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Teoria Keynesiana (Revolução Keynesiana)

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Disciplina: Economia I
Docente: Prof. Dr. Sâmia Maluf
Curso: Administração Pública
Discentes:
Antonia Naiane Serafim da Silva
Eric Rennan Tabosa dos Reis 
Marília Delfino Correia
Maxmiliano de Lima Souza
Naiara Chagas Braga
RESUMO
Este trabalho visa explanar sobre a formulação da Teoria Keynesiana (Revolução Keynesiana) desenvolvida pelo economista inglês John Maynard Keynes (1883 - 1946) durante o período entre as guerras mundiais e a crise econômica mundial de 1929-30 que resultou da quebra da bolsa de valores de New York; suas críticas que revolucionaram os modelos econômicos com a publicação do livro The General Theory of the Employment, Interest and Money em 1936, Keynes consolida sua proposta que tem como ponto fundamental revisar as teorias liberais lançadas pelo teórico e economista estadunidense Adam Smith. Um dos objetivos era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia, suficientemente para garantir o pleno emprego sem excessos.
INTRODUÇÃO
A Teoria Keynesiana é uma teoria econômica que ganhou destaque no início da década de 1930, no momento em que o capitalismo vivia uma de suas mais graves crises, a grande depressão de 1929, como ficou conhecida a quebra da bolsa de valores de New York. A realidade dos países capitalistas naquela época era crítica, o desemprego nos Estados Unidos, Inglaterra entre outros países europeus assumia valores muito elevados decorrente da quebra da bolsa. Na publicação do livro “Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda”, Keynes tem como ponto fundamental revisar as Teorias liberais formuladas pelo teórico Adam Smith, e apontar soluções para o problema vigente na época.
Em tese a Teoria Keynesiana é o conjunto de ideias que propunham a intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego. Contrastando com a escola clássica prevalecente de economistas, Keynes argumentava que uma economia de mercado pode não ter forças potentes que a movam em direção ao total emprego. Na verdade, uma economia de mercado pode colocar-se em um balanceamento com desemprego em ampla escala. O desemprego em larga escala é resultante de gastos muito baixos em bens e serviços, isso reflete na insuficiência da demanda agregada. E para curar o desemprego seria necessário aumentar a demanda agregada através de investimentos estatais.
A CRISE DE 1929
O tempo era de otimismo, focalizado na continua produção por meio de máquinas e acreditavam ser a “mão invisível” o símbolo da prosperidade, que a economia se ajustaria por si só através da competição e processo de demanda e oferta. Entretanto, ao reduzir o número de emprego, com o uso do maquinário, para diminuir os gastos, a indústria acabara por produzir demasiadamente para quem não teria como adquirir o excesso de produção. Muito a ser ofertado sem ter quem consumir, baixando sucessivamente os lucros, levando à crise.
O cidadão era estimulado a participar do mercado acionário, que através deste, as empresas conseguem apurar dinheiro para a superprodução. Todavia, o que veio a acontecer foi que houve demissões, os consumidores não tinham capacidade de compra, as empresas faliram, assim como os que possuíam ações na bolsa de valores.
O equilíbrio automático não veio como o liberalismo defendia, nem tampouco os fundamentos da Lei de Say, de que a oferta cria sua própria demanda. Keynes, 	elabora teoricamente em seu trabalho, A teoria geral do emprego, do juro e da moeda, o que o presidente eleito dos Estados Unidos, Roosevelt fez de forma bem-sucedida: O equilíbrio, com a criação do New Deal (novo acordo) , o governo transfere renda para a sociedade através da criação de emprego, para que os indivíduos tenham renda para consumo e poupança, o chamado Welfare Stete, Estado do Bem-Estar Social que defendia a “mão invisível” do Estado na economia .A economia volta a crescer ,mantendo-se até 1970.
Fonte: http://crise-de-1929-335.blogspot.com.br/2013/05/blog-post.html. Acesso em 21 de fevereiro de 2014.
ANÁLISE CRÍTICA
LEI DE SAY
Keynes analisou as dificuldades dos grandes agregados em curto prazo, já que um capitalismo não ajustado se mostraria conflitante com a conservação do pleno emprego e da harmonia econômica. Posto isso e fazendo sua crítica à Lei de Say; as economias podem e muitas vezes sofrem de uma total falta de demanda, o que leva ao desemprego involuntário justamente por que não há uma intenção automática da economia para corrigir falhas na demanda, e se ela existe, age lentamente. A falta de investimentos governamentais, o que criaria uma demanda, contribui para o aumento dos níveis de desemprego uma vez em que não há motivos para uma produção na qual o Governo pudesse demandar através de investimentos e que às vezes a oferta de dinheiro não dá nenhuma segurança de que a iniciativa privada esteja disposta a gastar mais em investimentos, colocando assim em cheque uma superprodução com uma demanda agregada. Colocando essas circunstâncias, Keynes ainda critica o mecanismo chamado de “mão invisível”, em que os mecanismos de preços se autorregulam, pois, não funcionariam num colapso como a grande depressão de 1929-30, e que a “mão visível” do Governo deveria entrar em ação para que a situação econômica permanecesse em harmonia.
TEORIA NEOCLÁSSICA
Segundo a teoria neoclássica, os trabalhadores desempregados estariam tendo um prazer com seu lazer, superior ao desprazer do trabalho ao salário real vigente. Keynes argumenta que, se isto fosse verdade, os desempregados não estariam reclamando da situação, como de fato acontece. Ou seja, no mundo real, os desempregados estão sofrendo, não tendo prazer. Eles querem trabalhar, mas não têm controle sobre o salário real. Os trabalhadores têm posições a manter, têm família para sustentar, filhos para educar, débitos a saldar, etc., não abdicando voluntariamente de seu status social e econômico, além de que tentam manter o respeito próprio. Por isto, a reação mais provável a uma redução de salários reais seria um aumento da oferta de trabalho, com o crescimento das horas-extras, a busca de um emprego adicional ou a introdução de outros membros da família no mercado de trabalho, além de que uma alternativa aos trabalhadores seria recorrerem à greve (Wells, 1987, p. 81).
PLENO EMPREGO
Se ocorrer equilíbrio no mercado de bens abaixo de pleno emprego, não existe motivo para os empresários contratarem mais trabalhadores, mesmo que seja com menores salários reais. Poderia ocorrer simplesmente substituição de trabalhadores de maiores salários por outros de menores salários, não alterando o nível de emprego. Por isso, a conclusão é que a demanda e a oferta de bens e serviços não são harmonizados automaticamente, ou não podem ser pré-harmonizados, com a demanda e a oferta de mão-de-obra (Chick, 1989, p. 38).
Keynes mostra que salários nominais rígidos não são um pressuposto de sua teoria, assim como sua flexibilidade não é garantia de pleno emprego. “... a evidência prova que o pleno emprego, ou mesmo o aproximadamente pleno, é uma situação tão rara quanto efêmera” (Keynes, 1936, p.173).
Os questionamentos de Keynes analisam os efeitos diretos da redução salarial sobre o emprego, a redução salarial implica menores custos para as empresas, o que poderia levar a uma maior produção, emprego e vendas. Contudo, Keynes verifica os efeitos indiretos de variações salariais nominais sobre o emprego. Neste caso, uma queda de salários levará ao aumento da renda e do emprego somente se ocorrer concomitantemente uma elevação da demanda agregada, o que poderá acontecer com a elevação de investimentos e/ou com a elevação da Propensão Marginal a Consumir.
TEORIA KEYNESIANA
A Teoria Geral de Keynes procura apontar qual seria, teoricamente, o nível geral de emprego onde é determinado pelo investimento do empresário. Para isso o autor afirma ser o princípio da demanda efetiva o princípio de tudo, onde:
Montante que se espera ser consumido
Demanda
EFETIVADetermina
Quanto os empresários resolvem empregar
Montante que se espera em investimentos
Logo, a demanda efetiva seria, em um ponto de equilíbrio comum, a oferta igual à demanda prevista definidas a partir da decisão do empresário, nem sempre proporcionando o pleno-emprego. Segundo o princípio da mesma: “um certo nível de oferta, definido a partir do investimento, determina univocamente via a renda e o consumo a demanda agregada.” (KLAGSBRUNN, 1996). Com isto surge a perspectiva de que a produção satisfaz a dita demanda efetiva, modificando a lei de Say onde a quantidade ofertada de um bem determinava a procura do mesmo. Keynes define tanto o consumo como os investimentos de agregados por ter como premissa serem os empresários a lhes determinarem, com base em suas expectativas. Segundo Klagsbrunn (1996), são esses os motivos para tal afirmação:
... a) o investimento é por definição uma decisão do empresário com base em sua expectativa de lucro futuro; b) o consumo dos indivíduos – de bens finais – é determinado pela renda distribuída, na forma de salários e lucros, pelos empresários – quando decidem investir e produzir. c) O consumo produtivo das empresas – gastos com insumos – é excluído da análise no nível agregado. A curva de demanda agregada fica assim determinada também exclusivamente pela decisão de ofertar no mercado.
A renda e a demanda, por sua vez, seriam determinadas pelas variáveis auferidas do gasto do empresário (em investimentos e em produção), conjuntamente à perspectiva de obtenção de lucro. Não se deve esquecer que as expectativas analisadas por Keynes são, supostamente, realizadas em curto prazo. Continuamente a este pensamento, a renda empresarial dá-se pela diferença entre o preço de venda da produção vendida e o custo inicial da mesma. A decisão-chave torna-se a de investir: investe-se em produção implicando em renda para os assalariados que por sua vez destinam-se a consumir, portanto a quantidade de mão de obra empregada é determinada mediante o quanto é decidido investir. Parte-se, então, do pressuposto de que a propensão a consumir é estável, em outras palavras, esta seria uma variável psicológica do indivíduo analisada distinta da variação de salário, em relação à moeda, existente no mercado.
Apesar de a teoria exposta mostrar ser de grande importância em um momento que a iniciativa privada detinha o controle das atividades, suas características mantêm um caráter conservador onde o socialismo de Estado não encontra uma razão evidente para abranger a maior parte da economia nacional. Ainda assim, o autor assegura ser competência do Estado uma influência de orientação sobre a predisposição ao consumo, por meio de tributos, fixação de taxas de juros e, talvez, através de outras medidas. E que a influência da política bancária isoladamente aparenta não ser suficiente para estabelecer um ótimo volume de investimento. Segundo a conclusão do autor, o único modo de se chegar próximo ao pleno emprego seria por meio de uma ampla socialização destes investimentos, podendo haver ajustes e fórmulas variadas para que o Estado coopere com o setor privado.
Segundo a conclusão do autor, o único modo de se chegar próximo ao pleno emprego seria por meio de uma ampla socialização destes investimentos, podendo haver ajustes e fórmulas variadas para que o Estado coopere com o setor privado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As obras de John Maynard Keynes vêm trazer uma nova visão sobre o rumo que a economia apresentava, questionando o neoliberalismo, buscando as causas das flutuações econômicas. Em suas obras apresenta um programa de ação governamental que buscava promover o pleno emprego. Keynes consegue se destacar pelas suas ideias e outros autores aderem sua teoria, e passa a ter como uma das formas de nominação do seu pensamento como “revolução Keynesiana”. Keynes teve a preocupação de se referir às flutuações econômicas e aos níveis de emprego, sobre a economia como um todo, e não em determinados tipos de mercado, como estudaram alguns neoclássicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALÉM, Ana Claúdia. Determinação do nível de renda e do emprego em uma economia fechada. In:_____. Macroeconomia: Teoria e Prática no Brasil. São Paulo: Elsevier, 2010. p. 149 – 198.
CHICK, Victoria (1983). Macroeconomia Após Keynes: um reexame da Teoria
Geral. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
KEYNES, John Maynard. The General Theory of Employment, Interest and Money.Londres: Macmillan, 1936. Disponível em: < http://www.marxists.org/reference/
subject/economics/keynes/general-theory/index.htm>. Acesso em: 19 fev. 2014.
KLAGSBRUNN, Victor Hugo. Demanda efetiva e salários: uma teoria sem mercado. Economia e Sociedade, Campinas, (6): 183-192, jun. 1996.
KLAGSBRUNN, Victor Hugo. O princípio da demanda efetiva (a esperada), e o papel da demanda na teoria geral de Keynes. Revista de Economia Política, v. 16, n. 4 (64), p. 50-66, out-dez 1996.
PINHO, Diva Benevides. A ciência econômica do século XXI às suas origens. In: PINHO, Diva Benevides. (Org.);VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. (Org.). Manual de Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 19 – 52.
VIEIRA, José Guilherme Silva; FERNÁNDEZ, Ramón Garcia. A Estrutura das Revoluções Científicas na Economia e a Revolução Keynesiana. Est. econ., São Paulo, v. 36, n. 2, p. 355-381, abr-jun 2006.
WELLS, Paul (1987). Economia da Libertação: a rejeição de Keynes às teorias clássicas
de emprego e demanda agregada. In: LOPES, C. M. et alii. Ensaios de Economia Pós-
Keynesiana. Fortaleza: EUFC.
WONNACOTT, Paul; WONNACOTT, Ronald. Demanda Agregada e Oferta Agregada: Equilíbrios Clássico e Keynesiano. In: Economia. 2. Ed. São Paulo: Makron Books, 1994. p. 172 – 208.

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