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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE/NASF

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
Conceito de saúde: 
*OMS (1948): ‘’Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental, social e não apenas 
ausência de doença. ’’ 
 
Saúde Pública 
Definição: 
*Domínio genérico de práticas e conhecimentos organizados institucionalmente em uma dada 
sociedade, dirigidos visando um ideal e BEM ESTAR DAS POPULAÇÕES, utilizando termos de 
ações e medidas que EVITEM, REDUZEM E/OU MINIMINIZEM AGRAVOS À SAÚDE, assegurando 
condições para a manutenção e sustentação da vida. 
 
Princípios Fundamentais: 
*Constituição da OMS (1946 -> desde esse ano trabalhando questões sobre SP): ‘’A saúde 
pública é o gozo do melhor estado de saúde que lhe seja possível atingir e constitui um dos 
direitos fundamentais de todo ser humano, sejam quais forem sua raça, sua religião, suas 
opiniões políticas, sua condição econômica ou social’’. 
* ‘’Uma opinião pública esclarecida e uma cooperação ativa por parte do público são de uma 
importância capital para o melhoramento da saúde dos povos’’ -> existe a possibilidade da 
parte pública e privada se unirem para garantir esse direito. 
* ‘’Os governos são responsáveis pela saúde de seus povos; eles só poderão desincumbir-se 
desse encargo tomando as medidas sanitárias e sociais apropriadas’’ -> saneamento básico, 
sanidade humana, estão vinculadas, não consegue separar. 
 
Função: 
* Viabilizar estratégias ‘’SAÚDE PARA TODOS’’ – programa brasileiro para fornecer saúde para 
todas as populações – mediante políticas públicas saudáveis, através da maior e mais efetiva 
participação da sociedade nas questões de vida, saúde, sofrimento e morte. 
 
Importância: 
* Na época da monarquia, a saúde não era tão visada quanto a exploração do ouro, por 
exemplo; ao longo do tempo, foram-se desenvolvendo doenças onde não se conseguia ter um 
controle/cura se não provendo assistencialismo. 
*Hoje, a política pública é voltada para a saúde, alimentação e nutrição, educação, condição e 
situação de trabalho, habitação (incluindo saneamento), segurança social, recreação, 
divertimento e liberdades humanas. 
* Toda vez que é questionado qual o maior problema de uma cidade ou região, a maioria vota 
na saúde, seguindo de saneamento e segurança pública; a participação popular é 
imprescindível para o desenvolvimento da saúde. 
 
Como surgiu o conceito de Saúde Pública no Brasil: 
* Nos primórdios da monarquia, havia pouca importância com a saúde. 
* Oms (1946) -> deu o conceito de que a saúde era um direito do cidadão. Foi nessa década 
(40-50) que se começou a discutir sobre saúde. Antes disso no BR não era dada importância 
para a saúde e os agravos eram solucionados apenas com intervencionismo. 
* Na década de 50 no governo Getúlio Vargas, começou-se a pensar o que o governo poderia 
fazer para melhorar a saúde -> foi então que houve a criação do Ministério da Saúde (MS). 
* Década de 70 – Lei 6529/76 -> Criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (VE). 
* Importância da VE: ‘’A ação de vigilância epidemiológica compreende as informações, 
investigações e levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de 
controle de doenças e de situações de agravos à saúde’’ -> como ele pode desenvolver, dentro 
do sistema de saúde, uma maneira de controlar essa doença que está causando problema na 
região. 
* A criação da VE levantou o MS e começaram as campanhas de vacinação e prevenção de 
doenças. 
*A partir daí, foi evoluindo o conceito de vigilância em saúde que passou a ser conduzido pelo 
MS e integrado pelos Estados, fazendo restrição ao controle de doenças transmissíveis -> 
começou um quadro de vacinação e intervenção para prevenir o aparecimento de doenças -> 
com isso pôde-se fazer ações de vigilância ambiental e sanitárias, que antes eram 
praticamente inexistentes. 
* No final da década de 80, durante o final da ditadura militar, teve a criação do Sistema Único 
de Saúde (SUS): existiam outros países que possuíam um sistema de saúde parecido com o SUS 
(Inglaterra, Canadá, Suécia, Suíça, Dinamarca) -> o governo brasileiro começou a estudar esses 
sistemas de assistencialismo e prevenção e criou o SUS. 
* Na Constituição de 1988 foi instituído que a saúde é um dever do Estado e direito da 
população. 
* A Constituição dá a concepção teórica de saúde, e é necessária uma regulamentação dessa 
Constituição -> Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90) -> dá todas as diretrizes do SUS, dá o 
modelo de criação do SUS, e essa lei serve de modelo para outros países (aqueles 
anteriormente citados possuem restrições ao atendimento somente à nação, no Brasil 
qualquer pessoa pode ser atendida, de qualquer país). 
* Hoje o SUS é um dos sistemas de saúde mais completos do mundo, servindo de modelo para 
vários países. 
* O SUS é ‘’uma nova formulação política organizacional para o reordenamento dos serviçoes e 
ações de saúde voltadas para o Brasil’’. A Lei 8.080 cria uma nova política e da as diretrizes de 
como ele vai funcionar no nosso país. 
 
SUS – Criação: 
* Tem um conceito abrangente na Constituição, garantindo que a saúde é um direito de todos 
e dever do Estado, e de direção única em cada esfera do governo -> o dinheiro fluirá do 
governo Federal -> governo Estadual -> governo Municipal; essa dinâmica de fluxo é criada na 
Constituição de 1988. 
 
Aspectos Legais: 
*A Constituição Federal dá a criação do SUS; 
*A Lei 8.080/90 dá a regulamentação do SUS; 
*A partir da década de 90 até os dias atuais, é necessário sempre uma 
regulamentação/renovação; tudo que é governamental precisa ser regido por normas 
operacionais, portarias, decretos ou por leis. Todas as leis complementares existem dentre 
elas algumas mais importantes: 
 - Lei 8.080/90: é a principal do SUS; 
 - Lei 8.142/90: vai regulamentar algumas situações de dentro da Lei 8.080/90. 
*Ainda existem algumas normas operacionais -> como funcionara o sistema NASF, agentes 
comunitários, pacto pela saúde... 
 - Normas Operacionais: NOB SUS 01/91, 01,92, 01/93, 01,96 e Pacto pela Saúde de 2006. 
 
SUS – UMA NOVA POLÍTICA DE SAÚDE 
 
*Objetivos da implantação do SUS: 
- Sistematizar ações -> criar um SISTEMA que funcione da mesma maneira ou muito parecido 
em todas as regiões do país; 
- Unificar ações -> ÚNICO 
- Melhorar a condição de SAÚDE da população brasileira. 
 
**PRINCÍPIOS DO SUS** 
1. Éticos Doutrinários: universalidade, integralidade e equidade. 
2. Organizacionais Operativos: descentralização, hierarquização, participação social, 
resolubilidade e complementariedade do setor privado. 
 
PRINCÍPIOS ÉTICOS: 
 
 Universalidade: garantia de atenção à saúde para todo e qualquer cidadão -> 
qualquer pessoa que estiver dentro do país pode ser atendida pelo SUS. 
 Integralidade: sistema de saúde integral -> qualquer doença/enfermidade que uma 
pessoa apresente será atendida de maneira integral, seja de baixa, média ou alta 
complexidade; a pessoa vai entrar doente e vai sair, dentro do possível, curada. 
 Equidade: situações diferentes, mas cuidados diferenciados -> a pessoa que mora 
num município pequeno tem o mesmo direito/mesma equidade de ser atendida por 
um aparelho/medico de alta qualidade como em um município grande; propõe que 
todas as pessoas sejam atendidas de maneira igual (país mais igualitário). 
 
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS OPERATIVOS 
 
 Descentralização: distribuição das responsabilidades -> quem comanda o sistema de 
saúde não é o MS e nem o governo Estadual, são os MUNICÍPIOS; cada município tem 
a sua maneira de trabalhar o SUS, pode ser através de UBS, UPA ou hospitais de baixa, 
média ou alta complexidade; isso não quer dizer que o governo federal ou estadual 
não tenha responsabilidades sobreo município, mas não são eles que comandam o 
município -> este passa sua demanda para o Estado, que passa para o Federal 
(município -> estado -> país). 
 Hierarquização: serviços organizados em níveis crescentes de complexidade 
tecnológica -> casos de baixa complexidade são atendidos por centros de baixa 
complexidade (UBS, UPA) e vice-versa (hospitais de alta complexidade). É uma 
organização do fluxo de demanda pelos hospitais. 
 Participação Social: processo de formulação das políticas públicas. É necessário o 
envolvimento da população com o SUS. Isso ocorre de várias maneiras -> comissões, 
conferencias de saúde. A população precisa saber onde seu dinheiro está sendo 
investido. 
 Resolubilidade: serviço deve estar capacitado. Como o serviço deve ser capacitado 
para atingir 100% de resolubilidade do problema de uma pessoa; para isso, é 
necessário profissional capacitado. 
 Complementariedade do Setor Privado: se necessário, contratação de serviços 
privados. Permite, dentro da legislação, a participação do setor privado, que são os 
planos de saúde. 
 
LEGISLAÇÃO 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88 
Título VIII – Da Ordem Social -> vai trabalhar o conceito de saúde. 
Capítulo I – Disposição Geral 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e 
a justiça social. 
 
*Saúde não é apenas ausência de doença; o conceito de bem-estar envolve os princípios 
social, psicológico e ambiental dentro do conceito de saúde. 
 
Seção II – Da Saúde 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, tendo que o governo garantir a redução 
dos riscos de doenças e agravos proporcionando acesso universal, ou seja, qualquer pessoa 
pode ter acesso à saúde. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao governo 
regulamentar, fiscalizar e controlar todo o agravo à saúde. 
 
*Nos artigos 196 e 197 se destaca a universalidade, garantindo o acesso universal à saúde. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos da saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada que constituem um sistema único, organizado com as seguintes diretrizes: 
I- Descentralização, com direção única em cada esfera do governo; 
II- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais; 
III- Participação da comunidade. 
 
*No artigo 198 se destacam os princípios de descentralização, integralidade e participação 
social. 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
*Se tem garantido na Constituição, com o artigo 199, que o sistema de saúde pode ser 
complementado pelo setor privado. Neste artigo, se tem destacado o princípio de 
complementariedade do setor privado. 
 
SUS – REGULAMENTAÇÃO 
*Criação: 1988 
*Regulamentação: 1990 com a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90). 
*A Lei 8.142 auxilia a Lei 8.080 em alguns princípios da participação da comunidade dentro do 
comando do SUS. 
 
 
LEI 8.080/90 
*Foi prescrita em 19 de setembro de 1990. 
*Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização 
e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
*É uma Lei Federal -> funciona para todo o território nacional. 
*Com essa lei fica claro que o SUS não é assistencialismo, e sim protetivo -> focado na 
promoção e proteção da saúde, quer primeiro prevenir do que reabilitar uma doença/agravo. 
 
Art. 2°. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as 
condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
 §2 O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade -> 
cabe à população procurar o serviço de saúde. 
 
Art. 5°. São objetivos do SUS: 
I- A identificação e a divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; -
> campanhas educativas para mostrar os fatores de risco e prevenção de doenças. 
II- A formulação de políticas de saúde destinada a prover a divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes; 
III- A assistência às pessoas; -> o SUS trabalha com assistencialismo, precisa de pessoas 
para atender à demanda da população. 
Art. 6°. Estão incluídas no campo de atuação do SUS: 
I- A execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de saúde do 
trabalhador e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. -> precisa 
ter disponibilidade de medicamentos dentro do SUS, precisa prover a parte 
farmacêutica também para as pessoas. 
 
Capítulo II 
Dos Princípios e Diretrizes 
Art. 7°. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados precisam ser 
desenvolvidos em comum acordo, que deve ir no mesmo sentido da Constituição. 
 
*Nesse artigo tem a disposição do princípio de complementariedade. 
 
I- Universalidade; -> acesso a qualquer pessoa. 
II- Integralidade da assistência; -> promoção, proteção e recuperação da saúde. 
III- Igualdade de assistência à saúde; -> equidade. 
IV- Participação da comunidade; -> controle social. 
V- Descentralização político-administrativa em cada uma das esferas do governo -> 
municipalização. 
VI- Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; -> não são possíveis de 
separar, precisa saber o nível da complexidade e qual a clientela da região para 
destinar os serviços de saúde. 
VII- Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. -> 
resolubilidade. 
 
*O SUS não é um serviço ou uma instituição, é um SISTEMA, ou seja, um conjunto de ações, 
unidades e serviços que integram para uma mesma finalidade: PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E 
RECUPERAÇÃO DA SAÚDE. 
 
POR QUE SISTEMA ÚNICO? 
*Porque segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizacionais em todo o território 
nacional, seja de responsabilidade federal (MS), estadual(Secretaria Estadual de Saúde – SES) 
ou municipal(Secretaria Municipal de Saúde – SMS), e essas são totalmente autônomas e 
independentes -> o município destina o dinheiro para o programa que acha que é o maior 
problema naquela região, e a SES destina sua verba para aquele programa. 
*O grande problema do SUS é a insalubridade e falta de condições para trabalhar -> greve 
dos servidores públicos. 
*Não faltam médicos, falta o processo de regionalização, falta gestão em saúde -> cidades 
mais pobres não tem condições os médicos não vão. 
 
ORGANIZAÇÃO DO SUS: 
*Gestores do SUS -> funcionam como entidades encarregadas de faer com que o SUS seja 
implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinarias e éticas, da logica 
organizacional e dos seus princípios operativos. 
*3 esferas do governo -> responsáveis pela gestão e financiamento do SUS, de forma 
articulada e solidária -> precisa ter uma interação do município com o estado e com a nação. 
*Conselho Municipal de Saúde: a nação é convidada para participar das reuniões para saber 
onde o governo está inverstindo, quais as demandas da população. Também existem os 
concelhos regionais de saúde em cidades muito grandes. É organizado a cada 4 anos (cada 
plano do governo) -> planejamento das ações para todo o governo daquele candidato. 
 
MUNICIPAL: Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Saúde; 
ESTADUAL: Secretaria Estadual de Saúde, Conselho Estadual de Saúde, Comissão Inter 
gestores Bipartite (representantes de todos os municípios do estado para criar o conselho 
estadual de saúde que também será realizado a cada 4 anos); 
FEDERAL: Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Comissão Inter gestores 
Tripartite (representantes do município e do estado). 
 
CONTROLE SOCIAL EM SAÚDE 
 
*Conselhos: são permanentes, deliberativos, participamas 3 esferas do governo, tendo de 
10-20 membros em cada conselho. 
*Conferências: ocorrem no mínimo a cada 4 anos, são consultivas, participam as 3 esferas do 
governo e quanto maior o número possível de participantes, melhor e mais representativo é 
o voto, que faz diferença nos planos de gestão. A comunidade também tem direito ao voto. 
 
CONSELHOS DE SAÚDE: 
*Caráter permanente e deliberativo 
*Participam órgãos do colegiado compostos por representantes do governo, prestadores de 
serviços, profissionais de saúde e usuários. 
*Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, 
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. 
 
ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE: 
1. Estabelecer estratégias e mecanismos de coordenação e gestão do SUS, articulando-se 
com os demais colegiados nos 3 níveis de governo, para trabalhar uma melhor 
maneira de gerir uma estratégia; 
2. Trazer diretrizes de elaboração e aprovar os planos de saúde, sempre junto com os 
demais colegiados nos 3 níveis; 
3. Propor a adoção de critérios que definam qualidade e melhor resolução do sistema de 
saúde; 
4. Examinar propostas e denúncias, responder a consultas sobre assuntos pertinentes a 
ações e serviços de saúde, bem como apreciar recursos a respeito de deliberações do 
colegiado; 
5. Fiscalizar a movimentação de recursos repassados do Fundo de Saúde; 
6. Estimular a participação social na administração do SUS; 
7. Propor critérios de execução financeira e orçamentária do fundo de saúde que vem 
das 3 esferas; 
8. Opinar sobre a criação de novos cursos na área da saúde junto com o Ministério da 
Educação. 
 
*Formas de participação social: 
 Elaboração das diretrizes gerais da politica de saúde; 
 Controle sobre a utilização dos recursos; 
 Formulação de estratégias de implementação; 
 Controle sobre a execução dos planos de ação; 
 Mobilização da população para contribuir. 
*Composição: 25% trabalhadores da saúde, 25% funcionários e servidores públicos de saúde e 
50% representantes da sociedade civil -> esses podem participar tanto do conselho municipal 
como do conselho estadual. 
 
LEI 8.142/90 
*Regulamentada em 29 de dezembro de 1990. 
*Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS. 
 
Art. 1°. O SUS, de que trata a lei 8.080, vai conferir a parte da participação da comunidade na 
conferência de saúde e no conselho de saúde. 
*Este artigo dá a ideia geral da Lei e trata do princípio de participação da comunidade e 
controle social. 
 
*No Art. 2° essa lei também vai dizer de onde vem o recurso do SUS, que é o Fundo Nacional 
da Saúde, e explica como podemos usar esse dinheiro -> com despesas e custeios do MS, com 
investimentos previstos na lei orçamentária, com a cobertura das ações e serviços de saúde a 
serem implementados no município, estado e Distrito Federal. 
*No Parágrafo Único vai resumir tudo o que podemos fazer com o dinheiro -> rede de serviços 
de cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e as demais ações voltadas para a saúde. 
*No Art. 4°. Diz quem vai receber esses recursos, que podem ser o Fundo de Saúde, o 
Conselho de Saúde ou o Plano de Saúde, e os relatórios de gestão vão permitir que controle da 
onde está saindo dinheiro, e ainda podemos utilizar esses recursos para elaboração de Plano 
de Carreira, Cargos e Salários. 
*A Lei 8.142 é bem resumida, vai trabalhar exatamente o Plano de Saúde, onde vem e onde vai 
o dinheiro e a parte da sociedade na hora de fiscalizar onde está indo o dinheiro e o recurso 
público. 
 
SUS – OPERACIONALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO 
 
 
 
*O MV pode trabalhar dentro do SUS -> somos profissionais da saúde dentro do conceito de 
saúde única. 
*Existe preocupação da inclusão do MV dentro da saúde humana. 
 
 
Financiamento: 
*Quem paga pela assistência além do governo, como o governo faz o repasse de verbas para o 
sistema de saúde. 
*Emenda Constitucional n.29 de 13/09/2000: assegura os recursos mínimos para o 
financiamento das ações e serviços públicos. 
 
Operacionalização: 
*Como funciona, quais as normas de funcionamento, as consolidações e diretrizes da 
operacionalização. 
*Portaria n. 2.203 de 05/11/1996: aprova a NOB 01/96, que redefine o modelo de gestão do 
SUS. 
*Portaria 373 de 27/02/2002: aorova a Norma Operacional da Assistencia à Saúde – NOAS – 
SUS 01/2002. 
*Resolução 399, de 22/2/2006: divulga o Pacto pela Saúde 2006 -> consolidação do SUS e 
aprova as diretrizes operacionais do referido pacto. 
 
Emenda Constiucional 29/2000 
*O destino da verba vem da emenda constitucional. 
*N. 29 de 13/9/2000: altera os artigos 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal 
assegurando os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de 
saúde. 
*O art. 198 falava sobre descentralização, regionalização e hierarquização e participação da 
comunidade; a emenda altera esse artigo e assegura a percentagem mínima a ser aplicada em 
cada sentido do fluxo das esferas do governo. 
*Na Emenda Constitucional, no inciso 2, diz que a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios aplicarão anualmente recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais em 
ações e serviços de saúde; no inciso 3, tem a Lei Complementar, que diz que esses percentuais 
serão recalculados e reavaliados a cada 5 anos. 
*Portanto, a Emenda inclui: 
 Os percentuais dos recursos mínimos para os serviços de saúde; 
 Os critérios de rateio dos recursos vindos da União que serão destinados aos estados, 
distrito federal e aos municípios; e 
 As normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas 
federal, distrital e municipal. 
 
 
NOB – NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS 
*Definem os critérios para organização e gestão do SUS. 
*Existem 4 NOB importantes: NOB 01/91, NOB 01/92, NOB 01/93 e NOB 01/96. Todas são 
únicas, descritas NOB 01 91-96. 
 
*NOB 01/91* 
*Define os critérios de transferências das Unidades de Cobertura Ambulatorial (UCAs) aos 
estados e municípios 
*Define o quantitativo de atendimento de Autorização de Internamento Hospitalar (AIH) 
*Reforça a criação de conselhos de saúde (estaduais e municipais) 
*Define recursos para financiamento dos Programas Especiais de Saúde e investimentos no 
setor de saúde. 
*Instrumentos que utiliza: 
 Conselhos (plano de gestão) e fundos de saúde (dinheiro vindo das 3 esferas); 
 Consórcios intermunicipais -> cidades menores fazem consórcio com cidades maiores 
para a disponibilização de equipamentos ou profissionais; 
 Relatório de gestão, programação e orçamentação -> para trabalhar de maneira mais 
regulamentada; 
 Planos de aplicação; e 
 Prestação de contas -> tudo precisa, material, equipamentos, para ter um repasse 
condicionado a produção de serviços e assim consegue-se igualar o pagamento do 
prestador público ao privado (quando necessário) não surgindo problemas na parte 
financeira do SUS. 
 
*NOB 01/92* 
*Início do movimento municipalista: 
 Criação do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) 
 Criação do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) 
 Normatiza o Fundo Estadual de Saúde -> garante que vem uma verba do governo 
estadual para os municípios. 
 
*NOB 01/93* 
*Criação da Comissão Inter gestores Tripartite (CIT) -> gestores das esferas nacional, estadual e 
municipal 
*Criação da Comissão Inter gestores Bipartite (CIB) -> gestores das esferas estadual e 
municipal 
*Criação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA). 
*Maior ênfase na municipalização -> o município precisa saber quanto está repassando de 
serviços para suas UBSregionais. 
*Esse sistema interligado permite um maior conhecimento da situação do município. 
*Criação de responsabilidades – Comissões de gestão da saúde: 
 Autoriza, cadastra e contrata profissionais e serviços; 
 Programa e autoriza AIH e procedimentos ambulatoriais; 
 Controla e avalia o atendimento; 
 Gerencia a rede pública; e 
 Desenvolve ações de vigilância na rede pública. 
*O sistema facilita a percepção da vigilância epidemiológica e sanitária da visão geral do 
município. 
 
*NOB 01/96* 
*A provada pela Portaria n. 2.203 de 5 de novembro de 1996. 
*Redefine o modelo de gestão do SUS sendo considerada um instrumento imprescindível à 
viabilização da atenção integral à saúde da população. 
*Implementou o Piso da Atenção Básica (PAB) -> valor per capita (por pessoa) para 
financiamento das ações da atenção básica. 
*Criou a Programação Pactuada Integrada (PPI) -> instrumento de organização e gestão do SUS 
baseada nos municípios e estados: 
 Municipios: criação da Gestão Plena da Atenção Básica e do Sistema Municipal; 
 Estados: criação da Gestão Plena e Avançada do Sistema Estadual. 
*Definiu programas como estratégias de mudança do modelo de atenção (PACS e PSF) 
 Criação do Agente Comunitário (PACS): um novo profissional da saúde. 
 Ciração do PSF – Programa Saúde da Família: criação em 93 e regulamentação em 96; 
tira o profissional de dentro da UBS e o coloca dentro da comunidade, de casa em casa 
(ACS) -> tem a percepção da saúde ambiental da casa da pessoa, entra e ve os tipos de 
agravos que uma família em especial possa estar enfrentando. 
*Criou um monitoramento estadual e municipal para garantir o modelo de atenção básica. 
 
PORTARIA N. 373 DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002 
*Traz melhorias na Constituição, fortalecendo a NOB 01/96. 
*Aprova a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS/SUS 01/2002 -> amplia as 
responsabilidades dos municípios na Atenção Básica, estabelece o processo de regionalização 
como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade, cria 
mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS e procede à atualização 
dos critérios de habilitação de estados e municípios. 
*Garante a pessoa carente o acesso à assistência medica. 
 
*NOAS 01/2002* 
*Regionalização e organização da assistência, fortalecendo a capacidade de gestão do SUS e 
revisando os critérios de habilitação deixando os tipos de gestão mais claros à população. 
*Objetivo geral: promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população 
às ações de saúde em todos os níveis de atenção -> não vai mais só tratar o paciente, e sim 
garantir a prevenção. 
*A NOAS recuperou e redefiniu o conceito de descentralização, associando-se ao conceito de 
regionalização da assistência, fazendo a integração entre sistemas e municípios, ficando o 
Estado com o papel de coordenador e mediador. 
 
PACTO PELA SAÚDE 
 
*Passa o tempo e vai percebendo que precisa de novas consolidações para o ACS -> criação do 
Pacto pela Saúde pela Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006 -> divulga o Pacto pela Saúde 
2006 -> consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais para o ACS. 
*É um conjunto de reformas institucionais pactuado entre as 3 esferas de gestão do SUS com o 
objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão. 
*Implementação por meio das 3 esferas pelo compromisso de gestão (TCG) que estabelece 
metas e compromissos para cada ente da federação. 
*Permite recursos para a atenção básica, atenção de média e alta complexidade, vigilância em 
saúde, assistência farmacêutica e gestão do SUS -> garante subsistência para todas as áreas 
dentro do SUS. 
*Os princípios constitucionais do SUS estão estabelecidos com ênfase nas necessidades de 
saúde da população. 
*É anualmente revisada. 
*A definição das prioridades está articulada e integrada sob a forma de 3 pactos: 
 Pacto pela Vida; 
 Pacto em Defesa do Sus; e 
 Pacto de Gestão. 
 
PACTO PELA VIDA 
*Garante gestão pública por resultados e estabelece compromissos sanitários prioritários 
(pactuado de forma tripartite); os estados e municípios devem pactuar as ações que 
considerem necessárias ao alcance das metas e objetivos propostos. 
 
PACTO EM DEFESA DO SUS 
*Expressa os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação do processo de 
Reforma Sanitária Brasileira, articula ações que visem qualificar e assegurar o SUS como 
política pública e expressa o movimento de repolitização da saúde com uma clara estratégia de 
mobilização social e busca de um financiamento compatível com as necessidades de saúde. 
 
PACTO DE GESTÃO DO SUS 
*Valoriza a relação solidaria entre gestores, definindo-se as diretrizes e responsabilidades, 
contribuindo para o fortalecimento da gestão em cada eixo de ação -> descentralização e 
regionalização, financiamento e planejamento, programação pactuada integrada (PPI), 
regulação da atenção assistencial, participação e controle social e gestão do trabalho e 
educação em saúde. 
 
PORTARIA N 648 DE 28 DE MARÇO DE 2006 
*Aprova a Política Nacional de Atenção Básica -> organiza o SUS em Atenção Básica voltada 
para o PSF regulamentando o PACS. 
 
 
HISTÓRICO 
 
*8º Constituição Federal Brasileira: garante a criação do SUS. 
*Portaria 648/2006: regulamenta todos esses programas (PACS, PSF, Pacto pela Saúde). 
*A partir de 2006 houve a criação e implementação de programas funcionais da saúde da 
família e de ACS. 
 
ALGUMAS OUTRAS NORMAS 
 
DECRETO 7.508/2011 
*28 de junho de 2011 
*Regulamenta a Lei 8.080/90 dispondo sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, 
a assistência à saúde e a articulação Inter federativa. 
*Inclui todos os processos e programas estabelecidos até então. 
*Regulamenta a 8.080, define as Comissões (o que compete, pactuações) e define o Contrato 
de Ação Pública. 
 
Art. 2°. Item IV: Comissões Inter gestores – instancias de pactuação consensual entre os entes 
federativos para definição das regras de gestão compartilhada do SUS -> com isso se tem a 
garantia de que o SUS funciona de maneira correta. 
Sessão II -> Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde -> destaque para o Art. 33 e 34 -> 
trabalha o objeto desse contrato organizativo -> organização e a integração das ações e dos 
serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região de Saúde, com 
a finalidade de garantir integralidade da assistência aos usuários. 
 
LEI COMPLEMENTAR 141/2012 
*Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, DF e 
municípios em ações e serviços públicos de saúde, estabelece os critérios de rateio dos 
recursos de transferência para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das 
despesas com saúde -> vai distribuir o dinheiro -> com isso se tem as normas de fiscalização 
disposto no item IV, com avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 esferas. 
*Define as fontes dos recursos: 
 Municípios: 12% -> sabe-se que aplicam muito mais, porque a preocupação da 
população é com saúde, precisa de mais investimento. 
 Estados e União: 15%. 
 
PORTARIA 1378/2013 
*Institui a Política de Vigilância, Vigilância em Saúde -> ANVISA. 
 
_______________”_________________”___________________”_______________ 
 
 
NASF – NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
*O MV está inserido 
*Desde a criação do SUS em 1988 ocorreram significativos avanços, e os principais foram: 
 Modelos de Atenção à Saúde: Atenção Primária à Saúde (APS) e Estratégia Saúde da 
Família (ESF). 
 
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) 
*Conjunto de ações que se caracteriza como porta de entrada prioritáriade um sistema 
hierarquizado e regionalizado 
 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) 
*Proposta de um reordenamento do modelo de atenção (agente comunitário) levando a saúde 
para mais perto das famílias conseguindo uma visão de saúde tanto pessoal como do ambiente 
-> tira o profissional da UBS e coloca-o em contato com a sociedade. 
 
PORTARIA 648/2006 – POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA 
*A Atenção Primária à Saúde compreende um conjunto de ações, de caráter individual e 
coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a 
reabilitação e constitui o primeiro nível de atenção do SUS. 
 
NECESSIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Á SAÚDE: 
*Contextualizar a situação epidemiológica predominante e de condições crônicas da 
população 
*Fazer uma organização atual do SUS centrado em doenças agudas -> como consequência 
temos a Crise do Modelo de Atenção à Saúde -> sendo assim, a atenção primária à saúde 
torna-se cada vez mais indispensável -> tendo essa visão de situação epidemiológica, 
condições crônicas e condições agudas, consegue estipular e melhorar a dinâmica do 
funcionamento do SUS. 
 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 
*Tem uma base -> a UBS, que serve de referência para as famílias e a população em geral, que 
possui vários profissionais trabalhando em conjunto e bolando estratégias para que a saúde 
fique cada vez mais indispensável. 
 
HISTÓRICO 
*Em meados do século XX teve a Medicina da Família criada como uma especialidade; hoje 
existem médicos especializados em saúde da família que vão trabalhar dentro do NASF. 
*O programa foi inspirado em outro criado nos EUA em 1969, sofreu algumas alterações e em 
1993, no Governo Itamar Franco, iniciou-se o desenvolvimento da Medicina da Família no 
Brasil. 
*É saúde voltada para famílias vulneráveis, medicina voltada para a comunidade. 
*É uma estratégia para a organização e fortalecimento de Atenção Primária como primeiro 
nível de atenção à saúde no SUS. 
*Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e a 
reorientação das práticas de saúde embasadas na Promoção da Saúde -> a população mais 
carente pode não ter condições de ir até a UBS -> para isso temos o profissional do NASF que 
sai da UBS e vai até a comunidade para promover a saúde -> ampliação do acesso. 
 
OBJETIVOS: 
 Prestar assistência à comunidade, acompanhando-a; 
 Conhecer a realidade das famílias; 
 Identificar problemas de saúde e situações de risco; 
 Elaborar plano local para melhoria das condições; 
 Prestar assistência na comunidade e no domicílio; e 
 Desenvolver ações educativas (para saneamento, prevenção, campanhas vacinais...) 
*A atenção está centrada na família, que é entendida e percebida a partir de seu ambiente 
físico e social. Assim, as equipes do PSF conseguem ter uma compreensão ampliada do 
processo saúde-doença. 
*Ao longo dos anos mais equipes estão sendo formadas e mais áreas estão sendo preenchidas. 
 
PRINCÍPIOS DA ESF: 
 Adstrição de clientela: definição precisa do território de atuação; 
 Territorialização: mapeamento da área compreendendo o segmento populacional; 
 Diagnóstico da situação de saúde da população: cadastramento das famílias e dos 
indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do 
território; 
 Planejamento baseado na realidade local: programação das atividades segundo 
critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas; 
 Interdisciplinaridade: trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e 
profissionais de diferentes formações; 
 Vinculação: participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria 
comunidade; 
 Competência cultural: valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de 
uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança 
ética, compromisso e respeito; 
 Participação social: participação da comunidade no planejamento, execução e 
avaliação das ações; 
 Intersetorialidade: trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, 
voltados para a promoção de saúde; e 
 Fortalecimento da gestão local: apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local. 
 
ÁREA DE ABRANGÊNCIA DAS EQUIPES SAÚDE DA FAMÍLIA 
*Equipe multiprofissional 
*Responsabilidade por 600 a 1000 famílias ou no máximo 4000 pessoas 
*ACS: máximo 750 pessoas e precisam residir na área de atuação -> tem que estar diariamente 
na comunidade para manter o vínculo/assistência às famílias. 
 
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA NO SUS 
*Famílias carentes são atendidas por um ACS (faz o contato com as famílias, identificando 
possíveis problemas de saúde e os comunica ao restante da equipe) que faz a interligação da 
família com a UBS (é o local onde fica o restante da equipe do PSF; na UBS é feito o primeiro 
atendimento) e casos que não podem ser resolvidos pela equipe são encaminhados ou para 
ambulatórios de especialidades (preparados para fornecer tratamento especializado em áreas 
especificas) ou hospitais (é o local para onde são encaminhados os casos mais graves, que 
necessitam de especialistas e equipamentos). 
*Sistema de baixa, média e alta complexidade atuando junto com o ACS. 
*Atualmente o Brasil possui 5570 municípios que trabalham com ESF e as dimensões 
territoriais refletem-se em heterogeneidade institucional, cultura, social, econômica e por 
consequência do perfil epidemiológico das doenças. 
*A cada equipe PSF cabe um território de atuação e famílias que concentram na sua área de 
abrangência. Inclusive, a primeira atividade deve ser a territorialização e o diagnóstico da 
saúde da comunidade. 
 
PORTARIA 154/2008 
*Viabilizou a criação e o desenvolvimento do NASF 
*Objetivo do NASF: apoiar e ampliar o atendimento e a qualidade dos serviços prestados no 
SUS em toda a população. 
*Atuação integrada dos profissionais da equipe saúde da família 
*Busca o apoio às equipes de saúde da família em temas e populações específicas, através do 
apoio matricial, dentro de seu território de abrangência. 
*Tem como fundamento ideológico a integração do cuidado dos usuários, com uma visão 
ampliada da clínica, ou seja, a saúde depende de fatores além dos biológicos. 
 
DIRETRIZES DO NASF: 
 Ação interdisciplinar e intersetorial -> todos trabalham juntos 
 Educação permanente em saúde 
 Entender o território e o fator social 
 Integridade com o indivíduo, ações e acesso 
 Fazer participação social 
 Educação popular em saúde -> campanhas para prevenção de saúde 
 Promoção de saúde 
 Humanização 
 
*O NASF é dividido em 2 categorias: NASF 1 e NASF 2 
 
NASF 1 
*Mínimo 5 profissionais de ocupações não coincidentes 
*Cada NASF 1 deve ser referência para no mínimo 8 ESF e no máximo 15 ESF. 
*Em municípios com até 100 mil habitantes -> mínimo 5 ESF e máximo 9 ESF. 
 
NASF 2 
*Municípios com densidade populacional abaixo de 10 habitantes/m² 
*Equipe com no mínimo 3 profissionais de ocupações não coincidentes. 
 
PORTARIA 154/2008 
*Inclui o MV como profissional capacitado dentro do NASF. 
 
PORTARIA 2488/2011 
*Aprova a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS e inclui a Medicina Veterinária no 
NASF, podendo compor tanto no NASF 1 como no NASF 2. 
*O MV pode fazer parte da ESF. 
 
IMPORTANCIA DO MV NO NASF 
*Formação profissional que permite uma visão de saúde única, possibilitando maior 
resolutividade das questões considerando-se a interface entre saúde humana, animal e 
ambiental. 
 
DIFICULDADES PARA O MV NO NASF 
*Formação deficiente ou pouco adequada do profissional MV para atuação na área de saúde 
publica 
*Pouca ou falta de articulaçãosocial e política dos MV principalmente na área de saúde 
publica 
*Falta de compreensão por parte dos gestores da saúde da importância do MV no NASF. 
 
DESAFIOS DO MV COM O NASF 
*Melhorar a formação do profissional MV na área de saúde única, visando atuação de 
qualidade principalmente na vigilância em saúde 
*Construções de políticas e estratégias de saúde única por parte dos profissionais MV através 
de sua participação efetiva nos espaços de controle social participando de conselhos e 
conferencias de saúde. 
 
AÇÕES DO MV NO NASF 
*Visitas domiciliares para o diagnóstico de risco envolvendo o homem, os animais e o 
ambiente 
*Prevenção, controle e diagnóstico situacional de riscos por zoonoses e outros fatores 
determinantes do processo saúde-doença 
*Educação em saúde com foco na promoção, prevenção e controle de zoonoses e demais 
riscos ambientais 
*Desenvolver ações educativas e de mobilização para controle e erradicação de agravos, 
manejo adequado do território com relação saúde/ambiente 
*Estudo e pesquisa em saúde pública que favoreçam a territorialidade e a qualificação da 
atenção 
*Ações de educação em saúde nas escolas, divulgação nos meios de comunicação e 
sensibilização as comunidades e sociedades organizadas e não organizadas 
*Prevenção e controle de DTAs 
*Dar respostas às emergências de saúde pública e eventos de potencial risco sanitário nacional 
de forma articulada com os setores responsáveis. 
 
__________________”______________________”__________________”_______________ 
Créditos: 
Aula ministrada pela professora Mara L. Gravinatti. Especialista em Medicina do Coletivo. 
Resumo desenvolvido por Estela Dall’Agnol Gianezini. Médica Veterinária graduada pela 
Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, conclusão em 2017.

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