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Processo penal – 23/01 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
Art. 2, CPP – A lei processual penal não retroage. Os atos anteriores são válidos. Ela se aplica apenas aos novos atos, de forma imediata, até aos processos em curso.
Não tem nada haver se a lei nova é mais benéfica, pois isso se aplica do direito penal material! 
Exceção: quando se tratar de norma mista, aplica-se o direito penal material, ou seja, se for mais benéfico retroage. Norma mista, é que uma norma tem direito material e direito processual. Nesse caso vai incidir a norma material, a mais benéfica.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
Art. 3, CPP – a lei processual permite interpretação extensiva, aplicação analógica e o suplemento dos princípios gerais do direito.
INQUÉRITO POLICIAL
Art. 4 à 23 + 28, CPP 
Art. 4, CPP - É um procedimento administrativo de investigação, feito pela policia judiciaria, com a finalidade de apurar as infrações penais e a sua autoria, proporcionando a existência de um suporte fático para propositura de uma eventual ação penal.
1) Instauração do I.P. – Art. 5, CPP
a) Crimes de Ação Penal Pública INCONDICIONADA:
O delegado instaura de oficio por meio de portaria.
Por meio de requisição do juiz ou do promotor (requisição é uma ordem). Como regra o delegado é obrigado atender a requisição. Exceção: quando a ordem for manifestamente ilegal. 
Mediante Requerimento do ofendido. (Pode o delegado indeferir o pedido de abertura, cabendo recurso para o chefe de policia).
Auto de prisão em flagrante
ATENÇÃO! Denuncia anônima – não permite a instauração do IP, mas permite a realização de diligencias e a parti delas a instauração do IP.
b) Crimes de ação Penal Pública CONDICIONADA:
Depende da representação do ofendido, ou de seu representante legal. 
Obs: No Jecrim não existe inquérito policial, e passou a ter “termo circunstanciado” para apuração das infrações.
c) Crimes de ação Penal Privada:
Somente pode instaurar mediante requerimento do ofendido.
2) Caracteristicas do I.P.
a) Obrigatório – Ele é obrigatório para a autoridade policial
b) Dispensável – Ele é dispensável para ação penal, ou seja, pode ter ação que tenha tido inquérito. 
c) Inquisitivo – Atenção! Não há contraditório no inquérito policial. Não é obrigatória a presença do advogado no inquérito. Cuidado: a) art. 14, CPP, b) Art. 7, XXI, EAOAB.
O ofendido ou seu representante legal pode requerer fazer alguma diligência, que poderá ou não ser feito.
É direito do advogado assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração. Ou seja, não é obrigatória a presença do advogado, mas se eu quiser ter um advogado, ele tem direito de acompanhar o ato.
d) Sigiloso – O sigilo não se aplica como regra ao advogado, nem ao MP e ao juiz. (sumula vinculante 14 e art. 7, XIV EAOAB). É direito do defensor ter acesso amplo aos elementos de prova que já DOCUMENTADOS em procedimento investigatório.
E ainda que conclusos o adv. tem direito ao acesso aos autos.
e) Escrito -.Os atos da investigação devem ser reduzidos a escrito.
f) Indisponível – O delegado não pode arquivar o IP., somente quem pode dispor é o juiz através de decisão judicial, a requerimento do MP.
3) Desenvolvimento do Inquérito policial
Premissa: As condutas previstas no art. 6, CPP não estão em rol taxativo, e não exigem ordem especifica.
O inquérito não tem uma sequencia determinada, o delegado que vai decidir qual é o ato melhor a ser praticado.
Especial atenção com o inciso X, do art. 6, CPP, que cuida dos filhos da pessoa investigada.
“colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.”
3.1) Reprodução simulada dos fatos – Art. 7, CPP
Conhecido como reconstituição dos fatos. É possível, salvo se violar a moralidade ou a ordem publica. Ex: estão querendo linchar o sujeito.
3.2) Prazo do inquérito policial – 
	 Modalidade
	PRESO
	SOLTO
	Regra geral – art.10
	 10 dias - improrrogável
	30 dias - prorrogável
	Justiça Federal
	15 dias + 15 dias
	30 dias - prorrogável
	Trafico de drogas
	30 dias + 30 dias
	90 dias + 90 dias
Se houver prisão temporária por crime hediondo pode ser 30 dias + 30 dias.
3.3) Incomunicabilidade – Art. 21, CPP
Ela é possível, somente o juiz pode decretar, tendo o prazo máximo de 3 dias, quando há interesse da sociedade ou a conveniência da investigação exigirem. Não pode ser declarada “ex oficio”.
A incomunicabilidade não se aplica ao juiz, MP e ao Advogado, pois tem direito de comunicar com seus clientes preso.
3.4) Identificação criminal – Art. 5, LVIII, CF e art.3 da lei. 12037/09
O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, SALVO nas hipóteses previstas em lei.
Consiste em identificação por foto, datiloscópica (impressão digital) e além disso identificação genética. Só o juiz pode determinar.
4) Final do Inquerito policial
Existe um relatório feito pela autoridade policial, que é encaminhado para o fórum que manda para o MP.
a) Se a ação penal for pública -
O promotor pode: oferecer denúncia, propor o arquivamento, requerer diligencias imprescindíveis ao oferecimento da denuncia.
- O juiz não pode indeferir as diligencias que o MP tiver requerido. Mas se o juiz indeferir, o MP pode entrar com um mandado de segurança.
a.1) Arquivamento – O MP vai propor o arquivamento, que vai ser encaminhado para o juiz. Se o juiz concordar será arquivado. Se o juiz discordar ele aplica o art. 28, CPP e mandará os autos para o procurador-geral (chefe do MP). O procurador-geral pode ele próprio denunciar, insistir no arquivamento, ou designar outro promotor.
MP (arquiva) Juiz Concordar Arquivar
Discordar Procurador Arquivar
 Denunciar
Designar outro promotor
Obs: da decisão do juiz que determina o arquivamento do inquérito a pedido do promotor não cabe recurso. Art. 28, CPP.
b) Se a ação penal for privada – 
Os autos permaneceram em juízo, aguardando a iniciativa do ofendido, para oferecer a queixa.
Obs: Arquivado o inquérito policial, o fato investigado pode ser objeto de ação penal, desde que surjam provas novas (sumula 524, STF) e não esteja extinta a punibilidade.
Processo penal – dia 25/01
AÇÃO PENAL (Art. 24 à 68, CPP)
Ação penal pública:
a) Incondicionada 
b) Condicionada 
b.1) a representação 
b.2) requisição do ministro da justiça
Ação penal privada:
Ação Penal em espécie
1) Lesão corporal leve culposa – ação penal publica condicionada a representação. (Art. 88, L.9099/95)
2) crimes contra a honra – como regra será ação penal privada.
Exceção: sumula 714, STF- Crime conta a honra de funcionário publico em razão do exercício da função – Legitimidade concorrente, ou seja, pode ser privada (ofendido pode propor a queixa crime) ou pode ser publica condicionada a representação (MP com a representação do ofendido). 
Art. 145, CP e art. 140, CP – Injuria racial é um crime de ação penal publica condicionada a representação.
Art. 147, CP – Ameaça – Ação penal publica condicionada a representação. 
Art. 225, CP - Crime de estupro – É de ação penal publica condicionada a representação. Mas há exceções – se a vitima for menor de 18 anos ou se for estupro de vulnerável – Publica incondicionada. 
Obs: Nos casos envolvendo vulnerabilidade transitória a ação penal é publica condicionada a representação, embora o crime seja do 217 – A, CP. (exemplo: embriagues) 
Lei Maria da Penha – Tem que ter uma relação intima de afeto, não se aplica a qualquer caso de agressão contra a mulher, exige relação intima de afeto (ficar, namorar, ser parente, marido).
 - lesão corporal leve ou culposa fora da Maria da Penha – publica condicionada a representação
-lesão corporal leve ou culposa dentro da Maria da Penha – ação penal publica incondicionada. Sumula 542, STJ
- Para todos os demais crimes não muda o tipo de ação penal, esteja na lei Maria da Penha ou não.
Ação Penal Publica
Legitimidade ativda: MP
Veiculo: denúncia, cujo os requisitos estão no art. 41, CPP
Somente nos crimes de autoria coletiva, é que pode ter denuncia genérica (vaga). Exemplo: crime de rixa
Princípios:
Obrigatoriedade / legalidade: o MP tem o dever de oferecer a denuncia, presentes os requisitos legais.
Exceção – no Jecrim nos temos a obrigatoriedade mitigada por causa da transação legal. 
Se pratica um crime de competência no Jecrim, pode ter varias testemunhas, você tem direito a transação penal.
Indisponibilidade – O MP não pode desistir da ação penal, mas pode pedir a absolvição. 
 Divisibilidade – Se o MP pedir a absolvição o juiz pode o juiz condenar.
Se o promotor não oferecer denuncia contra todos não haverá sanção (ver indivisibilidade da ação penal privada).
Representação
É um pedido/ autorização e necessário tanto para o inquérito policial quanto para a ação penal.
legitimado: ofendido ou o seu representante legal.
Prazo: 6 meses a contar conhecimento da autoria – prazo decadência, ou seja, é contado como prazo de direito material. (inclui o inicio, e exclui o do fim).
Retratação da representação: é possível, até o oferecimento da denúncia.
Requisição do ministro da justiça
legitimidade: MJ
Prazo: Não tem prazo decadencial de 6 meses
Não exigem maiores formalidades.
Ação Penal Privada
1) Modalidades:
a) Propriamente dita
b) Personalíssima 
c) subsidiaria da publica
2) Legitimidade:
a) Ativa- ofendido ou seu representante legal.
- se houver morte do ofendido antes do termino do prazo decadencial? Haverá sucessão processual.
CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão). 
Sempre prevalece a vontade positiva, ou seja, a vontade de quem quer processar. Se todos quiserem processar observa-se a sequencia CADE.
3) Veículo: é a queixa crime.
Ela possui os mesmo requisitos da denuncia (art. 41), mas alguns específicos (art. 44), que é a procuração com poderes especiais.
4) Princípios:
a) Oportunidade: só haverá ação penal se o ofendido assim desejar.
b) Disponibilidade: O ofendido pode desistir da ação penal.
(ação penal publica é indisponível)
c) indivisibilidade: a exclusão voluntaria de um dos autores do crime, é causa de extinção da punibilidade em relação a ele extensiva aos demais. (a ação penal possui divisibilidade)
Ou você processa todo mundo ou você não processa ninguém.
Exemplo: Se fizer uma queixa crime (denuncia) contra X, mas vai ser aplicada de forma extensiva a Y e Z. Ou processa todos ou ninguém.
5) Prazo – de 6 meses a contar do conhecimento da autoria.
6) Ação penal privada personalíssima 
Somente a vitima pode propor a ação penal. Não há sucessão processual em caso de morte. Ex: art. 236, CP.
7) Ação penal privada subsidiaria da publica
Em caso de inercia do MP, o ofendido tem 6 meses para propor a queixa crime.
O MP tem o prazo de 5 dias de preso ou 15 dias se solto. A partir desse prazo o ofendido pode oferecer a queixa. Mas depois desse prazo o promotor pode oferecer a denuncia.
Se o MP arquivar dentro do prazo, ai o ofendido não pode apresentar a queixa crime, pois ele não ficou inerte.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1) Morte – Através da certidão de óbito.
No caso de certidão de óbito falsa, o processo voltará a correr.
2) Perempção – Esta prevista no art. 60, CPP.
Não se aplica a ação penal privada subsidiaria da publica.
COMPETÊNCIA 
1) Justiça competente – Especial ou comum.
A especial sempre tem preferência, e nem pensa em comum. Só será comum quando não for especial, tem competência residual.
Possuímos três justiça especial: 
Eleitoral – crimes eleitorais e crimes conexo
Militar – Julga somente os militares
Trabalhista – não julga nenhum crime.
Espécies de justiça comum:
Federal (art. 109, CF) – é o divisor de agua entre a justiça comum e a federal. O que fica dentro do art. 109 é da justiça federal, o que fica fora é da justiça estadual.
Art. 109, IV – crimes políticos; 
- Crimes praticados em detrimento (contra) aos Bens, Interesses e Serviços da União (BIS); 
- Crimes praticados contra autarquias federais
 Exemplo: INSS, BaCen – banco central do Brasil.
 - Empresas Públicas federais – sua composição é 100% publica Exemplo: Caixa econômica federal, correios.
Art. 109, V – Crimes previsto em tratado/convenção internacional e ser transnacional (à distancia/ espaço máximo) é aquele cuja a execução começa em um pais e a consumação ocorra ou devesse ocorrer em outro país, ou seja, afeta dois ou mais países. 
Exemplo: trafico de drogas internacional. A mesma regra se aplica para crime de trafico de pessoas. Sumula 522.
Drogas: RS SP Colômbia
Em SP é apreendido, e a droga não chega a sair do países. Mas a competência é da justiça federal, embora não tenha transposto a droga efetivamente.
Art. 241 – A, ECA – Pornografia infantil. Foto em site (rede aberta) – Tem que ter o tratado + transnacional. É transnacional, pois tem acessibilidade em qualquer lugar do mundo.
Obs: Quando praticado por site ou rede social aberta é de competência federal, pois para ser transnacional basta a possibilidade de acesso fora do país. (A única exceção envolvendo internet, que seria de competência estadual é aquela em que a comunicação tenha sido fechada e entre pessoas que estejam no Brasil).
Art. 109, IX, CF – Crime praticado a bordo:
Navios – grande porte. Se for numa lancha será da justiça comum estadual.
Aeronaves – qualquer tipo de aeronave. Durante o voo, ou quando estiver em solo, basta estar dentro dela.
Estadual – sociedade de economia Mista (tem capital publico e privado). Aonde houver interesse privado é justiça estadual, ainda se houver capital publico federal. Súmula 42, STJ.
Exemplo: Banco do Brasil, Petrobrás.
- Outra hipótese é o caso de contravenção penal, pois são excluídas no art. 109 e sumula 38, STJ.
- Se o crime não for praticado por rede publica, mas em conversa privada, será da justiça estadual, no caso de pornografia infantil.
Obs. Compete ao TRF julgar os juízes federais a ele vinculado, mesmo em caso de contravenção penal. (art.108, I, “a”, CF).
	
2) Tem prerrogativa de função? (Onde será julgado dentro da justiça competente).
Se possuir prerrogativa de função, será julgado diretamente pelo tribunal.
Se o réu for pessoa comum, não possuir prerrogativa de função, será julgado na justiça de primeiro grau. 
Chefes do poder executivo x Parlamentares
	
	Poder Executivo
	Parlamentar
	Federal 
	Presidente – STF 
	Senado/Deputado - STF
	
	
	
	Estadual
	Governador E/DF - STJ
	Deputado E/DF – TJ
	
	
	Quem julga é p TJ com base na constituição dos estados, não está previsto na CF.
	Municipal
	Prefeito – TJ – Estadual 
	Vereador - 1° grau
	
	Se for crime federal – TRF
Se for crime Eleitoral – TER
Sempre será de 2° grau, de qual a justiça for. Sumula 702, STF
	Em regra, o vereador não tem prerrogativa de função, sendo julgado no primeiro grau.
 
PROVAS ILÍCITAS
1) Definição: Art. 157, CPP
É aquela prova obtida com violação de normais de dois tipos (constitucionais ou normas legais). 
a) Violação de normais constitucionais: 
Interceptação das comunicações telefônicas: Art.5, XII, CF - A interceptação está sujeita a denominada cláusula de reserva de jurisdição, ou seja, é reservado ao poder judiciário a competência para autorizar interceptações de comunicações telefônicas. 
Obs: O STF entende que a CPI não tem poderes de autorizar duas medidas que se sujeitam a reserva de jurisdição: Interceptação telefônica e busca domiciliar (Art. 5, XI e XII, CF). Ela só pode exigir sigilo de dados bancários, eleitorais e fiscais.
Só o juiz pode autorizar, e nos casos das hipóteses previstas em lei: Art. 2, da lei 9296/96.Contravenção penal não é cabível e nem crime de detenção.
Só é cabível em crime punido com pena de reclusão, ou seja, crime mais grave.
Exemplo: art. 147, CP – ameaça – detenção de 1m a 6m: não é possível autorizar a interceptação telefônica, pois é pena de detenção.
2) Consequências: 
a) Inadmissibilidade – art.5, LVI, CF- o juiz não pode admitir que ela entre no processo.
Exceção de admissibilidade da prova ilícita – Se a prova ilícita for “pro reo”, ou seja, favorece o réu. Tem como base o principio da proporcionalidade.
b) Desentranhamento - Art. 157, CPP. Se for admitida erradamente, será removida de dentro do processo, vai haver o desentranhamento.
3) Prova derivada da ilícita:
A) Teoria dos frutos da árvore venenosa:
A prova derivada da ilícita é contaminada.
Exemplo: Foi feita uma interceptação sem autorização judicial, se transformando em uma prova ilícita. Não podendo então ser utilizada no processo, ela é inadmissível. 
E se dela surgir outra prova? 
A parte pede para o juiz e requer um mandado judicial, para fazer busca domiciliar, só que o juiz não sabia que a parte tinha conhecimento disso, através de uma prova ilícita (interceptação). Com isso apreende a arma de fogo. (prova derivada). Depois descobrem que houve interceptação telefônica ilícita.
A derivada embora seja perfeita, ela é contaminada pela prova que a deu origem. Art. 157, p.1 CPP. Logo, a arma de fogo será inadmissível, pois a prova derivada da ilícita é contaminada.
PROVAS EM ESPÉCIE
1 - Perícias:
Eles elaboram um laudo pericial, que é feito por peritos. Eles são auxiliares do juízo, devendo ser imparcial igual o juiz. 
Diferente de assistente técnico, que são auxiliares das partes (são naturalmente parcial), que elaboram parecer técnico.
a) Peritos oficiais: Presta concurso publico para ser perito. Art. 159, CPP – a preferencia é dos peritos oficiais. Basta apenas um para elaborar o laudo pericial.
b) Perito não oficiais ou louvados: só recorrem deles na falta dos oficiais. Basta que tenha curso superior (art. 159, p.1, CPP). É necessário no mínimo 2 peritos não oficiais. 
1.1 – Exame de corpo de delito:
E a pericia que tem como finalidade comprovar a existência do crime, ou seja, a materialidade do crime.
Corpo É um vestígio material que você usado para concluir sobre a existência do crime. Se você examinar o vestido (o corpo físico, e não no cadáver) do crime, para concluir a sua existência.
Se a infração deixar vestígio, ela é indispensável a realização do exame do corpo de delito, se tornando obrigatória. Se não fizerem quando for obrigatória, a sanção é a nulidade do processo. Art. 563, III, “b”, CPP.
Desaparecer os vestígios - (Art. 167, CPP) inviabilizando o exame de corpo de delito. A prova testemunhal (prova supletiva) pode suprir o exame de corpo de delito.
Confissão do acusado – (art. 158, CPP) Nunca pode suprir a falta do exame de corpo de delito.
1.2 – Interrogatório do acusado– Art. 185, CPP a 196, CPP.
A) natureza Jurídica: Mista ou hibrida, pois ao mesmo tempo é um meio de prova e ao mesmo tempo é meio de defesa. Ele exerce a chama a autodefesa.
B) Momento: vai designar AIJ – audiência de instrução em julgamento. Art.400, CPP 
Ordem das provas - OTT PARI 
(Ofendido – testemunhas de acusação – testemunha de defesa – Perito – Acareação – Reconhecimento de pessoas ou objeto – Interrogatório do acusado)
Ele é o ultimo a ser ouvido, pois ele só pode se defender se souber o que tem que se defender, se não viola a ampla defesa.
PRISÃO
I- Tipos de prisões: 
1. Prisão pena – decorre da sentença penal condenatória transitada em julgado. Segundo o STF, em prisão já pode ser decretada após condenação sem segunda 2° instancia.
2. Prisão Civil – Só é admitida em caso de devedor voluntario e inescusável de alimentos. Art. 5, CF. Não é mais admitida a prisão do depositário infiel, segundo o ST.
3. Prisão disciplinar – é a prisão que recai sobre o militar que é decretada pelo seu superior. Segundo o art. 142, CF, não admite habeas corpus. 
4. Prisão administrativa – por fins administrativos (exemplo: prisão do estrangeiro em vis de ser expulso).
5. Prisão processual – Importante! É a prisão decretada antes ou durante o processo penal. É a prisão relacionada ao processo penal.
Prisão em flagrante: Art. 301 e ss. CPP.
Hipóteses de flagrante previstas em lei – art. 302, CPP.
Flagrante próprio: o agente esta praticando a ação ou acaba de pratica-la.
Flagrante impróprio: Ou quase flagrante. Logo após a infração, o agente é perseguido e preso. Essa perseguição não tem prazo.
Flagrante ficto ou presumido: Logo depois da infração, o agente é encontrado com algum objeto “comprometedor”. Se o fato não se enquadrar no art. 302, CPP, não haverá flagrante. Exemplo: apresentação espontânea. 
Classificação Flagrante: Art. 301, CPP.
Obrigatório ou facultativo:
Obrigatório: pela autoridade policial e seus agentes.
Facultativo: pode ser feita por qualquer pessoa do povo.
Esperado, forjado ou preparado. 
Esperado: a autoridade aguarda a pratica da infração. É regular. Exemplo: botar uma câmera escondida.
Forjado: A autoridade simula uma situação de flagrante. Autoridade policial que enfia droga no bolso do sujeito. Ele é irregular. 
Preparado: O agente é induzido a praticar a infração. Ele é irregular, por se tratar de crime impossível. Botar uma câmera não é crime preparado.
Flagrante prorrogado ou retardado ou diferido:
Em alguns casos previstos em lei (lei de drogas e de organizações criminosas) a autoridade pode retardar o momento do flagrante, a espera de novos criminosos ou novas provas.
Direitos do preso em flagrante:
Direito de permanecer em silêncio
Não é obrigado a produzir provas contra a si mesmo - Não é obrigado a escrever, doar sangue, não é obrigado a participar da reconstituição do crime.
Direito de se comunicar com a família ou outra pessoa por ele indicada.
Direito de ser assistido por um advogado 
Direito de saber qual a autoridade responsável pela prisão, devendo receber um documento, no máximo em 24hr a partir do flagrante, chamado nota de culpa – informação sobre quem o prendeu e porque o prendeu.
Se o preso não indicar o nome do seu advogado, será comunicado a defensoria publica. 
O juiz será comunicado imediatamente sobre a prisão. 
O juiz possui três opções: 
a) Relaxar o flagrante: Quando o flagrante for irregular.
b) Converter a prisão em prisão preventiva: Quando presentes os requisitos legais. A
c) Conceder liberdade provisória, aplicando ou não medidas cautelares diversas da prisão. É o direito de aguardar o processo em liberdade. 
As medidas cautelares diversas da prisão são (art.319, CPP): 
Quem decreta é o juiz, durante o I.P. ou durante o processo. Podendo aparecer isoladamente essas medidas ou cumulativamente. Se o réu não cumprir o juiz pode aplicar outra, ou converter em outra ou decretar a prisão preventiva. 
Comparecimento periódico em juízo, 
Proibição de se ausentar da comarca, 
Proibição de frequentar determinados lugares, 
Proibição de importunar certas pessoas, 
Recolhimento domiciliar noturno, 
Monitoramento eletrônico, 
Suspensão de atividade profissional ou te função publica;
B. Prisão preventiva: Art. 311 e ss. CPP.
Pode ser decretada durante o I.P ou durante o processo. 
Quem decreta é o juiz:
- De oficio (durante o processo) 
- Requerimento (MP, do querelante, do assistente)
- Representação do delegado
Crimes que admites prisão preventiva: Art. 313, CPP.
- Crimes dolosos, com pena máxima superior a dois anos. Logo, crime culpo não pode! 
Requisitos legais da prisão preventiva: (cumulativos)
- Prova da materialidade e indícios de autoria.
- Uma das seguintes hipóteses:
Garantia da ordem publica – “liberdade perigosa” (em liberdade, o agente continuará a cometer crimes). Clamou publico não justifica a prisão preventiva.
Conveniência da instrução criminal – O réu ameaça testemunhas, destrói provas.
Assegurar a aplicação da lei penal – O réu ameaça a fugir.Quanto tempo dura:
- Enquanto presentes os seus requisitos
C. Prisão temporária: Lei 7960/89. 
É uma prisão destinada a assegurar a investigação criminal. Somente ser decretada durante o inquérito policial.
Quem decreta é o juiz, mediante:
- Requerimento do MP
- Representação do delegado.
- NÃO PODE ter oficio
Tem prazo previsto em lei:
- 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias.
- Se for crime hediondo ou equiparado o prazo é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias.
Processo penal – dia 14/02 
PROCEDIMENTOS
É a sucessão ordenada de atos processuais.
I- Tipos de procedimentos
1. Procedimento comum:
a) Ordinário - Crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos.
b) Sumário - Crimes com pena máximo maior de 2 e menor que 4 anos.
c) Sumaríssimo – Lei 9099/95 – Juizado especial. Infrações de menor potencial ofensivo. São todas as contravenções e os crimes cuja pena máxima não exceda 2 anos.
2. Procedimentos especiais:
a) Júri – Crimes dolosos contra a vida 
b) Crimes funcionais – Crimes praticados por funcionário publico no exercício da função
c) Crimes contra a honra – 
d) Lei de drogas – Lei 11.343/06
1.1 PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – 
Denúncia Recebimento ou Citação Resposta à Absolvição AIJ
Ou queixa rejeição da denúncia acusação Sumária
1°- Denuncia ou Queixa – A denuncia é a petição inicial da ação penal publica, oferecida pelo MP. Já a queixa é a petição inicial da ação penal privada, oferecida pelo querelante (vitima ou representante). 
a) Requisitos (Art. 41, CPP)
Exposição minuciosa dos fatos:
Réu defende dos fatos que lhe são imputados.
Não se admite imputação vaga, lacônica.
Havendo corréus, deve-se descrever a conduta de cada um deles, não podendo fazer uma imputação genérica.
Qualificação do acusado ou seus sinais característicos:
Elemento através dos quais o réu pode ser identificado.
Classificação do crime:
Tem que demonstrar o artigo de lei violado, não bastando dizer o nome de crime, mas colocar o artigo de lei violado.
Obs: Não se admite imputação alternativa (denunciar por um OU outro crime), por violação da ampla defesa.
Rol de testemunhas:
No procedimento ordinário até 8 testemunhas. 
Se a acusação não arrolar as testemunhas? Ocorre preclusão, perda de uma faculdade processual.
Exceção: Surgimento posterior das testemunhas.
2° - Recebimento ou rejeita da denuncia:
- Recebe: Da decisão que recebe a denuncia não cabe recurso, só cabe HC.
- Rejeita: Cabe recurso em sentido estrito - (art. 581, CPP).
Se ocorrer no Jecrim, cabe apelação. (Art. 82, L.9099/95)
a) Hipóteses de rejeição da denuncia: (Art. 395, CPP)
Inépcia da denuncia ou queixa:
Descumprimento dos requisitos legais
Exemplo: uma imputação vaga, lacônica; ou não descreveu a conduta de cada réu, etc.
Falta de um pressuposto processual
Exemplo: Incompetência 
Falta de condição da ação
Exemplo: ilegitimidade de parte (o promotor que ofereceu a denuncia de uma ação penal privada).
Falta de justa causa:
É um mínimo probatório (provas) que vincula o réu a infração.
3°- Citação:
Chamamento de réu para se defender em juízo. Com a citação, a relação processual se completa. 
a) Espécies de citação:
Pessoal – É a regra geral. O réu será citado através do oficial de justiça, que mediante o mandado de citação, o vai entregar a copia daquela queixa.
Se o réu estiver em outra comarca? Mediante carta precatória, e lá será feita a citação;
Se o réu estiver em outro país? Mediante carta rogatória (até o seu cumprimento a prescrição ficará suspensa). 
Se o réu estiver preso? A citação deve ser pessoal.
Se for citado pessoalmente e não comparecer? Ocorre à revelia (o juiz nomeia um defensor, e o processo segue sem a presença do réu). 
Por edital – Ocorre quando o réu esta em local incerto e não sabido.
Obs: essa citação por edital, não existe no Jecrim, sendo vedado, tendo que remeter o processo para o juízo comum.
Se o réu não comparecer: Aqui não é revelia, aplica-se o artigo 366, CPP, que diz que: O juiz suspende o processo e a prescrição, podendo ordenar a produção de provas urgentes e decretar a prisão preventiva, se for o caso.
Com hora certa – Quando o réu se oculta para não ser citado pessoalmente.
Procedimento: O mesmo procedimento do CPC. O oficial de justiça deve tentar citar pessoalmente duas vezes, verificando que o réu esta se ocultando, e marca a citação para o próximo dia útil. Se nesta data o réu não estiver, citar-se-á familiar ou vizinho.
Se o réu não comparecer: revelia, o juiz nomeia um defensor e o processo segue a presença do réu. 
4° - Resposta à acusação: (Art. 396, CPP).
Prazo de 10 dias, a contar da citação (e não da juntada do mandado de citação). 
É uma peça obrigatória, o preso não pode seguir sem ela, sob pena de nulidade.
Se a resposta à acusação não for oferecida, o juiz nomeará defensor para fazê-la em 10 dias.
a) Conteúdo:
Matéria processual: falar de nulidade, incompetência, suspeição do juiz.
Arrolar as testemunhas: A acusação arrola na denuncia ou queixa. O acusado apresenta as suas testemunhas na sua resposta a acusação, no limite de ate 8 testemunhas. 
Se não arrolar ocorrerá preclusão! Salvo se surgimento posterior.
Pedido de absolvição sumária: (art. 397, CPP).
5° Absolvição sumária: (Art. 397, CPP)
a) Hipóteses: 
Fato atípico – Ex: um furto insignificante. – Furto de uma galinha, é furto qualificado, mas furtou apenas uma galinha de uma granja que tem centenas, é insignificante.
Excludente de tipicidade – Ex: legitima defesa
Excludente de culpabilidade, exceto inimputabilidade (segue o processo) – Ex: inexigibilidade de conduta diversa. 
Extinção da punibilidade – Ex: prescrição
O recurso cabível é a APELAÇÃO – Art. 416, CPP.
6º Audiência de Instrução e Julgamento (Art. 400, CPP)
O Juiz tem o prazo de 60 dias para marcar essa audiência. Participará dessa audiência:
- Ofendido
- testemunhas (defesa/acusação)
- perito
- reconhecimento/acareação 
- Interrogatório de réu (é o ultimo a ser ouvido)
Obs: O interrogatório é o ultimo ato da instrução, exceto na lei de drogas, onde ele é o primeiro ato da audiência.
- Debates orais (20min. + 10 min.)
Há 3 hipóteses de conversão dos debates orais em memoriais escritos:
Vários réus
Caso complexo
Surgimento de novas provas 
O prazo dos memoriais - acusação e defesa: 5 dias; juiz: 10 dias.
Diferenças do procedimento ordinário do sumário:
Sumário: Numero de testemunhas – até 5 pessoas (ordinário são 8).
O prazo para audiência é de 30 dias (ordinário 60 dias).
Não há conversão dos debates em memoriais escritos.
1.2 Procedimento Comum Sumaríssimo – Jecrim
Jecrim – Compete as infrações penais de menor potencial ofensivo. (Art. 61, da lei 9099/95).
- Contravenções Penais
- Crimes de pena máxima de até 2 anos.
I – Fase preliminar: (Antes da ação penal)
A) Policial:
- Termo circunstanciado (art. 69, da lei 9099/95). 
B) Judicial:	
1) Tentativa de composição dos danos civil: A vantagem para o autor da infração é que o acordo civil gera automaticamente renúncia aos direitos de representação e de queixa, com a consequente extinção da punibilidade. (Art. 74, P.U, Lei 9099/95)
2) Transação: (art. 76 da lei) O MP propõe aplicação imediata de pena (restritiva de direitos ou de multa), não podendo propor pena privativa de liberdade. O MP propõe uma pena, mas essa proposta tem que ser aceita do autor do fato. A vantagem do autor do fato, é que ele estará evitando a ação penal. 
3) Oferece denuncia ou Queixa oral: queixa é quando a ação penal é privada, e denuncia é oferecida pelo MP, ação penal publica. 
- haverá a citação do réu, e entrará com uma ação penal, designando AIJ.
II – Sumaríssimo: (Ação penal)
O sumaríssimo se resume nessa única audiência (AIJ)
A) AIJ – Audiência de Instrução e Julgamento: Art. 81, da Lei. 
- Defesa preliminar, ou seja, a defesa se manifestará primeiramente.
- Juiz decide se vai receber ou rejeitar a denunciaou queixa. Se for rejeitada, nem instaurada ela foi. Se ele receber, ele passara para Instrução. 
Se o juiz rejeitar, o recurso cabível é apelação, pois é no Jecrim. Se não fosse no Jecrim seria Rese. 
- Instrução: 
A vitima será ouvida; 
Testemunhas (1° acusação – 2° defesa);
Interrogatório do acusado;
- Debates orais: (Igual o rito ordinário) 
Começa a acusação no prazo de 20 minutos, prorrogado por mais 10 min.
Depois a defesa, por igual prazo.
- Sentença
Se houver alguma apelação, não será o tribunal de justiça, mas sim a turma recursal (é formada por 3 juízes de primeiro grau, não tem desembargador) Art. 82, da Lei. 
2.1 PROCEDIMENTO ESPECIAL – Júri
A) Requisitos: Cumulativos.
a. Crimes Dolosos.
b. Contra a vida. (HIPA) 
H- Homicídio – Se for culposo não vai para o júri, tem que ser doloso.
I- Infanticídio
P- Participação em suicídio
A- Aborto. 
Obs: Latrocínio - roubo seguido de morte – é um crime contra o patrimônio, embora atinja a vida. 
Atenção! O que importa é ser doloso e contra a vida, não importando se for consumado ou tentado, mais os conexos. Exemplo: tentativa de homicídio vai para o júri. 
Exemplo de crime conexo: “A” esta estuprando “B”, o policial os pega em flagrante, e “A” mata o policial para ocultar o seu crime de estupro. Nesse caso, o júri vai julgar o homicídio e o estupro, pois foi conexo a essa morte.
1° Fase: Juízo da acusação (admissibilidade)
Ou seja, se há indícios de autoria e prova da materialidade do crime. Ou seja, se tem o mínimo para pensar em condenar o acusado.
O Juiz pode pronunciar no máximo se remetendo aos jurados.
2° Fase: Juízo da Causa (Jurados)
Vão surgir os jurados para decidir o mérito da causa, podendo agora condenar ou absolver o réu. 
1° Fase -> Igual ao Ordinário. (máximo 8 testemunhas)
- Oferecimento de denuncia ou queixa 
- Juiz recebe x rejeita a denúncia ou queixa.
- Se receber, citará o acusado para apresentar a resposta à acusação em 10 dias.
- Designara a AIJ (produzir provas, alegações finais orais, decisão) – Aqui não pode aparecer sentença condenatória no fim da primeira fase. Existe 4 possibilidades de decisões ao final da primeira fase.
Pronúncia: Art. 413, CPP – Reconhece que tem indícios de autoria e prova da materialidade.
Impronúncia: Art. 414, CPP – Não tem os requisitos da pronúncia (indícios de autoria ou prova da materialidade).
Absolvição: absolvição sumária – Ar. 415, CPP – 
I - Quando provada (juízo de certeza) da inexistência do fato. 
II- Quando provada de que o réu não foi autor ou participe (não é falta de prova quanto a autoria, mas sim tenho prova que não foi ele).
III- Atípico
IV- Causas de exclui o crime (falta de ilicitude) ou isenta de pena (falta culpabilidade).
Desclassificação: Art. 419, CPP – Vai entender que o crime não é doloso contra a vida, e vai entender que não é de competência do júri, e remeterá para o juiz competente.
O art. 415, P.U, CPP estabelece como regra geral a proibição de um juiz reconhecer dentro da absolvição sumária, a inimputabilidade por doença mental. Exceção: O juiz poderá reconhecer a doença mental e aplicar a medida de segurança, Já na absolvição sumária, apenas como exceção, e quando a doença mental for a única tese defensiva.
Obs: Qual recurso cabe sobre a primeira fase do Juri? 
Se começar com vogal – Apelação (Impropria, Absolvição).
Se começar com consoante – RESE (Pronúncia, desclassificação). 
2° Fase -> Tribunal do Júri.
Composição do Tribunal do júri: formado por 25 jurados + o juiz presidente. 
É necessário que compareça no mínimo 15 jurados.
O conselho de sentença são apenas 7 jurados.
Processo Penal – dia 21/02/17
RECURSOS
1. Princípios recursais:
A) Unicorrebilidade das decisões: Em regra, contra uma decisão cabe um só recurso. 
Contra uma sentença penal condenatória -> apelação.
Contra uma pronuncia -> RSE
Exceção: É possível que de uma decisão caiba Recurso especial (STJ) + Recurso extraordinário (STF). Uma decisão que fere a lei federal e a constituição federal. 
B) Unicorrebilidade das decisões interlocutórias: Em regra, no processo penal as decisões interlocutórias (decisões que não põe fim ao processo) são irrecorríveis.
Exemplos: Decisão que recebe a denuncia, decisão que decreta prisão preventiva (não cabe recurso)
Exceções: Algumas decisões interlocutórias admitem RSE (recurso em sentido estrito – art. 581, CPP). Como por exemplo, se o juiz revogar a prisão preventiva, sobre decisões relacionadas a fiança.
C) Proibição da “reformatio in pejus” – reformar para pior: O tribunal não poderá agravar a situação do réu em razão de recurso interposto apenas pela defesa.
D) Proibição da “reformatio in pejus indireta”: Se o tribunal anular o processo em razão de recurso interposto apenas pela defesa, no novo julgamento a situação do réu não poderá ser agravada. 
Exemplo: O réu vou condenado há 4 anos, apela e o tribunal anula o processo, o novo julgamento, a pena do réu não poderá ser superior a 4 anos.
2) Efeitos dos recursos:
A) Efeito devolutivo: Todos os recursos têm! Consiste em devolver(entregar) ao tribunal a matéria recorrida.
B) Efeito Suspensivo: Nem todo recurso tem. Consiste em suspender os efeitos da decisão recorrida. 
Exemplo: Apelação contra sentença condenatória de réu primário e de bons antecedente – O réu terá o direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade. 
C) Efeito Regressivo/ iterativo: É a possibilidade do juízo de retratação. (três recursos admitem o juízo de retratação – Recurso em sentido estrito, Agravo em execução, carta testemunhável). Ou seja, pode se retratar, voltar atrás. 
D) Efeito Extensivo: O recurso interposto por um dos réus beneficiará os demais quanto aos aspectos objetivos. (se o tribunal alegar que o fato é atípico, se é atípico para um réu será para os demais réus).
3) Pressupostos recursais:
Requisitos necessários para analise do mérito do recurso. Antes de entrar no mérito do recurso, o tribunal analisa os pressupostos recursais.
Com isso, o tribunal pode reconhece o recurso (dizer que os pressupostos recursas estão presentes) e vai analisar o mérito do recurso (poderá dar provimento ou negar provimento ao recurso). Ou o tribunal pode não reconhecer o recurso (dizer que os pressupostos recursais não estão presentes).
Tempestividade: O recurso tem que ser interposto no prazo correto.
Cabimento: Existência legal do recurso, ou seja, que seja previsto em lei. Exemplo: no processo penal não existe mais agravo retido.
Adequação: deve ser interposto o recurso adequado para atacar cada decisão, ou seja, para cada decisão tem um recurso adequado.
Obs: Existe um principio que atenua o rigor desse pressuposto – principio da fungibilidade recursal - em alguns casos o tribunal pode aceitar o recurso errado como se fosse o recurso correto. Sendo necessário a inexistência de má-fé.
RECURSOS EM ESPÉCIES
1. Apelação: É um recurso feito em duas peças: 
Interposição – (5 dias) Direcionada ao juiz da causa (ao juiz que decidiu “a quo”). Ele pode fazer o juízo de admissibilidade, ou seja, ele examina os pressupostos recursais. Se o juiz denegar a apelação, cabe RSE. 
Razões – (8 dias) Endereçado para o tribunal. 
Exceções quanto ao prazo: 
JEcrim - 10 dias para fazer as duas peças (interposição + razoes). 
Recurso supletivo da vitima quando o MP não recorre – O prazo é de 15 dias a contar da inércia (perda do prazo) do MP;
A) Cabimento:
1°- Contra sentença penal condenatória. 
2°- Contra sentença penal absolutória. (própria – não impõe nenhuma sanção penal, e imprópria – absolve, mas impõe medida de segurança). 
3°- Contra duas decisões da 1°fase da júri. (pronuncia, impronuncia, desclassificação, e absolvição sumária). 
Se começar com vogal – o recurso também começa. Ou seja, da impronuncia e absolvição – apelação; Pronuncia e desclassificação – RSE. 
4° Contra algumas decisões da segunda fase júri. 
- Nulidade do júri (“nulidade posterior a pronuncia”). Exemplo: cerceamento de defesa– o juiz ficou indeferindo todos os pedidos do advogado, uso indevido da algema. (pedido de nulidade + novo júri)
- Erro do juiz presidente. Exemplo: erro na fixação da pena. (Pedido de reforma da decisão)
- Decisões dos jurados manifestamente contraria à prova dos autos. (pedido de novo júri).
2. Recurso em sentido estrito – RSE. 
Também possui duas peças: (igual apelação)
Interposição: (5 dias) para o juiz da causa, para que ele faça o juízo de retratação.
Razões: (2 dias) endereçado para o tribunal.
A) Cabimento: (Art. 581,CPP)
1°- Decisão que rejeita a denuncia. 
2°- Contra a Pronuncia ou desclassificação (uma das primeiras fase do júri).
3°- Denegar a apelação; 
3. Agravo em execução – (Art. 197, LEP).
Cabe contra toda decisão proferida durante a execução da pena. Exemplo: decisão que concede ou nega progressão de regime, decisão que concede ou nega livramento condicional.
O prazo é igual o do RSE: 5 dias para interpor e 2 dias para oferecer as razoes. 
Admite o juízo de retratação, ou seja, o juiz pode voltar atrás.
4. Embargos Infringentes: 
É o único recurso exclusivo da defesa. Seu prazo é de 10 dias. 
- Cabe contra acordão não unanime em apelação, RSE, e agravo em execução. 
Exemplo: o cliente foi condenado a 4 anos de prisão, e recorre. Dois mantem a pena de 4 anos e um reduz para dois anos. Cabe dessa decisão embargos infringentes. 
5. Carta Testemunhável
Admite juízo de retratação. (igual RSE e agravo em execução).
Seu prazo é de 48hr. 
Cabe contra decisão que nega seguimento ao RSE ou agravo em execução. Ou seja, se o juiz não deixa o RSE subir para o tribunal, cabe essa carta. Ela faz subir o recurso para o tribunal.

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