fêmeas adultos de vida livre (2), realizando vários ciclos no solo até produzirem larvas filarióides(3,4,5) de penetração cutânea (ciclo indireto) (6). O período pré-patente é de quinze a vinte e cinco dias.										A penetração cutânea pode causar inflamação local e hipersensibilidade após várias infecções. Pode haver Síndrome de Loeffler, caracterizada por bronquite/pneumonite e eosinofilia. No intestino, ocorre inflamação da mucosa, mais severa em indivíduos imunocomprometidos. Os parasitos podem perfurar a parede intestinal e localizarem-se em sítios ectópicos, assim como causar peritonite.	
	Autoinfecção interna: pessoas que não fazem o tratamento para a AIDS. Várias penetrações na mucosa intestinal (oportunistas). Também acontece em pessoas que fazem uso de corticóides: o hormônio é semelhante ao hormônio natural da larva e que	a faz evoluir. Pessoas imunodeprimidas tem tendência a ocorrer isso, assim como pessoas constipadas (fezes muito tempo paradas fazem com que as larvas evoluam).
	Autoinfecção externa: evolução de larvas na região perianal. Pesssoas sem higiene ou bebês cujas fraldas sujas não são tocadas.											Possui distribuição mundial, acompanhando os ancilostomídeos, mas sempre em menor incidência.				
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Taenia solium / Taenia saginata
Filo Platyhelminthes
É um cestódeo causador da teníase. O adulto não possui ganchos no escólex, apenas ventosas. Possui mais de um metro e meio de comprimento, podendo atingir até doze metros.				Morfologia: A T. saginata e T. solium apresentam corpo achatado, dorsoventralmente em forma de fita, dividido em escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo ou corpo. São de cor branca leitosa com a extremidade anterior bastante afilada de difícil visualização.
Escólex: pequena dilatação situada na extremidade anterior, funcionando como órgão de fixação do
cestódeo à mucosa do intestino delgado humano. Apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular, arredondadas e proeminentes. A T. solium possui o escólex globuloso com um rostelo ou rostro situado em posição central, entre as ventosas, armado com dupla fileira de acúleos, 25 a 50, em formato de foice. A T. saginata tem o escólex inerme, sem rostelo e acúleos.
Colo: é a zona de crescimento do parasito ou de formação das proglotes.
Estróbilo: é o restante do corpo do parasito. Inicia-se logo após o colo, observando-se diferenciação tissular que permite o reconhecimento de órgãos internos, ou da segmentação do estróbilo. Cada segmento formado denomina-se proglote ou anel, podendo ter de 800 a 1.000 e atingir 3 metros na T. solium, ou mais de 1.000, atingindo até 8 metros na T. saginata. A estrobilização é progressiva, ou seja, a medida que cresce o colo, vai ocorrendo a delimitação das proglotes e cada uma delas inicia a formação dos seus órgãos. Assim, quanto mais afastado do escólex, mais evoluídas são as proglotes. Após fixação e coloração, podem ser visualizados os órgãos genitais masculinos e femininos, demonstrando ser a tênia hermafrodita.
As proglotes são subdivididas em jovens, maduras e grávidas e têm a sua individualidade reprodutiva e alimentar. As jovens são mais curtas do que largas e já apresentam o início do desenvolvimento dos órgãos genitais. A proglote madura possui os órgãos reprodutores completos e aptos para a fecundação. As situadas mais distantes do escólex, as proglotes grávidas, são mais compridas do que largas e internamente os órgãos reprodutores vão sofrendo involução enquanto o útero se ramifica cada vez mais, ficando repleto de ovos. A proglote grávida de T. solium é quadrangular, e o útero formado por 12 pares de ramificações do tipo dendrítico, contendo até 80 mil ovos, enquanto a de T.saginata é retangular, apresentando no máximo 26 ramificações uterinas do tipo dicotômico, contendo até 160 mil ovos. Entretanto, apenas 50% dos ovos são maduros e férteis. Essas proglotes sofrem apólise, ou seja, desprendem-se espontaneamente do estróbilo. Em T. solium, são eliminados passivamente com as fezes de três a seis anéis unidos, enquanto em T. saginata as proglotes se destacam separadamente, podendo se deslocar ativamente, graças a sua musculatura robusta, contaminando a roupa íntima do hospedeiro. 
Cisticerco: o cisticerco da T. solium é constituído de uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo invaginado no seu interior um escólex com quatro ventosas, rostelo e colo. O cisticerco da T. saginata apresenta a mesma morfologia diferindo apenas pela ausência do rostelo. A parede da vesícula dos cisticercos é composta por três membranas: cuticular ou externa, uma celular ou intermediária e uma reticular ou interna. Estas larvas podem atingir até 12mm de comprimento, após quatro meses de infecção. No sistema nervoso central humano, o cisticerco pode se manter viável por vários anos.	
	Há eliminação de proglotes nas fezes da pessoa contaminada, cada uma possuindo de vinte a setenta mil ovos (1). O hospedeiro intermediário (boi ou porco) ingere os ovos (2) e desenvolve ocisticerco nos músculos (3). Depois, o homem pode ingerir carne contaminada e mal cozida (4), levando ao desenvolvimento da tênia adulta no intestino (5,6). O período pré-patente é de sessenta a setenta dias.	 															�								
Echinococcus granulosus
Filo Platyhelminthes
É um helminto cestódeo, agente da hidatidose. O parasito adulto mede de 3 a 6 mm e está presente apenas no intestino do cão. A larva se encontra no interior dos cistos, que possuem um tamanho de aproximadamente 2 a 5 cm. 											O hospedeiro intermediário (ovelha) ou o acidental (homem) se contamina ao ingerir os ovos liberados no ambiente pelo cão (hospedeiro definitivo, elimina nas fezes os proglotes contendo ovos) (2). Os ovos se rompem no intestino (3) e liberam a larva, que perfura a mucosa e atinge a circulação sangüínea, chegando ao fígado. Em 70% dos casos, forma um cisto nesse local, mas pode invadir o tecido pulmonar ou ainda outros órgãos (4). O ciclo no homem termina com a formação do cisto hidático no fígado e/ou pulmão e não há eliminação de formas de contágio. A contaminação é sempre acidental, do cão para o homem. 		Pode haver compressão dos tecidos pelo crescimento do cisto (cerca de 1 cm por ano, podendo chegar a 10 cm), causando dor abdominal, crises semelhantes à colelitíase e distúrbios digestivos variados. Dentro do cisto encontra-se a areia hidática, formada por escóleces isolados e por fragmentos da membrana prolígera e das vesículas prolígeras. Com frequência, se desenvolve  hipersensibilidade, provocando crises alérgicas e, com a ruptura do cisto e a liberação da areia hidática na circulação, até o choque anafilático.	Esta infecção é mais frequente no Rio Grande do Sul.
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Hymenolepis nana
Filo Platyhelminthes
Helminto cestódeo conhecido como "tênia anã" do homem.						Possui ciclo mais comum do tipo monoxênico, mas pode ter como hospedeiros intermediários alguns insetos (pulgas). Os ovos são a forma infectante, sendo ingeridas pelo homem (4); é comum a transmissão de homem a homem e auto-infecção (9). No intestino (jejuno), as larvas invadem a mucosa e assumem a forma de larva cisticercóide (5); os adultos, que medem de 2 a 4 cm, passam a maturar sexualmente e a formar proglotes (6,7). Os proglotes, contendo ovos (8), são eliminados nas fezes (1).	A infecção se dá por reinfecção externa (comum em crianças) ou interna (ovos não são eliminados e continuam infectantes). 	Infecções moderadas são assintomáticas; as manifestações clínicas comuns em crianças são: anorexia, perda de peso, inquietação, prurido; ocorre ainda eosinofilia variável. Casos mais graves produzem um estado toxêmico. O diagnóstico é feito pela visualização dos ovos nas fezes.				Ciclo monoxêmico: os ovos são eliminados juntamente com as fezes (1) e podem ser ingeridos por alguma criança (4). Ao passarem pelo estômago, os embrióforos são semidigendos pelo suco gástrico; daí chegam ao intestino delgado onde ocorre a eclosão da oncosfera, que penetra nas vilosidades do jejuno ou íleo, dando, em quatro dias, uma larva cisticercóide (5). Dez dias depois a larva está madura, sai da vilosidade, desenvagina-se e fixa-se a mucosa intestinal através do escólex (6). Cerca de 20 dias depois já são vermes adultos (7). Esses possuem uma vida curta, pois cerca de 14 dias depois morrem e são eliminados. Deve ser ressaltado que esse ciclo é o mais frequente e que as larvas cisticercóides, nas vilosidades intestinais, estimulam o sistema imune e conferem a imunidade ativa especifica. → Evolução autoxenia: confere alta imunidade para o indivíduo, pois a larva evolui na intimidade do intestino/tecido (a pessoa que teve uma vez não tem nunca mais).								Ciclo heteroxênico: os ovos presentes no meio externo (1) são ingeridos pelas larvas de algum dos insetos já citados (2). Ao chegarem ao intestino desses hospedeiros intermediários, liberam a oncosfera, que se transforma em larva cisticercóide. A criança pode acidentalmente ingerir um inseto contendo larvas cisticercóides (3) que, ao chegarem ao intestino delgado, desenvaginam-se (5), fixam-se à mucosa (6) e 20 dias depois já são vermes adultos (7). Larvas de insetos (pulgas, caruncho) ingerem o ovo que evolui no inseto. Ao ingerir um alimento com o inseto, a pessoa se infecta. Como há um hospedeiro intermediário, não há evolução por autoxenia e pode piorar o caso, pois não há formação de anticorpos, gerando hiperinfecções.
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Hymenolepis diminuta (tênia do rato)
Helminto cestódeo conhecido como "tênia do rato", infecta comumente roedores e sua forma adulta mede de 10 a 60 cm.												Os ovos se desenvolvem no intestino de artrópodes (principalmente pulgas); os artrópodes são ingeridos pelos ratos (e acidentalmente pelo homem).								A infecção humana é geralmente assintomática, mas pode ocorrer diarréia em crianças.
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Schistosoma mansoni
Filo Platyhelminthes
Helminto trematódeo causador da esquistossomose, popularmente conhecida no Brasil como "Barriga d'água", "Xistose", “Mal do caramujo” ou "Bilharziose". A Esquistossomose é um indicativo sócio-econômico importante, estando relacionada à pobreza. No Brasil, ocorre nas regiões Norte, Nordeste, e no norte das regiões Sudeste e Sul. Há aproximadamente 150 milhões de infectados por esquistossomatídeos no mundo, sendo 5 milhões só no Brasil.									O ciclo é do tipo heteroxênico. O ovo do S. mansoni  mede 150 micrômetros e é eliminado nas fezes do homem (1), sendo a forma diagnóstica de esquistossomose encontrada no Exame Parasitológico de Fezes. Eliminados e alcançando a água, os ovos eclodem originando miracídios (2), que medem 0,15 mm, e vão parasitar o hospedeiro intermediário: um caramujo do gênero Biomphalaria (3). No caramujo, o miracídio se desenvolve, dando origem a cercárias (4,5). Um miracídio pode dar origem a 100.000 cercárias. Na água, as cercárias parasitam o homem, penetrando-lhe a pele (6). Depois da penetração, as cercárias passam a se chamar esquistossômulos (7). Esses ganham a circulação venosa (8), chegam ao pulmão, coração, artérias mesentéricas e sistema porta. A maturação sexual ocorre nesse local após cerca de 30 dias da penetração, originado machos e fêmeas de 1 a 1.5 cm de comprimento (9). Há reprodução e ovipostura (10). Os ovos, após passarem da submucosa para a luz intestinal, são eliminados nas fezes. O tempo entre a penetração cutânea e o aparecimento dos ovos nas fezes é de 3 a 4 semanas.						Na fase aguda da infecção, ocorre a dermatite cercariana (inflamação aguda da pele no local da penetração da cercária). Na fase crônica, ocorre embolia pulmonar; hepatite granulomatosa (infiltrado mononuclear, gigantócitos, eosinófilos) provocada pela presença dos ovos; fibrose do sistema porta, com conseqüente ascite e hepatoesplenomegalia.									Provou-se as medidas de profilaxia são suficientes para controlar tanto a proliferação como a cronificação da doença.
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Dentro do ovo tem uma larva miracídio, que é uma larva aquática. A larva só sai do ovo quando ele entra em contato com a água. Quando ela nada (é recoberta porcílios) procurando o caramujo é atraída pelas secressões dele (quimiocineses). Usa o terebratorium para penetrar o molusco. As 8 primeiras horas são as mais ativas, se não encontrar o molusco, o parasita morre.						O molusco só recebe alguns miracídios senão ele morre de infecção. Um miracídio pode gerar até 1000 cercárias em um molusco. Migram para a região salivar, sendo elimidadas as cercárias (amplificação das larvas: 1 larva miracídica → 100 mil cercárias), último estágio larvário é a formação das cercárias. O molusco as libera na água que é onde a pessoa pode se contaminar apenas por encostar na água.		Cercárias são também larvas aquáticas, porém são apenas infectantes para o homem. Assim como o miracídio, tem as 8h ativas seguidas pela morte se não encontrar o hospedeiro. Penetra o hospedeiro e perde a cauda; a parte que entra chama-se metacercária ou esquistossônulos, que vai para plexo. Crescem nos vasos sanguíneos.	
	Cadamiracídio gera 1000 larvas de apenas 1 sexo. Como o caramujo recebe uns 5 ou 6 miracídios, há uma proporção de 1:1 de machos e fêmeas, por isso somos infectados e o parasita vive acasalado.
Bionphilaria sp. é o H.I.: um caramujo pequeno de concha achatada de ± 3 voltas.
78% dos ovos caem na corrente sanguínea: granuloma pelos ovos: ficam presos na mucosa ou vão para o fígado, pulmões ou cérebro (forma processo inflamatório: substituição de tecido normal por tecido fibrótico); em 22% parasito manda ovos para a luz do intestino ou quando as fezes estão sendo evacuadas rompem o vaso sanguíneo liberando os ovos.
Os problemas da esquistossomose são geralmente hepato-intestinal (granulomas pelos órgãos). Em casos graves a pessoa precisa ter o fígado transplantado para sobreviver.
OBS: Dimorfismo sexual = diferença morfológica entre macho e fêmea (ex: fêmea maior que o macho.	)												Período pré-patente = é o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso.								Período de incubação = é o período decorrente entre o tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos.
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