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Código de Nurenberg

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Estudantes: Emanoella Karla
 Gislainy França
 Lucas Vinícius 
 Maria Fernanda
 Thiago Philippe
Código de Nurenberg 
Em 1919, Adolf Hitler e Rudolf Hess criaram o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemã, que logo foi extinto e Hitler e Hess preso. Na prisão Hitler escreveu sua obra Mein Kampf (Minha Luta), onde preconizou a supremacia da raça ariana.
Em sua obra Mein Kampf, Hitler demonstrava profundo conhecimento das premissas da eugênia, entabulada pelo inglês Francis Galton que propôs “a seleção artificial para o aprimoramento da população humana segundo os critérios considerados melhores à época ”. 
Durante a Segunda Guerra alemãs leais ao regime Hitleriano, dentre a maioria médicos, constituíram o SS, Schutzstaffel ou em português “Tropa de Proteção”, era responsável pelas atrocidades tinham como lema: "Meine Ehre heißt Treue" - "Minha honra chama-se lealdade". 
Baseados nesse pensamento Atrocidades de todos os graus foram realizadas 
Símbolo da SS, Schutzstaffel ou em português “Tropa de Proteção”
Eram retirados órgãos de gêmeos siameses, realizadas cirurgia de mudança de sexo, retida de membros, etc.
Judeus eram submetidos à diferença de pressão e ao aquecimento e 
congelamento para avaliar a resistência humana
Além de esterilização com injeções de substâncias químicas ou até mesmo cimento no útero de mulheres, e do lado esquerdo era injetado tinta azul nos olhos dos judeus.
Em 1945, com o término da Segunda Guerra, consciente de certamente a maior catástrofe da história humana houve a necessidade da criação do Estatuto de Nuremberg, pelo Tribunal Militar Internacional, com o objetivo de julgar, punir de modo apropriado e sem tardanças, os grandes criminosos de guerra 
Com Duração de 285 dias, o Tribunal Militar Internacional jugou 23 criminosos de guerra, 20 dos quais eram médicos.
Principais condenados
Karl Gebhardt
Karl Brandt
Wilhelm Beiglboeck
Wolfram Sievers
Adolf Pokorny
Herta Oberheuser
Em 19 de agosto de 1947, após o veredito, incorporando mais quatro pontos aos seis adotados durante o julgamento, foi elaborado um documento que ficou conhecido como o Código de Nuremberg, o documento que pela primeira vez, estabeleceu recomendações internacionais sobre os aspectos éticos envolvidos na pesquisa em seres humanos.
Íntegra: Código de Nuremberg
1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial. Isso significa que as pessoas que serão submetidas ao experimento devem ser legalmente capazes de dar consentimento; essas pessoas devem exercer o livre direito de escolha sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação, astúcia ou outra forma de restrição posterior; devem ter conhecimento suficiente do assunto em estudo para tomarem uma decisão. Esse último aspecto exige que sejam explicados às pessoas a natureza, a duração e o propósito do experimento; os métodos segundo os quais será conduzido; as inconveniências e os riscos esperados; os efeitos sobre a saúde ou sobre a pessoa do participante, que eventualmente possam ocorrer, devido à sua participação no experimento. O dever e a responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento repousam sobre o pesquisador que inicia ou dirige um experimento ou se compromete nele. São deveres e responsabilidades pessoais que não podem ser delegados a outrem impunemente. 
2. O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a sociedade, que não possam ser buscados por outros métodos de estudo, mas não podem ser feitos de maneira casuística ou desnecessariamente. 
3. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação em animais e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo; dessa maneira, os resultados já conhecidos justificam a condição do experimento. 
4. O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo sofrimento e danos desnecessários, quer físicos, quer materiais. 
5. Não deve ser conduzido qualquer experimento quando existirem razões para acreditar que pode ocorrer morte ou invalidez permanente; exceto, talvez, quando o próprio médico pesquisador se submeter ao experimento. 
 
6. O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância do problema que o pesquisador se propõe a resolver. 
7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade de dano, invalidez ou morte, mesmo que remota. 
8. O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas cientificamente qualificadas. 
9. O participante do experimento deve ter a liberdade de se retirar no decorrer do experimento. 
10. O pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos experimentais em qualquer estágio, se ele tiver motivos razoáveis para acreditar que a continuação do experimento provavelmente causará dano, invalidez ou morte para os participantes.
"Juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo o meu poder e minha razão, a promessa que se segue (...) Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda."
Juramento de Hipócrates
Referências Bibliográficas 
RANGEL, T. L. V. Código de Nuremberg: a construção histórica da pesquisa com seres humanos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 105, out 2012. Disponível em: <http://ambito-juridico.com.br/site/?nlink=revistaartigosleitura&artigoid=1 1923>. Acesso em fev 2014. 
DEVENS, G. O Tribunal de Nuremberg: marco nas relações jurídicas e políticas internacionais no século XX. In: UNIVALI – coordenação de monografias, Santa Catarina, nov 2004. http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/nuremberg/mono _devens_tribunal_nuremberg_marco.pdf. Acesso em fev 2014.
RAMOS, L.F.G. Tribunal Internacional de Nuremberg análise histórica e legado jurídico. In: Centro de Ciências Jurídicas Departamento de Direito, Florianópolis, 2009. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/nuremberg/mono_ ramos_tribunal_nuremberg_legado.pdf. Acesso em fev 2014.
Juramento de Hipócrates In: Wikipédia 13 de janeiro de 2014. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Juramento_de_Hip%C3%B3crates Acesso em fev 2014.

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