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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL GABRIELA DOS SANTOS BARBOSA Larva migrans cutânea A larva migrans no homem é uma doença caracterizada por reação inflamatória ao redor ou na esteira de larvas migratórias, mais comumente larvas de nematóides parasitas de outros animais. Na pele a condição é chamada de larva migrans cutânea, popularmente conhecida como bicho geográfico. O ciclo de vida do bicho geográfico se inicia quando animais domésticos, como cães e gatos, ingerem por via oral alimento que contenha Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. O animal infectado elimina os ovos da larva pelas fezes. No solo, o ovo pode encontrar condições favoráveis de temperatura e umidade, chegando a eclodir e liberar a larva do Ancylostoma (larva Rhabdtiforme). Essa larva utiliza nutrientes do solo para se desenvolver e atingir o estágio que provocará a contaminação no humano pela (larga filariforme). Utilizando uma enzima chamada protease, as larvas conseguem penetrar na pele do novo hospedeiro. Elas penetram através dos folículos, fissuras ou pele integra de quem tem contato direto com elas, uma vez no novo hospedeiro animal, a larva é transportada pelo sistema linfático ou venoso até os pulmões, nos pulmões elas chegam na garganta quando são engolidas atingindo sua maturidade sexual no intestino onde botam os seus ovos que são eliminas pelas fezes fechando o ciclo. Os seres humanos são hospedeiros acidentais, neles a larva não consegue penetrar no organismo ficando restrita à pele Sintomas: Coceira intensa que piora à noite; Inchaço; Sensação de movimento debaixo da pele; Linhas vermelhas; O diagnostico é baseado nos sinais característicos que a Larva migrans cutânea deixa na pele e no histórico de cada paciente, além disso deve se levar em consideração os ambientes frequentados e as condições de saneamento relatados pelo paciente. O tratamento é feito através do uso de medicamentos Anti-inflamatórios podem ajudar no controle do inchaço e melhorar o aspecto das lesões. Antibióticos podem ser usados em casos de infecção secundária das lesões. Em casos leves recomendasse a aplicação de gelo sobre a lesão podem diminuir o inchaço e coceira, já em casos graves é indicado o uso de antiparasitários orais ou em pomadas. A profilaxia inclui diversos cuidados, e deve ter a educação em saúde como base, priorizando o uso de calçados e hábitos de higiene adequados; restrição da livre circulação de cães e gatos em áreas públicas como pracinhas, tanques de areia e praias; retirada dos dejetos dos cães nas ruas e no ambiente doméstico; conscientização dos profissionais da saúde sobre a importância do diagnóstico definitivo. REFERENCIAS: Variza, Paula Fassicolo. "Zoonoses provocadas pelo parasita canino ancylostoma caninum." (2012). Reis, Pedro Henrique Borges, et al. "Resolutividade no tratamento de larva migrans por equipe com visão ampliada de saúde: relato de caso." Revista de Saúde 10.1 (2019): 27-31. dos Santos, Thayane Bueno, Catarina Teixeira, and Fernando Lourenço Pereira. "O projeto “Higiene e Saúde na Escola”: reflexões sobre as estratégias de ensino e percepção dos conhecimentos relacionados à higiene e saúde entre estudantes de uma escola UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL GABRIELA DOS SANTOS BARBOSA Larva migrans visceral A larva migrans no homem é uma doença caracterizada por reação inflamatória ao redor ou na esteira de larvas migratórias, mais comumente larvas de nematóides parasitas de outros animais. Larva migrans visceral ou toxocaríase é doença infecciosa, adquirida por ingestão de ovos provenientes dos vermes Toxocara canis e/ou Toxocara cati que infestam cães e gatos; A larva migrans visceral é doença causada por helmintos, Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati, cujos vermes adultos vivem nos tratos intestinais de seus hospedeiros. O ciclo de vida envolve normalmente animais como cães e gatos, os seres humanos são infectados apenas acidentalmente. Os ovos não eliminados da natureza pelas fezes do hospedeiro definitivo e podem ser ingeridos pelo animal de forma direta ou comendo animais contaminados como pequenos mamíferos. Depois que os ovos são ingeridos pelo animal, eclodem no intestino e liberam larvas, as quais penetram na parede intestinal, em animais jovens, as larvas migram através dos pulmões e árvore brônquica. As larvas são tossidas, engolidas em seco e voltam para o intestino delgado, onde amadurecem e se reproduzem. Eliminando os ovos pelas fezes, fechando o ciclo. A mãe infectada também pode transmitir o parasita aos seus filhos pela via transplacentária na gestação ou pelo leite. Os sintomas podem variar dependendo do órgão atingido pelo parasita de modo geral: Febre; Falta de apetite; Mal-estar; Irritabilidade; Dor abdominal. Sintomas relacionados à presença dos vermes no fígado: Hepatite; Lesões nodulares no fígado; Hepatomegalia. Sintomas relacionados à presença dos vermes no pulmões: Falta de ar; Tosse seca; Chiado O diagnóstico é realizado por meio de sorologias, exames de imagem como Tomografias, ressonância e ultrassonografias pode evidenciar lesões hepáticas, pulmonares e neurológicas, lavado bronquial. A maioria dos casos de larva migrans visceral é autolimitada e não exige tratamento, mas, se necessário, pode-se usar: albendazol ou mebendazol para sintomas moderados a graves, possivelmente anti-histamínicos para sintomas leves e corticoides para sintomas graves (MANUAL MSD). A profilaxia da doença está ligada as Boas práticas de higiene, o descarte correto das fezes dos animais de estimação, vermifugação periódica preventiva dos animais de estimação, lavar bem todas as frutas e verduras e cozinhar bem as carnes antes de comer entre outros ações simples e essenciais. REFERENCIA Machado, Alexandre Bortoli e El Achkar, Marice EmanuelaLarva migrans visceral: relato de caso. Anais Brasileiros de Dermatologia [online]
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