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Prof. Paulo Ricardo Análise e Teorema de Circuitos Aula 05 Ramos de um Circuito Ramo: caminho direto percorrido por uma corrente elétrica. Contém componente simples como resistores, fontes, capacitores, etc. R1 C1 L1 V1 R2 R3 R4 R5 L2R6 C2 R7 Nós em um Circuito Nó: conexão entre dois ramos, ponto onde a corrente elétrica se divide. Um nó engloba todos os pontos de mesmo potencial. R1 C1 L1 V1 R2 R3 R4 R5 L2R6 C2 R7 Laços em um Circuito Laço: caminho fechado percorrido por uma corrente elétrica. Um circuito pode conter vários laços. R1 C1 L1 V1 R2 R3 R4 R5 L2R6 C2 R7 Malhas em um Circuito Malha: laço que não possui caminhos fechados em seu interior. Um laço pode conter várias malhas. R1 C1 L1 V1 R2 R3 R4 R5 L2R6 C2 R7 Equivalência de Fontes Uma fonte de tensão com uma resistência em série é equivalente a um fonte de corrente com uma resistência em paralelo. I1 R6 IO3 IO4 IO1 R1 V1 IO2𝑉 𝑅 𝑉 𝑅 𝑅 I1 R6 IO3 IO4𝐼 𝑅 IO1 R1 V1 IO2 𝐼𝑅 𝑅 Antes de Prosseguir... Instrumentos de Medição de Corrente e Tensão Voltímetro analógico: Amperímetro analógico: a b + V _ Vab a b I + A _ Instrumentos de Medição de Corrente e Tensão A conexão dos instrumentos em um circuito é normalmente subentendida e, portanto, raramente indicada explicitamente nos diagramas de circuitos eletrônicos. As anotações de valores de correntes e tensões nos diagramas de circuitos são usualmente feitas com sinais + e -. V I R1 A V + _ + _ V I R1 + _ + _ VR1 = R1 I Polaridade real do circuito Polaridade real do instrumento Conexão de Multímetros em Diagramas de Circuitos A corrente indicada no instrumento terá um valor positivo se o sentido indicado pelo amperímetro for o do deslocamento (aparente ou real) de cargas positivas e negativo se o sentido indicado for o do deslocamento de cargas negativas. Se a polaridade do instrumento for usada como referência no diagrama do circuito o sinal indicado no amperímetro corresponde ao sinal do portador de carga que se desloca no sentido indicado no circuito. Desta forma evita-se confusões com conceitos como sentido de corrente eletrônica ou sentido de corrente convencional, pois o instrumento indica o sentido e o sinal do portador de carga que “desloca”. Conexão de Multímetros em Diagramas de Circuitos 1 .5 k R A C É U S M a s A c a b a mA Conexão dos instrumentos VBBR Amperímetro A Voltímetro V 1.5V R 1k5 1.5V -1.0mA O sentido indicado pelo Amperímetro é de deslocamento de cargas negativas Fig.b: Representação esquemática dos instrumentos Leis de Kirchoff e Aplicações e Diversas e Circuitos Elétricos... R1 V1 R2 R4 R3 R5 R6 R7 Lei de Kirchhoff para Correntes LKC “A soma das correntes que entram em um nó é igual a soma das correntes que saem”. I4 I7 I3 I5 I6 I2 I1 𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼3 𝐼2 = 𝐼4 + 𝐼5 + 𝐼6 𝐼7 = 𝐼4 + 𝐼6 Gustav Kirchhoff 1824 - 1887 A ponta da seta indica o sentido da corrente elétrica R1 V1 R2 R4 R3 R5 R6 R7 Lei de Kirchhoff para Tensões LKT “A soma algébrica das tensões em uma malha é igual a zero”. 𝑉𝐹 − 𝑉1 − 𝑉3 = 0 𝑉3 − 𝑉2 − 𝑉5 = 0 𝑉5 − 𝑉4 − 𝑉7 = 0 V1 VF V3 V2 V6 V5 V4 V7 𝑉4 − 𝑉6 = 0 A ponta de seta indica o potencial (+) e o lado oposto o potencial (–) do voltímetro. R1 V1 R2 R4 R3 Aplicação da LKT Circuito simples contendo apenas uma malha. 𝑉𝐹 VF V2 V4 V1 V3 −𝑉1 −𝑉2 −𝑉3 −𝑉4 = 0 I 𝑉𝐹 − 𝑅1𝐼 − 𝑅2𝐼 − 𝑅3𝐼 − 𝑅4𝐼 = 0 𝑉𝐹 = 𝑅1𝐼 + 𝑅2𝐼 + 𝑅3𝐼 + 𝑅4𝐼 Divisor de Tensão Qual é a queda de tensão (d.d.p.) em R1? E em R3? O divisor de tensão permite calcular a queda de tensão em uma resistência sem que seja necessário conhecer a corrente do circuito. R1 V1 R2 R4 R3 V1 V3 I 𝑉1 = 𝑅1𝐼 𝑉1 = 𝑅1 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅4 𝑉𝐹 𝑉3 = 𝑅3𝐼 𝑉3 = 𝑅3 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅4 𝑉𝐹 𝑉𝑁 = 𝑅𝑁𝐼 𝑉𝑁 = 𝑅𝑁 𝑅1 + 𝑅2 +⋯+ 𝑅𝑁 𝑉𝐹 V1 R4R2R1 R3 Aplicação da LKC “A soma algébrica das tensões em uma malha é igual a zero”. I1 I2 IF I3 I4 Ia Ib 𝐼𝐹 = 𝐼1 + 𝐼𝑎 𝐼𝑎 = 𝐼2 + 𝐼𝑏 𝐼𝑏 = 𝐼3 + 𝐼4 𝐼𝐹 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 + 𝐼4 𝐼𝑎 𝐼𝑏 𝐼𝐹 = 𝑉1 𝑅1 + 𝑉2 𝑅2 + 𝑉3 𝑅3 + 𝑉4 𝑅4 Qual é a corrente elétrica em R2? E em R4? O divisor de corrente permite calcular a corrente elétrica um ramo sem que seja necessário conhecer a tensão do circuito. 𝐼2 = 1 𝑅2 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 + 1 𝑅4 𝐼𝐹 Divisor de Corrente V1 R4R2R1 R3 I2 I4 𝐼2 = 𝑉2 𝑅2 IF 𝐼4 = 1 𝑅4 1 𝑅1 + 1 𝑅2 + 1 𝑅3 + 1 𝑅4 𝐼𝐹 𝐼4 = 𝑉4 𝑅4 𝐼𝑁 = 1 𝑅𝑁 1 𝑅1 + 1 𝑅2 +⋯+ 1 𝑅𝑁 𝐼𝐹 𝐼𝑁 = 𝑉𝑁 𝑅𝑁 R1 V1 R2 R5 R3 R4 Aplicações das Leis de Kirchhoff Exemplo 01 O número de equações linearmente independentes é igual ao número de malhas do circuito. 𝑉𝐹 VF VR2 VR5 VR1 VR3 −𝑉1 −𝑉2 −𝑉4 = 0 𝑉4 𝑉𝐹 − 𝑅1𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑎 − 𝑅4𝐼𝑐 = 0 VR4 −𝑉3 −𝑉5 = 0 Ic 𝑅4𝐼𝑐 − 𝑅3𝐼𝑏 − 𝑅5𝐼𝑏 = 0 𝐼𝑎 = 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐 𝐼𝑐 = 𝐼𝑎 − 𝐼𝑏 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅4 𝐼𝑎 − 𝑅4𝐼𝑏 = 𝑉𝐹 𝑅4𝐼𝑎 − (𝑅3 + 𝑅4 + 𝑅5)𝐼𝑏 = 0 Ia Ib R1 V1 R5 R4R2 R3 R6 Aplicações das Leis de Kirchhoff Exemplo 02 Para um circuito com três malhas, tem-se três equações linearmente independentes: 𝑉𝐹 VR3 VR6 VR1 VR5 −𝑉1 −𝑉2 = 0 −𝑉6 = 0 𝑉2 𝑉𝐹 − 𝑅1𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑑 = 0 VR4 −𝑉3 −𝑉4 = 0 Ie 𝑅2𝐼𝑑 − 𝑅3𝐼𝑏 − 𝑅4𝐼𝑒 = 0 𝐼𝑎 = 𝐼𝑏 + 𝐼𝑑 𝐼𝑏 = 𝐼𝑐 + 𝐼𝑒 (𝑅1 + 𝑅2)𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑏 = 𝑉𝐹 𝑅2𝐼𝑎 − (𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅4)𝐼𝑏 + 𝑅4𝐼𝑐 = 0 Ia VF Ib Ic VR2 Id 𝑉4 −𝑉5 𝐼𝑑 = 𝐼𝑎 − 𝐼𝑏 𝐼𝑒 = 𝐼𝑏 − 𝐼𝑐 𝑅4𝐼𝑒 − 𝑅5𝐼𝑐 − 𝑅6𝐼𝑐 = 0 𝑅4𝐼𝑏 − (𝑅4 + 𝑅5 + 𝑅6)𝐼𝑐 = 0 Regra de Cramer A regra de Crammer auxilia na solução de sistemas equações linearmente independentes. Para o Exemplo 01, com R1 = 100 Ω; R2 = 100 Ω; R3 = 150 Ω; R4 = 200 Ω; R5 = 150 Ω e VF = 12 V, tem-se: 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅4 𝐼𝑎 − 𝑅4𝐼𝑏 = 𝑉𝐹 𝑅4𝐼𝑎 − (𝑅3 + 𝑅4 + 𝑅5)𝐼𝑏 = 0 𝐼1 = 12 −200 0 −500 400 −200 200 −500 = 12 ∙ −500 − (0 ∙ −200) 400 ∙ −500 − (200 ∙ −200 ) = −6000 −160000 = 0,0375 𝐴 400𝐼𝑎 − 200𝐼𝑏 = 12 200𝐼𝑎 − 500𝐼𝑏 = 0 𝐼2 = 400 12 200 0 400 −200 200 −500 = 400 ∙ 0 − (200 ∙ 12) 400 ∙ −500 − (200 ∙ −200 ) = −2400 −160000 = 0,0150 𝐴 Regra de Cramer Para o Exemplo 02, com R1 = 20 Ω; R2 = 20 Ω; R3 = 15 Ω; R4 = 20 Ω; R5 = 15 Ω; R6 = 25 Ω e VF = 50 V, tem-se: 𝐼𝑎 = 50 −20 0 50 −20 0 −55 20 0 −55 0 20 −60 0 20 40 −20 0 20 −55 20 0 20 −60 = 145000 92000 = 1,58 𝐴 (𝑅1 + 𝑅2)𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑏 = 𝑉𝐹 𝑅2𝐼𝑎 − (𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅4)𝐼𝑏 + 𝑅4𝐼𝑐 = 0 𝑅4𝐼𝑏 − (𝑅4 + 𝑅5 + 𝑅6)𝐼𝑐 = 0 40𝐼𝑎 − 20𝐼𝑏 + 0𝐼𝑐 = 50 20𝐼𝑎 − 55𝐼𝑏 + 20𝐼𝑐 = 0 0𝐼𝑎 + 20𝐼𝑏 − 60𝐼𝑐 = 0 𝐼𝑏 = 40 50 0 20 0 20 0 0 −6040 −20 0 20 −55 20 0 20 −60 = 60000 92000 = 0,65 𝐴 𝐼𝑐 = 40 −20 50 20 −55 0 0 20 0 40 −20 0 20 −55 20 0 20 −60 = 20000 92000 = 0,22 𝐴 𝐼𝑎 = 50 −20 0 0 −55 20 0 20 −60 40 −20 0 20 −55 20 0 20 −60 = Exemplo 03 Calcule as correntes Ia e Ib para R1 = 10 Ω; R2 = 20 Ω; R3 = 10 Ω; V1 = 75 V; V2 = 30 V e V3 = 50 V, tem-se: Equações do circuito: Pela LKC, tem-se: Pela LKT, tem-se: R1 V1 R2 R3 V2 V3 Ia Ib V3 VR1 VR3 V1 V2 V2 VR2 VR2 Ic 𝑉1 − 𝑅1𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑐 − 𝑉2 = 0 𝑉2 + 𝑅2𝐼𝑐 − 𝑅3𝐼𝑏 − 𝑉3 = 0 𝐼𝑎 = 𝐼𝑏 + 𝐼𝑐 𝐼𝑎 = 1,9 𝐴 𝐼𝑏 = 0,6 𝐴 𝐼𝑐 = 1,3 𝐴 R1 V1 R2 R3 V2 V3 R5 R4 V4 V5 Exemplo 04 Calcule as correntes Ia, Ib e Ic para R1 = 10 Ω; R2 = 5 Ω; R3 = 10 Ω; R4 = 8 Ω; R5 = 12 Ω; V1 = 75 V; V2 = 30 V; V3 = 42 V; V4 = 50 V e V5 = 50 V, tem-se: Ia Ib Ic V3 V4 VR3 V5 VR1 V5 V4 VF VR2 VR4 V4 V2 VR2 V3 V2 VR4 Id Ie Exemplo 04 Equações do circuito: Pela LKC, tem-se: Pela LKT, tem-se: 𝑉1 − 𝑅1𝐼𝑎 − 𝑅2𝐼𝑑 + 𝑉2 = 0 −𝑉2 + 𝑅2𝐼𝑑 − 𝑅3𝐼𝑏 − 𝑉3 − 𝑅4𝐼𝑒 − 𝑉4 = 0 𝐼𝑎 = 𝐼𝑑 + 𝐼𝑏 𝐼𝑏 = 𝐼𝑒 + 𝐼𝑐 𝑉2 + 𝑅4𝐼𝑒 − 𝑅5𝐼𝑐 + 𝑉5 = 0 𝐼𝑎 = 6,14 𝐴 𝐼𝑏 = −2,59 𝐴 𝐼𝑐 = 3,96 𝐴 𝐼𝑑 = 8,73 𝐴 𝐼𝑒 = −6,56 𝐴 Exercícios Lista de Exercícios 05: Livro Análise de Circuitos - O’Malley: Exercícios Cap. 4: 4.34, 4.35, 4.36, 4.37, 4.39, 4.40, 4.41, 4.43 e 4.48 Referências O’MALLEY, J. Análise de Circuitos. 2ª. Edição, Makron Books, SP, 1994. DORF, R. C.; SVOBODA, J. A. Introdução aos Circuitos Elétricos. 5ª. Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2003 GUSSOW, M. Eletricidade Básica. 2ª. Edição, Pearson Makron Books, SP, 1997.
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